Dar Alma á
Vida LXXV
Dar alma à Vida é dar-lhe a possibilidade de poder
contemplar a Cruz o que ela tem de pavor, angústia, atrocidade, de degradação, de
dor, de tristeza, de suplício para quem se entrega por Amor.
Dar alma à Vida é contemplar a Cruz no que ela tem
de vitória, de libertação, de redenção, de alegria, de ressurreição, de paz.
Dar alma à Vida é reconhecer as nossas
infidelidades, negações, as nossas fugas, farsas, a lavagem das mãos como
Pilatos, infâmias, juízos e condenação.
É descobrir que o amor não está como devia estar na
nossa vida porque falhamos e precisamos de recorrer à misericórdia divina para
que o carregar da nossa cruz com discernimento, seja também a nossa redenção. O
crucificado, Filho, de Deus e, por Ele, todos os que dão Alma à Vida, no amor
ao Pai serão glorificados e viverão, pela bondade de Deus para sempre na
eternidade.
Dar alma à Vida é morrer para o pecado e viver para a justiça. “A paz esteja convosco” (João 20,19.21) e, como o crucificado na cruz, possamos de braços abertos acolher, abraçar quem chega e, com os nossos pés, caminharmos ao encontro do que precisa de misericórdia isto é, com um abraço de Amor passamos a dialogar e a conviver lembrando-nos da grande Misericórdia de Deus
Conf. Carta Pastoral de D. Anecleto
A.C.
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