Hoje é dia de abstenção de bebidas, a não ser água. Esta é uma das sugestões na Paróquia para a semana da Verdade...
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Durante o período da Quaresma, que vai da Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Ramos (40 dias), muitos católicos se penitenciam deixando de fazer coisas que gostam. Alguns não comem chocolate, outros ficam sem refrigerante ou carne, não fazem a barba e não ingerem bebidas alcoólicas, entre outras promessas. Os comerciantes acabam sentindo no bolso. É o caso das distribuidoras de bebidas, que sofrem uma queda de 30 a 40% nas vendas.
O comerciante Luiz Geraldo de Oliveira, 44, proprietário do “Luizinho Cerveja e Festa”, acredita que antigamente essa queda era ainda maior. “Antes as pessoas respeitavam mais a Quaresma, mas agora não se importam em fazer muitas penitências”, afirma.
Luiz trabalhou por 15 anos na antiga Distribuidora de Bebidas Maitan, por isso relata que a queda nas vendas de bebida já foi bem maior. “Hoje não passa de 40%. Além de serem poucos os que fazem penitência de não beber nestes 40 dias, muitos desistem no meio do caminho. Antes de acabar a Quaresma, as vendas já começam a subir novamente”, relata.
Ao mesmo tempo, Luiz conta que existem aqueles que fazem esse ritual durante os 40 dias todos os anos. Segundo ele, um de seus clientes mais regulares, com histórico de grandes compras, fica sem beber todo ano nesta época. “É um clientão que eu perco na Quaresma”, brinca. A queda no período, segundo o comerciante, só não é maior devido ao calor.
Na Distribuidora de Bebidas Serv Festa, o proprietário Daniel Righeti, 30, também admite uma queda nas vendas entre 30 e 40%. Ele reclamou que a queda é geral e não se reflete apenas nas bebidas alcoólicas, mas também no aluguel de cadeiras e mesas para festas, entre outros produtos.
Daniel, aliás, também costuma fazer penitência durante a Quaresma. Ele revelou que sempre fica sem álcool nesta época, além de outras promessas que mudam a cada ano. “Este ano fiz mais abstinência”, conta. O comerciante não está bebendo álcool ou refrigerante, deixou de cortar a barba e não está consumindo doces e carne.
O vendedor Paulo Henrique da Silva trabalha no ramo há três anos e considera normal a quedas nas vendas. “São picos, cada época do ano é um estágio”, explica. Ele lembra que antigamente mais pessoas seguiam penitência na Quaresma. “Hoje este número é bem mais reduzido”.
Já o vendedor Denis Luciano Martins dos Santos Batistussi garante que as vendas começam a se recuperar antes mesmo do fim da Quaresma. “São as pessoas que desistem da intenção”, lembra.
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