sábado, 30 de maio de 2015

Quando minha esposa teve Alzheimer, descobri o melhor do meu casamento

Quando minha esposa teve Alzheimer, descobri o melhor do meu casamento



Chegou um momento em que ela não sabia quem era eu, mas o importante era que eu sabia quem era ela

Chegou um momento em que ela não sabia quem era eu, mas o importante era que eu sabia quem era ela

 
 
29.05.2015
WEB Elderly CoupleMichael Brant CC
Foram mais de 50 anos juntos, considero-me afortunado e me lembrarei dela enquanto eu viver. Entre muitas coisas, sentirei falta das suas exigências para que eu fosse uma pessoa melhor, pois ela sempre teve expectativas muito superiores às que eu tinha sobre mim mesmo. Isso sem falar do seu esforço pela sua própria superação.

Estas exigências já me fizeram reclamar muito, mas hoje sinto falta delas, preciso delas.

Meus filhos sentem pena de mim e me visitam frequentemente, passam fins de semana comigo ou eu passo na casa deles. Às vezes, eu os pego olhando-me com ternura e posso adivinhar seus pensamentos: “Pobre papai! Vai sentir muita falta dela!”.

Já os ouvi recebendo condolências dos seus amigos, em diálogos com benevolentes comentários sobre o que eles consideravam como uma descrição belíssima do nosso amor: quanto tempo estivemos juntos; como parecíamos felizes convivendo; como nos comunicávamos bem; como compartilhávamos interesses e tantas outras coisas.

Sim, todos esses comentários refletem uma realidade, mas só uma parte dela. Não a mais profunda e total realidade do nosso amor, que estava muito acima de tudo isso. Descobri isso no final do caminho, no processo da sua doença.

Minha esposa sofreu de Alzheimer. Chegou um momento em que ela não sabia quem era eu, mas o importante era que eu sabia quem era ela. Tive o dom de poder ver sua parte angelical por trás do seu rosto inexpressivo.

Assim, podia evocar seu intenso sorriso, a agudeza das suas intuições ao me compreender e atender, suas broncas amorosas, sua alegria de viver, sua exigência por sermos melhores.

Ela era como uma pequena ave nas minhas mãos; não podia me oferecer uma companhia dialogante, nem ajuda nas circunstâncias da minha vida. Muito alheia às suas possibilidades, restava a menor das minhas necessidades, que ela costumava atender assim que a percebia enquanto tinha pleno uso de suas faculdades. Esta nova fase era, para mim, a oportunidade de fazer o sacrifício por amor, de ser abnegado.

Eu a atendia pessoalmente da melhor maneira possível, e todo o meu ser era para ela. Todo o meu ser para ela! Foi assim que pude compreender uma dimensão do amor conjugal que sempre havia estado presente e que ela com certeza já conhecia. Uma dimensão que iluminava com raios de sol nossa relação, tornando-a mais íntima que nunca. Uma dimensão na qual havíamos construído e reconstruído nosso amor cada dia.

Assim, todas as manhãs, eu enfeitava o quarto com os crisântemos de que ela tanto gostava, lia poemas de amor compostos por mim, cantava para ela, fazia cafuné, dançava e lhe contava histórias. Com lições bem aprendidas, eu a amava com um amor que me fazia ser melhor, até o último instante, em que Deus a levou.

Entendo que os casais jovens conhecem pouco do amor nesta dimensão. Esta é uma disciplina que terão de cursar, pois o casamento é uma relação de perfeição recíproca dos cônjuges em todos os âmbitos da vida, do mundo cotidiano ao mundo da intimidade mais estrita.

É assim que vai se dando o desvelamento da realidade pessoal de cada um, um desvelamento que permite a correção dos defeitos e o desenvolvimento das virtudes, contando com a ajuda e o apoio amoroso do cônjuge.

Por isso, são um bem um para o outro.

