Porta-voz vaticano analisa o
carisma dos três últimos papas
Para o Pe. Federico Lombardi, João Paulo II, Bento XVI
e Francisco têm carismas diferentes, mas todos enriquecem a Igreja
Emanuela DE MEO
/ CPP / CIRIC
O Pe. Federico Lombardi fez uma análise
dos pontificados de João Paulo II, Bento XVI e também do Papa
Francisco, de quem disse que, com ele, “toda a comunidade se sente em
caminho”. Por outro lado, negou que o novo Santo Padre suponha uma grande
revolução para a Igreja.
O porta-voz vaticano explicou aos microfones de COPE em que consiste seu trabalho na Santa Sé: “É complicado, porque a Santa Sé não é somente o Papa, há diversas realidades: secretaria de Estado, dicastérios, Cidade do Vaticano, a magistratura... Meu trabalho consiste em coordenar a informação, ainda que o grande protagonista seja o Papa. Eu estou ao serviço dele, somos só colaboradores".
"Para mim, é um privilégio fazer este trabalho; é um grande serviço à humanidade falar de justiça, de grandes valores, de ajudar os pobres. Isso é a substância do nosso trabalho. É um privilégio trabalhar com os papas para levar a Boa Nova à humanidade.”
Lombardi teve o privilégio de ser o porta-voz de três pontífices, a quem conheceu bem. “João Paulo II tinha um carisma de comunicação com as massas, com os jovens, tinha uma capacidade de diálogo com incrível com eles, e, com as suas viagens, era um mestre da humanidade, das nações. Dava uma visão universal grandiosa, tinha a capacidade de dizer a cada povo qual era sua responsabilidade.”
“Bento XVI é um grande intelectual, um grande teólogo e um professor com capacidade de explicar ideias profundas com ordem e coragem, para dizer quais são os riscos da cultura de hoje. Ele não tinha o carisma de comunicação dos outros papas, mas sim um carisma de profundidade nos conceitos e conteúdos, algo que ofereceu uma grande riqueza à Igreja.”
“E Francisco tem a capacidade de eliminar todas as distâncias. Sua comunicação é tão direta com os fiéis, que todos sentem que o Papa está aqui. Não há nenhuma distância nem dificuldade de comunicação. É uma questão de linguagem e gestos espontâneos, algo maravilhoso. É um grande dom para a Igreja ter um papa presente e próximo.”
O porta-voz da Santa Sé destacou a contribuição de João Paulo II à Igreja: “É particular um pontificado tão longo como o de João Paulo II, é toda uma vida. A riqueza das diversas etapas da vida foi um testemunho para todos”.
O Pe. Lombardi recorda bem um fato recente: o da renúncia de Bento XVI. “Esta decisão não era uma surpresa total, porque, nos últimos meses, percebemos que suas forças estavam diminuindo. Ele havia refletido muito sobre sua responsabilidade de poder exercer bem seu ministério. No livro ‘A luz do mundo’, ele deixou isso claro.”
O porta-voz vaticano explicou aos microfones de COPE em que consiste seu trabalho na Santa Sé: “É complicado, porque a Santa Sé não é somente o Papa, há diversas realidades: secretaria de Estado, dicastérios, Cidade do Vaticano, a magistratura... Meu trabalho consiste em coordenar a informação, ainda que o grande protagonista seja o Papa. Eu estou ao serviço dele, somos só colaboradores".
"Para mim, é um privilégio fazer este trabalho; é um grande serviço à humanidade falar de justiça, de grandes valores, de ajudar os pobres. Isso é a substância do nosso trabalho. É um privilégio trabalhar com os papas para levar a Boa Nova à humanidade.”
Lombardi teve o privilégio de ser o porta-voz de três pontífices, a quem conheceu bem. “João Paulo II tinha um carisma de comunicação com as massas, com os jovens, tinha uma capacidade de diálogo com incrível com eles, e, com as suas viagens, era um mestre da humanidade, das nações. Dava uma visão universal grandiosa, tinha a capacidade de dizer a cada povo qual era sua responsabilidade.”
“Bento XVI é um grande intelectual, um grande teólogo e um professor com capacidade de explicar ideias profundas com ordem e coragem, para dizer quais são os riscos da cultura de hoje. Ele não tinha o carisma de comunicação dos outros papas, mas sim um carisma de profundidade nos conceitos e conteúdos, algo que ofereceu uma grande riqueza à Igreja.”
“E Francisco tem a capacidade de eliminar todas as distâncias. Sua comunicação é tão direta com os fiéis, que todos sentem que o Papa está aqui. Não há nenhuma distância nem dificuldade de comunicação. É uma questão de linguagem e gestos espontâneos, algo maravilhoso. É um grande dom para a Igreja ter um papa presente e próximo.”
O porta-voz da Santa Sé destacou a contribuição de João Paulo II à Igreja: “É particular um pontificado tão longo como o de João Paulo II, é toda uma vida. A riqueza das diversas etapas da vida foi um testemunho para todos”.
O Pe. Lombardi recorda bem um fato recente: o da renúncia de Bento XVI. “Esta decisão não era uma surpresa total, porque, nos últimos meses, percebemos que suas forças estavam diminuindo. Ele havia refletido muito sobre sua responsabilidade de poder exercer bem seu ministério. No livro ‘A luz do mundo’, ele deixou isso claro.”
“Ele havia dito, anos antes, que, se um papa tem a consciência de que não é capaz de fazer bem seu trabalho, precisa renunciar. Quando ele sentiu que suas forças não estavam bem, ele renunciou.”
O Pe. Lombardi é testemunha direta da relação atual que existe entre o Papa Francisco e Bento XVI: “É muito boa, muito amistosa, muito cordial. Houve vários encontros diretos e eles estão sempre em contato pelo telefone”.
O que está claro é que o novo Papa marcou um novo estilo: “Há diversos sinais significativos de um novo estilo. O fato de estar na Casa Santa Marta é muito importante. A Missa da manhã lá conta com uma homilia, na qual ele mostra uma vida sacerdotal pastoral muito simples e cotidiana. O magistério da Igreja tem uma continuidade. No substancial, alguns pensam que há uma grande revolução, mas não é verdade”.
“O que Francisco mudou foi o acento na percepção que as pessoas tinham da mensagem da Igreja. Ele destacou o positivo, o amor de Deus a todos. As pessoas entenderam que a missão da Igreja é anunciar a boa nova. Seus gestos não têm fronteiras em sua comunicação. Para ele, todos são bem-vindos. Com os outros papas era igual, mas com Francisco isso se tornou mais evidente para todos. Ele faz muitas ligações telefônicas, algo novo para o meu trabalho.”
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