Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima :
a nossa riqueza
O
Conselho Económico Paroquial, assim se designa actualmente a antiga Comissão
Fabriqueira ou Comissão de Fábrica da Igreja, tem por fim colaborar com o
pároco, aconselhando, agindo no sentido de administrar o património religioso
material da comunidade, fazendo a sua manutenção, conservação, valorização e
eventual ampliação. Compete-lhe também cuidar das contas de proveitos e custos
com os espaços religiosos do culto, da catequese e da caridade e encontra-se
registado com nº de contribuinte próprio.
Os
seus rendimentos vêm dos ofertórios das missas, esmolas e donativos diretos dos
paroquianos, receita proveniente do povo, e de pontuais intervenções de
entidades como a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal e outras.
Às
vezes as dádivas são confiadas com destinos específicos, que se fazem constar
nas contas, ora dizendo respeito ao culto, ora à evangelização, ora ao combate
à pobreza, assim, para que tudo funcione com espírito de unidade e comunhão,
harmoniosamente.
Quando
o Conselho Económico se encontra em boa situação económica, colabora com as
obras sociais. Assim aconteceu no princípio do Centro Social, do Ozanan –
Centro de Juventude, etc… Perante a pobreza que se verificava, em 1978, a
criação de obras próprias para o exercício da caridade tornou-se prioritária,
vindo depois a aceder a outras receitas através de protocolos, acordos e
parcerias. Tal prioridade fez com que o projecto de uma igreja nova fosse
também por isso durante muito tempo adiado. Às vezes não se fala do Centro, mas
da Paróquia, não se fala do Ozanan, mas da Paróquia, não se fala dos Vicentinos,
mas da Paróquia e mais ainda não se fala da Paróquia e das suas obras, fala-se
e escreve-se sobre a obra do Padre Coutinho, mas o Padre Coutinho não dura
sempre e o espírito da obra permanecerá, assim se espera.
O
Centro Social é hoje uma instituição autónoma, com outro nº de contribuinte,
corpos sociais próprios e colhe financiamento de várias entidades e do
Instituto de Segurança Social. As suas receitas, porém, têm fins exclusivamente
sociais e com elas se desenvolvem respostas sociais várias, bem conhecidas na
cidade, na região e até a nível nacional. Os seus bens materiais são
administrados por uma direcção, um conselho fiscal e por uma assembleia da
paróquia, o Conselho Paroquial de Pastoral, e nunca esses bens puderam nem
poderão sair da esfera das necessidades sociais para outros fins.
Assim,
compreende-se, catequese, escutismo, culto e igreja nova nunca se apoiaram nem
poderão vir a apoiar nas receitas obtidas para os fins sociais.
E se alguém alguma vez ousou pensar ou dizer que a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, é uma paróquia rica, apenas terá visto e expressado uma meia verdade. Ela é rica, de facto, pelo vasto serviço que presta à comunidade, que se estende da área da infância até à da terceira idade, acudindo aos mais carenciados e carecidos, através do Berço, Refeitório Social que dá de comer a mais de 50 famílias, Centro de Dia, Apoio Domiciliário, Ozanan, Vicentinos, Observatório Paroquial da Pobreza… tendo, para tanto, encargos com mais de 50 funcionários, para além de muito voluntariado. Não é, porém, mesmo nada rica no sentido de que seja detentora de bens e rendimentos capazes de desafogadamente fazer frente às suas atuais e reais necessidades.
O
apoio que o Estado nos canaliza à obra social se destina, deixando de fora
muitas das nossas preocupações do momento: os avultados encargos com uma outra
obra também muito importante, a da igreja nova e instalações afins. Uma e outra
obra se sustentam em ajudas internas e externas e só por força destas se
poderão efectivar.
D.P.N.
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