Dar Alma à Vida LXIV
Dar
Alma à Vida é dar-lhe capacidade de discernimento para reconhecer onde está o
bem e o mal.
Dar
Alma à Vida é dar-lhe a liberdade de seguir o seu caminho agarrar o bem e
afastar-se do mal, ou agarrar o mal e afastar-se do bem, consciente e
responsavelmente.
Dar
Alma à Vida não é ficar no meio-termo, não é dar-lhe a média da temperatura,
mas é dar-lhe o quente ou o frio. O quente anima e o frio deprime… O quente é o
Bem, anima; e o frio é o Mal que
mata e não dá Vida.
Dar
Alma à Vida é dar à vida a Palavra da Bondade e da Misericórdia de Deus, da Justiça
e do Amor. É fazer com que a vida seja querida com estes atributos e agarrada
ao ponto de não pôr em dúvida continuar o caminho que o Bem nos aponta.
Dar
Alma à Vida é levar a vida a perguntar sempre “para onde iremos nós Senhor, se
só tu tens palavras de vida eterna?”
Dar
Alma à Vida é levar-lhe a felicidade com o reconhecimento que há, uma
felicidade maior para a qual é preciso fazer caminho.
Dar
Alma à Vida é convidar o homem a mudar, a passar, a transformar-se, a fazer
deserto como o povo Hebreu, a compreender que o Bem não é fácil consegui-lo
enquanto o Mal, enganador o pode seduzir. Dar Alma à Vida é orientar o olhar,
sentir, seguir e acolher a paz, a vida que o Bem lhe apresenta.
Dar Alma à Vida é erradicar as pequenas mortes de cada dia para levar a Vida a esvaziar-se explosivamente na vida eterna.
Dar
Alma à Vida é dar à vida o Amor de S. Paulo, dum só corpo, onde cada um é membro
e todos o têm de viver ao modo do marido e da esposa, ou de esposa e do marido:
Amor, comunhão, respeito mútuo, aberto, comunitário, tolerante, justo e mútuo
entre todos os membros ao jeito de uma família natural de pais e filhos que fazem
a Igreja doméstica, célula da família paroquial, da comunidade dos Filhos de
Deus.
Dar
Alma à Vida é criar alianças de libertação onde se possa comer “leite e mel” .
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