Refeitório
Social de Nª Sª de Fátima
A
pobreza é um estado habitual de privação de bens supérfluos, carência de bens
necessários à condição social e insuficiência de bens necessários à vida dos
indivíduos e da sua respectiva família. A pobreza, definida em relação à
situação económica, é a condição real de uma grande parte da Humanidade. Uma
grande percentagem das pessoas não dispõe de bens supérfluos, carece do que
necessita para desempenhar as suas funções com grande dificuldade, e não têm os
mínimos para subsistir com a família.
O pobre
é o ser humano que carece do que necessita para o exercício de uma vida digna
em conformidade com a sua condição de pessoa (persona). A pobreza considerada
nestes termos, é uma pobreza imposta e, por conseguinte, considerada
objectivamente como “desumana” e “desumanizante”. No entanto, nunca é demais
acrescentar que a pobreza não deve ser considerada somente sob a base
económica, mas que o seu significado se estende a todos os âmbitos da vida
social e humana: pobreza assistencial, cultural, educacional, jurídica...
A
pobreza é mais que um factor de marginalização, é a consequência da
marginalização social. Na sociedade capitalista – onde tudo tem um preço – a
pobreza constitui um factor de marginalização uma vez que retira ao indivíduo
pobre, uma infinidade de possibilidades de participação na convivência social.
Na
sociedade Contemporânea há um aumento crescente do número de pobres e começa a
aparecer um processo de segregação e de isolamento (guetto). Os pobres não são
somente os mendigos, serão os desempregados, os não capacitados para o aparelho
produtivo, os vagabundos, os toxicodependentes, alcoólicos, sem-abrigo. Em
1995, encontraram-se na cidade de Viana do Castelo situações de extrema pobreza
generalizada presente em indivíduos vagabundos, “passantes”, sem-abrigo,
alcoólicos e toxicodependentes, jovens frustrados pela sua situação de
desemprego que os impede de aceder a um lugar digno de participação na vida
social e ao exercício da cidadania.
Para
minorar os efeitos que conduzem à exclusão social e à marginalidade o Centro
Social Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, celebrou um acordo de cooperação
com o Centro Regional de Segurança Social do Norte - Delegação de Viana do
Castelo, em 28 de Setembro de 1995, com o objectivo de implementar o
equipamento social (Refeitório Social) que respondesse aos problemas desta
população- alvo.
O
Serviço de Refeitório Social (SRS), desenvolve-se a partir de uma estrutura já
existente (Centro de Dia), que apresenta dimensões com capacidade para 36
utilizadores. No entanto, está servir mais de 70 utilizadores devido à procura…
e constituiu, no fim de 2014, um saldo negativo de cerca de 50.000 euros ao
Centro Social Paroquial.
Daí o gesto da Escola Superior de Saúde que valeu ouro solidário
para com esta gente de pobreza diversificada que cada vez vai sendo maior.
Esta, ainda se vai
controlando porque há outra envergonhada (pior) e outra que deixa o seu mundo
normal para se dedicar à pilhagem, à violência… (ainda muito pior e
reprovável).
A
Direcção está agradecida por alguém que se lembrou destes esfomeados e não
“coitadinhos” porque a Escola o fez com dignidade e simplicidade uma accão
solidária para com esses esquecidos, marginalizados pela sociedade. Toda a
gente se lembra, e bem, das crianças que temos no Berço ou CAT. Coisas
diferentes e motivações diferentes. As crianças precisam e para elas todos se
compadecem, mas para os outros, muitos os afastam e se esquecem como pessoas
humanas. Nem os vêem…
A solidariedade
vem do Amor de Deus e sua mensagem trazida pelo Verbo encarnado.
Hoje e sempre tem sido algo que nos
distingue do puro humanismo, por isso o Papa Francisco pediu uma maior prática
da solidariedade e menos violência no mundo.
Falando perante uma multidão de fiéis reunidos na Praça de São
Pedro, em Roma, o Papa declarou que "todos temos a
responsabilidade de trabalhar para que todo o mundo se torne uma comunidade de
irmãos que se respeitam, se aceitam nas suas diferenças e cuidam uns dos
outros". E sublinhou que a História "tem um
centro: Jesus Cristo" e "um fim: o reino de Deus, reino de paz, de
justiça, de liberdade no amor".
E continuou há dias:
“É preciso defender os pobres,
Não defender-se dos pobres;
é preciso servir os fracos,
Não ser-se dos fracos.”
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