O “MER” E PALAVRAS COM O PREFIXO
‘Mer´
“Mer” é uma palavra Indo-europeia
que pode significar morte e é a raiz de muitas palavras nas diversas línguas
que bem podem ser sinónimo de morte com mérito, quando morte natural, (honra)
renúncia a algo (outra coisa), deixar de ser honrada a meretriz para ser
propriedade de, como moeda de troca (mercado), como algo que se esconde
(mergulho) e os termos usados ainda (compra e venda) merceeiro, com o
significado de homem (mêr).
É (mar, grandeza) em francês, é plus em sueco,
merci, merie, merle... Tem significado positivo e intensivo. Assim: vossa mercê
(vossemecê), tem mérito, tem honra, é senhor de alguém ou de alguma coisa,
pode, tem e é digno porque desprendeu-se a favor de…, ou trocou, vendendo, ou
comprando algo, mercando, apropriando-se de…, é mercantil e é mercantilista de
mercadoria que o merceeiro vendeu por algo que alguém mercou ou trocou
recebendo dinheiro para poder trocar e ter para merendar a merida para merenda
merecida, com a merreca “merculina” em honra de mercúrio, (deus dos mercadores)
na cidade de Mérida, ou Mértola, ou na aldeia de Merufe, em dia de meruja? Esta
troca com mérito porque se pagou, o meritíssimo juiz não poderá “mercer” ajuizar
sem conhecimentos merceológicos para não ser um mero mercenário. Quantas
palavras com mer como radical?
Claro
que Pedro Machado é uma grande autoridade na língua portuguesa e quanto a isso
não há dúvidas. No entanto, não bastará uma análise linguística a partir do
latim ou do grego, é preciso ir às culturas dos povos mais primitivos, os que
passaram na mesma região, as suas hipotéticas influências, suas línguas e o
tempo que os vincularam à zona… e a sua evolução cultural. A mobilidade dos
povos, como hoje, altera também a cultura linguística.
Para além disso é preciso conhecer a geografia e a
morfologia do topónimo e da sua envolvência no espaço e na cultura deste
planeta.
A
toponímia é uma grande arma que nos pode levar à descoberta da colocação dos
povos em mapa.
Aquilo
que é minha opinião, ela não é tão leviana como possa parecer, embora não seja
homem de línguas, sou apenas um curioso e observador. A minha opinião é baseada
em livros que possuo sobre os povos e línguas antigas e também através da
internet.
Merufe
precisou de passar por Marufe, ou é mais antiga?
Continuo
a insistir. Se opinei que Merufe seria um fojo de lobos pela composição de duas
palavras primitivas a partir da mesma língua por dois radicais primitivos a
significar morte e lobo porque há-se ser em Merlim de origem obscura?
O emer é o mesmo que
mágico. Pelos curdos da Turquia mêr tem significado de “homem”. O emérito é
aquele que tem honra.
Piel
e José Pedro Machado abriram portas, mas não as fecharam. “Não me cortem a raiz
ao pensamento” porque tenho a liberdade de emitir a minha opinião, ainda que
ela seja discutida ou lançada ao caixote de lixo. Era melhor que os linguistas
continuassem à procura das origens dos topónimos.
Mais
fácil será dizer para a maioria, mesmo as de origem latina ou grega, que é
sempre obscura porque diz-se sempre a verdade porque a origem vai mais longe do
que são divulgadas as origens científicas do mundo.
Mesmo
assim a minha opinião pode ser obscura porque em linguística podemos falar de
mistério como se fala da origem do mundo, das coisas, dos planetas, do homem e
da mulher.
A
história bíblica tem sempre explicação para o mistério, mas é preciso senti-la
para a viver com os olhos no Alto.
O
que dizer da origem das línguas? Não terá alguma razão a Bíblia quando nos fala
na Torre de Babel?
A propósito poderia
dizer algo da raiz “Kar”, “Kam”, assim como, “Pen”, celta, e dava apenas
exemplos que conheço como Candeira, Candal de Kam, Carnota de Kam, Pena ou
Penha, da Pen que é lugar, ou sítio, de pedra miúda ou ainda de grandes pedras,
penedos, conforme o povo baptizou e baptiza tais topónimos, o lugar das Penas
ou o lugar das Peninhas. Tanto “Kam” como “Pen” são palavras indo-europeias
para significar pedra, rocha ou algo duro.
Acontece que no mesmo
lugar existem topónimos que dizem o mesmo com palavras diferentes. Na Serra
d`Arga há pena, peninhas, penha, cando, candeira, candal. Assim como topónimos
Cantanhede, Penalva, Pedorno, entre tantos, semelhantes que há neste país e na
vizinha Espanha. Temos assim os exemplos, a propósito de “Kan” e “Kar” de
Canedo, Candemil, Candosa, Caneiro, Candoso, Cambeses, Cardoso, Camboas,
Carreto, Carreço, Carriça, Carreteiro, Carreta, Carrara, Carregado, Carregosa,
Carona, Carnota…
O baptismo toponímico pode ser descoberto
através das origens, do conhecimento das culturas e línguas de povos que por
ali passaram, ou viveram, antes de culturas posteriores. Portanto não é assim
com tanta ligeireza que se pode ir buscar a origem de palavras toponímicas, e
não só, às respectivas grandes línguas; o latim hoje é uma língua morta, embora
não desprezível porque lá encontramos a origem, de imediato, da nossa língua.
Em Portugal praticamente já não se estuda latim, enquanto em países germânicos,
como na Alemanha, o latim é obrigatório.
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