sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dar Alma à Vida XLVI


Dar Alma à Vida XLVI

 

Dar Alma à Vida é dar ocupação sadia à nossa Vida, quer no aspecto espiritual, quer no material. É consagrar o tempo ao descanso e ao trabalho; o descanso revitaliza, recupera e o trabalho nunca é tempo perdido. É dar tempo à oração e ao convívio; a oração alimenta o Espírito e o convívio alimenta o equilíbrio corporal.

 
Dar Alma à Vida é dar tempo aos outros e a Deus. É fazer da Vida uma Vida para os outros com os olhos fitos no Alto.

Dar Alma à Vida é dar tempo ao silêncio que é sempre mais belo do que falar demais, sobretudo, quando se fala dos outros; ou se cochicha, criando mau ambiente entre as relações humanas com os outros com quem se convive ou com quem se trabalha. Muitas vezes o silêncio fala mais alto e melhor.

Dar Alma à Vida é fazer a boa acção de todos os dias, não uma, mas todas que elevam a Alma e incutem a fazer ainda mais e melhor em cada momento que passa.
 

Dar Alma à Vida é ajudar o semelhante e ser bom samaritano; não é levantar a carga e levá-la, mas ajudar a levantar para que o outro siga com ela.

Dar Alma à Vida é educar a criança, diz-se “de pequenino se torce o pepino”, e “se não se quiser castigar o homem” é educá-lo para ser Homem ou Mulher com Vida e com Alma, após o nascimento.

Dar Alma à Vida é criar uma teia à nossa volta, onde a vida seja urdida com Alma.
 


Dar Alma à Vida é fazer feliz o outro sem o conhecer, ou melhor, é envolver-me na humildade do Mistério de Deus uno e trino: Criador, Redentor e Animador.

Dar Alma à Vida é sentir-me enredado nesta rede de “Deus é Amor”, segundo S. João.

                                                                                                       Avião, Artur Coutinho

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