Dar Alma à Vida LI
É mostrar que a Vida é protegida como
um Dom de Deus e, por isso, quem não é de Deus, nem vem de Deus não compreende
a Vida. A Alma que dá vida e que luta contra qualquer espécie de sofrimento ou
de morte é capaz de Viver!
Dar Alma à Vida toma sempre um
momento de vida ou de morte; é que a vida arrasta consigo para alem de prazer e
gozo, sofrimento e dor.
Dar Alma à Vida é sentirmo-nos sempre
cheios, e não vazios, de felicidade que é uma liberdade interior e radical de
estar sempre em alerta constante contra as obras diabólicas, próprias do
orgulho, da vaidade desmedida, da timidez, duma cara assustada, velha e ansiosa
de algo que lhe não pertence, nem Deus o quer.
Dar Alma à Vida não é queimá-la com o
trabalho, nem enfrentá-la de rosto e dedo em riste com vontade de resolver
assuntos e resolver questões que não lhe estão nas mãos, nem no coração, mas só
no Amor de Deus.
Dar Alma à Vida é dar-lhe a
arquitectura da nossa personalidade e do nosso discernimento para que na
integridade de cada um, sem magoar, saibamos mais escutar do que falar, olhar
com o coração e rezar com a mente e com Alma mostrar os valores da Vida, da
Morte, da Beleza e de Culpa, ou da Vergonha.
Dar Alma à Vida é dar uma nova luz ao
sentido do Trabalho, da Oração, da Relação do Mundo Interior e do Mundo
Exterior.
Dar Alma à Vida está nesta realidade
de relações, de conexões, de redes, de tecidos que nos ligam e nos vinculam.
Dar Alma à Vida é um grito que gera elos inevitáveis desta teia em que vivemos.
O que seria da teia sem a aranha ou a aranha sem teia? Morria, não vivia! Fugir
da teia é fugir da realidade e da Vida.
Dar Alma à Vida é dar o que lhe falta
para que a Vida seja vivida com a abundância que o nosso Deus quer: uma Vida
com abundância. Aí está a Alma!
Roma - Padre Artur Coutinho
Roma - Padre Artur Coutinho
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