Paróquia Nossa Senhora de Fátima -
Formação de Adultos
Dia: 7 de Maio 2016 – 15:00horas
Local – Igreja da Sagrada Família
(Abelheira) - 8ª Sessão
Ano Jubilar da Misericórdia
Tema: “Mãe de Misericórdia – Ano
Santo da Misericórdia”
1
– Objectivos:
1.1 – Celebrar o mês de Maio, dedicado a
Nossa Senhora;
1.2 – Reflectir “Por Maria a Jesus”;
1.3 – Meditar as Palavras de Jesus: Então,
Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe:
“Mulher, eis o teu Filho!” (Jo, 19, 26),
1.4 – Constatar que Nossa Senhora é Mãe
de Misericórdia
1.5 – Acreditar – Nossa Senhora
Medianeira de todas as Graças;
1.6 – Interiorizar – Nossa Senhora e Mãe
da Igreja (Concilio Vaticano II);
1.7 – Aprofundar a verdadeira devoção a
Nossa Senhora”;
1.8 – Aceitar que a Igreja tem Rosto
Maternal.
2 – Textos:
2.1 – “O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia.
A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós
redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a
profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi
plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado
Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou
intimamente no mistério do seu amor.
Escolhida para ser a Mãe do
Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca
da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia
divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no
limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende « de geração em geração » (Lc 1, 50). Também
nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Isto
servir-nos-á de conforto e apoio no momento de atravessarmos a Porta Santa para
experimentar os frutos da misericórdia divina.
Ao pé da cruz, Maria, juntamente
com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos
lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até
onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do
Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém.
Dirijamos-Lhe a oração, antiga e sempre nova, da Salve Rainha,
pedindo-Lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos
e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus.
E a nossa oração estenda-se
também a tantos Santos e Beatos que fizeram da misericórdia a sua missão vital.
Em particular, o pensamento volta-se para a grande apóstola da
Misericórdia, Santa Faustina Kowalska. Ela, que foi chamada a entrar nas
profundezas da misericórdia divina, interceda por nós e nos obtenha a graça de
viver e caminhar sempre no perdão de Deus e na confiança inabalável do seu
amor. (Papa Francisco)
2.2 – Maria, Mãe da
Misericórdia
Existe uma íntima relação
entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a
prática da misericórdia. Maria está desde a sua concepção envolta na
misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e
do demônio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção
– está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos (especialmente pelos
pecadores e sofredores).
Oficialmente a Igreja Católica
aprovou a 15/8/1986 o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de
Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração – sem nos
esquecermos que a 30/11/1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica
Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério
da misericórdia divina” (n. 9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica
(1997) dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos
recorrendo à “Mãe da misericórdia” (n. 2677).
A invocação “Salve, Rainha de
misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+
1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos
misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia:
“ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de
Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão
(+942), abade deCluny. “Ego sum Matermisericordiae” (Eu sou a Mãe de
Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.
No mundo oriental podemos
encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental da Tiago de Sarug
(+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo
de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em
absoluto.
Relação com a Mensagem da Divina Misericórdia
Em Vilna, capital da Lituânia,
se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de AušrosVartai (Portal da Aurora)
desde 1522, localizada numa das entradas do antigo muro. Em 1773 o Papa
Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o
Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de
Maria, Mãe de Misericórdia. Sua festa é
celebrada a 16 de novembro.
Em nossos tempos, Santa
Faustina Kowalska†, mística polonesa, nos repropõe a centralidade da Divina
Misericórdia para a fé e a vida da Igreja, recorrendo a Maria Santíssima como
Mãe da Misericórdia, padroeira da Congregação religiosa a que pertencia (cf.
Diário 79, 449, 1560), cuja festa celebravam (a Congregação) em 5 de agosto.
Por Providência divina, a primeira vez em que a imagem de Jesus Misericordioso
foi publicamente venerada foi justamente em Vilna (cf. Diário, 417).
Em qual sentido podemos
proclamar Maria como Mãe de misericórdia? Sem cometer o grave equívoco de
pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos
medievais chegaram a pensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de
misericórdia” assim se justifica: Maria é a mulher que experimentou de modo
único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua
Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu
Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição,
glorificação e Pentecostes). Ela é kecharitoméne, “cheia de graça”, ou seja,
totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1,6).
Maria é a mãe que gerou a
misericórdia divina encarnada – graça extraodinária que coloca a jovem Maria, a
partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade
com o próprio “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3). A partir do seu “eis-me aqui”
e o seu “faça-se”, a misericórdia divina se faz carne e entra na história!
Maria é a profetisa que exalta
a misericórdia de Deus – pois no seu cântico o “Magnificat” por duas vezes –
unida ao Filho do Altíssimo e ao seu Espírito – ela louva ao Pai
misericordioso: “a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre
aqueles que o temem”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua
misericórdia” (Lc1,50.54).
Maria é a intercessora
incansável do povo de Deus – elevada aos Céus em corpo e alma, Maria não deixa
de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho, a quem rogou pelos
esposos de Caná, quando vivia na terra (cf. Jo 2,1ss). Ela “continua a alcançar-nos
os dons da salvação eterna”, ensina o Concílio Vaticano II (Lumen gentium, n.
62), praticando assim a misericórdia, sobretudo para com os que padecem dos
males da alma (pecadores), mas também do corpo (todos que sofrem).
