segunda-feira, 21 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
Padre Vitorino ou Estevão Simões nos 40 anos de evangelização de Moxico Velho com um Bispo que foi seu catequesisando* Diocese de Luena- Angola
Padre Vitorino ou Estevão Simões nos 40 anos de evangelização de Moxico Velho com um Bispo que que foi seu catequisando
Diocese de Luena- Angola
FUNDAÇÃO PORTUGUESA DO PULMÃO - DELEGAÇÃO DISTRITAL DE VIANA DO CASTELO * No Outono, atenção à prevenção das infeções respiratórias de Dr. Pimenta de Castro
Pimenta de Castro (*)
pimentadecastro@portugalmail.com
FUNDAÇÃO PORTUGUESA DO PULMÃO - DELEGAÇÃO DISTRITAL DE VIANA
DO CASTELO
Quando o tempo frio e húmido se aproxima é o momento de
pensarmos nas suas consequências para a saúde do nosso aparelho respiratório
importantes mecanismos de defesa contra as infeções, que, por muitas razões,
podem ser insuficientes para cumprir a sua missão quer porque os agentes
agressores são em grande quantidade e muito virulentos, quer porque o nosso
organismo tem as defesas diminuídas, justificando medidas que reforcem as
mesmas.
Uma infeção respiratória que pode ser prevenida por uma
vacina é a gripe. Como o vírus da gripe muda anualmente, para se obter proteção
é necessária a vacinação anual. Que está indicada, sobretudo, para as pessoas
mais frágeis, nas quais a gripe pode tornar-se uma doença grave, os chamados
grupos de risco: indivíduos com mais de 65 anos; pessoas com doenças
debilitantes, tais como diabetes, doenças crónicas do fígado, coração, ou rins;
pessoas como doenças respiratórias crónicas como a asma e DPOC; ainda, a
generalidade das pessoas que apresentam compromisso da sua imunidade. Nos
grupos a serem protegidos com a vacina da gripe incluem-se, ainda, as crianças
dos 6 aos 36 meses e as grávidas no segundo e terceiro trimestres de gravidez,
e profissionais da Saúde.
Igualmente está recomendada a vacina contra a pneumonia
pneumocócica em praticamente os mesmos grupos de risco.
Também se podem usar medicamentos chamados imunomoduladores,
que ajudam a aumentar a resistência do organismo às infeções respiratórias.
Ter uma deficiente ou inadequada alimentação, ser
sedentário, fumar, abusar do álcool ou de outras drogas, ou não respeitar os
períodos de repouso, enfraquece o nosso sistema imunitário. Sabe-se que o fumo
do tabaco tem como efeito diminuir a atividade de células que têm como missão
destruir bactérias e vírus que penetram no aparelho respiratório. Uma boa
imunidade requer um estilo de vida saudável: uma boa alimentação (evitar
comidas muito calóricas e ricas em gorduras saturadas, açúcar, sal e excesso de
álcool), atividade física regular e respeito pelos períodos de repouso (é
durante o período de repouso noturno que se verifica a regeneração das células
responsáveis pela defesa contra os micro-organismos.
(*) Médico Pneumologista
A Aurora do Lima – 17 de Outubro de 2013
Evocando João Alves Cerqueira
Evocando João Alves Cerqueira
Como noticiámos, este reavivar de memórias aconteceu no
passado dia 11 deste mês, ao fim da tarde, no Museu Municipal [de Artes
Decorativas). Foi uma iniciativa do Centro de Estudos Regionais (CER), no
seguimento da exposição "Viana Fiel Amiga do Mar” inaugurada a meados de
agosto, onde ocorreu, também, o lançamento do livro "Memórias da Empresa
de Pesca de Viana" (EPV), da autoria do Cmdt. da Marinha Mercante, Manuel
Oliveira Martins. A exposição mantém-se até sábado, dia 27 deste mês.
Tratou-se de uma vocação informal e simples de João Alves
Cerqueira, da importância que foi conquistando a partir de meados da década de
30, na direção e desenvolvimento da Empresa de Pesca de Viana e, mais tarde, em
1944, no lançamento e criação, com Vasco d'Orey, dos Estaleiros de Viana
(ENVC).
