Receita para preparar um bom
padre
Conheça os ingredientes necessários para obter um
excelente sacerdote, e uma receita digna dos melhores "restaurantes"
do mundo
Juan
Ávila Estrada
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© kazoka/Africa
Studio/SHUTTERSTOCK
Ingredientes:
- Um jovem previamente selecionado. Não precisa ser o melhor de todos.
- Espaço suficiente para que ele possa "ficar de molho" durante todo o tempo necessário.
- Uma equipe de "chefs" de alta qualidade. Inteligentes e virtuosos. Mais virtuosos que inteligentes.
- Sal a gosto (do Senhor), para que possa dar sabor ao mundo.
- Uma dose generosa de estudos filosóficos e teológicos.
- Bíblia e oração em grande quantidade. Quanto mais, melhor.
- O toque final fica por conta do Espírito Santo.
Modo de preparo:
Em primeiro lugar, o Senhor pega o jovem previamente selecionado e o convida a tornar-se pescador de homens. Nesta etapa, é importante o acompanhamento espiritual do seu pároco ou de um padre amigo.
Não importa a quantidade de medo; é preciso ficar de molho durante oito anos ou mais. Este tempo se dá em um espaço suficientemente cômodo, mas sóbrio, no qual o jovem passa por um processo de discernimento, ajudado por uma equipe de chefs especializados: existem os nacionais e os internacionais.
Tais chefs se prepararam na gastronomia italiana ou no próprio país. Os nacionais conhecem perfeitamente o que brota da própria terra e sabem fazer maravilhas com as pessoas que o Senhor confia à sua tutela.
Na equipe de chefs, há sempre um encarregado da cozinha; vamos chamá-lo de "reitor"; ele foi colocado neste cargo por disposição do seu superior e sua tarefa é supervisionar se tudo está em conformidade com a vontade do Grande Chef; os ingredientes devem ser de ótima qualidade, para que o produto seja apreciado por todos.
Comece colocando o jovem de molho (no seminário). É importante colocar sal desde o começo e não esperar até o final da preparação; se for deixado para o final, corre-se o risco de que o jovem se torne um sacerdote com excelente apresentação, mas sem sabor.
O sal pode ser colocado segundo o gosto do Senhor; Ele sabe a quantidade de que cada um precisa. Se os chefs fizerem isso sozinhos, correm o risco de exagerar e deixar o jovem desagradável, causando inclusive hipertensão.
Depois, tire tudo aquilo que possa estragar a receita no principal ingrediente. Retire os nervos (que seja prudente, mas não covarde), elimine o excesso de gordura (que não seja um peso para os outros ou para a comunidade) e lembre-se de que, para ser um excelente sacerdote, é preciso ser um excelente ser humano.
Enquanto fica de molho, é fundamental que lhe seja acrescentada uma quantidade generosa de literatura e estudos de filosofia; pular esta etapa da receita pode dar como resultado um fundamentalista muito perigoso, desses que garantem conhecer o lugar em que se encontra o cordão umbilical de Adão.
Forre seus estudos com uma adequada formação espiritual. Nesta tarefa, o Senhor pode oferecer uma grande ajuda: quanto mais intimidade com Ele, melhor será o sabor e mais excelente o resultado final.
Terminado o tempo de molho na formação filosófica, é preciso trocá-lo de recipiente – com muito cuidado, pois corre o risco de se desmanchar. Coloca-se então o ingrediente principal em uma comunidade paroquial; aqui se faz a primeira degustação da receita; o cliente final pode opinar sobre como está ficando o produto e dar seu parecer sobre o processo de preparação. É preciso levar em consideração a opinião da comunidade.
Depois, o jovem volta a ficar de molho, para receber os toques finais, que são muito importantes, porque o produto deve ser digerível e não causar intoxicação.
A parte final da receita inclui uma boa dose de teologia e Sagrada Escritura: o jovem não deve apenas estar com a Bíblia, mas ter gosto de Bíblia, e sobretudo sabor a Deus. Quem o experimentar, deve encontrar nele o doce sabor de Jesus.
Acrescente uma dose de amor mariano e outra dose de amor eclesial. Pode ser muito nocivo ter um sacerdote que diz amar a Deus, mas que não respeita a sua Igreja, seus superiores e tudo aquilo em que dizia acreditar no início da preparação da receita.
Finalmente, apresente o produto ao superior, para que este, se considerar conveniente, acrescente a essência de todo processo: imporá as mãos sobre ele e pedirá a Deus que lhe conceda o dom do Espírito Santo, para que o consagre e o configure à imagem de Cristo.
Recomendo a todos os comensais que tomem cuidado para não estragar o produto final com muito manuseio: nunca lhe digam que é o melhor prato servido à sua mesa, porque ele pode acreditar nisso e perder seu sabor original.
Quando for preciso tirá-lo da mesa, não o comparem com o substituto, pois cada prato tem seu sabor peculiar. O toque particular do Grande Chef não deixa que nenhum produto tenha o mesmo sabor que outro, ainda que todos tenham o gostinho do Senhor.
