Um velho, um idoso,
perante a situação que os nossos políticos nos colocaram, nesta já curta e
penosa permanência neste torrão tão amado pelos portugueses que deram e
sacrificaram a sua vida pela sua grandeza, espalhando a FÉ e a Língua pelos
quatro cantos do mundo, servindo anonimamente a sua Pátria e os cidadãos, nas
diversas actividades da administração pública e lutando pela sua independência
ou servindo-a generosamente sem interesses pessoais... não pode deixar de
manifestar a sua mágoa, a sua revolta pela forma como são tratados estes seres
humanos (idosos), na sua maioria já débeis, sem ânimo nem forças físicas que
lhes permitam "bastar-se a si próprios", dependentes de familiares,
de empregados pagos à hora, SÓS..., na maior parte do dia e da noite... agora,
quase sem capacidade material e monetária para os seus encargos. - (Se a pensão
for de 1 000 euros e pagar a quem o sirva 500 ou 600 euros, quanto lhe resta
para a habitação, a saúde, a farmácia e alimentação, etc.? O que pode comer? Há os que, como lixo, só o lixo que
encontrarem nos respectivos contentores... Por favor, façam exame de consciência!!
Recordo a minha
juventude e o tempo em que os políticos - presidentes de câmaras ou de
freguesias e seus membros, vereadores, etc. exerciam funções voluntàriamente,
eram os homens bons da sociedade, não tinham vencimento, gratificações nem
pensão de aposentação ou benesses políticas...
Os senhores deputados,
aposentavam-se pela sua categoria ou carreira civil ou militar, nos termos
gerais da legislação em vigor na Caixa Geral de Aposentações, com descontos
mensais durante 30,40, 50 anos ou mais, (eu, descontei 50 anos!).
Qualquer, sem descontos
para a Caixa Geral de Aposentações, com mais ou menos uma dúzia de anos em
funções políticas caíram no orçamento da Caixa Geral de Aposentações...Não há
dinheiro para pagar as pensões estabelecidas há mais de 10 ou 15 anos, devidas
a quem serviu com honra e dignidade o seu País, o Estado... um Estado que agora
se intitula de direito, democrático p social I
Que responsabilidades se exigiram a quem administrou mal a instituição,
um sector
estatal!...??
Mas há mais...! Para insulto à nossa
dignidade humana, à nossa capacidade mental, à nossa cidadania, não só nos subtraíram nas pensões estatuídas como
nos surripiaram nos subsídios de sobrevivência para
o que o cônjuge descontou, além da quota mensal para pensão de aposentação,
mais a quota mensal para o referido subsídio no correspondente aos anos de
serviço que lhe foram contados para aposentação, situação que alguns continuaram
a descontar durante anos (3, 6 ou 10 anos) após a aposentação.
Os velhos, os idosos,
estamos a ser tratados, não como pessoas, mas como trapos andrajosos, como
lixo, espoliados do nosso PATRIMÔNIO,
na generalidade o único patrimônio que constituímos para uma velhice digna,
humana, sem vergonha - a nossa pensão de aposentação e subsídio de
sobrevivência.
Se eu, cidadão
português, fundasse uma empresa em que constituísse um fundo com o contributo
de quota mensal dos empregados, garantindo-lhes a sua reforma correspondente ao
tempo de serviço prestado e à sua remuneração e, depois de 10 ou 15 anos após a
sua reforma lhes retirasse e negasse parte da importância estabelecida e que
estavam a receber, o que me acontecia?
E, se perguntasse: -a si, caro leitor, aos nossos
concidadãos, ao legislador e autores dos chamados cortes, aos políticos, aos
senhores deputados, a cada um dos senhores governantes deste País, aos senhores
da troica, aos europeus,
O que é que me chamavam ?... o que respondiam3
Digam alto e bom som, não me
ofendem.
-Para onde me mandavam? Onde estaria eu?
Há um descrédito generalizado
dos poderes públicos. Já me dirigi aos Órgãos Superiores do Estado,(Presidência
da República, Primeiro Ministro, Assembleia da República, Provedoria da
República...) várias vezes, desde 2006, para rectificação e aplicação de um
diploma legislativo anterior à minha exposição.
- E...? Sou um idoso..., lixo...!
Embora idoso com mais de 9
dezenas de anos, reclamo o direito de ser considerado como cidadão,
garantindo-nos o que adquirimos com o nosso trabalho e o de nossos cônjuges,
sem subtracções e não apenas cidadãos eleitores para servir políticos que
ofendam a justiça, o direito, a moral, a ética e a nobreza humana.
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Em 10 de Abril de 2014
VAfonso
Encontrava-se aqui em arquivo ou já teria sido publicado?
Pedimos desculpa pela demora...
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