Paróquia
Nossa Senhora de Fátima - Formação de Adultos
Dia:
9 de Janeiro 2016 – Horas: 15:00horas
Local
– Igreja da Sagrada Família (Abelheira)
“Que o Sol não se ponha sobre o teu
ressentimento” (Ef. 4,26)
Tema: “Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão
(Mat. 5, 24)
“Sede Misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc. 6, 36)”
1 –
Objectivos:
1.1
– Reconhecer sempre que é eterna a misericórdia
de Deus;
1.2
– Sentir que é preciso perdoar aos outros
(família, vizinhos e comunidade);
1.3
– Seguir a palavra de Jesus sobre o Perdão:
“Setenta vezes sete – Perdoar sempre”;
1.4
– Meditar: “A medida do perdão que usamos com os
outros será usada connosco”;
1.5
– Interiorizar: “Se estiveres diante do altar a
fazer a tua oferta, e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra
ti, deixa lá a tua oferta, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão;
depois vem para apresentar a tua oferta (Mat. 5, 23-24)
1.6
– Rezar bem o Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas
ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”;
1.7
– Perdoar para sentir a alegria e a misericórdia
do nosso Pai-Deus;
1.8
– Compreender: “Errar é humano; perdoar é
divino”.
2 – Textos:
2.1 – Sagrada Escritura (Lc 12,
57-59)
Reconciliação (Lc
12,57-59) - 21«Ouvistes
o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de
responder em juízo. 22*Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu
perante o tribunal; quem lhe chamar 'imbecil' será réu diante do Conselho; e quem
lhe chamar 'louco' será réu da Geena do fogo.
23Se fores, portanto, apresentar uma
oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa
contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar, e
vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a
tua oferta. 25Com o teu adversário mostra-te
conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te
entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. 26Em
verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.»
Leitura da Epístola do Apóstolo
São Paulo aos Colossenses (3, 12-21)
Irmãos: Como eleitos de Deus, santos e predilectos,
revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, humildade, mansidão e
paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum tiver
razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim deveis fazer
vós também. Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da
perfeição. Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados
para formar um só corpo. E vivei em acção de graças. Habite em vós com
abundância a palavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos
outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai
de todo o coração a Deus a vossa gratidão. E tudo o que fizerdes, por palavras
ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus
Pai.
2.2 – Papa Francisco – Jubileu
da Misericórdia
Temos depois outra parábola da qual tiramos uma lição para o nosso
estilo de vida cristã. Interpelado pela pergunta de Pedro sobre quantas vezes
fosse necessário perdoar, Jesus respondeu: « Não te
digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete» (Mt 18, 22) e contou a
parábola do « servo sem compaixão». Este,
convidado pelo senhor a devolver uma grande quantia, suplica-lhe de joelhos e o
senhor perdoa-lhe a dívida. Mas, imediatamente depois, encontra outro servo
como ele, que lhe devia poucos centésimos; este suplica-lhe de joelhos que
tenha piedade, mas aquele recusa-se e fá-lo meter na prisão. Então o senhor,
tendo sabido do facto, zanga-se muito e, convocando aquele servo, diz-lhe: « Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?»
(Mt 18, 33). E Jesus concluiu: « Assim procederá convosco meu
Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração»
(Mt 18, 35).
A parábola contém um ensinamento profundo para cada um de nós. Jesus
declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério
para individuar quem são os seus verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a
viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para connosco.
O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso
e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas
vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o
instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do
coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são
condições necessárias para se viver feliz. Acolhamos, pois, a exortação do
Apóstolo: « Que o sol não se ponha sobre o vosso
ressentimento» (Ef 4, 26). E sobretudo escutemos a palavra de Jesus que
colocou a misericórdia como um ideal de vida e como critério de credibilidade
para a nossa fé: « Felizes os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7) é a bem-aventurança a que
devemos inspirar-nos, com particular empenho, neste Ano Santo.
2.3 – D. Anacleto – Bispo da
Diocese de Viana do Castelo
Aplicada à Igreja e a cada um de nós, seus membros, a misericórdia é
obrigatória, por ser dela e para ela que vivemos, tal como Deus, origem do
nosso ser cristão, é impensável sem ela. Daí a exortação de Cristo: Sede
misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36); e a afirmação de
S. João Paulo II: “A Igreja vive uma vida autêntica, quando professa e proclama
a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e quando
aproxima os homens das fontes da misericórdia do salvador, das quais ela é
depositária e dispensadora.
2.4 – Irmão Alois – Prior da
Comunidade de Taizé
“Perdoar sempre de novo”, é a segunda proposta porque a mensagem do
perdão de Deus “não pode ser usada para desculpar o mal e a injustiça” mas
torna as pessoas “mais abertas” para discernir faltas pessoais e os erros e as
injustiças que “existem no mundo”.
“Mostremos que a Igreja é uma comunidade de misericórdia e está, sem
discriminações, aberta aos que nos rodeiam, através da hospitalidade,
abstendo-nos de juízos definitivos sobre os outros, defendendo os oprimidos,
construindo em nós um coração grande e generoso”, pede o prior de Taizé.
Neste contexto surge a terceira proposta – Aproximarmo-nos de uma
situação de aflição, sozinhos ou com outros – onde o irmão Alois pede ousadia
no encontro através da aproximação de uma “situação de sofrimento”.
“A misericórdia não é sentimental, mas exigente, de uma exigência sem
limites. Uma lei define bem um dever, mas a misericórdia nunca diz: “Isso é o suficiente,
eu fiz o meu dever”, frisa.
3 – Registar no Coração
Bem-Aventuranças
-
“Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mat 5,7)
-
Obras de Misericórdia (Espirituais)
5ª
– “Perdoar as injúrias”
6ª
– “Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo”
4 – A Prática Cristã
4.1 – Perdoa em Família;
4.2 – Perdoa aos Vizinhos;
4.3 – Perdoa na Comunidade;
4.4 – Perdoa aos Colegas de
Trabalho;
4.5
– Perdoa na Vida Social;
4.6
– Perdoa no Tempo de Lazer;
4.7
– Perdoa aos Jovens ou Idosos;
4.8
– Perdoa o Julgamento Errado;
4.9
– Diz adeus “à Vingança”;
4.10
– Valoriza: “Errar é humano, Perdoar é divino”.
“Não julgueis e não sereis julgados. Não
condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. (Lc. 6,37)
5 – Sugestões / Reflexões
5.1 – Como vai o perdão das ofensas na
vida?
5.2 – Alguém tem alguma ofensa contra
mim por ofensa feita?
5.3 – Agradeço a misericórdia de Deus
para comigo?
5.4 – São generosos em desculpas os
outros?
5.5 – Quando rezo o Pai Nosso posso
dizer: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nos perdoam a quem nos tem
ofendido”?
5.6 – Cumprimento as pessoas com
sentimento de verdadeira compreensão?
5.7 – Sinto a alegria do Perdão de Deus:
“Deus é clemente e compassivo; paciente e cheio de misericórdia (Salmo 102,8)”?
5.8 – Sigo Jesus que “é o rosto
misericordioso do Pai”?
5.9 – Recuso fazer as pazes com alguém?
Tomo a iniciativa?
5.10 – Faço silêncio para ouvir Deus que
me Fala?
5.11 – Abro o meu coração à Luz de Deus?
6 – Oração
Ilumina, Senhor, meu coração,
Para saber perdoar as ofensas.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
E todo o meu ser bendiga
O seu santo nome;
O Senhor é clemente e
compassivo,
Paciente e cheio de bondade.
Dá-me, meu Deus,
Um coração misericordioso.
Ámen.
José
Rodrigues Lima
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