segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Todos temos Vocação Misssionária a partir do Baptismo


NOVA VISÃO MISSIONÁRIA
 
 
 DO CONCÍLIO VATICANO II
 

Texto: Frei Manuel Rito Dias, OFM Cap

Escrevo esta reflexão no dia em que há 50 anos foi aberto o Concilio Va­ticano II. O jovem padre alemão que há 50 anos participou como teólogo naquela Assembleia conciliar, hoje mesmo preside, em Roma, como papa, a uma soleníssima liturgia, abrindo nela a porta ao ANO DA FÉ. Foi na realidade aquele Concilio o grande evento que deu ao povo de Deus a oportunidade de tomar cons­ciência da sua condição missioná­ria, e à própria “Igreja peregrina de considerar a missão como parte da sua natureza” (AG, 2).

 
 
 
Tratou-se de uma grandiosa ma­nifestação de catolicidade e “um sinal luminoso da universalida­de da Igreja” não só pela nume­rosa participação de bispos mas também pela sua diversidade ge­ográfica, já que, pela primeira vez na história, uma assembleia de bis­pos congregou representantes da Ásia, da África, da América Latina e da Oceânia. (cf. Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2012).


 

A nova visão missionária saída do Concilio Vaticano II é refletiva e de­pois transmitida através da sua pró­pria dimensão quanto à quantidade de Padres conciliares, quanto à uni­versalidade das suas procedências e sobretudo quanto â natureza dos próprios conteúdos conciliares ali tratados.

Três grandes documentos marca­ram o Vaticano II e iluminaram a Igreja para esta nova visão missio­nária: Ad Gentes, Gaudium, et Spes e Lumen Gentium. Através deles, foram dilatados os horizontes não só dos limites da Igreja como Rei­no de Deus, mas também do mundo a evangelizar e ainda dos agentes evangelizadores.

 
 
A atividade missionária da Igreja não é outra coisa senão a “manifes­tação ou epifania dos desígnios de Deus e a sua realização no mundo e na sua história” (AG, 9). Já que “a Igreja é toda ela missionária, e a obra da evangelização é um dever fundamental do Povo de Deus”, a tarefa de evangelizar, para além dos pastores ordenados, compete a to­dos os cristãos.

A “divina Providência não nega os auxílios necessários à salvação àqueles que, sem culpa, não che­garam ainda ao conhecimento ex­plícito de Deus” (LG, 16). Por isso, “o sagrado Concilio exorta todos a uma profunda renovação interior, para que tomem viva consciência das próprias responsabilidades na difusão do Evangelho” (AG, 35).

u concilio Vaticano li colocou no centro da sua eclesiologia a dimen­são missionária e reafirmou a mis­são de evangelizar como paradigma de toda a atividade eclesial.

 
 
A fim de alargar e intensificar ainda mais o imperativo missio­nário de Jesus, é proposta agora uma Nova Evangelização e en­tramos no Ano da Fé no momen­to em que decorre o Sínodo para a Evangelização da Fé Cristã.

Foi isso que, há 50 anos, já foi pro­posto pela Lumen Gentium: “cada um, segundo os próprios dons e fun­ções deve progredir pelo caminho da fé viva, que estimula a esperança e atua pela caridade” (LG 41).

A Nova Evangelização não nos vai trazer um novo Evangelho; também não nos vai levar a uma nova Igreja; quer apenas dizer-nos que o Evange­lho é todos os dias uma Boa Nova e que esta Igreja peregrina está encar­regada por Cristo de a levar a toda a gente.

Uma nova evangelização para for­talecer e dar razões da nossa fé. Levar esta mensagem aos outros é o sentido a nossa missão. •

Texto escrito ao abrigo do A.O.L.P. de 1990.  Missões Franciscanas de Nov de 2012

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