Cuidado com cristãos que afastam as pessoas de Jesus
O Papa refletiu sobre a existência de três grupos de
cristãos, os que aproximam as pessoas de Jesus e dois onde se incluem os
rigoristas e os individualistas, que não escutam o “grito dos outros”.
Na homilia matinal, na capela da Casa de Santa Marta,
Francisco começou por exemplificar que existe o grupo de pessoas “indiferentes”
que “não ouve o grito de muitos que precisam de Jesus”.
“Crêem que a vida é o seu grupinho. Estão felizes mas surdos
ao clamor de muita gente que precisa de salvação, que precisa da ajuda de
Jesus, da Igreja.
Essas pessoas são egoístas, vivem para si mesmas. São
incapazes de ouvir a voz de Jesus”, observou.
A homilia do Papa foi desenvolvida a partir da leitura do
Evangelho (Marcos 10, 46-52) sobre o cego Bartimeu que grita pela misericórdia
de Jesus mas é repreendido para que se cale.
Neste contexto, Francisco identificou o grupo dos que ouvem
os pedidos de ajuda mas “querem” que as pessoas fiquem caladas, afastando de
Jesus “aqueles que gritam, que precisam de fé, que precisam de salvação”.
“São aqueles que não querem ouvir o grito de ajuda, mas
preferem fazer seus negócios e usam o povo de Deus, usam a Igreja para fazer
seus comércios. Esses especuladores distanciam as pessoas de Jesus”, alertou o
Papa sobre os que consideram serem cristãos apenas de “nome, de receção” com
uma “vida interior mundana”.
Segundo Francisco, neste grupo existem ainda os cristãos
rigoristas que “colocam fardos nas costas das pessoas”, mas são repreendidos
por Jesus.
Por fim, identificou o grupo de cristãos que são “coerentes”
com o que crêem e o que vivem, que “ajudam” as pessoas que pedem “salvação,
graça e saúde espiritual” a se aproximarem de Jesus.
“Far-nos-á bem um exame de consciência”, incentivou o Papa
Francisco.
Notícias de Viana nº 1706 – 4 de Junho de 2015
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