sexta-feira, 27 de março de 2015

Quando termina a Quaresma? O que é o tríduo pascal?


Quando termina a Quaresma? O que é o tríduo pascal?
Conheça melhor o sentido da liturgia para crescer espiritualmente
Pe. Henry Vargas Holguín
Aleteia



© Frederic CAPPELLE/CIRIC

A Quaresma, caminho rumo à Pascoa da Ressurreição, começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira Santa, com a chamada “hora nona” da Liturgia das Horas.

Ou seja, dura até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive (carta apostólica Mysterii Paschalis, 28). O documento utiliza o termo “exclusive”, não “inclusive”. Então, a Quaresma não inclui a Missa da Ceia do Senhor.

Com esta missa, à tarde, começa o Tríduo Pascal, que é o coração do ano litúrgico. Não podemos esquecer que o costume judaico-cristão considera o início do dia desde a sua véspera; por este motivo, a Sexta-Feira Santa começa no final da Quinta-Feira Santa.

Na Missa da Ceia do Senhor, Ele antecipa sua paixão; por isso, na missa, se faz o memorial da morte e ressurreição de Jesus.

“O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a missa vespertina da Ceia do Senhor, tem seu centro na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do domingo da Ressurreição” (carta apostólica Mysterii Paschalis, 19).

A palavra “tríduo” sugere a ideia de preparação. Às vezes nos preparamos para a festa de um santo com três dias de oração em sua honra, ou pedimos uma graça especial mediante um tríduo de orações.

A Quaresma é preparação, e o Tríduo Pascal se apresenta não como um tempo de preparação, mas como uma só coisa com a Páscoa. O tríduo é uma unidade e precisa ser considerado como tal; nele se dá a totalidade do mistério pascal.

A unidade do tríduo está no próprio Cristo: quando Ele aludia à sua paixão e morte, nunca as dissociava da sua ressurreição.

O Evangelho fala delas em seu conjunto: “Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará” (Mt 20, 19).

A unidade do mistério pascal tem algo importante a nos ensinar: ela nos diz que a dor não somente é seguida pela alegria, mas que já a contém em si mesma.

O tríduo se refere também aos três dias aos quais Jesus se referiu quando disse: “Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias” (Jo 2, 19).

As diferentes fases do mistério pascal se estendem ao longo dos três dias, como em um tríptico: cada um dos três quadros ilustra uma parte da mesma cena; juntos, formam um todo. Cada quadro em si é completo, mas precisa ser visto em relação aos outros dois

 

terça-feira, 24 de março de 2015

“DIA DA CRIANÇA POR NASCER”

“DIA DA CRIANÇA POR NASCER”
Pelo 5º ano consecutivo, o INSTITUTO INTERNACIONAL “FAMILIARIS CONSORTIO“ (IIFC /IFCI), da MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora, vai participar na Santa Missa celebrada na igreja da Senhora-a-Branca em Braga, dia 25 de Março, às 19 horas , dando satisfação ao pedido de S. João Paulo II, na Encíclica “Evangelium vitae“ que este ano e naquele dia perfaz 20 anos, para que “Todos juntos (deveríamos) construir uma nova cultura da vida” (E.V.nº 95).
Num momento difícil para a humanidade, sobretudo quando diariamente são assassinadas crianças no ventre materno, é urgente rezarmos pela “VIDA POR NASCER“. Pelos bebés a quem não é permitido continuar a viver. Pelas mães que decidem abortar. Pelos pais que consentem e estimulam o massacre dos filhos por nascer. Pelos profissionais de saúde que praticam actos que vão contra o juramento que fizeram de estar do lado da vida.
O IIFC, presente em vários países do mundo, sente-se convocado para a causa da vida como “como povo da vida, povo da vida e a favor da vida” (E. v. nº105). Por isso, convida todos os homens e mulheres que se sentem e agem pela causa da vida humana, desde a concepção à morte natural, a associarem-se a esta iniciativa de oração pelas crianças não nascidas e, sobretudo por aquelas que estão mais ameaçadas no seu direito mais fundamental, que é o DIREITO À VIDA.
“… diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade…”
(Papa Francisco, Às famílias brasileiras, 6.VII.2013)

segunda-feira, 23 de março de 2015

Para quê confessar-se?


 Para quê confessar-se?



Chegou-me às mãos o texto que segue. Publico-o tal como me foi enviado. Ao longo de quatro semanas vamos «meter a mão na consciência».

