Paróquia
Nossa Senhora de Fátima - Formação de Adultos
Dia:
9 de Abril 2016 – 15:00horas
Local
– Igreja da Sagrada Família (Abelheira) - 7ª Sessão
Ano
Jubilar da Misericórdia
Tema:
“O Tempo Pascal no Jubileu da Misericórdia -
Somos Filhos da Luz”
1
– Objectivos:
1.1
– Compreender o tempo litúrgico do período
pascal – da Páscoa ao Pentecostes;
1.2
– Testemunhar a Fé na Ressurreição: “Eu sou a
Ressurreição e a Vida. Quem acredita em mim nunca morrerá” (Jo. 11,23);
1.3
– Proclamar: “Jesus Cristo encarnação da Misericórdia
de Deus, por amor morreu na Cruz e por amor ressuscitou. Por isso proclamamos:
Jesus é o Senhor”;
1.4
– Aprofundar as narrativas bíblicas de
Ressurreição de Jesus;
1.5
– Reconhecer a profundidade cósmica, teológica e
escatológica do tempo pascal;
1.6
– Acreditar: “Quer vivamos quer morramos,
pertencemos ao Senhor” (Rom, 14,8);
1.7
– Rezar com o coração: “Ressuscitou ao terceiro
dia, conforme as Escrituras… de novo há-de vir em sua glória” (Credo);
1.8
– Celebrar o Domingo – Dia do Senhor
Ressuscitado, tendo como centro a Eucaristia;
1.9
– Praticar a Caridade com Obras de Misericórdia
Corporais e Espirituais;
1.10 –
Irradiar: “Somos Filhos da Luz” (Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo
contemporâneo) (Concilio Vaticano II);
1.11 - Interiorizar: “Cristo é a Luz dos Povos”
(Constituição Dogmática sobre a Igreja) (Concilio Vaticano II).
2 – Textos:
2.1 – Sagrada
Escritura
VI. Ressureiçao dos Mortos (15,1-58)
Cristo ressuscitou – Lembro-vos, irmaos, o
evangelho que vos anunciei, que vós recebestes, no qual permaneceis firmes e pelo
qual sereis salvos, se o guardardes tal como eu vo-lo anunciei; de outro modo,
terieis acreditado em vão.
Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu proprio recebi: cristo morreu
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi seultado e resuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e depos aos Doze. Em
seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma só vez, a maior parte dos
quais ainda vive, enquanto alguns já morreram. Depois apareceu a Tiago e, a
seguir, a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, como a
um aborto. (1 C. Corintios, 15, 1-8)
2.2 – Primeiro
Dia da Semana
Foi na manhã do “primeiro dia da semana” (Mt., 28, 1; Mc., 16; Lc., 24,
1; Jo., 20, 1) que o Senhor Jesus ressuscitou e se manifestou aos seus. Depois
de ter aparecido às santas mulheres, e em seguida a Pedro “nesse mesmo dia”
manifestou-se aos dois discípulos de Emaús, que “O reconheceram na fracção do
pão” (Lc., 24, 35) e tornou-se presente no meio dos apóstolos reunidos: comeu
com eles (Lc., 24, 41-43) e disse-lhes: “Como o Pai me enviou, também vos
envio”. Dito isto, soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo. A
quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Jo., 20, 21-13).
A ressurreição de Cristo de entre os mortos, a sua manifestação na
assembleia dos seus, a refeição messiânica do ressuscitado com os discípulos, o
dom do Espírito e o envio missionário da Igreja, tal é a Páscoa cristã na sua
plenitude, tal é o acontecimento central da história da salvação, que marcou
para sempre o primeiro dia da semana.
Todo o mistério que a celebração do domingo encerra está já presente no dia de
Páscoa; o domingo é precisamente a celebração hebdomadária do Mistério pascal.
A celebração cristã do primeiro dia na semana seguinte à Ressurreição de
Cristo:
Oito dias depois, encontravam-se os discípulos de novo em casa… Jesus
apareceu no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco!”. Depois disse a
Tomé: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; estende a tua mão, e mete-a no
meu lado; e não sejas incrédulo, mas fiel”. (Jo., 20, 26-27)
Sem nada ajuntar ao mistério da sua presença no meio dos seus, já
realizada na tarde do dia de Páscoa, Jesus atrai, no entanto, a atenção dos
discípulos para duas coisas: ao mostrar as duas chagas gloriosas, Ele coloca a
cruz no centro da assembleia ritual dos cristãos; ao exigir a fé de Tomé,
requer que esta assembleia reúna crentes “fiéis”.