Minhas foi e será o maior bem da minha vida, vindo das mãos de Deus, e sou imensamente grato por isso.
Aleteia

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Dar Alma à Vida XL


                Dar Alma à Vida XL

 
É pôr sal na comida para que tenha sabor, é colocar uma candeia sobre o alqueire para que se possa ver, é dar vista aos cegos, pôr os coxos a andar, liberdade aos oprimidos, dar saúde aos doentes, fazer oração, abrir portas aos frágeis, saber perdoar, saber ser humilde e pobre, para não humilhar.

 
Não se dá Alma à Vida quando na nossa vida os pobres não nos dizem nada e andam longe do nosso coração.

Dar Alma à Vida é dar Vida aos pobres e não humilhá-los e roubar-lhes até a sua dignidade do pouco que podem ter.

 
O Pobre deve ser o objetivo de quem pode e tem mais, mas, às vezes, são mais generosos os pobres a partilharem uns com os outros do que a quem nunca lhes falta nada sobre a mesa.

Dar Alma à Vida é procurar Deus no pobre e no rico, por toda a parte, aí pode encontrar esta Alma que vivifica.

Dizia S. Vicente de Paulo que “não sei quem é mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor.”

Dar Alma à Vida é dar a quem precisa comida material e espiritual com Amor.
 

Dar Alma à Vida é darmo-nos a quem precisa porque, deste modo, abrimos as portas de Deus.

Dar Alma à Vida é dar a quem precisa, de modo especial aos mais pequeninos, porque neles está Deus e, por isso, seremos recompensados e as portas do Céu se abrirão.

Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino de Deus.

 
Isto é dar Alma à Vida, é celebrar a páscoa, o ressuscitado, quando a nossa Vida está envolvida, não só na verticalidade, como na horizontalidade, desde que una a Terra com o Céu e cada um de nós à Humanidade celebrando com a Alma, uns e outros, a VIDA.

                                                                                                                                                                                     P.C.




Dar Alma à Vida XXXIX


Dar Alma à Vida XXXIX

A vida sem Alma não é Vida, melhor, é vida irracional, inconsciente, superficial, pode ser maldade, obscuridade, rastejante, sem projeto, sem sentido… é terra!...
A Alma dá à Vida o Espírito que esta precisa para espelhar a Verdade, o Caminho, a Luz que interpela e que leva a andar em frente com a coragem de quem Ama até ao fim!


Dar Alma à Vida é dar-lhe serenidade, paciência, coragem, tolerância, fortaleza, alegria, esperança, bondade, misericórdia, proximidade no âmbito do que representa um triângulo equilátero nos seus três vértices com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, isto é, a Trindade de Deus, numa só pessoa distinta, única e verdadeira.


Dar Alma à Vida é dar-lhe o Corpo onde se sustém até ao definhar a materialidade do mesmo e a Alma enlevar-se na Glória do Senhor da Vida.

 
Dar Alma à Vida é, dia a dia, dar-lhe um Espírito Novo, o que só acontece quando abrimos o coração ao Espírito de Deus e nos deixamos enlevar por aquele de quem tudo na Vida, nos é dado viver, a ânsia de uma felicidade que um dia será saciada plenamente por quem nos chamou e consentiu viver e lutar pela perfeição, pela Felicidade.  

                                                                                                                              P.C.

É correto ir à missa quando estamos brigados com alguém?

É correto ir à missa quando estamos brigados com alguém?

 Seria preciso confessar-se também por ter recebido a Eucaristia nestas condições?

Seria preciso confessar-se também por ter recebido a Eucaristia nestas condições?

 
Toscana Oggi
 
27.05.2015
Messa eucaristia celebrazione liturgia lite fratello riconciliazione© Flickr/Anant Nath Sharma/Creative Commons
Pergunta

Muitas pessoas se confessam de não ter ido à missa por impossibilidade. Pessoalmente, acho mais grave ir à missa, inclusive em dias festivos, sabendo que se odeia alguém, a quem se nega inclusive a saudação, a quem se evita e com quem não se fala. Porque não vamos à missa só fisicamente, mas com fé sincera. Então, não é importante confessar-se e arrepender-se de ter ido à missa nestas condições?