Aqui vai uma lista lista de pecados

Para quem não os tem ...

“Confessar por quê? Eu não tenho pecados! Eu não mato nem roubo!”

Quem é que já não ouviu comentários deste tipo!? Se calhar nós próprios também pensamos assim!

 
É verdade que, nos tempos que correm, descobrir o pecado, o sentido do pecado e o que é pecado ... é uma tarefa cada vez mais complicada. E isto porque aquilo que antes era pecado até parece que hoje já não o é e há muitas coisas, hoje, que são completamente diferentes das de ontem...

Mas...afinal de contas... há ou não pecados hoje!? Que pecados existem para além de “matar e roubar”?

Para si que acha que não tem pecados (pelo menos “graves”...) ou para você que se costuma confessar mas que cada vez tem mais dificuldade em descobrir “pecados a sério”, aqui lhe apresentamos algumas pistas para o ajudar a fazer um bom exame de consciência antes de se confessar... ou para se confessar melhor!

EU... E A FAMÍLIA

- Ajudo, quero bem e procuro compreender, sem impor a minha opinião?

- Sou uma pessoa preocupada com os problemas da minha família?

- Tenho procurado realizar a felicidade dos outros, ou são eles o “bode expiatório” dos meus stresses e más disposições?

- Aceito reconhecer que errei e peço desculpa, mesmo que seja aos filhos ou aos pais?

- Preocupo-me com a educação humana, sexual, social e cristã dos filhos? Sou para eles um bom exemplo de vida?

- Participo nas reuniões da Escola e da Catequese? Porque não?

- Que lugar ocupam, na minha família, os mais idosos?

- A minha relação conjugal é equilibrada e sã? Há “outros amores”?

- Os laços do amor quebram-se por causa do álcool ou com maus tratos?

- Rezo em casal ou em família?

- Gosto do meu lar ou é somente espaço para comer e dormir?

- Ando zangado com alguém da família? É por causa das partilhas? Perdoo mesmo?

- Respeitei sempre, na minha família, o direito à vida?

sexta-feira, 13 de março de 2015

Feminicídio e revolução sexual: uma relação que o laicismo finge que não existe


Feminicídio e revolução sexual: uma relação que o laicismo finge que não existe

Combinação de pornografia e liberação sexual sem limites acelerou redução da mulher a objeto



Em meio aos atuais protestos contra a corrupção brasileira e seus efeitos devastadores no bolso e na paciência dos cidadãos, foi sancionada nesta semana, quase como notícia secundária, a lei que torna o feminicídio um crime hediondo no Brasil. É um avanço. No entanto, numa cultura que finge que não há consequência alguma em reduzir as pessoas a objetos sexuais, é um avanço frágil e paliativo, que passa longe de tratar das causas do problema.

Há pouco mais de dois anos, a revista norte-americana Violence and Victims
publicou uma pesquisa feita pela Universidade da Geórgia, também dos Estados Unidos, sobre a relação entre a indústria da pornografia e a violência contra as mulheres. A pesquisa, como seria de esperar, foi amplamente ignorada pela mídia.

Mas o estudo norte-americano não passou despercebido para o médico e sexólogo Vincenzo Puppo, do Centro Italiano de Sexologia. Em entrevista ao jornal
La Stampa, ele explicou por que a pornografia causa dependência e quais são os efeitos da sua transformação em vício:
 

“A visualização contínua e repetida dos órgãos genitais masculinos e femininos vai diminuindo progressivamente a capacidade de excitação mental. Quando um estímulo sensorial é repetido continuamente, ele vai deixando de ser excitante com o passar do tempo. Assim, o cérebro passa a exigir estímulos sexuais mais fortes. Da pornografia ‘normal’, a pessoa passa, por exemplo, a consumir imagens de estupros, de outras violências sexuais, de sadomasoquismo, de sexo com animais, com crianças...”.


E não para por aí. A repetição contínua da visualização dessas novas imagens leva o cérebro a ir se viciando nelas também. Da dependência doentia de mais e mais cenas degradantes, associadas a excitação e prazer pessoal, tende-se ao impulso não menos doentio de passar aos atos. Assim, quando o ambiente da “mera” visualização de pornografia pesada deixa de ser suficiente para “desafogar” o vício, o dependente pode acabar explodindo em atos de violência não apenas contra mulheres, mas também, não raro, contra homens e, o que é mais terrível ainda, contra meninas e meninos.

