Engenheiro Celso
Rodrigues homenageado
O Presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, inaugurou
um arruamento na área empresarial de Alvarães, que recebeu o nome do Eng. Celso
Rodrigues. Esta foi uma homenagem póstuma, mas muito justa promovida pela junta
de freguesia de Alvarães e da iniciativa da Assembleia daquela freguesia
dando um topónimo foi aprovado
em assembleia de freguesia pelo trabalho desenvolvido em prol da comunidade
local”.
Depois do descerramento de uma placa na nova rua (EN103), seguiu-se
“uma sessão solene na sede da junta de freguesia e a apresentação do livro
“Poetizar as Efemérides” de Cândida Passos que serviu para homenagear Celso Gastão
de Andrade Areosa Rodrigues,
engenheiro naquela freguesia.
Celso Rodrigues nasceu em Torre de
Moncorvo, Trás-os-Montes em 1932, e embora tenha vivido grande parte da sua
vida longe da terra natal, sempre se considerou um trasmontano de gema. Filho
de uma professora, Teresa Areosa e de um proprietário agrícola, Carlos
Rodrigues, tinha como ascendentes, do lado paterno gente ligada à terra e do
lado materno gente ligada à religião.
Depois
de uma infância marcada pelo falecimento dos seus 3 irmãos, ainda crianças,
cursou Medicina, no Porto e em Coimbra, mas mau grado a sua vocação, nunca
concluiu o curso e foi, já depois de casado, de ter leccionado Educação Física
nos liceus do Porto e de ser pai que concluiu, em 1969, o curso de Engenharia
Química no ISEP do Porto.
Em
1970, começo a trabalhar na Fábrica Jerónimo Pereira Campos, integrando-se perfeitamente
nesta freguesia onde viveu com a esposa e filhos e adoptando como sua terra e
suas gentes, tornando-se um alvarenense e um vianense dedicado. Ao longo de
toda a sua vida foi muito empenhado na organização e participação de inúmeras
atividades culturais, cívicas e desportivas, desde estudante em Moncorvo,
Bragança, no Porto e em Coimbra. Com o 25 de Abril de 74, (um pouco à
semelhança do que aconteceu por todo o país), e com o advento da liberdade
política, em Alvarães e em Viana participou em muitas iniciativas de caracter
político, cultural e desportivo. Pertenceu à Comissão Administrativa da
freguesia antes das primeiras eleições autárquicas de 1976, encabeçada pelo
saudoso senhor Igreja, participou na fundação da Associação Desportiva e Cultural
de Alvarães e na organização das suas diversas atividades, desportivas (com a
construção do campo de futebol e a formação de uma equipa de futebol para
participar no campeonato distrital), culturais e edição de um jornal da
associação. Participou em diversos espetáculos de teatro com jovens
alvarenenses. No aspecto político, participou em representação do Partido
Socialista, o seu partido de sempre e que ajudou a organizar-se em Viana do
Castelo, nas Assembleias de Freguesia de Alvarães, nas Assembleias Municipais
de Viana e enquanto vereador.
Casou em 1961 com Maria Ester Brandão Areosa Rodrigues que
conheceu em Coimbra em 1959 pessoa do mesmo modo empenhada pelo bem de todos.
Foi pai de 4 filhos: Miguel, Paulo, Nuno e Alexandre, todos casados e com
filhos (10 netos). Se o nosso amigo Celso Rodrigues era uma pessoa afetuosa,
atenta, disponível, interessada, presente em todos os momentos e atento aos
outros, sobretudo, aos mais pobres e desprotegidos, também a sua esposa o é.
Assim
educaram os seus filhos. Era um casal feliz….Faziam um bom par e ambos davam
testemunho disso na disponibilidade, tolerância e a abertura às dificuldades de
todos os que se aproximavam com dificuldades. Eu fui um deles, não só no tempo
da Serra de Arga, mas também já aqui na Paróquia, para onde eles também
acabaram por vir morar, quando me dirigi duas ou três vezes ao Engº Celso. A
mesma coisa a sua esposa e minha colega no liceu, era um espelho do seu marido.
Não lhes conheci inimizades e o Celso que já partiu, a quem me rendo em homenagem
e a Ester que se encontra entre nós com os olhos nos filhos e nos netos, dando
o melhor de si como mãe e avó continua a ser a mesma amiga dos pobres.
P.C.
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