A
Liturgia também espaço de Voluntariado
A liturgia é a celebração da fé. Quem tem fé, celebra-a
nos actos próprios.
Celebra-a com mais ou menos participação. Aqui existe
tembém um certo voluntariado.
O Pároco faz apelos, às vezes faz convites directos às pessoas
e “muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos”, isto é, poucos dizem
sim. Este sim é ao mesmo tempo um problema de fé, é uma resposta de fé, mas é
também um voluntariado que se oferece num serviço de animação litúrgica, no
canto, na leitura, no acolhimento, na recolha das ofertas, na decoração e
ormamentação do espaço, na caridade com as alfaias próprias e necessárias ao
serviço digno da liturgia, à informação e orientação da liturgia através de uma
folha conhecida por “Luz Dominical” ou “Horizonte”, o Ministério da Comunhão, a
Comunhão dos Doentes. As paraliturias... a Oração de Vésperas na Quaresma. A
oração dos Ciganos (orientada por eles) e com os ciganos, o salmista e o
comentarista.
Ao princípio o acolhimento era feito pelo pároco. Depois passou a ser feito por ele e por dois leigos que distribuíam a “Luz Dominical”. Depois criou-se uma equipa de liturgia que reunia todas as semanas, reflectia semana a semana, sobre a liturgia, preparava-se a liturgia, preparava-se a “Luz Dominical” e os “cantos”. Fizeram-se cursos vários para leitores, para ostiários, para acólitos adultos e juvenis.
Com os ostiários abre-se a igreja todos os dias das 8H às 12H e das 14H às 19H. Só está encerrada nos feriados e aos Domingos de tarde.
Tudo isto é voluntariados que põe isto em movimento. Nem todos se prestam a fazer estes trabalhos. Há três grupos corais, a saber: o litúrgico (Adultos animados e orientados por Joaquim Gomes); o Juvenil orientado e animado por Célia Novo; o Clássico orientado e animado por Rui Felgueiras.
Há membros que têm participado em encontros de pastoral litúrgica diocesana e, a nível nacional, há um leigo que há anos seguidos, assim como leitores, acólitos e M. Extraordinários da Comunhão.
Na liturgia têm sido explorados algumas devoções como:
dos dias 13, das primeiras sextas-feiras, primeiros sábados, das primeiras
quintas-feiras, de uma missa semanal pelas almas, o mês de Maio e o mês de
Junho, a novena do Menino, na Abelheira.
A oração diária do Terço, à semana, antes da Missa da tarde.
Missa própria para as crianças da catequese em número de
930 crianças activas, faltosas cerca de 250, ao Domingo e missa vespertina para
a catequese de sábado, envolvendo assim as crianças, as famílias e os
catequistas na Missa dominical porque as crianças que têm missa ao sábado
normalmente não vêm ao Domingo à Missa. Assim está cheia a missa de sábado e a
do Domingo da catequese e sendo, mesmo assim inconfortável o espaço quer em
salas, quer em igreja para a catequese,
esperando-se pela nova Igreja.
Quem canta, quem reza, quem medita gosta de encontrar uma
decoração bonita, uma limpeza o mais perfeita possível, um espaço o mais
condicionado possível em altura em comprimento e em altura, em relação ao
número de pessoas, ao género com mais ou menos grou de vivência espiritual.
Recebi alguns testemunhos de pessoas que se dedicam à liturgia como o de um acólito que está convencido que a liturgia “é mais rica, mais linda” assim. Um leitor afirma que “o padre deve fazer tudo na missa e nem só ele sabe ler. Gosto de emprestar a minha voz. Já participei em 4 cursos de leitores.” “Sou zeladora porque não gosto de ver a igreja mal arranjada”, enfim...,mas, o mais longo e “per latum” testemunho vai ser transcrito na sua totalidade,como segue:
Falar de voluntariado no Coral Juvenil da Paróquia de Nª Srª de Fátima significa falar de uma vivência e de uma partilha de sentimentos religiosos, de fé cristã apre(e)ndida e proveniente dos bancos da catequese, a par de uma disponibilidade humana, social e cultural dos jovens que dele fazem parte.
A palavra “voluntariado” convive com a palavra “apostolado”. Se, por um lado, a participação dos jovens tem uma relação directa com a catequese e um princípio base de “serviço pastoral”, por outro, reveste-se de sentimentos de voluntariado humano, social, cultural, quando há uma participação activa nas actividades de angariação de fundos para as obras – como foi com a gravação de um CD em conjunto com os outros dois grupos corais –, bem como outras actividades que, embora de carácter religioso, contribuem para a sensibilização da Comunidade – para a fragilidade social, entre outras – como aconteceu com a realização, em 1997, de um Gospel Night (Noite de Evangelho), com uma mensagem repleta de valores humanos e cristãos.
Enquanto espaço de convívio, formação cristã e amizade, no Grupo Coral Juvenil cada um é “voluntário para o outro” na medida em que se “oferece” para o crescimento e formação de todos e, em grupo, para as necessidades da Paróquia.
Alguns elementos deixam também o seu testemunho pessoal:
“Ser
voluntário é SER AMOR!”
“Ajudar
é um bem preciso e por isso eu ajudo com vontade e não por pedido”
“Voluntariado
não é só ajudar materialmente as pessoas mas, também, encher-lhes o coração de
alegria e alento de viver, através da nossa voz e da nossa música.”
“Eu
fui para o coro porque gosto de cantar, de ter amigos novos e, de Jesus!”
“Ser
voluntária é partilhar com os outros uma pequena parte de mim, recebendo em
troca um espírito mais rico.”
“Fazer
voluntariado é cada vez mais importante para as pessoas saberem ajudar sem ter
nada em troca a não ser gratidão e amizade.”
“Entrei
para a catequese involuntariamente(…) Gostei! Continuei voluntariamente, fiz
grandes amizades, aprendi muito e cresci também bastante como pessoa.
Apaixonei-me ainda mais pelo voluntariado desta “casa” que só vive por nós e
graças a nós. O coro é, agora, como uma bebida quente que aquece a garganta, dá
energia e reconforta a mente!”
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