Os alertas de especialistas em questões como esta não costumam fazer sucesso na cultura laica do “liberou geral”, por motivos óbvios: não se quer admitir que todo excesso tem consequências. É mais ou menos a mesma visão permissiva e leniente que se tem quanto ao
álcool, transferindo-se a responsabilidade pela epidemia de consumo de bebida entre adolescentes e jovens para contextos externos à consciência e à vontade deles.

No tocante à hipersexualização da cultura laica, as mesmas pessoas que apontam o dedo com fúria contra o “modelo machista repressivo” fecham os olhos, conivente e hipocritamente, para a relação avassaladora entre a “revolução sexual” e a transformação ainda mais acelerada de seres humanos em objetos de prazer doentio.

Em meio aos atuais protestos contra a corrupção brasileira e seus efeitos devastadores no bolso e na paciência dos cidadãos, foi sancionada nesta semana, quase como notícia secundária, a lei que torna o feminicídio um crime hediondo no Brasil. É um avanço. No entanto, numa cultura que finge que não há consequência alguma em reduzir as pessoas a objetos sexuais, é um avanço frágil e paliativo, que passa longe de tratar das causas do problema.

Há pouco mais de dois anos, a revista norte-americana Violence and Victims
publicou uma pesquisa feita pela Universidade da Geórgia, também dos Estados Unidos, sobre a relação entre a indústria da pornografia e a violência contra as mulheres. A pesquisa, como seria de esperar, foi amplamente ignorada pela mídia.

Mas o estudo norte-americano não passou despercebido para o médico e sexólogo Vincenzo Puppo, do Centro Italiano de Sexologia. Em entrevista ao jornal
La Stampa, ele explicou por que a pornografia causa dependência e quais são os efeitos da sua transformação em vício:
 

“A visualização contínua e repetida dos órgãos genitais masculinos e femininos vai diminuindo progressivamente a capacidade de excitação mental. Quando um estímulo sensorial é repetido continuamente, ele vai deixando de ser excitante com o passar do tempo. Assim, o cérebro passa a exigir estímulos sexuais mais fortes. Da pornografia ‘normal’, a pessoa passa, por exemplo, a consumir imagens de estupros, de outras violências sexuais, de sadomasoquismo, de sexo com animais, com crianças...”.


E não para por aí. A repetição contínua da visualização dessas novas imagens leva o cérebro a ir se viciando nelas também. Da dependência doentia de mais e mais cenas degradantes, associadas a excitação e prazer pessoal, tende-se ao impulso não menos doentio de passar aos atos. Assim, quando o ambiente da “mera” visualização de pornografia pesada deixa de ser suficiente para “desafogar” o vício, o dependente pode acabar explodindo em atos de violência não apenas contra mulheres, mas também, não raro, contra homens e, o que é mais terrível ainda, contra meninas e meninos.

Os alertas de especialistas em questões como esta não costumam fazer sucesso na cultura laica do “liberou geral”, por motivos óbvios: não se quer admitir que todo excesso tem consequências. É mais ou menos a mesma visão permissiva e leniente que se tem quanto ao
álcool, transferindo-se a responsabilidade pela epidemia de consumo de bebida entre adolescentes e jovens para contextos externos à consciência e à vontade deles.

No tocante à hipersexualização da cultura laica, as mesmas pessoas que apontam o dedo com fúria contra o “modelo machista repressivo” fecham os olhos, conivente e hipocritamente, para a relação avassaladora entre a “revolução sexual” e a transformação ainda mais acelerada de seres humanos em objetos de prazer doentio.

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Alcoólicos Anónimos


I

Desde que deixei de beber

A minha vida modificou

Tudo foi para melhor

E a bebida lá ficou

 

II

Os amigos são os mesmos

Só que com outra atenção

E a bebida lá ficou

Tenho-os no meu coração

 

III

A vida familiar

Isso é uma beleza

E a bebida lá ficou

Quem sabe cheia de tristeza

 

IV

É menos um consumidor

Na contabilidade a fazer

E a bebida lá ficou

E eu cheio de prazer

 

V

Muita gente se admira

Como é que eu consegui

E a bebida lá ficou

Hoje sou igual a ti
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI

Amigos e inimigos

Até fazem confusão

E a bebida lá ficou

Metida no garrafão

 

VII

No garrafão ou na garrafa

Não me importa o local

E a bebida lá ficou

Não bebo que me faz mal

 

VIII

Pede a Deus que te auxilie

Nesta caminhada salutar

E a bebida lá ficou

O mestre vai-te perdoar

 

X

Nunca esqueças o teu grupo

Muito por ti vai fazer

E a bebida lá ficou

Por esse teu forte querer

 

Alcoólicos anónimos


segunda-feira, 9 de março de 2015

PARÓQUIAS ABERTAS A NOVOS DESAFIOS


PARÓQUIAS ABERTAS A NOVOS DESAFIOS

Os católicos praticantes, dos nominais aos militantes, passando pelos ocasionais, regulares e irregulares - entendendo-se os que participam na missa dominical - estão a diminuir no nosso país.

