sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Assembleia do Clero em Ponte da Barca Padres seculares desafiados à vida em comunidade


Padres seculares desafiados à vida em comunidade
 

A vida e obra de S. Teotónio foi a fonte de inspiração para, em Assembleia de Cle­ro, o padre Gonçalo Pereira do Vale deixar o desafio aos padres da Diocese de Viana do Castelo: “o esforço de aprender a vida comunitária”.
Numa intervenção sobre a figura do pri­meiro santo português, o padre Gonçalo Pe­reira do Vale, pároco de Ganfei, terra de Va- lença que é o berço de S. Teotónio, no de­senvolvimento da temática “vive o que ensi­nas” explicou que os “Cônegos Regrantes” (Congregação do Santo) são uma espécie de “terceira via” entre os padres seculares (diocesanos) e os religiosos de vida comu­nitária, dado que “viviam no mosteiro uma vida comunitária, mas voltados para o exte­rior” dado o seu carisma de formadores e pregadores. “Não fogem do mundo, mas ali- mentam-se na comunidade para dar fruto no exterior”, explicou.
Numa altura em que é necessário “re­fazer o tecido” da acção pastoral no concre­to das comunidades, este olhar para a vida comunitária pode trazer algumas respostas para as necessidades, quer dos próprios padres, quer das comunidades por eles ser­vidas.
Este tempo de encontro, que é celebra­ção do Ano da Fé, serviu para se partilhar algumas iniciativas pontuais de reunião de sacerdotes com diversas finalidades e pro­veitos que ajudam sempre à fraternidade de quem serve a mesma Igreja.
O Bispo Diocesano, tomando a pala­vra alertou para a tentação do “individualis­mo”, recordando a recomendação do Papa, na visita a Portugal, que convidou a acolher “novas comunidades” que são expressão concreta da graça de Deus ao serviço da unidade e da comunhão. Esta intervenção estava em linha com a homilia do Papa que aludiu a “hipocrisias” e “podridão” no interi­or da Igreja com o conseqüente risco de separação. Se a Igreja perder a sua unida­de, advertiu, destrói-se.
Na homilia da Eucaristia, onde padres e fiéis leigos puderam beijar a relíquia de S. Teotónio, acabada de chegar de uma ver­dadeira volta ao mundo passando por to­das as casas do Crúzios, D. Anacleto Oli­veira falou da “gratuidade” como “uma das expressões mais belas do Reino de Deus que é desprendimento”.
Dirigindo-se ao seu clero sublinhou que se a gratuidade não estiver presente naquele que anuncia, então, “o anúncio não tem cre­dibilidade”. E diante de muitos leigos que celebravam a sua fé enalteceu a generosi­dade de muitos que é “um exemplo extraor­dinário” de “gratuidade” com que se dedi­cam a “fazer bem à Igreja e o bem da Igre­ja”.
Concluiu a homilia pedindo ao Senhor que “mande operários para a messe”, isto é, “pessoas nas quais Deus realize a sua obra de salvação”.
A próxima Assembleia do Clero está agendada para o próximo dia 14 de Março, no arciprestado de Vila Nova de Cerveira.
 
In Notícias de Viana de 21 de Fevereiro

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