Passados pelo menos mais de 70 anos, ainda foi possível
recorrer a algumas das já poucas memórias vivas de antigos colaboradores da
EPV, e de gente da Ribeira, e de pessoas que ainda o conheceram, familiares
distantes e amigos da família que compareceram a esta sessão. Com o apoio de um
diaporama, recordaram-se episódicas intervenções daquele grande empresário das
pescas nesta cidade, que se abalançou, mais tarde, à construção de barcos nos
ENVC, para a pesca do bacalhau. Lembrada, também, a importância que teve no
desenvolvimento do nosso porto de mar, designadamente, no comércio de
exportação de madeiras, na descarga do sal e do bacalhau para a seca da EPV, no
Cais Novo, em Darque. Não se esqueceram, ainda outros, de relembrar a vertente
de benemérito, principalmente na edificação do Templo-Monumento em Sta. Luzia;
nas ajudas que também deu à Cruz Vermelha; ao Orfanato (Oficinas de S. José);
ao Lar de Sta. Teresa (Asilo da Infância Desvalida); ao Sport Clube Vianense
(eleito sócio benemérito em 1954) e de outras tantas instituições, quer ainda
em ajudas individuais que dava aos pobres, quer a quem tivesse acontecido
alguma desgraça na nossa Ribeira!...
Foram os testemunhos ainda possíveis, de antigos colaboradores
da "Empresa” e do "Escritório” de João Alves Cerqueira". Assim
eram conhecidos os dois edifícios entre a Alameda que tem seu nome e o Largo
Vasco da Gama, onde se situam aqueles dois imóveis e que bem poderia passar a
apropriar-se de seu nome.
Condecorado em 1960, ainda em vida (faleceu em 1966), com a
Medalha de Mérito Industrial, pelo Presidente da República de então, este Homem
era indubitavelmente merecedor de uma maior gratidão na sua terra, que
recordasse para sempre a dimensão que imprimiu à cidade e ao concelho em geral,
nas décadas de 35 a 60, do século passado, no desenvolvimento económico e
industrial, e na criação de inúmeros postos de trabalho.
E.
A Aurora do Lima – 17 de Outubro de 2013
Delegação timorense em Viana do Castelo recebida pela Câmara
Delegação timorense
Uma delegação timorense, que integrou o vice-ministro da
Educação Secundária e o diretor nacional do Ensino Técnico Vocacional, foi
recebida na Câmara Municipal pelo edil José Maria Costa. Em cima da mesa esteve
a oferta formativa da região e a possibilidade de cooperação entre municípios
timorenses e Viana do Castelo, bem como a possibilidade de criar estágios
profissionais em Timor Leste.
A delegação integrou ainda o vice-presidente do Instituto
Politécnico de Viana do Castelo, o presidente da Associação Empresarial de
Viana do Castelo (AEVC), o diretor do For-Mar e Portela Rosa, entre outros, e
foi recebida pelo autarca de Viana do Castelo, no âmbito de uma visita com a
temática da formação profissional e tecnológica.
Na sessão, foi abordado o projeto Centro de Mar, que recebeu
merecida atenção por parte do grupo de dirigentes timorenses, mas foi também
abordado o processo de descentralização que está em curso em Timor Leste, na
criação dos Municípios, tendo sido aberta a possibilidade de existir cooperação
entre o Município de Viana do Castelo e Timor Leste, nesta matéria, no âmbito
da formação.
Na receção, foram também abordadas as hipóteses de trabalho
de estágios de professores, a ser articulados entre o Estado Timorense e as
instituições de formação do Alto Minho.
A agenda da delegação passou ainda por uma visita ao For-Mar
e aos seus estaleiros e às instalações daquela instituição de ensino.
A Aurora do Lima – 17 de Outubro de 2013
As confissões do padre Dias, in Aurora do Lima
As confissões do padre Dias
Padre Manuel Gomes Dias é uma das mais emblemáticas e
acarinhadas personalidades limianas. Visionário e de ideias diferentes para a
sua época, afirma que as posições que tomou lhe trouxeram "muitos
dissabores", mas garante: "nunca me arrependi de nada do que
fiz".