Os que contam para essa baixa percentagem, muitos, sobretudo nas cidades, não se sentem identificados com a paróquia da sua residência. Procuram mais outras igrejas onde encontram os seus amigos, gostam do padre que preside à Eucaristia ou por outra qualquer razão. Há também os que só procuram a paróquia da sua residência por razões “burocráticas”, por exemplo, quando precisam de pedir transferência de processo ou para batizar os filhos noutro lugar e receber um certificado de idoneidade para ser padrinhos de batismo.

O desfasamento entre a residência e a igreja paroquial verifica-se naqueles e naquelas que se movem por razões de conveniência. Alguns nem sequer conhecem o estilo das assembleias dominicais da sua paróquia de residência e pouco ou nada viram e ouviram o respetivo pastor, sobretudo quando, na mesma paróquia, há outros centros de culto e se dispersam por outros espaços da cidade onde é maior a oferta do cumprimento do preceito dominical do que a procura que vai escasseando.

Vários movimentos de Igreja, hoje mais de espiritualidade do que de apostolado associado, também concorrem para a não identificação com as paróquias. Têm as suas próprias igrejas e centros de culto, normalmente sem repercussão na natureza e missão das paróquias.

Não há mal algum que as pessoas se dispersem consoante os apelos ou as suas escolhas pelos centros de culto. O que pode ser problemático é que as paróquias não trabalhem em rede, umas com as outras, também com os templos que têm reitorias ou pertencem a institutos religiosos ou movimentos.

Face aos novos desafios da configuração real dos católicos mais ou menos praticantes, as paróquias ainda mantêm a sua atualidade. Reconhece-o o papa Francisco, na exortação apostólica “Evangelii Gaudium” (Alegria do Evangelho). Leiam por favor: “A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for capaz de se reformar e adaptar constantemente, continuará a ser ‘a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas’”.

O papa tem razão quando alerta os cristãos: “É muito salutar que não percam o contacto com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular. Esta integração evitará que fiquem só com uma parte do Evangelho e da Igreja, ou que se transformem em nómadas sem raízes”.

Rui Osório, conegoruiosorio@diocese-porto.pt, In “Voz Portucalense”, 18.02.2015

sexta-feira, 6 de março de 2015

Armando Magalhães Correia

Armando Magalhães Correia


Armando Magalhães Correia, com 82 anos, filho de António de Passos Correia, construtor civil (caiador e pintor) e de Carolina Magalhães, doméstica.
É irmão de 11, alguns já faleceram e outros vivem em Viana: a Isaura, o Amaro, e ele próprio com 85 anos. Também há os que vivem no estrangeiro, todos foram casados e com geração.

























O Armando casou com Maria Engrácia Alves de Castro que lhe deu 3 filhos: Maria das Dores, Manuel Armando, José Carlos Alves Correia, todos casados e tem 3 netos.
Fez a Escola Primária no Carmo e foi trabalhar com o pai. Depois aprendeu a arte de funileiro que ainda trabalha para quem queira. No entanto, nas horas vagas dedica-se a fazer miniaturas de artefactos usados antigamente, com todos os pormenores, como podemos verificar na sua oficina ao Largo da Santa Catarina, na Ribeira de Viana.
Para aprender a arte trabalhou num patrão, José Botelho, oito anos e depois por conta própria há 69 anos.



É sportinguista, não tem partido político e é católico. Tem de ser operado às cataratas. Tem de pagar tudo e cortaram-lhe na reforma. Sente pena de estar à espera… pois gosta também muito de ler e de ir da Ribeira à Bandeira do Carmo, à Leitaria do Carmo se encontrar com os amigos e ler o jornal.
A sua oficina está aberta ainda para os amigos e, quando não tem nada a fazer, dedica-se a fazer miniaturas de objectos antigos e gostava de fazer uma exposição. 
De facto a oficina está cheia de centenas de miniaturas e outras antiguidades como ferramentas.