Maria é a apóstola incansável
da misericórdia divina – com a permissão e o envio do seu Filho, Maria visitou
inúmeras vezes os seus filhos ainda peregrinos neste mundo, o que podemos
contemplar nas aparições que já gozam de beneplácito eclesial (Guadalupe, La
Salette, Lourdes, Knock, Fátima etc.), convidando a todos a se aproximarem do
“trono da graça” que é o seu Filho. Com o seu coração compassivo de Mãe, não
poderia permanecer indiferente às mazelas dos seus filhos neste vale de
lágrimas!
A Mãe de Jesus e nossa merece,
portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia e Mãe de misericórdia! Ó Maria,
Mãe que experimentastes e gerastes a Misericórdia, Mãe que proclamais e
exerceis a misericórdia, fazei de nós autênticos apóstolos deste mesmo mistério
de amor em nossos tempos. Amém.
2.3 – Significado de
Misericórdia
Misericórdia é um sentimento de compaixão,
despertado pela desgraça ou pela miséria alheia. A expressão misericórdia tem
origem latina, é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis
(coração). "Ter compaixão do coração", significa ter capacidade de
sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos
sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas.
Misericórdia! é uma exclamação usada quando nos deparamos com
uma situação de desespero, de sofrimento. É também um grito de quem pede
compaixão.
Conceder
misericórdia a alguém é
perdoá-la pelo simples ato de bondade, apesar do outro não merecer o perdão.
Misericórdia
Divina é Deus perdoar
os pecados, apesar das faltas cometidas pelos pecadores. É a libertação do
julgamento. Durante a benção oferecida pelo Papa, chamada de Urbi et Orbi, é
concedida a penitência e a indulgência para os fiéis que se confessam,
recebem a comunhão e estão livres de pecados mortais. Em oração, o Papa
pede que Deus todo poderoso tenha misericórdia e perdoe os pecadores.
Carregar a
bandeira da misericórdia é quando o
indivíduo tem bondade no coração, é a pessoa que está sempre pronta para ajudar
o outro, se preocupa com o outro, sem segundos interesses, é o chamado bom samaritano.
Mãe de
Misericórdia é a expressão
usada na Igreja Católica, para denominar a mãe de Jesus, pela sua imensa
bondade, como vemos no primeiro trecho da oração Salve Rainha: Salve, Rainha,
mãe de misericórdia, vida douçura, esperança nossa, salve.
Casas de
misericórdia são
instituições de caridade, criadas com a missão de tratar e socorrer enfermos e
inválidos.
Obras de
misericórdia, são 14
preceitos que segundo a doutrina católica, devem ser seguidos por seus fiéis.
Sete obras se referem a ações temporais: dar de comer a quem tem fome, dar de
beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos
enfermos, vestir os presos e enterrar os mortos. Outras sete obras se referem a
ações espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que
erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as
fraquezas do nosso próximo, e rogar a Deus por todos os necessitados, tanto
vivos quanto mortos.
Misericórdia era
o nome do punhal que os cavaleiros traziam do lado direito da cintura e que era
usado para matar o adversário, já derrubado, caso esse não pedisse
misericórdia. O golpe fatal era dado com o punhal e era chamado de golpe de
misericórdia.
Misericórdia é o
nome da música gravada pelo padre Marcelo Rossi, que faz parte do álbum Ágape
Musical, lançado em 2011.
3– As Vértebras da
Coluna do carácter das Pessoas
4– O melhor sermão
Compaixão
Ser
mão que levanta quem caiu!
Ser
mão que sinaliza Esperança para quem vive sozinho!
Ser
mão de Solidariedade para quem se sente cercado e encurralado por toda a forma
de conflito!
Ser
mão de Perdão para quem traiu!
Ser
mão de Misericórdia para quem se
sente no fundo do foço!
Ser
mão de Bênção para quem não tem nada e em nada se sente.
Ser
mão que aponta o céu, mesmo que a realidade presente seja desgraça!
Ser
mão que fala sem palavra alguma, ou só se veja ou ouça o gesto da mão!
Que
tua mão não seja só aberta para receber e fechada para dar!
Transmite
afecto e ternura a quem precisa de ajuda!
Ser
coração aberto!
Só
se vê bem com o coração, testemunhando Cristo Ressuscitado, vivo!
5 – Prática Cristã
Livro Sapiencial
(Dá esmola)
“Filho,
procede conforme as tuas posses: se possuíres muita riqueza, dá esmola em
proporção da mesma, se, porém, dispuseres de pouco, dá em proporção desse
pouco. Nunca tenhas receio de dar esmola. Assim, acumularás em teu favor, um
bom depósito para o dia da necessidade. De facto, a esmola liberta da morte e
não permite que a alma desça para as trevas. A esmola é, aos olhos do
Altíssimo, uma dádiva sagrada de grande valor, que aproveita a todos os que a
oferecem.”. (Tb 4, 8-11)
6 – Rezar a Salvé Rainha
Salve Rainha, Mãe de
Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, Salvé!
A vós bradamos os
degradados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de
lágrimas.
Eia, pois, advogada
nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.
E depois deste
desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre.
Ó clemente, ó
piedosa, ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós Santa
Mãe de Deus.
Para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
Amém.
Relator:
José Rodrigues Lima
Telefone:
938583275 / 258829612
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