quinta-feira, 12 de maio de 2016

“Mãe de Misericórdia – Ano Santo da Misericórdia”


Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Formação de Adultos

Dia: 7 de Maio 2016 – 15:00horas

Local – Igreja da Sagrada Família (Abelheira) - 8ª Sessão

Ano Jubilar da Misericórdia

Tema: “Mãe de Misericórdia – Ano Santo da Misericórdia”

 

1         – Objectivos:

 

1.1     – Celebrar o mês de Maio, dedicado a Nossa Senhora;

1.2    – Reflectir “Por Maria a Jesus”;

1.3     – Meditar as Palavras de Jesus: Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu Filho!” (Jo, 19, 26),

1.4    – Constatar que Nossa Senhora é Mãe de Misericórdia

1.5     – Acreditar – Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças;

1.6    – Interiorizar – Nossa Senhora e Mãe da Igreja (Concilio Vaticano II);

1.7     – Aprofundar a verdadeira devoção a Nossa Senhora”;

1.8    – Aceitar que a Igreja tem Rosto Maternal.

 

2 – Textos:

2.1 O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor.

Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende «de geração em geração» (Lc 1, 50). Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Isto servir-nos-á de conforto e apoio no momento de atravessarmos a Porta Santa para experimentar os frutos da misericórdia divina.

Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém. Dirijamos-Lhe a oração, antiga e sempre nova, da Salve Rainha, pedindo-Lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus.

E a nossa oração estenda-se também a tantos Santos e Beatos que fizeram da misericórdia a sua missão vital. Em particular, o pensamento volta-se para a grande apóstola da Misericórdia, Santa Faustina Kowalska. Ela, que foi chamada a entrar nas profundezas da misericórdia divina, interceda por nós e nos obtenha a graça de viver e caminhar sempre no perdão de Deus e na confiança inabalável do seu amor.   (Papa Francisco)

 

2.2 – Maria, Mãe da Misericórdia

Existe uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia. Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e do demônio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção – está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos (especialmente pelos pecadores e sofredores).

Oficialmente a Igreja Católica aprovou a 15/8/1986 o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração – sem nos esquecermos que a 30/11/1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (n. 9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica (1997) dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (n. 2677).

A invocação “Salve, Rainha de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade deCluny. “Ego sum Matermisericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.

No mundo oriental podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental da Tiago de Sarug (+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto.

Relação com a Mensagem da Divina Misericórdia

Em Vilna, capital da Lituânia, se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de AušrosVartai (Portal da Aurora) desde 1522, localizada numa das entradas do antigo muro. Em 1773 o Papa Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de Maria, Mãe de Misericórdia. Sua festa é celebrada a 16 de novembro.

Em nossos tempos, Santa Faustina Kowalska†, mística polonesa, nos repropõe a centralidade da Divina Misericórdia para a fé e a vida da Igreja, recorrendo a Maria Santíssima como Mãe da Misericórdia, padroeira da Congregação religiosa a que pertencia (cf. Diário 79, 449, 1560), cuja festa celebravam (a Congregação) em 5 de agosto. Por Providência divina, a primeira vez em que a imagem de Jesus Misericordioso foi publicamente venerada foi justamente em Vilna (cf. Diário, 417).

Em qual sentido podemos proclamar Maria como Mãe de misericórdia? Sem cometer o grave equívoco de pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos medievais chegaram a pensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de misericórdia” assim se justifica: Maria é a mulher que experimentou de modo único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação e Pentecostes). Ela é kecharitoméne, “cheia de graça”, ou seja, totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1,6).

Maria é a mãe que gerou a misericórdia divina encarnada – graça extraodinária que coloca a jovem Maria, a partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade com o próprio “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3). A partir do seu “eis-me aqui” e o seu “faça-se”, a misericórdia divina se faz carne e entra na história!

Maria é a profetisa que exalta a misericórdia de Deus – pois no seu cântico o “Magnificat” por duas vezes – unida ao Filho do Altíssimo e ao seu Espírito – ela louva ao Pai misericordioso: “a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia” (Lc1,50.54).

Maria é a intercessora incansável do povo de Deus – elevada aos Céus em corpo e alma, Maria não deixa de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho, a quem rogou pelos esposos de Caná, quando vivia na terra (cf. Jo 2,1ss). Ela “continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna”, ensina o Concílio Vaticano II (Lumen gentium, n. 62), praticando assim a misericórdia, sobretudo para com os que padecem dos males da alma (pecadores), mas também do corpo (todos que sofrem).