Dar Alma à Vida XXXI


Dar Alma à Vida XXXI

Dar Alma à Vida é amar a Vida como um dom. Amar a Vida é sonhar em querer chegar a Deus. Como Deus, que é Amor se quis fazer Homem para que este vivesse com Alma e fosse feliz para sempre.

Dar Alma à Vida é um gesto de confiança em Deus cujo coração tem uma capacidade infinita que nos faz renovar dia a dia, e nos leva a crescer, a aumentar a capacidade de fazer mais e melhor. Tem uma Bondade singular para nos compreender e perdoar.

 
Dar Alma à Vida é subir à montanha sagrada acompanhando o Mestre para se envolver numa dimensão divina, como uma metamorfose, que cada vez mais me cativa e me leva a pensar que não sou nada e Deus é tudo. Com quem se está Bem.

Por isso eu darei Alma à Vida se me desprender das coisas para me aproximar d’Ele com alegria e o brilho que a Alma dá à Vida e ilumina o Outro.

Dar Alma à Vida é aproximar-me do transcendental, do absoluto, a quem devo obediência porque me enleva. Deste modo tenho que subir com o Mestre ao Alto para compreender que ainda falta muito para ser merecer a dignidade de me aproximar do  que Deus é.
 
 
Converte-me a uma vida com Ama semelhante à tua, Senhor !...

quarta-feira, 4 de março de 2015

Cuidar o Idoso


                       Cuidar o Idoso

 Hoje, numa visita a um idoso, acabei de ouvir a empregada doméstica que desde o princípio mostrou ser pessoa carinhosa, afectuosa e substituta de uma filha muito querida, não daqueles que vemos descartar os seus progenitores que já são velhos, os velhos, a velha, referindo-se a uma mãe, e a viver uma vida sem interesse em ter filhos porque dão que fazer, dão trabalho e consumições.

Esta empregada usou na conversa a palavra “cuidar” os idosos, cuidar daquele e outros com quem mantém e manteve sempre a mesma postura. Ela não trabalhava para ele, mas cuidava dele como os seus filhos quando eram bebés ou crianças.

É preciso ter muita paciência e não esquecermos que não é com arrogância, ou impulsivamente, que se trata de um bebé, como acontece a um idoso. Se somos impulsivos ou se se age com gestos de pouca delicadeza como quem está a fazer um frete, o idoso sente isso e fica mais nervoso. É preciso tê-lo calmo e dar-lhe tudo o que precisa para se sentir bem. Para mal estão as suas limitações. Gostei. Os filhos deste idoso podem estar felizes porque têm uma empregada que os substitui bem.

Ora quando cheguei a casa leio um artigo reenviado por um amigo cujo tema era o seguinte “Solidão e Ética do Cuidado” de Anselmo Borges. Li-o com sofreguidão porque me veio lembrar a visita e a conversa que tinha feito umas horas antes.

Estamos de facto num mundo a que o materialismo e consumismo nos levaram à época do descartável.

Descartáveis são os objectos desde os mais pequenos aos maiores, desde uma simples colher a um carro ou uma casa; mas pior ainda é que até as pessoas são descartáveis, isto é, o resultado líquido da sociedade de consumo.
 


Segundo Anselmo Borges isto é paradoxal: “A felicidade está em ser-se permanentemente infeliz, porque o consumo aumenta cada vez mais a insatisfação e a felicidade da insatisfação é uma felicidade paradoxal.”.

Consome-se apenas e não se reflecte. O Homem não reflecte e faz os disparates que entende mesmo contra a natureza, contra a vida e o respeito pelo outro.

O ser humano precisa de alguma solidão para pensar, sentir e encontrar-se consigo mesmo. Isto é comum a qualquer ser humano. A pessoa humana não é um espírito desencarnado e precisa de não se perder na ruptura com o passado para envelhecer mais depressa e se sentir inútil, peça que alguém quer descartar, ou espera desfazer-se dela.


Muito gostei da conversa da tarde com a Senhora Dona (…) que já me esqueci o nome.

Aqui está a ética do cuidador que é aquele que, sempre presente, na solidão, pois cuidar é estar presente para todos: para o padre, para o médico, para os pais, para os filhos, para os netos. O Cuidador é o passado no presente a preparar o futuro.

“Porque é que nos sentimos sós?” Diz o autor desse artigo que li: ”Saber-se e sentir-se desabrigado, sem tecto, sem morada.” Por isso, “ajudar a vencer a solidão é oferecer a alguém uma morada, uma hospedagem, o cuidado de um abrigo; o abrigo do nosso olhar, o abrigo do nosso ouvido, da nossa palavra, da nossa mão, dos nossos gestos, da nossa compreensão e confiança, da nossa estima, chamar-se amizade ou mesmo amor.”


