Não, a Igreja não defende o "casamento
tradicional"
O que
a Igreja defende é o casamento como Deus quer, o que é bem diferente
Juan
Ávila Estrada
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"Mulher, case-se e seja submissa" ("Sposati e sii sottomessa")
é o polêmico e "ofensivo" título de um livro escrito pela italiana
Costanza Miriano, quem, com um toque de humor, quis falar da beleza do amor
esponsal.
Como em tudo, aqueles que não se deram ao trabalho de ler o livro tentaram apedrejá-lo só porque a autora utilizou como estratégia de marketing uma paráfrase do apóstolo Paulo, quando afirma: "Mulheres, submetam-se aos seus maridos" (Efésios 5, 22-24).
Mas, claro, os que se deixam levar pelas aparências não estão interessados em conhecer a verdade, mas simplesmente em reafirmar aquilo em que sempre acreditaram: que a Igreja é uma instituição interessada em submeter a mulher, e que seus membros defendem o machismo para poder manter o status quo.
Mas qual é a verdade exposta pelo Evangelho sobre o casamento e o que a Igreja, em consonância com a Palavra de Deus, defende sobre esta instituição natural?
Não podemos ignorar que existem "correntes" católicas que, mal-interpretando o texto do apóstolo Paulo, afirmam que o casamento querido por Deus se baseia na submissão da mulher ao seu marido. Neste sentido, fala-se do casamento"tradicional", ou seja, aquele em que um homem, casado com uma mulher, sai de casa para trabalhar e sustentar a família, enquanto a esposa se limita a cuidar dos filhos e das tarefas domésticas, esperando que o marido volte para poder atendê-lo e estar atenta às suas decisões, por ser ele o "chefe" do lar.
Como em tudo, aqueles que não se deram ao trabalho de ler o livro tentaram apedrejá-lo só porque a autora utilizou como estratégia de marketing uma paráfrase do apóstolo Paulo, quando afirma: "Mulheres, submetam-se aos seus maridos" (Efésios 5, 22-24).
Mas, claro, os que se deixam levar pelas aparências não estão interessados em conhecer a verdade, mas simplesmente em reafirmar aquilo em que sempre acreditaram: que a Igreja é uma instituição interessada em submeter a mulher, e que seus membros defendem o machismo para poder manter o status quo.
Mas qual é a verdade exposta pelo Evangelho sobre o casamento e o que a Igreja, em consonância com a Palavra de Deus, defende sobre esta instituição natural?
Não podemos ignorar que existem "correntes" católicas que, mal-interpretando o texto do apóstolo Paulo, afirmam que o casamento querido por Deus se baseia na submissão da mulher ao seu marido. Neste sentido, fala-se do casamento"tradicional", ou seja, aquele em que um homem, casado com uma mulher, sai de casa para trabalhar e sustentar a família, enquanto a esposa se limita a cuidar dos filhos e das tarefas domésticas, esperando que o marido volte para poder atendê-lo e estar atenta às suas decisões, por ser ele o "chefe" do lar.
Mas... será este o modelo de casamento defendido pela Igreja?
Não. A Igreja não defende o casamento "tradicional", mas sim o casamento"cristão", ou seja, aquele querido por Jesus e que se baseia na doação mútua de um homem e de uma mulher, que entenderam que ambos estão chamados a construir sua família e a sociedade, oferecendo sua contribuição, cada um a partir da sua condição de homem e mulher (o que envolve necessariamente certa assimetria, já que cada um tem uma identidade sexual específica – o que não significa que um contribua mais que o outro), mas ambos com a possibilidade de desenvolver todas as suas potencialidades humanas, sem renunciar ao que caracteriza cada um como pai ou mãe.
A sociedade contemporânea, tendo aberto à mulher a possibilidade do estudo e da vida profissional, está conhecendo toda a riqueza e poder de transformação que ela é capaz de oferecer. Mas o fato de abrir esta porta, necessária e justa, foi mal-interpretado por aqueles que acreditam que a maternidade ou seu exercício vão contra a possibilidade de desenvolvimento profissional e econômico da mulher.
O casamento cristão é o sonho de Deus: homem e mulher, chamados à complementariedade. Não se trata de duas pessoas pensando como uma só, nem de pensar como um "eu" e um "você": o casamento é um pensar como "nós". Esse pensar como "nós" exige levar em consideração o parecer, a opinião, o desejo do cônjuge, sem supor o que o outro pensa nem anular sua vontade; mas, isso sim, ambos dispostos a morrer para o bom, com o fim de chegar ao melhor.
Nem todos os pareceres católicos são realmente "católicos"; e o fato de que cada um pense de uma maneira e mesmo assim se considere católico e apostólico não significa necessariamente que sua opinião coincida com o ensinamento da Igreja.
Por isso, é preciso formar-se, conhecer a maneira como a Igreja defende a beleza do amor humano, do amor matrimonial e, por isso, está disposta a ser alvo de ataques e más-interpretações, com tal de ajudar cada pessoa a encontrar o verdadeiro significado da felicidade.
Parabéns à autora do livro, que foi bastante corajosa ao dar-lhe tal título; é uma pena que alguns o julguem apenas pela sua capa, e que seus preconceitos os impeçam de se aproximar da possibilidade de reconhecer e reavaliar a falsa imagem de uma instituição que, apesar de ter passado por tantas fases em sua história, foi aprendendo com seus próprios erros e sempre lutou por levar o ser humano à verdade sobre si mesmo e sobre Deus.
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