Comunidade dedicou a nova igreja paroquial no dia dos 45 anos
O Bispo de Viana do Castelo, na celebração da dedicação da nova igreja da paróquia do Senhor do Socorro, no arciprestado de Viana do Castelo, sublinhou as linhas de arquitectura adoptadas que traduzem muito bem a ligação da parte sacramental à parte social de comunhão que une todos os elementos da comunidade numa "verdadeira comunhão entre todos".
D. Anacleto Oliveira ao felicitar a comunidade pelo que fez e está a fazer, quis, sobretudo, frisar o "impulso maior" que esta jovem comunidade cristã tem a partir deste centro da celebração da fé na construção do Reino de Deus sob a protecção do Senhor do Socorro.
Domingo passado, como assinalou o Prelado, havia naquela comunidade muita gente feliz, mas, vincou, no momento em que "a obra está aqui", "há uma pessoa mais feliz que todas as outras", precisamente o pároco, padre Torres Lima. Comparando-o à figura do velho Simeão, do Evangelho do dia, assinalou que é aquele que "mais vezes vai ter o menino nos braços" porque é o que, na sua "função principal de padre" o vai "oferecer" de muitas maneiras, sendo que a mais visível e palpável, será na mesa do altar, no lugar central desta igreja. Por isso, explicou, neste rito de dedicação, "a sagração é fundamentalmente do altar" que o Prelado cobriu com óleo sagrado e perfumado, além das quatro cruzes, na evocação da cruz que sustenta todo o edificado da Igreja.
Assim o altar torna-se o lugar "atraente" de onde nos é oferecido o "Menino" na "condição que mais nos aproxima: fazer comunhão". A profecia de Simeão realiza-se na cruz, morte e ressurreição a que a Eucaristia está intimamente ligada. Tudo isto, prosseguiu, o sacerdote torna presente no altar.
Nesta apresentação, as mãos tem o papel principal. Mãos que acolhem o pão que se transforma em corpo e o vinho que se transforma em sangue, para pouco depois darem a fim de que cada um possa absorver Cristo na sua vida.
Contudo, advertiu, nenhum indivíduo é comunidade e por isso a luz que Cristo irradia não pode ficar "restrita ao altar". Nesse sentido o estar agregado ao espaço da celebração o espaço social, "onde se vivem os problemas mais práticos do quotidiano", no serviço às crianças e aos mais idosos, "cria felicidade".
D. Anacleto sublinhou que uma comunidade cristã onde não haja caridade não se lhe pode chamar com verdade comunidade cristã.
Nesta celebração, que contou com a participação de alguns dos anteriores párocos e com o Bispo Emérito, D. José Pedreira, que benzeu a primeira pedra, o padre Torres Lima traçou, em jeito de esboço, alguns dos principais momentos dos 45 anos desta comunidade que a trouxeram até ao presente.
Relativamente à concretização deste projecto do edifício definitivo da celebração, assinalou que foi em 2001 que se deram, com consistência, os primeiros passos. Para fazer face a tamanho empreendimento a paroquia recorreu à banca em Abril de 2009 começaram as obras de construção. A arquitectura, face ao exíguo espaço construtivo, procurou conciliar todas as necessidades da comunidade. O resultado, assinalou, permite proximidade entre os fiéis e o celebrante, integra muitos dos elementos da antiga capela, como a pia baptismal e tudo o que não destoasse do estilo da arquitectura.
Mais recentemente, recebeu o bronze do Senhor do Socorro. A escultura do padroeiro é um Cristo "acolhedor" de braços abertos que vem ao encontro dos que buscam socorro e auxílio. O gesto deste Cristo é continuado fora do espaço celebrativo no Centro Social e na Conferência Vicentina, destacou o padre Torres Lima.
Apesar da festa, alertou, que nem tudo está acabado pelo que ainda há muito labor para o futuro, mesmo no domínio financeiro.
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