Lúcia Soares Pereira
Nasceu a 4 de Maio de 1933, em Fornelos, na casa do Monte da
Madalena, onde os seus pais moravam e eram responsáveis por "um
bufete" que dava apoio a quem fosse visitar a capela e o monte. Filho de "pais
simples", tinha 10 irmãos.
Diz que a sua relação a Ponte de Lima é
"umbilical" e considera ter sido "um rapaz pouco brincalhão, mas
bom mocinho". "Vivia na Madalena e vinha abaixo à vila, mas depois
entrei no seminário, com 12 anos", recorda padre Manuel Gomes Dias.
"Não havia mais nada. A minha vocação era ser médico,
mas as freiras disseram que tinha jeito para padre. Não sei onde viram o jeito,
mas lá fui eu", diz entre risos. Sublinha que casar e constituir família
não era sua pretensão, já que "para casar tinha os irmãos". Quanto a
paixões recorda uma, quando andava no Colégio D. Maria Pia, mas sustenta que
"não tinha idade para namorar". "Nunca me prendi a nada. Não
apareceu ninguém e eu também não tinha coragem de aparecer", confessa
padre Manuel Dias.
Aos 12 anos ingressa, então, no seminário, onde continua os
seus estudos até ser ordenado sacerdote, a 15 de Agosto de 1958, com 25 anos.
"Foi o cónego Correia que me encaminhou para o seminário. Aceitei bem.
Nunca me arrependi de nada do que fiz", garante.
A sua primeira paróquia foi na Seixa da Peneda, em Sistelo,
Arcos de Valdevez, onde esteve durante três anos. Porém, a integração não foi
fácil. "Estava lá contra vontade. Não tinha nada. A estrada estavam a
fazê-la e só se passava de motorizada", comenta padre Manuel Dias,
ressalvando que Sistelo "era uma boa terra, uma terra linda agora".
Ia de "carreira" até Cabreiro e depois andava
"cinco quilómetros para chegar a casa". O primeiro meio de transporte
que comprou foi uma mota para fazer o percurso, sendo que "passava a vida
na Madalena". "Eu estava sempre em casa.
As segundas vinha para baixo se não tivesse trabalho. Era
uma vida livre", recorda, contando um episódio em que surgiu a vontade de
comer bolinhos de bacalhau e andou quilómetros para saber a receita.
"Uma vez, vivia sozinho, apeteceu-me bolinhos de
bacalhau, meti-me a cozinhar, comecei a fazê-los mas não sabia fazê-los. Peguei
na motorizada e vim perguntar à minha mãe. Andei 44 quilómetros para saber como
se faziam. Ela deu-me a receita, voltei e fiz, mas nunca saíram grande coisa.
Para mim serviam", diz com humor.
Seguiram-se as paróquias de Serdedelo e Boalhosa, em Ponte
de Lima, perto de casa. "Para a Boalhosa ia a pé, para a Armada ia de
motorizada", conta, referindo que a parte mais difícil era realizar
funerais na Armada. "Inventei de se começar as chamar os bombeiros para
levar os
caixões no jipe. As pessoas para não levarem a pé
chamavam-nos e pagavam. Mesmo já com estrada, as pessoas continuaram a
chamá-los", recorda padre Manuel Dias.
Foi em Serdedelo que o seu interesse pela etnografia começou
a desenvolver-se, mas já antes, aquando da sua permanência em Arcos de
Valdevez, iniciou-se a "observar" os ritos e rituais. "Nos Arcos
havia carpideiras. Uma vez, ia começar um enterro, mas um homem veio e
mandou-me esperar porque elas já tinham ensaiado. Comecei a achar piada àquilo,
copiei, passei os prantos e publiquei. Lixei-me com os de Serdedello que
levavam tudo a mal naquela altura", comenta.
