quarta-feira, 19 de março de 2014

Dar Alma à Vida VII


Dar Alma à Vida VII

Este tempo da Quaresma é uma ocasião propícia para pensarmos a sério na nossa vida, na vida da Humanidade.

Ocorrem situações tão materialistas, fúteis, relativizadas e corruptas entre os Homens que aquilo que é espiritual parece não ter lugar. Muitos vivem hoje sem alma, são como ossos ressequidos a caminhar em tenebrosos atalhos de uma falsa felicidade, tão débil como o fumo que se esvai.

A verdadeira felicidade encontro-a na minha envolvência com Aquele a quem aderi porque me chamou e abri o meu coração para me dar com alegria nos irmãos para chegar ao Pai Eterno.

Dou graças a Deus por este dom da fé que me deu e que necessito de o alimentar com oração, estudo e partilha.

Do Evangelho, com o coração de Cristo ressuscitado, do meu coração baptizado neste Cristo da Vida, deve deixar estampar no rosto a alegria de uma Vida espiritual com Alma, isto é, uma vida alegre e feliz. Assim poderei eu dar alma à minha vida e partilhá-la com os outros.

Neste tempo quaresmal tenho, por isso, de trabalhar para que a minha vida seja uma oferta aos irmãos e ao Cristo ressuscitado.

Espero que os paroquianos compreendam melhor do que eu o que é preciso para, de mãos dadas, chegarmos à Páscoa e celebrarmos uma grande festa da Ressurreição, como a mais importante e, como se fosse, a última da nossa vida.

Aquilo que sugeri a nível da catequese, das crianças, dos adolescentes, dos jovens e dos Adultos não são mais que sugestões, mas cada um fará mais e melhor outra coisa que sabe ser necessário para viver um caminho que nos leva à Páscoa.

Adianto-me a pedir aos paroquianos que, por Deus, me perdoem porque eu quero… eu quero… eu faço, mas não quero quanto devia, nem faço quanto Deus quer e os paroquianos precisam de mim. Mas, como dizia S. Paulo, faço o que não quero e não faço o que devia fazer.

Peço aos meus amigos que rezem por mim para poder realizar ações mais eficazes, se for essa a vontade de Deus. Peço que me ilumine, e a todos, para que juntos possamos com os outros construir um mundo mais humano e justo.

Isto está na nossa génese, mas eu falo por mim, da minha experiência, dos antigos e do que estudo, mas acredito que falho como vós, naturalmente. No entanto, o meu coração encontra-se compungido, enquanto não for mais perfeito, para todos possamos chegar ao objectivo final que é atingir, em pleno, o Amor de Deus.

Uma vida que se dá é uma vida com Alma. Cada um sentir-se-á realizado e feliz por que é no “dar-se” onde está a alegria, a felicidade, como no Amar ao Outro por Deus e para Deus, está o Amor de Deus connosco.

A vida deve ser testemunho de Deus que é Amor.

Assim, daremos com a ajuda do Pai Celeste alma à vida. Uma vida com alma nunca morre!...
PC
 

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