A geração apostólica apreendeu imediatamente a importância do primeiro
dia, ligado à memória e presença do Crucificado-Ressuscitado.
2.3 – A
Formação Definitiva do Domingo
A análise das origens históricas do domingo cristão levou-nos até aos
meados do século segundo, com a referência ao Evangelho apócrifo de Pedro. Por
esta data, o domingo já está plenamente descoberto quanto ao seu significado
cultual autónomo. Mas só no século quarto, passada a era das perseguições, é
que atinge a sua forma definitiva.
1.
Comecemos por transcrever o venerando testemunho de S. Justino,
martirizado em Roma, em 165, o qual, não só nos transmite a primeira descrição
pormenorizada da assembleia dominical, como até já põe em relevo algumas
ideias fundamentais da teologia do
domingo: «No dia que se chama o ‘dia do sol’, todos os nossos que habitam na
cidade ou pelos campos reúnem-se no mesmo lugar. Lá se lêem, quanto o permite o
tempo, as memórias dos Apóstolos ou os Escritos dos profetas. Logo que o leitor
termina a leitura, o Presidente, tomando a palavra, faz uma exortação para
convidar-nos à imitação de tão belos exemplos. Seguidamente, levantamo-nos
todos e fazemos as nossas preces, no fim das quais se oferece pão e vinho e água.
O Presidente na medida das suas possibilidades, faz subir até Deus súplicas e
acções de graças, exclamando depois todo o povo: “Amen”. Faz-se depois a
distribuição dos alimentos consagrados pela acção de graças, dando-se
participação deles a cada um dos presentes, enquanto os Diáconos os levam aos
ausentes. Os que possuem haveres, e assim o desejam, dão o que bem lhes parece,
cada um segundo a sua livre determinação, O que se tiver recolhido é entregue
ao Presidente o qual cuidará de socorrer órfãos e viúvas, todos os que tiverem
em necessidade por doença ou por qualquer outra causa, os retidos nos cárceres,
os estrangeiros de passagem, constituindo-se ele, numa palavra, provisor de
quantos se acham em necessidade.
Celebramos
esta reunião geral no dia do sol, por ser ele o primeiro dia, aquele em que
Deus, tirando a matéria das trevas, criou o mundo, e também por ser ele o dia
em que Jesus Cristo, nosso salvador, ressuscitou dentre os mortos. Sabe-se, com
efeito, que O crucificaram no dia anterior ao ‘dia de Saturno’, e que foi no
dia seguinte ao ‘dia de Saturno’, o qual é o ‘dia do sol’ que Ele apareceu aos
Seus apóstolos e discípulos, ensinando-lhes estas mesmas doutrinas que nós
agora apresentamos ao vosso exame.
Segundo S.
Justino, o domingo, a que chama «dia do sol», usando ainda a linguagem dos
pagãos para ser entendido por eles, é dia próprio para a reunião da assembleia
cristã à volta do altar eucarístico e para a prática da caridade. É que este
dia sobrepõe-se a todos os demais, tanto por ser dia em que Deus começou a
formação do mundo, criando a luz, como por ser a data da Ressurreição gloriosa
de Cristo e das Suas manifestações aos discípulos. Um pouco mais tarde, nos
princípios do século terceiro, aparece a Didascália dos Apóstolos a precisar
que a reunião litúrgica dominical se realizava sobre a manhã. Mas o grande
interesse histórico deste documento está no facto de ele conter a primeira
referência explícita ao problema da suspensão dos trabalhos no «dia do Senhor».
Não ponhais os vossos negócios temporais acima da palavra de Deus, mas
abandonai tudo no dia do Senhor, acorrendo com diligência às vossas igrejas,
pois é lá que prestareis o vosso louvor a Deus.
2.4 – A
Misericórdia suporta a Vida da Igreja
A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua
acção pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos
crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido
de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor
misericordioso e compassivo. A Igreja «vive um desejo inexaurível de oferecer
misericórdia». Talvez, demasiado tempo, nos tenhamos esquecido de apontar e
viver o caminho da misericórdia. Por um lado, a tentação de pretender sempre e
só a justiça fez esquecer que esta é apenas o primeiro passo, necessário e
indispensável, mas a igreja precisa de ir mais além a fim de alcançar uma meta
mais alta e significativa. Por outro lado, é triste ver como a experiência do
perdão na nossa cultura vais rareando cada vez mais. Em certos momentos, até a
própria palavra parece desaparecer. Todavia, sem o testemunho do perdão, resta
apenas uma vida infecunda e estéril, como se se vivesse num deserto desolador.
Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de assumir o anúncio jubiloso do perdão.
É o tempo de regresso ao essencial, para cuidar das fraquezas e dificuldades
dos nossos irmãos. (Papa Francisco)
3– A Palavra Páscoa (Passagem)
Embora o
sentido exacto e origem da Páscoa continuem desconhecidos, o vocábulo Páscoa
apareceu pela primeira vez no livro do Êxodo, 12:11; “é assim que devereis
comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pé e vara na mão; comê-lo-eis às
pressas; é uma Páscoa para Iavé”. A sua unidade engloba uma refeição ritual em
que se come o cordeiro pascal. A libertação da escravidão do Egipto era o
símbolo da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, nossa Páscoa, segundo S.
Paulo na sua I Carta aos Coríntios V, 7. É ele quem nos livra da morte eterna e
que nos alimenta com a vida na refeição pascal, tornada refeição eucarística. O
verdadeiro étimo da palavra Páscoa é discutido pelo que só recordo o que é
aceite por todos. Páscoa em latim eclesiástico era Pascha; em grego bíblico era
Páskha ou Pásca; e em hebraico Pésakh. Esta era a festa dos agricultores
(sedentários); enquanto os nómadas (nome que em grego significa “pastores ou
grupos humanos sem residência fixa e abrigando-se em tendas móveis”) celebravam
a sua festa dos ázimos. Em inglês a Páscoa judaica chama-se Passover (de to
passo ver= passar adiante); enquanto a Páscoa Cristã se chama Easter (do nome
da antiga deusa Eastre, cujo festival se realizava no equinócio da Primavera)
4– Sofrimento
no Mundo (Sombras e Medos)
4.1 – Escravatura;
4.2 – Deslocados/Refugiados;
4.3 – A Criação Ameaçada;
4.4 – Fome;
4.5 – Idosos Sofredores;
4.6 – Crianças Sem Carinho;
4.7 – Gente Sem Terra;
4.8 – Populações Sem Trabalho;
4.9 – Povo Sem Tecto;
4.10 – Perseguição.
5 – Esperança
na Nova Criação, na Fraternidade, Vida Nova em Cristo Ressuscitado…
Páscoa -
Passagem
. Da Escravidão à Liberdade;
. Da Fome ao Pão;
. Do Desânimo ao Ânimo;
. Da Morte à Vida;
. Da Doença à Saúde;
. Do Analfabetismo à Alfabetização;
. Da Rua à Habitação;
. Da Exclusão à Inclusão;
. Da Injustiça à Justiça;
. Da Corrupção à Honestidade;
. Do Desemprego ao Emprego;
. Da Angústia à Serenidade;
. Das Sombras à Luz;
. Dos Medos à Confiança;
. Do Temporário ao Eterno;
. Da Destruição da Natureza à Conservação do Planeta;
. Do Pecado à Graça Divina…;
. Da Desorientação à Esperança na Palavra de
Salvação oferecida por Jesus!;
6– Prática
Cristã
6.1 – Serviço ao Próximo;
6.2 – Perdoar as Ofensas;
6.3 – Ajudar o Necessitado;
6.4 – Agradecer a Deus o que tem feito por mim!;
6.5 – Acreditar com Grande Fé!;
6.6 – Contemplar a Misericórdia e a Bondade de
Deus!;
6.7 – Rezar: “Vem Senhor Jesus!”.
7– Para
reflectir: “EU estarei convosco até ao fim dos Tempos” disse Jesus
7.1 – Escuto a Deus?
7.2 – Sinto Jesus vivo na Vida?
7.3 – Testemunho a alegria da Ressurreição?
7.4 – Como celebro o Domingo, Dia do Senhor?
7.5 – Qual foi a Obra de Misericórdia nestes dias?
7.6 – Como contribuo para o Bem da Humanidade?
7.7 – Sou mão aberta para receber, e fechada para
ofertar?
7.8 – Caminho na Luz de Cristo?
7.9 – Povo sem Tecto;
7.10 – Perseguição.
8
– Oração
Demos
Graças ao Senhor
Porque Ele
é Bom…
Porque é
eterna a sua Misericórdia!
Aleluia…
Aleluia…
Com
Humildade suplico,
Senhor
Ressuscitado--- Vivo!...
Lança Luz
no meu coração…
Dá-me
coragem para caminhar
Na Paz
oferecida por ti!
Aleluia,
Aleluia…
Ámen.
Relator: José Rodrigues Lima
Telefone: 938583275 / 258829612
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