Devido a problemas com a comunidade, acabou por sair de
Serdedelo e foi para a Labruja, onde gostou de estar. "Saí de Serdedelo
por causa da torre da igreja. A igreja não tinha torre e então fiz uma planta
para a torre e os da Junta de Freguesia disseram que estava bem. Quando
acabámos, as pessoas não gostaram e chamaram os pedreiros para deitar abaixo o
remate da torre. Fiquei furioso", notou.
Mas os problemas também aconteceram, porque alguns
paroquianos fizeram queixa de posições tomadas pelo padre Manuel Dias.
"Saí e fui para a Labruja. O bispo que estava em Braga aconselhou-me a não
sair do concelho e a ir para a Labruja. Com a maldade que me fizeram aceitei a
solução", revela.
Foi nesse local, onde deixou "muitos amigos", que
padre Manuel Dias "inventou" a realização da feira do gado.
Depois de Labruja seguiu-se Nogueira, em Viana do Castelo,
onde permaneceu até 2008, festejando na paróquia as suas "bodas de
ouro" sacerdotais. Saiu pouco depois devido a doença.
Estudioso e historiador
Conhecido como estudioso e historiador de tudo que esteja
relacionado com Ponte de Lima, mantém ainda o seu espírito crítico. Com a
requalificação de vários edifícios emblemáticos, padre Manuel Dias acusa a
autarquia limiana de "destruir para construir", retirando as
características de muitos locais e edifícios.
Sobre a casa onde nasceu, recentemente recuperada e onde
funciona um restaurante, afirma "que não devia estar assim".
"Não tenho tristeza, tenho pena. Ela está bem, mas não deveria estar
assim. Devia ter sido conservada", sustenta, acrescentando que em Ponte de
Lima há "muita coisa descaracterizada".
O sacerdote esteve ligado à Comissão de Arte e Cultura
Diocesana, garantindo que não se faziam obras "sem a comissão ver".
"Eu aprovei esta casa", conta sobre a Casa Sacerdotal, em Darque,
onde reside.
Fez o curso de Arqueologia, em Braga, mas sustenta que
"nada trouxe de novo", até porque antes mesmo de se formar arqueólogo
já tinha descoberto diversas mamoas. "Tinha olhinhos. Em Ponte de Lima
havia 18 mamoas conhecidas e eu passei para 68", regista, adiantando que
per¬to da Casa Sacerdotal também já descobriu uma e que está na origem do nome
Darque.
Padre Manuel Dias sempre foi uma referência para muitos
historiadores e investigadores que procuravam os seus conselhos e pediam
informações.
"Queriam castigar-me, mas comigo não faziam
farinha"
O prelado reconhece, também, ter sido um homem visionário e
um sacerdote com posições diferentes na sua época, o que lhe causou
"muitos dissabores". "Vestia de cinzento quando foi permitido,
mas andava tudo contra mim. Sou ideologicamente de esquerda e integrei o
Movimento Democrático Português. Tive muitos dissabores, mas eu ficava-me a
rir. Eles já se foram e eu ainda estou aqui. Comigo não faziam farinha e nunca
se meteram comigo. Mas queriam castigar-me por algumas opiniões e
decisões", revela padre Manuel Dias.
Mentor do Cortejo Histórico
"O Domingo das Feiras Novas não tinha nada. Era só para
passear. Tinha visto um cortejo em Viana do Castelo com gente de Ponte de Lima
e achei que tinha piada fazer-se um nas Feiras Novas. E fez-se e melhor que
Viana", comenta padre Manuel Dias que "escolhia as pessoas e
revistava todos os figurantes". "Não saía sem eu ver. Os quadros eram
a história de Ponte de Lima", relembra, considerando que "se perdeu a
seriedade da coisa". "Agora é um carnaval", lamenta.
Padre Manuel Dias conta que o arcebispo de Braga não
autorizava a procissão numas Feiras Novas se "não houvesse um dia dedicado
à religiosidade" mas sem música profana. "Um dia fomos a Espanha
contratar uma banda e o senhor disse que também era orquestra. Na minha
malandrice, pus-me a pensar. Podia haver procissão se houvesse orquestra depois
da meia-noite, porque já não era no mesmo dia", conta entre risos.
"Agora é um abuso, estragaram tudo", diz padre Manuel Dias.
