Funerária J. da Silva
José da Silva casou em Santa Tecla, na Espanha, porque
eram ambos menores e não podiam casar em Portugal. Era ela Maria da Soledade
Araújo Valente, criada dos Condes da Carreira. A sua esposa deu-lhe os
seguintes filhos: Crispim, Manuel, António, Fátima, João e Conceição.
O José da Silva era carpinteiro. Em 1947 nasceu esta
empresa J. da Silva ao lado de uma das mais antigas existentes na cidade, a da
Casa Peixoto, do José de Lima Peixoto, na Rua General Luís do Rego, casa que
foi comprada pelo José da Silva aí por 1957 e aqui se fixou, onde hoje ainda se encontra
sediada. É uma casa com 250 anos. O José da Silva trabalhou com os filhos: o
José, Manuel, o António, já falecidos e o João. A funerária J. da Silva em
Viana reinou com 6 carros e serviam por todo o distrito. O primeiro carro
funerário da J. da Silva, era um Packard que ainda existe e foi o primeiro do
distrito de Viana. Foi benzido pelo pároco de Stª
Maria Maior o Pe. Dr. Araújo Cunha, meu ilustre amigo e confessor.
Um carro bonito. Ainda hoje o é, onde está guardado em
garagem.
Hoje quem gere a empresa é o filho João, viúvo de
Maria Irene Araújo da Silva, uma “santa mulher” que faleceu nova, vítima de
doença a que não resistiu, apesar de ser uma pessoa de muita fé, de muita força
de vontade, amiga de fazer bem, amiga da paz e boa conselheira; era, para além
de ser uma boa esposa, mãe e avó, uma catequista de referência a quem as
crianças, colegas, e comunidade em geral, deixaram saudades. A sua esposa
deu-lhe um casal de filhos, ambos doutorados: o Paulo, chefe dos cuidados
intensivos, e a Teresa, na urgência ao serviço de enfermagem; ambos estão
casados e já deram ao João 4 netos, um deles na Universidade a estudar
Bioquímica.
Conheci bem o José da Silva, e com ele falei quando
estive a estagiar na Casa dos Rapazes, na qualidade de Diácono, também
empregado do Sales, outra agência funerária desta cidade, oriunda de Âncora
(Riba de Âncora), ou ao contrário, mais antiga e que hoje ainda se mantêm
sediada em Riba de âncora. A de Viana fechou e passou aos sobrinhos Sales de Santa
Marta. Estava sediada junto à Capela das Malheiras.
Conheci bem os filhos do José da
Silva, sobretudo, o Crispim, o António e o João. O Crispim foi tesoureiro do
Centro Social. Ele e o António eram pessoas de boas relações sociais e artistas
na pintura e na escultura. Conservo tanto de um como de outro boas lembranças.
O João no tempo da sua juventude era
uma pessoa de muita animação, comunicava alegria e brincava. Conservo
lembranças fantásticas das suas intervenções na catequese de adultos da qual
fez parte e das festas da catequese, especialmente, entre os catequistas. Hoje,
como eu, não é o mesmo João porque está mais contido, mas mantém o mesmo
espírito e a mesma personalidade, não com o fulgor e a jactância de outros
tempos, mas basta um jeitinho que ele logo se manifesta aquele João que sempre
conheci.
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