Dar Alma à Vida XLVI
Dar Alma à Vida é dar ocupação sadia
à nossa Vida, quer no aspecto espiritual, quer no material. É consagrar o tempo
ao descanso e ao trabalho; o descanso revitaliza, recupera e o trabalho nunca é
tempo perdido. É dar tempo à oração e ao convívio; a oração alimenta o Espírito
e o convívio alimenta o equilíbrio corporal.
Dar Alma à Vida é dar tempo aos
outros e a Deus. É fazer da Vida uma Vida para os outros com os olhos fitos no
Alto.
Dar Alma à Vida é dar tempo ao
silêncio que é sempre mais belo do que falar demais, sobretudo, quando se fala
dos outros; ou se cochicha, criando mau ambiente entre as relações humanas com os
outros com quem se convive ou com quem se trabalha. Muitas vezes o silêncio
fala mais alto e melhor.
Dar Alma à Vida é fazer a boa acção
de todos os dias, não uma, mas todas que elevam a Alma e incutem a fazer ainda
mais e melhor em cada momento que passa.
Dar Alma à Vida é ajudar o semelhante
e ser bom samaritano; não é levantar a carga e levá-la, mas ajudar a levantar para
que o outro siga com ela.
Dar Alma à Vida é educar a criança,
diz-se “de pequenino se torce o pepino”, e “se não se quiser castigar o homem”
é educá-lo para ser Homem ou Mulher com Vida e com Alma, após o nascimento.
Dar Alma à Vida é criar uma teia à
nossa volta, onde a vida seja urdida com Alma.
Dar Alma à Vida é fazer feliz o outro
sem o conhecer, ou melhor, é envolver-me na humildade do Mistério de Deus uno e
trino: Criador, Redentor e Animador.
Dar Alma à Vida é sentir-me enredado
nesta rede de “Deus é Amor”, segundo S. João.
Avião, Artur Coutinho
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