Apesar de viver na casa sacerdotal, comenta que recebe
"algumas visitas" e garante que nunca colocou a sua fé em causa.
"A minha vida é a minha fé e a minha fé é a minha vida", finaliza
padre Manuel Dias.
Altominho nº 1138 – 16 de Outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
“A Construção do Reino de Deus”(Teologia Narrativa) Ano da Fé – 2012/2013- Dia: 19 Outubro - Horas: 15horas
Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Formação de Adultos
Ano da Fé – 2012/2013- Dia: 19 Outubro - Horas: 15horas
Local – Igreja da Sagrada Família (Abelheira)
Tema: “A Construção do Reino de Deus”(Teologia Narrativa)
1 – As Parábolas do Reino
(Mateus, 13)
Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
O semeador (Mc 4,2-9; Lc 8,4-8) - Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. 4*Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. 5Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; 6mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. 7Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. 8Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele
que tiver ouvidos, oiça!»
O porquê das parábolas (Mc 4,10-12; Lc 8,9-10) - Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes:
«A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado. Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. 14Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz:
O porquê das parábolas (Mc 4,10-12; Lc 8,9-10) - Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes:
«A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado. Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. 14Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz:
Ouvindo, ouvireis,
mas não compreendereis;
e, vendo, vereis,
mas não percebereis.
15Porque o coração deste povo tornou-se duro,
e duros também os seus ouvidos;
fecharam os olhos,
não fossem ver com os olhos,
ouvir com os ouvidos,
compreender com o coração,
e converter-se,
para Eu os curar.
Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.»
O fermento (Lc
13,20-21) – Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao
fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo
fique fermentado.»
2 – Jesus convida para a Mesa do Reino
Jesus convida os pecadores para a mesa do Reino: «Eu não vim
chamar os justos, mas os pecadores» (Mc 2, 17) . Convida-os à
conversão sem a qual não se pode entrar no Reino, mas por palavras e actos,
mostra-lhes a misericórdia sem limites do Seu Pai para com eles e a imensa
«alegria que haverá no céu, por um só pecador que se arrependa» (Lc 15,
7). A prova suprema deste amor será o sacrifício da sua própria vida, «pela
remissão dos pecados» (Mt 26, 28).
Jesus chama para entrar no Reino, por meio de parábolas, traço
característico do seu ensino. Por meio delas, convida para o banquete do Reino,
mas exige também uma opção radical: para adquirir o Reino é preciso dar
tudo . As palavras não bastam, exigem-se actos. As parábolas são, para o
homem, uma espécie de espelho: como é que ele recebe a Palavra? Como chão duro,
ou como terra boa? Que faz ele dos talentos recebidos? Jesus e a presença do
Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. É preciso entrar
no Reino, quer dizer, tornar-se discípulo de Cristo, para «conhecer os
mistérios do Reino dos céus» (Mt 13, 11). Para os que ficam «fora» (Mc
4, 11), tudo permanece enigmático.
3 – Anúncio e Características do Reino
O Reino de Deus, que foi inaugurado na terra por
Cristo, está destinado a acolher todos os homens, mas foi primeiramete
anunciado aos filhos de Israel.
Este Reino
foi já anunciado por João Batista,
que exortou as pessoas a arrependerem, porque está próximo o Reino dos Céus
(Mt
3,2). Mais tarde, Jesus de Nazaré, o prometido Messias
e Salvador da humanidade, foi batizado e Ungido (Lc
3,30-31), começando assim o seu ministério, que centrou-se necessariamente
em torno do Reino de Deus. Ele instruíu os seus apóstolos
a pregar que está próximo o Reino dos Céus. Essas instruções seriam
repetidas a todos os seus discípulos, a todos os cristãos (Mt 10,7; 24,14;
28,19-20; Act 1,8). A Bíblia
inteira gira em torno da vinda do Messias e do Reino do Deus. Por conseguinte,
o Reino de Deus, que é uma grande realidade misteriosa, tem um grande sentido profético
e missionário na vida da Igreja Cristã.
