sábado, 2 de maio de 2015

Casamento: homem ou mulher, quem manda em casa?

Casamento: homem ou mulher, quem manda em casa?


O forma como se lida com o poder dentro do casamento é uma tema controverso que pode gerar dificuldades entre os casais

O forma como se lida com o poder dentro do casamento é uma tema controverso que pode gerar dificuldades entre os casais

 
 
 
 
LaFamilia.info
01.05.2015
Uomo e donna© Pressmaster/SHUTTERSTOCK
A maneira como se lida com o poder dentro do casamento é controverso e pode causar dificuldades entre os casais.

Antigamente, os papéis estavam definidos: os maridos eram os provedores do lar, os "chefes de família", e as mulheres se ocupavam do lar e da educação dos filhos. Um não se intrometia no terreno do outro. Mas isso mudou: agora, ambos os cônjuges costumam trabalhar fora e, portanto, precisam compartilhar tarefas e dividir as responsabilidades, o que pode causar confusão na hora de lidar com a autoridade no lar.

Por isso, agora mais do que nunca, o trabalho conjunto, no qual o poder é repartido entre os cônjuges, é a melhor opção para obter o bem-estar de toda a família. Como conseguir isso? Apresentamos, a seguir, algumas recomendações.

Autoridade versus autoritarismo

Quando um dos cônjuges é o que manda, decide as coisas sem pedir opiniões e conselhos, determina o que se faz e como se faz, não leva em consideração os desejos, necessidades, sentimentos dos outros, o mais provável é que nesse lar se viva um ambiente tenso, frio e temeroso.

Em uma família saudável, deve existir uma relação complementar, na qual a tomada de decisões seja consensual e os acordos sejam comuns, de maneira que se escolha o que mais convém a todos.

Quando há abuso de poder, seja qual for o contexto, existirá uma relação de subordinação que não é conveniente. No casamento, como em muitos âmbitos, o trabalho em equipe é o que deve predominar. Os dois têm o dever – bem como o direito e a capacidade – de conduzir o lar e formar os filhos. A comunicação precisa ser profunda e o poder deve estar distribuído entre ambas as partes; do contrário, os conflitos surgirão rapidamente.

A divisão do poder

O poder e a autoridade não são elementos maléficos. O que é realmente ruim é quando não há uma boa distribuição deles, quando estão concentrados apenas em uma pessoa, quando não há consenso, mas imposição. Também se apresentam conflitos quando ambos os cônjuges querem mandar na mesma área, pois aí é quando se apresenta a luta por dominar.

O ideal, então, é a negociação, o debate com argumentos dentro de um ambiente de respeito e abertura de mente, no qual um escute o outro e, depois de avaliar os prós e contras, chegam juntos a uma decisão.

Mas, como fazer esta divisão do poder? Não é questão do sexo, mas das capacidades de cada um. Cada cônjuge tem habilidades que talvez o outro não possua; assim, busca-se uma complementariedade, que é a base da convivência harmônica.

Por isso, cada um precisa ser sincero diante do outro para aceitar suas limitações. Por exemplo, muitos casais perceberam que as mulheres costumam ser mais organizadas para administrar as finanças familiares – uma tarefa exercida tipicamente pelo homem. E isso pode acontecer em várias áreas.

Difícil, mas não impossível

Seria um engano dizer que dividir o poder é uma tarefa fácil. Será preciso ter muita humildade  e deixar de lado a atitude competidora, própria do mundo atual. A negociação é a única forma de impedir que se abuse do poder; portanto, o diálogo assertivo é a melhor ferramenta para conseguir isso.

Como explica Aquilino Polaino-Lorente, "homem e mulher são diferentes e, no entanto, iguais. O sentido destas diferenças se encontra precisamente na complementariedade, e não na competitividade. É por isso que precisam buscar entre eles a soma, não a subtração nem a divisão".

E acrescenta: "Não só isso, mas também conhecer o outro e conhecer-se melhor, de maneira que a distribuição de funções e papéis entre eles corresponda às suas respectivas habilidades e destrezas.

O objetivo: bem-estar da família

Vemos com frequência que, uma vez que a discussão começa, somos seres humanos que somos, vêm à tona o ego e a mal chamada dignidade. Levamos a briga até suas últimas consequências, com tal de ter razão.

Esta atitude nos torna cegos e nos faz perder o rumo. Quando isso acontecer, é preciso levar em consideração o que você realmente quer conseguir e para que quer isso. O mais provável é que sua resposta seja: "Quero o melhor para a minha família". Mas será que é dessa maneira que você vai conseguir isso? Lembre-se da importância do bem coletivo acima do bem individual.

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