POR QUE MAIO É O MÊS DE MARIA?
Na pequena casa de Nazaré, um anjo apareceu para uma jovem e virgem, para dizer-lhe que Deus a escolhera para ser a mãe do Salvador. Ela assustou-se e disse que ainda nem era casada e por isto não podia acontecer. Seu nome era Maria. Mas Deus em plano de Amor, escondeu- se na clausura virginal daquela jovem, vestiu-se da carne humana e veio salvar a humanidade.
Porque Ela nos deu o Salvador, tornou-se "A Mãe do meu Senhor" disse Isabel, sua parenta. Deste dia em diante, mediante ao que cremos através do Evangelho, a proclamamos "Mãe de Deus", com a maior dignidade, com que poderíamos exaltá-la.
Se todas as mães merecem ter um dia no ano para serem carinhosamente lembradas e homenageadas, com certeza a Mãe de Deus, que nos foi dada também por mãe, naquela tarde crucial e dolorosa, lá no Calvário, bem merece ser lembrada e homenageada, por um mês inteiro.
A origem do mês de maio como, Mês de Maria, é decorrente de muitas festas e divertimentos, de um período antigo e de heranças. No mundo pagão, por exemplo, acontecia a Florencia, uma grande festa em honra da deusa Flora Mater, como a deusa da vegetação. Na Europa, estas festas ainda são celebradas em diversos países, para homenagear o reflorescimento da natureza, visto que neste período é a Estação da Primavera.
No mundo cristão, como tentativa de corrigir os excessos e abusos de grandes e muitas festas, a partir do século XIII, a figura de Maria começa a ser associada ao mês de maio. O primeiro a dar este importante passo celebrativo, foi o rei Afonso X, rei de Castela e León, na Espanha. A partir de então, começam a surgir práticas devocionais no sentido de homenagear a Virgem Santíssima. Aos poucos, o mês vai tomando um aspecto mariano que se consolida no séc. XVIII, com a publicação de obras como a do padre jesuíta A. Dionisi, que pode ser considerado o iniciador do mês mariano no sentido moderno.
É importante lembrar que o mês de maio é dedicado a Maria apenas no Ocidente, pois para a Igreja do Oriente, o mês mariano por excelência é agosto, quando se celebra a Festa da Dormição de Nossa Senhora (Assunção de Nossa Senhora)
Somos muito pobres e miseráveis, se nos dissabores da nossa caminhada terrena não tivermos Maria, como uma Mãe sempre protetora e solícita. É só lembrar a cena evangélica das bodas em Caná da Galileia. Foi por um discretíssimo pedido de sua Mãe que Jesus transformou vários barris de água, em vinho da melhor qualidade.
Na Igreja, as confidências, que a mente e o coração de um sacerdote guardam, relatam as graças do céu tão abundantes, vindas pela intercessão de Maria Santíssima, em favor das mães que imploram por seus filhos. Esta solicitude da Mãe de Jesus por nós cristãos é descrita de uma maneira muito colorida pelos poetas, que têm o carisma de dizer as coisas com graça e beleza, que só Deus lhes pode conceder.
Dante, na Divina Comédia, advertiu que quem quer algo do Céu e não recorre a "Ela", é o mesmo que querer voar sem asas.
Outro poeta descrevendo "a Oração Mediadora de Maria" que sobe em especial ao coração de Deus, finaliza: "Estrela da manhã (...) a luz do teu olhar abre clareiras. / E o caminho do céu só tem barreiras / sem as asas da tua intercessão".
Maio, mês de Maria, é convite para olharmos o céu em homenagem à Mãe de Deus. Daí a certeza da proteção divina para nossos passos nesta difícil ascenção a que somos convidados. A razão de nossa confiança filial em Maria é o próprio Jesus que depois de ter dado tudo que podia, ainda na Cruz nos deu Nossa Senhora, como nossa Mãe!
Adaptado: texto de Dom Dom Benendicto de Ulhoa Vieira e da Revista Milícia da Imaculada)
Edna Pereira Ares
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