Francisco: como era o Natal do cardeal Bergoglio antes de ser Papa?
Saiba como e com quem o então arcebispo de Buenos Aires costumava passar a noite de Natal e o que ele fazia no dia 25 de dezembro
Alver Metalli
O horário da Missa era praticamente o mesmo: o então cardeal Bergoglio costumava celebrar a “Missa do Galo” às 21h, na catedral de Buenos Aires, assim como fez na Basílica de São Pedro no último dia 24 de dezembro.
Salvo o horário, o resto foi totalmente diferente, como destaca a jornalista Silvina Premat no jornal argentino “La Nación”, recordando os últimos anos de Bergoglio como cardeal. Começando pelos convidados: “Nos últimos anos, Bergoglio compartilhou a noite de Natal com Claudio Epelman, diretor do Congresso Hebraico Latino-Americano, e Alberto Zimerman, tesoureiro da Delegação das Associações Israelitas Argentinas (DAIA)”.
Acabada a Missa, os convidados de Bergoglio compartilhavam com ele “um modesto jantar: bebidas e lanches de queijo sem presunto, para respeitar os costumes judaicos”. E então se dava o brinde natalino: “Era tudo muito simples”, recordou Epelman, cuja relação com Bergoglio remonta à Conferência de Aparecida, em 2007.
Epelman contou à jornalista que foi até a catedral de Buenos Aires, no Natal de 2007, para cumprimentar o cardeal Bergoglio. “No ano seguinte, poucos dias antes do Natal, falamos pelo telefone e ele me disse: ‘Imagino que você virá este ano, não é mesmo?’.” Então ele foi, junto a Zimerman, da DAIA.
Sobre o último Natal de Bergoglio em Buenos Aires, em 2012, temos a homilia, que circula pela mídia argentina nestes dias, e também o testemunho do reitor da catedral.
Da primeira, podemos destacar a brevidade: 51 linhas, pouco mais de 600 palavras, dedicadas sobretudo a comentar a passagem evangélica do “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
Bergoglio comentou: “Esta é uma mensagem que, depois de vinte séculos, continua sendo válida diante da petulância, da prepotência, da suficiência, da agressão, do insulto, da guerra, da desinformação que desorienta, da difamação e da calúnia”.
O Pe. Alejandro Russo, encarregado da catedral metropolitana, recorda que Bergoglio também convidou quatro senhoras que colaboravam com os padres no templo. “Elas prepararam arroz, frango, ovos recheados e salada. Na sobremesa, tomaram sorvete e brindaram com espumante.”
Sobre como ele passou o dia 25 de dezembro de 2012, as versões se dividem e o mistério é mais denso. Ele era visto e ouvido na rádio e na televisão do arcebispado, Canal 21, mas não se sabia onde realmente poderia estar o cardeal Bergoglio em pessoa; a jornalista de “La Nación” apresenta o testemunho de uma pessoa próxima do arcebispo, que não quer identificada.
“Sabemos aonde ele foi na Quinta-Feira Santa, mas não sabemos sobre o dia 25 de dezembro. Ele não esteve em casa e que pediu que o vigário geral celebrasse a Missa do dia do Natal. Mais tarde, soubemos que ele tinha ido à cadeia visitar os presos, depois foi a um hospital ver os doentes e também a um bairro pobre.”
“Poucos sabiam – revela Silvina Premat – que Bergoglio sempre dedicava o dia 25 de dezembro, assim como todos os domingos da Páscoa, a visitar também os sacerdotes idosos ou doentes que moravam na casa sacerdotal do bairro Flores, onde ele mesmo tinha reservado um quarto para quando se aposentasse como arcebispo.”
Para alguns, ele levava imagens com uma frase; a outros, entregava uma carta pessoal; outros ainda recebiam uma garrafa de vinho ou pratos como porco ou outra carne que o cozinheiro preparava para este dia.
A reserva de um quarto para si mesmo, pelo que sabemos, Bergoglio não cancelou.
(Artigo publicado originalmente em italiano no blog Terre D’America) Aletteia
Salvo o horário, o resto foi totalmente diferente, como destaca a jornalista Silvina Premat no jornal argentino “La Nación”, recordando os últimos anos de Bergoglio como cardeal. Começando pelos convidados: “Nos últimos anos, Bergoglio compartilhou a noite de Natal com Claudio Epelman, diretor do Congresso Hebraico Latino-Americano, e Alberto Zimerman, tesoureiro da Delegação das Associações Israelitas Argentinas (DAIA)”.
Acabada a Missa, os convidados de Bergoglio compartilhavam com ele “um modesto jantar: bebidas e lanches de queijo sem presunto, para respeitar os costumes judaicos”. E então se dava o brinde natalino: “Era tudo muito simples”, recordou Epelman, cuja relação com Bergoglio remonta à Conferência de Aparecida, em 2007.
Epelman contou à jornalista que foi até a catedral de Buenos Aires, no Natal de 2007, para cumprimentar o cardeal Bergoglio. “No ano seguinte, poucos dias antes do Natal, falamos pelo telefone e ele me disse: ‘Imagino que você virá este ano, não é mesmo?’.” Então ele foi, junto a Zimerman, da DAIA.
Sobre o último Natal de Bergoglio em Buenos Aires, em 2012, temos a homilia, que circula pela mídia argentina nestes dias, e também o testemunho do reitor da catedral.
Da primeira, podemos destacar a brevidade: 51 linhas, pouco mais de 600 palavras, dedicadas sobretudo a comentar a passagem evangélica do “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
Bergoglio comentou: “Esta é uma mensagem que, depois de vinte séculos, continua sendo válida diante da petulância, da prepotência, da suficiência, da agressão, do insulto, da guerra, da desinformação que desorienta, da difamação e da calúnia”.
O Pe. Alejandro Russo, encarregado da catedral metropolitana, recorda que Bergoglio também convidou quatro senhoras que colaboravam com os padres no templo. “Elas prepararam arroz, frango, ovos recheados e salada. Na sobremesa, tomaram sorvete e brindaram com espumante.”
Sobre como ele passou o dia 25 de dezembro de 2012, as versões se dividem e o mistério é mais denso. Ele era visto e ouvido na rádio e na televisão do arcebispado, Canal 21, mas não se sabia onde realmente poderia estar o cardeal Bergoglio em pessoa; a jornalista de “La Nación” apresenta o testemunho de uma pessoa próxima do arcebispo, que não quer identificada.
“Sabemos aonde ele foi na Quinta-Feira Santa, mas não sabemos sobre o dia 25 de dezembro. Ele não esteve em casa e que pediu que o vigário geral celebrasse a Missa do dia do Natal. Mais tarde, soubemos que ele tinha ido à cadeia visitar os presos, depois foi a um hospital ver os doentes e também a um bairro pobre.”
“Poucos sabiam – revela Silvina Premat – que Bergoglio sempre dedicava o dia 25 de dezembro, assim como todos os domingos da Páscoa, a visitar também os sacerdotes idosos ou doentes que moravam na casa sacerdotal do bairro Flores, onde ele mesmo tinha reservado um quarto para quando se aposentasse como arcebispo.”
Para alguns, ele levava imagens com uma frase; a outros, entregava uma carta pessoal; outros ainda recebiam uma garrafa de vinho ou pratos como porco ou outra carne que o cozinheiro preparava para este dia.
A reserva de um quarto para si mesmo, pelo que sabemos, Bergoglio não cancelou.
(Artigo publicado originalmente em italiano no blog Terre D’America) Aletteia
sources: Terre D'America
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