quarta-feira, 25 de junho de 2014

O justo queixume de um idoso


Um velho, um idoso, perante a situação que os nossos políticos nos colocaram, nesta já curta e penosa permanência neste torrão tão amado pelos portugueses que deram e sacrificaram a sua vida pela sua grandeza, espalhando a FÉ e a Língua pelos quatro cantos do mundo, servindo anonimamente a sua Pátria e os cidadãos, nas diversas actividades da administração pública e lutando pela sua independência ou servindo-a generosamente sem interesses pessoais... não pode deixar de manifestar a sua mágoa, a sua revolta pela forma como são tratados estes seres humanos (idosos), na sua maioria já débeis, sem ânimo nem forças físicas que lhes permitam "bastar-se a si próprios", dependentes de familiares, de empregados pagos à hora, SÓS..., na maior parte do dia e da noite... agora, quase sem capacidade material e monetária para os seus encargos. - (Se a pensão for de 1 000 euros e pagar a quem o sirva 500 ou 600 euros, quanto lhe resta para a habitação, a saúde, a farmácia e alimentação, etc.? O que pode comer? Há os que, como lixo, só o lixo que encontrarem nos respectivos contentores... Por favor, façam exame de consciência!!

Recordo a minha juventude e o tempo em que os políticos - presidentes de câmaras ou de freguesias e seus membros, vereadores, etc. exerciam funções voluntàriamente, eram os homens bons da sociedade, não tinham vencimento, gratificações nem pensão de aposentação ou benesses políticas...

Os senhores deputados, aposentavam-se pela sua categoria ou carreira civil ou militar, nos termos gerais da legislação em vigor na Caixa Geral de Aposentações, com descontos mensais durante 30,40, 50 anos ou mais, (eu, descontei 50 anos!).

Qualquer, sem descontos para a Caixa Geral de Aposentações, com mais ou menos uma dúzia de anos em funções políticas caíram no orçamento da Caixa Geral de Aposentações...Não há dinheiro para pagar as pensões estabelecidas há mais de 10 ou 15 anos, devidas a quem serviu com honra e dignidade o seu País, o Estado... um Estado que agora se intitula de direito, democrático p social I

Que responsabilidades se exigiram a quem administrou mal a instituição, um sector

estatal!...??

Mas há mais...! Para insulto à nossa dignidade humana, à nossa capacidade mental, à nossa cidadania, não só nos subtraíram nas pensões estatuídas como nos surripiaram nos subsídios de sobrevivência para o que o cônjuge descontou, além da quota mensal para pensão de aposentação, mais a quota mensal para o referido subsídio no correspondente aos anos de serviço que lhe foram contados para aposentação, situação que alguns continuaram a descontar durante anos (3, 6 ou 10 anos) após a aposentação.

Os velhos, os idosos, estamos a ser tratados, não como pessoas, mas como trapos andrajosos, como lixo, espoliados do nosso PATRIMÔNIO, na generalidade o único patrimônio que constituímos para uma velhice digna, humana, sem vergonha - a nossa pensão de aposentação e subsídio de sobrevivência.

Se eu, cidadão português, fundasse uma empresa em que constituísse um fundo com o contributo de quota mensal dos empregados, garantindo-lhes a sua reforma correspondente ao tempo de serviço prestado e à sua remuneração e, depois de 10 ou 15 anos após a sua reforma lhes retirasse e negasse parte da importância estabelecida e que estavam a receber, o que me acontecia?

E, se perguntasse: -a si, caro leitor, aos nossos concidadãos, ao legislador e autores dos chamados cortes, aos políticos, aos senhores deputados, a cada um dos senhores governantes deste País, aos senhores da troica, aos europeus,

O que é que me chamavam ?... o que respondiam3

Digam alto e bom som, não me ofendem.

-Para onde me mandavam? Onde estaria eu?

Há um descrédito generalizado dos poderes públicos. Já me dirigi aos Órgãos Superiores do Estado,(Presidência da República, Primeiro Ministro, Assembleia da República, Provedoria da República...) várias vezes, desde 2006, para rectificação e aplicação de um diploma legislativo anterior à minha exposição.

- E...? Sou um idoso..., lixo...!

Embora idoso com mais de 9 dezenas de anos, reclamo o direito de ser considerado como cidadão, garantindo-nos o que adquirimos com o nosso trabalho e o de nossos cônjuges, sem subtracções e não apenas cidadãos eleitores para servir políticos que ofendam a justiça, o direito, a moral, a ética e a nobreza humana.

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Em 10 de Abril de 2014
 
                                                                                                                                                                                VAfonso
 
                                                                                             Encontrava-se aqui em arquivo ou já teria sido publicado?
                                                                                             Pedimos desculpa pela demora...

 

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