Dar Alma à Vida VII
Este tempo da Quaresma é uma ocasião
propícia para pensarmos a sério na nossa vida, na vida da Humanidade.
Ocorrem situações tão materialistas,
fúteis, relativizadas e corruptas entre os Homens que aquilo que é espiritual
parece não ter lugar. Muitos vivem hoje sem alma, são como ossos ressequidos a
caminhar em tenebrosos atalhos de uma falsa felicidade, tão débil como o fumo
que se esvai.
A verdadeira felicidade encontro-a na
minha envolvência com Aquele a quem aderi porque me chamou e abri o meu coração
para me dar com alegria nos irmãos para chegar ao Pai Eterno.
Dou graças a Deus por este dom da fé que
me deu e que necessito de o alimentar com oração, estudo e partilha.
Do Evangelho, com o coração de Cristo
ressuscitado, do meu coração baptizado neste Cristo da Vida, deve deixar
estampar no rosto a alegria de uma Vida espiritual com Alma, isto é, uma vida
alegre e feliz. Assim poderei eu dar alma à minha vida e partilhá-la com os
outros.
Neste tempo quaresmal tenho, por isso, de
trabalhar para que a minha vida seja uma oferta aos irmãos e ao Cristo
ressuscitado.
Espero que os paroquianos compreendam
melhor do que eu o que é preciso para, de mãos dadas, chegarmos à Páscoa e
celebrarmos uma grande festa da Ressurreição, como a mais importante e, como se
fosse, a última da nossa vida.
Aquilo que sugeri a nível da catequese,
das crianças, dos adolescentes, dos jovens e dos Adultos não são mais que
sugestões, mas cada um fará mais e melhor outra coisa que sabe ser necessário
para viver um caminho que nos leva à Páscoa.
Adianto-me a pedir aos paroquianos que,
por Deus, me perdoem porque eu quero… eu quero… eu faço, mas não quero quanto
devia, nem faço quanto Deus quer e os paroquianos precisam de mim. Mas, como
dizia S. Paulo, faço o que não quero e não faço o que devia fazer.
Peço aos meus amigos que rezem por mim
para poder realizar ações mais eficazes, se for essa a vontade de Deus. Peço
que me ilumine, e a todos, para que juntos possamos com os outros construir um
mundo mais humano e justo.
Isto está na nossa génese, mas eu falo
por mim, da minha experiência, dos antigos e do que estudo, mas acredito que
falho como vós, naturalmente. No entanto, o meu coração encontra-se compungido,
enquanto não for mais perfeito, para todos possamos chegar ao objectivo final
que é atingir, em pleno, o Amor de Deus.
Uma vida que se dá é uma vida com Alma.
Cada um sentir-se-á realizado e feliz por que é no “dar-se” onde está a
alegria, a felicidade, como no Amar ao Outro por Deus e para Deus, está o Amor
de Deus connosco.
A vida deve ser testemunho de Deus que é
Amor.
Assim, daremos com a ajuda do Pai Celeste
alma à vida. Uma vida com alma nunca morre!...
PC
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