segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Inteligência humana só tem a ganhar com a fé em Deus, diz o Papa


 
 
 ganhar com a fé em Deus, diz o
 
Papa

 


O Papa afirmou que a inteligência humana só tem a ganhar com a fé em Deus, e rejeitou o argumento de que os dogmas da Igreja são um obstáculo à razão.
“A fé não entra em con­flito com a ciência, mas an­tes coopera com ela, ofere­cendo critérios basilares para que promova o bem de todos, pedindo-lhe que re­nuncie só às tentativas que, opondo-se ao projecto origi­nário de Deus, possam pro­duzir efeitos que se virem contra o próprio homem”, sublinhou Bento XVI.
 
 

 
Perante milhares de pe­regrinos presentes na audi­ência geral que ocorre habi­tualmente nas manhãs de quarta-feira, o Papa vincou que “é falso o preconceito de alguns pensadores moder­nos, segundo o qual a razão humana seria como que blo­queada pelos dogmas da fé”.
“Os grandes mestres da tradição católica” de­monstraram o contrário, como é exemplo maior São Tomás de Aquino (1225- 1274), que no debate com os pensadores do seu tem­po mostrou a “fecunda vita­lidade racional” que o pen­samento humano pode ad­quirir com os “princípios” e a “verdade” da fé cristã, re­feriu.
Deus "não é absurdo”, antes “mistério” que não é “ir­racional” mas “superabun- dância de sentido, significa­do e verdade”, afirmou Ben­to XVI, numa catequese em que acentuou a convergên­cia da fé e da racionalidade.
“Se a ciência é uma ali­ada preciosa da fé para a compreensão do desígnio de Deus no universo, a fé permite ao progresso cientí­fico realizar-se sempre para o bem e a verdade do ho­mem”, assinalou.
A Igreja encoraja a pes­quisa “ao serviço da vida” que tenha como objectivo debelar as doenças, bem como as investigações que descubram “os segredos” do planeta e do universo, “na consciência de que o ho­mem está no vértice da cri­ação, não para desfrutá-la insensatamente, mas para a proteger e tornar habitável”.
Bento XVI lembrou que “a tradição católica rejeitoi desde o início o fideísmo, que é a vontade de crer contra í razão”, pelo que a expressãc ‘“Credo quia absurdum’ (creic porque é absurdo) não é fór mula que interprete a fé ca tólica”, frisou.
“A fé leva a descobrii que o encontro com Deus valoriza, aperfeiçoa e eleva quanto de verdadeiro, borr e belo há no homem”, além de proporcionar “um gosto novo de existir, uma manei­ra alegre de estar no mun­do”, observou.
O Papa salientou tam­bém que “a fé exprime-se no dom de si para os outros” através da “fraternidade”, o que a par de “um caminho intelectual e moral”, implica a adesão “vital” que supere as perspectivas “estreitas do individualismo e subjectivis- mo que desorientam a cons­ciência”.
“Num clima de perse­guição e forte exigência de testemunhar a fé, aos cren­tes é pedido que justifiquem com motivações fundadas a sua adesão à palavra do Evangelho”, apontou.

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