Resposta (Pe. Valerio Mauro, professor de teologia sacramental)

A frase com a qual o leitor termina sua pergunta é digna de ser destacada. Certamente, nem todos vivem sua fé por convenção ou costume. No âmbito da fé cristã, existem também os chamados “bons costumes”. Não podemos desprezá-los.

Muitas vezes nascem de uma educação recebida na infância, mas assumida pessoalmente como uma atitude convicta diante do Senhor e do que Ele nos pede sobre viver a fé na comunidade eclesial. Em resumo, ir à missa não é um privilégio exclusivo dos “puros”, que “não pecam”.

Eu gostaria de acrescentar, no entanto, que é muito importante em tudo isso a consciência da dimensão comunitária da nossa fé. Mesmo vivida por cada um de nós de maneira pessoal, somos chamados a pronunciar juntos nosso “credo” e a viver em uma real comunhão de fé, esperança e amor.

A pergunta concreta do leitor toca vários âmbitos do comportamento cristão: aspectos de teologia sacramental e moral, comportamentos com relação a Deus e ao próximo.

Uma primeira resposta, muito simples, que parece óbvia, consiste em convidar a colocar diante da misericórdia de Deus uns e outros. É preciso tomar consciência da importância dos sentimentos que se expressam em gestos com falta de amor e que vão contra o Evangelho de Cristo.

O cristão está chamado a “santificar” o dia do Senhor. Não podemos esquecer que o domingo é o dia dedicado às “coisas do Senhor”, que não implica somente em ir à missa, mas também fazer atos de fé que nos levem a “santificar” o dia do Senhor, torná-lo um dia especial, dedicado a Ele, à convivência familiar, à caridade, a dedicar tempo ao cuidado de si mesmo.

Em relação à missa dominical, portanto, não se trata somente de uma participação física ou não, mas de deixar-se envolver pela lógica cristã do dia do Senhor. A mesma lógica da fé deveria intervir também no exame dos nossos sentimentos.

O exemplo que o leitor dá é claro. O próprio Senhor, no Evangelho, condena aquele que pronuncia palavras ofensivas contra seus irmãos; convida a reconciliar-se com o irmão antes de apresentar a oferenda no altar de Deus.

Alimentar sentimentos de ódio ao próximo está em forte contradição com o gesto eucarístico de comer o Corpo de Cristo. Se não conseguimos retificar rapidamente nossas relações, somos convidados a colocar diante da misericórdia de Deus, na confissão, o nosso coração arrependido, para que Ele o purifique por meio do seu perdão.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Sempre os velhos!


Sempre os velhos!

