sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Dar Vida à Alma XXIV


Dar Vida à Alma XXIV


 
Dar Alma à Vida é dar, por exemplar, a um cálice de madeira, de vidro, ou de metal pobre, a possibilidade de ter conteúdo mais rico e mais nobre que possa haver à face da Terra. É fazer com que o cálice pobre seja mais rico que o de ouro mais fino porque o que dá Vida é o conteúdo e não a superfície ou material do objectivo de que é constituído…

Dar Alma à Vida é fazer com que um Verde Bom, do Minho, servido num copo qualquer não deixe de ser bom, sem ser bebido por uma tigela vidrada.

Dar Alma à Vida é fazer com que aquele que está caído se levante e o esfomeado mate a fome.

Dar Alma à Vida não está na matéria, mas na Alma que se quer dar à matéria para que ela, também obra de Deus, continue a ter mais Vida porque lhe damos Alma.

Sou eu que tenho de dar Alma à Vida e Deus não me falta com nada, mas nem sempre sou a Alma que devo ser, nem a minha vida reluz a Alma que lhe quero dar.

É que, dar Alma à Vida, passa por um cálice cheio de licor suculento e de sabor divino de sangue derramado pela minha Vida e pelas dos outros que se cruzam comigo…

Dar Alma à Vida é seguir o Caminho, a Verdade e a Vida, atributos que Jesus atribuiu a si mesmo.

 
Quando eu for Caminho, Verdade e Vida, estou a dar Alma à Vida e a ser: sacerdote profeta e rei a partir do meu Baptismo que me fez filho de Deus e irmão de todos, de um modo particular dos que de qualquer forma sofrem.

Eu darei Alma à Vida, se fizer que o outro Viva, ainda que, para isso, eu tenha de renunciar a algo que me agrada.

 

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