Jesus, através de parábolas,
convida todas as pessoas a entrar no Reino de Deus, ou seja, tornar-se
discípulos d'Ele, para conhecer os mistérios do Reino dos Céus (Mt
13,11). Segundo o Catecismo
da Igreja Católica, Jesus e a presença do Reino
neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. Para os que ficam
"de fora" (Mc
4,11), tudo permanece enigmático.Jesus exorta os seus discípulos a buscar,
em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça
(Mt 6,33).
O Reino de Deus, que não terá fim e que já
está no meio de nós (Lc 17, 21), é justiça,
paz
e alegria
no Espírito Santo (Rm 14,17); é o fim último ao qual Deus nos
chama; é obra do Espírito Santo; e é também um império
eterno que jamais passará e…jamais será destruído (Dn 7,14).
Todas as pessoas que querem pertencer ao Reino de Deus precisam de
converter-se, de realizar a vontade divina, de ter fé em Jesus e de acolher a
sua palavra. De facto, Jesus convida todas pessoas à conversão (um pré-requisito para o acesso ao Reino), a renunciar o
mal e o pecado (um grande obstáculo para o acesso ao Reino) e a
arrependerem os seus pecados e experimentarem o ilimitado perdão e misericórdia de Deus. Este apelo constitui a parte
fundamental do anúncio do Reino de Deus: "Cumpriu-se o tempo e o Reino
de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15).
Este apelo à conversão é especialmente para os não-cristãos e os pecadores,
pois Jesus afirma que não vim chamar justos, mas pecadores (Mc 2,17)
e que Deus Pai sentirá imensa alegria
no céu por um único pecador que se arrepende (Lc 15,7). Esta
conversão e remissão dos pecados (Mt 26,28) só foi possível pelo
sacrifíco de Jesus, Filho de Deus Pai, na cruz, constituindo a suprema prova do amor que Deus tem pelos homens.
Jesus afirmou que não entrará no Reino todo o que não
o receber com a mentalidade de uma criança (Mc 10,15), quem não
nascer de novo (Jo 3,3), aquele que não faz a vontade de meu Pai que está nos céus (Mt 7,21) e os injustos
(1Cor 6,9).
Para ter acesso ao Reino de Deus, é preciso
passarmos por muitas tribulações (Act 14,22) e também cumprir a Lei
de Deus, porque aquele, portanto, que violar um só destes menores
mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo [vai] ser chamado o menor no
Reino dos Céus; aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado
grande no Reino dos Céus (Mt 5,17-19).
As Bem-aventuranças, pregadas por Jesus no famoso Sermão da Montanha e que anunciam e revelam aos homens a verdadeira felicidade,
são por isso também um grande anúncio da vinda do Reino de Deus através da
palavra e acção de Jesus e também do carácter das pessoas que pertencem ao
Reino. Jesus exorta as pessoas a seguir este carácter exemplar, para poderem
depois entrarem no Reino de Deus, ou seja, para obterem a salvação
e a vida eterna.
Uma vez inaugurada na Terra por Jesus, ninguém, nem
mesmo Satanás,
consegue travar e impedir a edificação e a realização final e perfeita do Reino
de Deus. Mas, este Reino, enquanto não atingir a sua perfeição, é ainda
atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos em suas bases
pela Morte na cruz e Ressureição de Jesus. Satanás, um ser muito poderoso
e maligno, só consegue atrasar a realização final do Reino na Terra, através do
cultivo do ódio no mundo contra Deus.
Este Reino, para grande desapontamento de muitos judeus da
altura, não vinha restabelecer o reinado temporal de Israel e não
é um reino deste mundo, ou seja, não é um reino com características políticas,
mas sim com características predominantemente espirituais. Resumindo, o Reino
de Deus, que cresce como uma semente que Deus coloca no coração de cada
homem (dimensão pessoal), é a plena instauração da lei do amor
a Deus e ao próximo e terá a sua realização final
e perfeita na vida do mundo que há-de vir, na nova Terra e no novo Céu implantados por Deus no fim dos
tempos (dimensão universal).