Como vão os portugueses reagir, nas legislativas, se a economia melhorar? Dizem alguns que se a anunciada melhoria económica chegar ao bolso dos portugueses, e continuar a pairar a dúvida sobre o despesismo do PS, a coligação tem aqui um aliado de muito peso. Pode ganhar as legislativas. Afirmam outros que se a economia apenas se reportar ao equilíbrio orçamental, à recuperação da credibilidade estrangeira ou à melhoria das notações das financeiras, mas não se refletir no bolso dos eleitores, então a vantagem cairá para o lado do PS. Como disse Centeno, um dos economistas do estudo encomendado pelo PS, “milagres não há” e afirmou: “ou emprego ou corte nas pensões”. Eis a questão: os aposentados deste país sabem que a empregabilidade em Portugal é como o rasgo na nuvem por onde espreita um sol tímido; sabem que a chumbada lhes vai cair no lombo, magro e esquelético. Desesperam contra a falta de humanismo desta economia contabilística; sentem a desigualdade porquanto, dizem, se houver novos sacrifícios a impor, eles devem ser repartidos por todos os portugueses e não só pelos funcionários públicos e reformados; apelidam-na de desumana porquanto sabem que nessas contas, as pessoas contam pouco; dizem estar a assistir a uma falta de respeito pelos valores da solidariedade geracional; a caixa registadora vale mais que o coração. Há quem tenha reformas milionárias mas a maioria não ganha para levar uma vida digna; não há dinheiro para sustentar as atuais aposentações porque os governos nunca descontaram para a caixa geral de aposentações, como descontam todas as outras entidades patronais; agora têm de dar à CGA o que nunca deram durante décadas a fio. O dinheiro dos descontos dos aposentados é dinheiro que não lhes pertence, logo não deveria ser o estado a geri-lo. Não há dinheiro para nada, porque ele é gasto em serviços inventados para empregar os meninos dos partidos, principalmente em assessorias, em empresas de estado sempre deficitárias, em institutos públicos de nenhuma ou duvidosa atividade, de fundações que só servem para editar livros dos fundadores, etc. etc. Assim não há dinheiro que chegue; não há nem nunca haverá. A maior parte das vezes são alguns destes protegidos que fazem as leis que depois revertem a seu favor. Mas nós, os aposentados, somos muitos, somos mais de três milhões e meio; a nossa longevidade atrapalha-lhes a contabilidade. Então por que razão teimamos em nos calar? Permitimos que nos ponham a carga às costas sem a atirar ao chão?! Que masoquismo é este?! Por que razão não fazemos sentir-lhes o nosso peso eleitoral? Por que razão vamos votar neste ou naquele partido que anunciam mais cortes nas pensões? Temos de ter a coragem de dizer a estes senhores, alto lá, nós existimos, nós votamos, nós estamos vivos, nós somos aqueles que repartimos a côdea que nos deixaram rapada, pelos filhos e netos a quem os senhores negam o presente e o futuro. Somos nós, afinal, quem decide eleições. Tenham consciência da nossa força. Obriguemos os políticos a ter medo dos aposentados. Nós somos um “grande partido”, que tem como “ideologia” querer viver o resto da vida com dignidade. O nosso passado tem de ser respeitado. Não precisamos de ir para a rua gritar slogans, empunhar bandeiras sindicais ou vociferar em megafones. Nós vamos decidir as legislativas. Todos votaremos a favor daqueles que nos respeitem, nem que seja de cadeira de rodas ou de cama de enfermo. Senhores, digam isto ao FMI e acrescentem que em Portugal quem ganha eleições são os aposentados.

Opinião – Diário do Minho - segunda-feira 25.05.2015

Paulo Fafe


 

Opinião – Diário do Minho - segunda-feira 25.05.2015

Paulo Fafe

Combate à pobreza, já!



          Combate à pobreza, já!
A rede europeia antipobreza’ na componente portuguesa quer colocar, mais claramente, o tema da pobreza na agenda dos partidos políticos... desde a mentalização até à legislação, passando por medidas concretas de combate ao flagelo da pobreza no nosso país.
A partir do manifesto «compromisso para uma estratégia nacional de erradicação da pobreza» preconiza-se uma espécie dum pacto em ordem a fazer da erradicação da pobreza ‘a primeira e a mais urgente prioridade nacional’.
A taxa de pobreza no nosso país teve uma evolução negativa: de 19,9% em 2009 para 19,5% em 2013, tendo a expressão em euros de 434 para 411 neste mesmo período de tempo... tão somente em quatro anos.
Políticas sociais, económicas e financeiras podem e devem esmerar-se no combate à pobreza, sendo mesmo proposto pela rede europeia antipobreza - Portugal a que, nada que possa aumentar a pobreza, saía do Parlamento, querendo com isso significar que se passaria da prática à teoria, isto é, que a erradicação da pobreza estaria, desde logo, na mente do legislador, criando um observatório no âmbito legislativo e na prossecução de iniciativas de saída do espaço social e psicológico da pobreza e da marginalização.