Bom apetite!
- Um jovem previamente selecionado. Não precisa ser o melhor de todos.
- Espaço suficiente para que ele possa "ficar de molho" durante todo o tempo necessário.
- Uma equipe de "chefs" de alta qualidade. Inteligentes e virtuosos. Mais virtuosos que inteligentes.
- Sal a gosto (do Senhor), para que possa dar sabor ao mundo.
- Uma dose generosa de estudos filosóficos e teológicos.
- Bíblia e oração em grande quantidade. Quanto mais, melhor.
- O toque final fica por conta do Espírito Santo.
Modo de preparo:
Em primeiro lugar, o Senhor pega o jovem previamente selecionado e o convida a tornar-se pescador de homens. Nesta etapa, é importante o acompanhamento espiritual do seu pároco ou de um padre amigo.
Não importa a quantidade de medo; é preciso ficar de molho durante oito anos ou mais. Este tempo se dá em um espaço suficientemente cômodo, mas sóbrio, no qual o jovem passa por um processo de discernimento, ajudado por uma equipe de chefs especializados: existem os nacionais e os internacionais.
Tais chefs se prepararam na gastronomia italiana ou no próprio país. Os nacionais conhecem perfeitamente o que brota da própria terra e sabem fazer maravilhas com as pessoas que o Senhor confia à sua tutela.
Na equipe de chefs, há sempre um encarregado da cozinha; vamos chamá-lo de "reitor"; ele foi colocado neste cargo por disposição do seu superior e sua tarefa é supervisionar se tudo está em conformidade com a vontade do Grande Chef; os ingredientes devem ser de ótima qualidade, para que o produto seja apreciado por todos.
Comece colocando o jovem de molho (no seminário). É importante colocar sal desde o começo e não esperar até o final da preparação; se for deixado para o final, corre-se o risco de que o jovem se torne um sacerdote com excelente apresentação, mas sem sabor.
O sal pode ser colocado segundo o gosto do Senhor; Ele sabe a quantidade de que cada um precisa. Se os chefs fizerem isso sozinhos, correm o risco de exagerar e deixar o jovem desagradável, causando inclusive hipertensão.
Depois, tire tudo aquilo que possa estragar a receita no principal ingrediente. Retire os nervos (que seja prudente, mas não covarde), elimine o excesso de gordura (que não seja um peso para os outros ou para a comunidade) e lembre-se de que, para ser um excelente sacerdote, é preciso ser um excelente ser humano.
Enquanto fica de molho, é fundamental que lhe seja acrescentada uma quantidade generosa de literatura e estudos de filosofia; pular esta etapa da receita pode dar como resultado um fundamentalista muito perigoso, desses que garantem conhecer o lugar em que se encontra o cordão umbilical de Adão.
Forre seus estudos com uma adequada formação espiritual. Nesta tarefa, o Senhor pode oferecer uma grande ajuda: quanto mais intimidade com Ele, melhor será o sabor e mais excelente o resultado final.
Terminado o tempo de molho na formação filosófica, é preciso trocá-lo de recipiente – com muito cuidado, pois corre o risco de se desmanchar. Coloca-se então o ingrediente principal em uma comunidade paroquial; aqui se faz a primeira degustação da receita; o cliente final pode opinar sobre como está ficando o produto e dar seu parecer sobre o processo de preparação. É preciso levar em consideração a opinião da comunidade.
Depois, o jovem volta a ficar de molho, para receber os toques finais, que são muito importantes, porque o produto deve ser digerível e não causar intoxicação.
A parte final da receita inclui uma boa dose de teologia e Sagrada Escritura: o jovem não deve apenas estar com a Bíblia, mas ter gosto de Bíblia, e sobretudo sabor a Deus. Quem o experimentar, deve encontrar nele o doce sabor de Jesus.
Acrescente uma dose de amor mariano e outra dose de amor eclesial. Pode ser muito nocivo ter um sacerdote que diz amar a Deus, mas que não respeita a sua Igreja, seus superiores e tudo aquilo em que dizia acreditar no início da preparação da receita.
Finalmente, apresente o produto ao superior, para que este, se considerar conveniente, acrescente a essência de todo processo: imporá as mãos sobre ele e pedirá a Deus que lhe conceda o dom do Espírito Santo, para que o consagre e o configure à imagem de Cristo.
Recomendo a todos os comensais que tomem cuidado para não estragar o produto final com muito manuseio: nunca lhe digam que é o melhor prato servido à sua mesa, porque ele pode acreditar nisso e perder seu sabor original.
Quando for preciso tirá-lo da mesa, não o comparem com o substituto, pois cada prato tem seu sabor peculiar. O toque particular do Grande Chef não deixa que nenhum produto tenha o mesmo sabor que outro, ainda que todos tenham o gostinho do Senhor.
Bom apetite!
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