Dar Alma à Vida XV
Às vezes não se
dá Alma à Vida, antes se retira, porque se ama mais o materialismo da vida do
que o seu espiritualismo. Hoje vive-se uma vida de abundância de coisas
materiais ao ponto de muitos se sentirem felizes e cegos para viverem os
valores do espírito da vida que lhe dão Alma de que necessita para a salvar.
Não é por acaso
que se fala tanto de crise. Ela existe, mas não é crise da família, nem é crise
do homem, mas é a crise que os desequilíbrios da capacidade do Homem trouxeram
ao planeta em que vivemos. A crise não é de religião porque essa é intrínseca
ao ser humano, mas é da política económico financeira e tecnológica pela qual
se é arrastado pela ambição desmedida do ser humano que é inteligente e livre…
Foi o Homem o
causador de desequilíbrios internacionais e sociais em qualquer aspecto desta
vida no planeta: agrava-se o problema ecológico e ambiental, desaparecem muitas
das espécies, os políticos desacreditam, os avanços na tecnologia e multimédia
não deixam o Homem respirar, pensar, reflectir e a incorrer em facetas que
abatem a Alma na vida.
O avanço da
“ciência e tecnologia abrem portas na revolução biotecnológica e da manipulação
genética”, mas a falta do equilíbrio acaba quando o conceito de bem e de mal
para tudo se relativiza.
Ignorar tais
realidades é meter a cabeça na areia como faz a avestruz para se esconder,
afinal é óbvio que a Verdade só tem um caminho.
No entanto, “não
há que perder a esperança” porque o mundo não acabará, nem o Homem se destruirá
a si mesmo matando a Alma da Vida, mas Deus zelará para que o Espírito se
sobreponha à matéria e o equilíbrio entre ricos e pobres se sobreponha no
planeta, os desempregados encontrem a sobrevivência, os jovens encarem o futuro
com mais esperança e o mundo deixe de ser tão depressivo e se transforme numa
Alma que se imprime à Vida com um Amor inexorável.
Padre Artur Coutinho
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