1. Pobreza alimenta muita gente
Parece um contrassenso, mas o estado de pobreza vai alimentando muita gente, desde o nível político até à dimensão sindical, sem esquecer imensas associações e iniciativas (ditas) socio-solidárias... mesmo no âmbito das igrejas.
Que seria dos partidos políticos, se lhes retirassem os pobres, como público-alvo? Efetivamente, os partidos políticos - seja lá a cor ou ideologia que for - perderiam a possibilidade de venderem ilusões e de intentarem promessas mais ou menos exequíveis... na verborreia de campanha eleitoral.
Idêntica necessidade têm os sindicalistas, pois, sem a contestação às condições menos boas dos seus filiados, perderiam a capacidade de mobilização, que, às vezes, se nivela mais pela riqueza do que pela insuficiência de meios e de proventos... Valeria a pena intentar saber as fortunas de certos sindicalistas para percebermos melhor a rotina com que fazem greve, o modo como condicionam a vida dos que trabalham e até os meios que mobilizam nas contestações... onde eles quase nunca perdem, pois são pagos pela estrutura sindical!
Não será ainda de menosprezar que sejam conhecidas as faturas de certas entidades que trabalham com os mais pobres. Com efeito, há situações para quem a miséria alheia é um certo fator de promoção social e mesmo profissional. Hoje, já não se discute quem são ‘os meus pobres’ - como faziam as senhoras de caridade em tempos mais recuados - mas em quantos gabinetes parece que se equacionam como os pobres são instrumentalizados para que estejam à nossa porta nos dias de avio e em circunstâncias de atendimento... Nem tudo muda, à exceção dos figurantes mais ou menos cadavéricos ou obesos!
2. Pobreza: circuito poderá ser corrigido?
Há uma pergunta que nos deveria inquietar, a todos, seja qual for a nossa condição económica, profissional, etária ou social: como poderemos corrigir o percurso de tantos dos pobres do nosso tempo? Efetivamente, há pessoas que nasceram na pobreza e, como que de forma irremediável, reproduzirão pobreza... seja ela psicológica, económica ou até em condições espirituais.
Imensas situações são de tal forma graves que só uma revolução estrutural e/ou civi- lizacional poderá modificar as causas e atenuar as consequências de certas situações de pobreza... manifesta ou envergonhada.
Como referem alguns peritos - sociólogos, antropólogos e pensadores - mesmo ligados à Igreja católica, temos de tentar modificar a matriz de onde parte esta onda de pobreza, que, atendendo às dificuldades mais recentes, continuam a pulverizar a nossa sociedade... atingindo, segundo alguns números disponíveis, um em cada cinco portugueses... num total de dois milhões de pessoas em dificuldade explícita ou intentada.
Temos de ser honestos e verdadeiros: não serão certas propostas eleitorais, que irão vencer esta tendência... até porque em momentos idênticos no passado só criaram ilusões e mais tarde fraude e bancarrota, que ainda estamos a pagar. Haja verdade em todos e para todos, já!


Opinião – Diário do Minho - segunda-feira 25.05.2015
António Sílvio Couto

9 ideias para rezar o terço quando você está muito ocupado

9 ideias para rezar o terço quando você está muito ocupado


Rezar o terço é muito mais simples (e maravilhoso) do que você imagina

Rezar o terço é muito mais simples (e maravilhoso) do que você imagina

 
 
pildorasdefe.net
25.05.2015
rosario© Ondřej Vaněček
Decidi que rezar o terço diariamente será uma prioridade na minha vida. Se você acha que não dispõe de 20 minutos para sentar e fazer orações a Maria, meditando sobre os mistérios da vida do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, eu encontrarei 20 minutos em sua ocupada agenda.

Leve em consideração que você não precisa rezar os 5 mistérios de forma contínua, pode dividi-los durante o dia; e não é preciso carregar um terço com você o tempo todo: para isso, você tem 10 dedos que poderão ajudá-lo.

A seguir, apresento 9 ocasiões perfeitamente apropriadas para que você reze o terço hoje, por mais ocupado que esteja o seu dia:

1. Enquanto você corre

Você costuma correr, fazer exercício físico? Então pode acompanhar sua atividade física rezando o terço, ao invés de só ouvir música. Na internet, é possível encontrar muitos podcasts e aplicativos que lhe permitem escutar e rezar enquanto você corre.