É, portanto, cuidar, usar voz baixa, mas sobretudo clara e sonante, mão leve e carinhosa, ouvido atento mesmo no silêncio, olhar terno e suave, gesto afectuoso e cheio de doçura, arrancando do outro estima e confiança.

Assim o Idoso é memória, é história, é sabedoria que merece respeito e veneração. Nada para lançar aos caixotes do lixo, mas reconhecer os afectos e carinhos que a família, ou na vez da família, alguém lhes dá.

Assim, vale a pena dizer que damos Alma à Vida.

 
 
 
 


Dar Alma à Vida XXX


Dar Alma à Vida XXX

Dar Alma à Vida é apelo ao deserto, à interioridade, ao reencontro para que a Vida tenha Alma.

Pode ser um teste à descoberta da verdade e às razões do nosso viver.

Dar Alma à Vida é dar à Vida espaço necessário para se reconstituir, reconstruir a partir de dentro para fora. É saber acolher o outro que chega com a verdade urgente: “Conforme hoje mesmo as Escrituras…”. “Arrependei-Vos e acreditai” porque assim damos Alma à Vida.

Dar Alma à Vida é passar pela vitória e pelo fracasso, pela alegria e pela tristeza, pela Sexta-feira Santa e pela Páscoa da Ressurreição.

 
Dar Alma à Vida é saber que depois da tempestade virá a bonança. É saber e sentir a alegria de uma conversão porque Deus é Misericórdia, é Amor, é Bondade, “paciente e benigno”, que Deus é Pai fiel à Aliança com a sua obra até às últimas consequências, como aconteceu com o nosso Bom Deus, na pessoa de seu Filho Jesus Cristo.

Dar Alma à Vida é fazer desta Quaresma um tempo para meditar e aprofundar o mistério do pecado e da Salvação.

Dar Alma à Vida é fazer que a vida não seja inerte, de cores frias como as cinzas, mas alegres como as cores do arco-íris, cores quentes contra tudo o que é cadáver ambulante no obscuro de uma vida sem objectivos, sem sentido, sem fim à vista porque só vê trevas.
 

Dar Alma à Vida é cantar a alegria no dia-a-dia, é dormir na paz de Deus a noite, sem medo porque com Cristo, em Cristo e por Cristo tudo fazemos por viver uma Vida com Alma.

domingo, 1 de março de 2015

Bodas de Diamante ce Armando Costa e Maria do Carmo


Bodas de Diamante

Armando Costa, filho de Joaquim Alves da Costa e de Maria Fernandes de Sá, já falecidos. Quatro irmãos: Daria, casada e tem dois filhos; Alzira (freira franciscana); Adélia, deixou cinco filhos, dois já falecidos; Aires, faleceu com 8 anos.

O Armando casou em 16 de Fevereiro de 1955 com Maria do Carmo da Rocha Costa. A Maria do Carmo nasceu na torre do Carmo, onde vivia e depois esteve 10 anos nas “Carmelitas, Asilo das meninas órfãs e desamparadas”, na altura. Trabalhou 43 anos no ENVC e foi dos primeiros daquela empresa.

O casal celebrou a suas Bodas de Diamante, na Igreja da Meadela, no dia 16, com muita alegria e satisfação.
 

Tem uma filha, a Maria de Jesus, educadora de infância, casada com David Manuel, enfermeiro e com dois filhos: Pedro Ivo, engenheiro e João Miguel, estudante.

Quando em 1978 me foi dada esta Paróquia para pastorear, este casal estava muito comprometido com a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Faziam parte do Grupo Coral, dos Vicentinos e continuaram por alguns anos, pois acerca de vinte anos foram ajudar a Paróquia da Meadela.
 



 

Participaram no Marcos 9, 37, ensaiado pelo Pe. José da Silva Lima para celebrar o Ano Internacional da Criança, em 1979.

Sempre participaram em todos os actos e recordo com saudade bons momentos que partilhamos juntos. A Juca, a sua filha, assim conhecida aqui na Paróquia, foi catequista e também coralista.

A Paróquia associou-se por representação à festa das Bodas de Diamante e o Pe. Artur Coutinho pediu as bênções de Deus e felicidades depois de lhes ter dado os parabéns.                                                                                               AC