Sinais do Reino
Jesus operou muitos milagres, prodígios e sinais
(Act 2,22), que provam que Ele é o Messias
anunciado, o Filho de Deus e o Salvador enviado por Deus Pai e que o Reino de
Deus está presente n'Ele e já está no meio de nós (Lc 17, 21). A
operação destes sinais milagrosos, que pode ser ocasião de escândalo
para alguns, tem por objectivo convidar as pessoas a crerem em Jesus e nas suas
palavras. Aos que a Ele se dirigem com fé,
concede o que pedem. Apesar dos seus milagres serem
tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns e até acusado de agir por
intermédio dos demônios.
Jesus, que não veio abolir todos os males da Terra,
libertou ainda assim certas pessoas dos males terrestres da fome,
da injustiça, da doença e da morte,
antevendo assim que, quando chegar na altura da realização final do Reino de
Deus, todos estes males irão desaparecer. Aliás, Jesus operou sinais messiânicos veio para libertar
os homens da mais grave das escravidões, a do pecado,
que os entrava em sua vocação de filhos de Deus e causa todas as suas
escravidões humanas.
Os exorcismos
que Jesus efectuou libertaram homens do domínio dos demónios, afirmando que se
é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demónios, então o Reino de Deus já
chegou a vós (Mt 12,28). Isto prediz
também que o advento do Reino de Deus é a derrota do reino de Satanás
e antecipa a grande vitória de Jesus sobre "o príncipe deste
mundo".
Jesus, embora não curou todos os doentes do mundo,
curou ainda assim vários enfermos, incluindo leprosos, que
naquela altura eram isolados e altamente discriminados. Estas curas eram
sinais da vinda do Reino de Deus e anunciavam uma cura mais radical: a
vitória sobre o pecado e a morte pela ressurreição de Jesus. Na cruz, Cristo tomou sobre si todo o peso do mal
e tirou o "pecado do mundo" (Jo
1,29).
A entrada de Jesus em Jerusalém,
a Transfiguração e a Ascensão de Jesus são também sinais da vinda do Reino e do começo da
consumação do desígnio de Deus sobre a sua Criação (o estabelecimento do Reino
de Deus).
Resumindo, o Reino de Deus manifesta-se lucidamente
aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo.
4 – Questões:
4.1 – Jesus
anunciava o Reino de Deus por Parábolas.
O que queria Jesus?
4.2 – Quais são os
sinais do Reino de Deus?
4.3 – Como vamos construindo
o Reino de Deus na Família, na Vizinhança, na Vida Profissional, na Vida
Social?
5. Oração
Há um poema de Sophia de Mello
Breyner Andresen que pode ser lido como uma oração:
“Chamo-te porque tudo está
ainda no princípio
E suportar-te é o tempo mais comprido.
Peço-te que venhas e me dês a
liberdade,
Que um só de teus olhares me
purifique e acabe.
Há muitas coisas que não quero
ver.
Peço-te que sejas o presente.
Peço-te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do
tempo venha
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz
precipitado.”
Relator: José Rodrigues Lima
Telefone: 938583275
Manuel Dias Caneja e Ghislaine Céline Marie Bock
Manuel Dias Caneja
Manuel Dias Caneja é casado com
Ghislaine Céline Marie Bock, da Bélgica. Vive no Luxemburgo e faz férias, na
Meadela.
É pai de Michel e Olivier, ambos
casados. Manuel tem um neto e espera a chegada de outro.
Nasceu em Cabana Maior, filho de
Celestino Francisco Dias Caneja, que também usava o nome de Celestino Dias
Caneja, falecido há 10 anos e de Rosa Barreira, também conhecida por Rosa Alves
Caneja que faleceu em 17 de Julho de 1998.
O Manuel tem seis irmãos: a Rosa, o
José, a Maria Barreira, o Serafim (já falecido), a Cecília e a Celeste e
sobrinhos como cunhados e cunhadas, para além destes, tem também sobrinhos.
É um casal muito solidário e amigo de
fazer bem a todos sem olhar a quem.
Se era assim nos anos 1980 o que não é agora nos anos de 2010? Secretariado dea Pastoral Social
Veremos os parentes no céu? *** Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão
Veremos os parentes no céu?
Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem
desespero e sem desilusão
18.10.2013
A morte é um enigma, e muitos perguntam se nós veremos os nossos entes queridos no céu. A saudade é amarga e as lágrimas não podem deixar de rolar quando perdemos uma pessoa querida. Cristo chorou quando perdeu o amigo Lázaro.
Fé não é insensibilidade e dureza de coração. Você pode chorar, até diante dos filhos, mas chore como quem tem fé na ressurreição. Os santos nos garantem que veremos os entes queridos mortos que nos antecederam.
Diante da dor da morte gosto de me lembrar de Nossa Senhora aos pés da cruz do seu Amado. Ela perdeu o Filho Único…, Deus, morto de uma maneira tão cruel como nenhum de nós o será. Ela perdeu muito mais do que nós e não se desesperou. Certamente chorou muito, mas nunca se desesperou e nunca perdeu a fé. Aos pés da cruz de Jesus estava de pé (stabat!).
A morte é um enigma, e muitos perguntam se nós veremos os nossos entes queridos no céu. A saudade é amarga e as lágrimas não podem deixar de rolar quando perdemos uma pessoa querida. Cristo chorou quando perdeu o amigo Lázaro.
Fé não é insensibilidade e dureza de coração. Você pode chorar, até diante dos filhos, mas chore como quem tem fé na ressurreição. Os santos nos garantem que veremos os entes queridos mortos que nos antecederam.
Diante da dor da morte gosto de me lembrar de Nossa Senhora aos pés da cruz do seu Amado. Ela perdeu o Filho Único…, Deus, morto de uma maneira tão cruel como nenhum de nós o será. Ela perdeu muito mais do que nós e não se desesperou. Certamente chorou muito, mas nunca se desesperou e nunca perdeu a fé. Aos pés da cruz de Jesus estava de pé (stabat!).
Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão.
Até o céu; lá nos voltaremos a ver, ensinam os santos. Que grande felicidade será para nós poder encontrá-los, depois de ter chorado tanto a sua ausência! Não nos deixemos levar ao desespero quando alguém parte; não somos pagãos. Lá não haverá mais pranto, nem lágrimas e nem luto.
São Francisco de Sales disse: “Meu Deus, se a boa amizade humana é tão agradavelmente amável, que não será ver a suavidade sagrada do amor recíproco dos bem-aventurados… Como essa amizade é preciosa e como é preciso amar na terra, como se ama no Céu!”
São Tomás de Aquino garante que no Céu conheceremos nossos parentes e amigos. Diz o santo doutor:
“A contemplação da Essência Divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus” (S. Teológica, 30, p. 84).
A morte não é o aniquilamento estúpido que pregam os materialistas sem Deus, mas o renascimento da pessoa. A Igreja reza na Liturgia que “a vida não é tirada mas transformada”.
Só o cristão valoriza a morte e é capaz de ficar de pé diante dela. Deus não nos criou para o aniquilamento estúpido, mas para a sua glória e para o seu amor. Fomos criados para participar da felicidade eterna de Deus.
Santa Teresinha disse ao morrer: “não morro, entro para a vida”.
A árvore cai sempre do lado em que viveu inclinada; se vivermos inclinados ao Coração de Jesus, nele cairemos.
É preciso saber educar os filhos também diante da morte; a psicologia recomenda, por exemplo, que os pais deixem os filhos verem os mortos, se assim eles desejarem, embora não devam forçá-los. Fale da morte com naturalidade aos filhos, e aproveite o momento para ensinar sobre o céu e sobre a ressurreição. Não se pode permitir que as crianças assistam cenas de desespero diante da morte, mesmo que se possa manifestar a dor e sofrimento diante delas.
O grande santo São Francisco Xavier, jesuíta, amigo íntimo de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, foi evangelizar o Japão e a China e por lá morreu. Sabendo que não mais poderia ver o rosto do seu querido amigo Santo Inácio, escreveu-lhe uma carta onde dizia: Não mais verei o teu rosto, mas lá no céu te darei um abraço que durará para sempre.
Prof. Felipe Aquino
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