Maria é a apóstola incansável da misericórdia divina – com a permissão e o envio do seu Filho, Maria visitou inúmeras vezes os seus filhos ainda peregrinos neste mundo, o que podemos contemplar nas aparições que já gozam de beneplácito eclesial (Guadalupe, La Salette, Lourdes, Knock, Fátima etc.), convidando a todos a se aproximarem do “trono da graça” que é o seu Filho. Com o seu coração compassivo de Mãe, não poderia permanecer indiferente às mazelas dos seus filhos neste vale de lágrimas!

A Mãe de Jesus e nossa merece, portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia e Mãe de misericórdia! Ó Maria, Mãe que experimentastes e gerastes a Misericórdia, Mãe que proclamais e exerceis a misericórdia, fazei de nós autênticos apóstolos deste mesmo mistério de amor em nossos tempos. Amém.

 

2.3 – Significado de Misericórdia

 

Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia. A expressão misericórdia tem origem latina, é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). "Ter compaixão do coração", significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.

Misericórdia! é uma exclamação usada quando nos deparamos com uma situação de desespero, de sofrimento. É também um grito de quem pede compaixão.

Conceder misericórdia a alguém é perdoá-la pelo simples ato de bondade, apesar do outro não merecer o perdão.

 

Misericórdia Divina é Deus perdoar os pecados, apesar das faltas cometidas pelos pecadores. É a libertação do julgamento. Durante a benção oferecida pelo Papa, chamada de Urbi et Orbi, é concedida a penitência e a indulgência para os fiéis que se confessam, recebem  a comunhão e estão livres de pecados mortais. Em oração, o Papa pede que Deus todo poderoso tenha misericórdia e perdoe os pecadores.

Carregar a bandeira da misericórdia é quando o indivíduo tem bondade no coração, é a pessoa que está sempre pronta para ajudar o outro, se preocupa com o outro, sem segundos interesses, é o chamado bom samaritano.

Mãe de Misericórdia é a expressão usada na Igreja Católica, para denominar a mãe de Jesus, pela sua imensa bondade, como vemos no primeiro trecho da oração Salve Rainha: Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida douçura, esperança nossa, salve.

Casas de misericórdia são instituições de caridade, criadas com a missão de tratar e socorrer enfermos e inválidos.

Obras de misericórdia, são 14 preceitos que segundo a doutrina católica, devem ser seguidos por seus fiéis. Sete obras se referem a ações temporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, vestir os presos e enterrar os mortos. Outras sete obras se referem a ações espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, e rogar a Deus por todos os necessitados, tanto vivos quanto mortos.

Misericórdia era o nome do punhal que os cavaleiros traziam do lado direito da cintura e que era usado para matar o adversário, já derrubado, caso esse não pedisse misericórdia. O golpe fatal era dado com o punhal e era chamado de golpe de misericórdia.

Misericórdia é o nome da música gravada pelo padre Marcelo Rossi, que faz parte do álbum Ágape Musical, lançado em 2011.

 


 

3– As Vértebras da Coluna do carácter das Pessoas

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4– O melhor sermão

Compaixão

Ser mão que levanta quem caiu!

Ser mão que sinaliza Esperança para quem vive sozinho!

Ser mão de Solidariedade para quem se sente cercado e encurralado por toda a forma de conflito!

Ser mão de Perdão para quem traiu!

Ser mão de Misericórdia para quem se sente no fundo do foço!

Ser mão de Bênção para quem não tem nada e em nada se sente.

Ser mão que aponta o céu, mesmo que a realidade presente seja desgraça!

Ser mão que fala sem palavra alguma, ou só se veja ou ouça o gesto da mão!

Que tua mão não seja só aberta para receber e fechada para dar!

Transmite afecto e ternura a quem precisa de ajuda!

Ser coração aberto!

Só se vê bem com o coração, testemunhando Cristo Ressuscitado, vivo!

 

5 – Prática Cristã

Livro Sapiencial

(Dá esmola)

 

“Filho, procede conforme as tuas posses: se possuíres muita riqueza, dá esmola em proporção da mesma, se, porém, dispuseres de pouco, dá em proporção desse pouco. Nunca tenhas receio de dar esmola. Assim, acumularás em teu favor, um bom depósito para o dia da necessidade. De facto, a esmola liberta da morte e não permite que a alma desça para as trevas. A esmola é, aos olhos do Altíssimo, uma dádiva sagrada de grande valor, que aproveita a todos os que a oferecem.”. (Tb 4, 8-11)

 

6 – Rezar a Salvé Rainha

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, Salvé!

A vós bradamos os degradados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.

E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre.

Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Amém.

 

Relator: José Rodrigues Lima

Telefone: 938583275 / 258829612

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