2. No carro

É impressionante como aprendi a rezar o terço enquanto vou de um lugar a outro, enquanto vou ao supermercado, ao posto de gasolina, levar meus filhos à escola ou rumo ao trabalho. Os trajetos de carro costumam durar mais que 20 minutos, então eu os aproveito ativamente. Uso um CD com o terço e o rezo enquanto ouço. Isso me faz sentir como se estivesse rezando em grupo.

3. Enquanto você limpa a casa

Reze enquanto você organiza sua mesa de trabalho, enquanto passa o aspirador na sua casa, lava louça ou realiza outros afazeres domésticos. Enquanto reza, pode interceder e abençoar, com sua oração, todos aqueles que se verão beneficiados pelos seus esforços por um lar mais limpo e organizado.

4. Enquanto você leva o cachorro para passear

Você leva o cachorro para passear diariamente? Aproveitar o tempo de passeio para rezar o terço é muito melhor que deixar sua mente vagando sem sentido. Mantenha-a centrada em Jesus e em Maria!

5. Depois do almoço

Tenha um momento de descanso diariamente após seu almoço e aproveite-o para silenciar seu interior e rezar o terço. Nos dias de sol, você pode fazer isso contemplando as maravilhas da natureza que Deus nos deu.

6. Caminhando em um passeio sozinho

Uma vez por semana, lembre-se de rezar o terço caminhando. Nesses momentos, vale a pena levar o terço e caminhar no ritmo da oração. Outras pessoas poderão ver você rezar, o que acaba sendo uma oportunidade de dar testemunho.

7. Antes de deitar para dormir

Este é um momento belíssimo para ter Jesus e Maria como últimos pensamentos em sua mente antes de dormir. O único risco é pegar no sono antes de terminar o terço inteiro. Concentre-se no amor que você tem a Nossa Senhora e a Jesus para manter-se acordado.

8. Na igreja

É muito poderoso rezar o terço na presença de Jesus sacramentado e junto a outras pessoas da sua paróquia. Tenha um encontro semanal com Jesus para visitá-lo no Santíssimo Sacramento e rezar o terço em adoração. Ou, se sua paróquia tem a prática do terço em grupo, una-se!

9. Enquanto você está esperando

Quantas vezes estamos esperando algo ou alguém ao longo do dia? Na fila do banco, do supermercado, no consultório médico, no ponto de ônibus... você pode rezar pelo menos uma dezena do terço cada vez que espera, e no final do dia terá rezado o terço inteiro.

Que outras opções você tem para rezar o terço em seus dias ocupados? Compartilhe conosco!
sources: pildorasdefe.net

domingo, 24 de maio de 2015

15 conselhos do Padre Pio para os que estão sofrendo

15 conselhos do Padre Pio para os que estão sofrendo

 Está difícil manter-se firme na esperança e na fidelidade a Deus? Então este texto é para você

Está difícil manter-se firme na esperança e na fidelidade a Deus? Então este texto é para você

 
santo© Roberto Taddeo
De tempos em tempos, Deus envia ao nosso mundo algumas pessoas extraordinárias, que servem como pontes entre a terra e o céu, e ajudam a que milhares de outras pessoas possam desfrutar do Paraíso eterno.

O século XX nos deixou um homem especial: o Padre Pio de Pietrelcina, um religioso capuchinho nascido nesse povoado do sul da Itália e morto em 1968 em San Giovanni Rotondo. São João Paulo II o elevou aos altares em 2002, em uma canonização que bateu todos os recordes de assistência. Hoje, podemos dizer que ele é o santo mais venerado da Itália.

O Padre Pio recebeu dons especiais de Deus, como o discernimento das almas e a capacidade de ler as consciências; curas milagrosas; bilocação; dom das lágrimas; perfume de rosas; e sobretudo os estigmas nos pés, mãos e lado, que ele padeceu durante 50 anos.

Ao longo da sua vida, ele escreveu milhares de cartas às pessoas que dirigia espiritualmente, e estas cartas são uma fonte de sabedoria cristã prática e de grande utilidade.

Apresentamos, a seguir, uma pequena seleção de pensamentos do Padre Pio diante do sofrimento, extraídos de suas cartas; tais pensamentos dão esperança e elevam a alma:

1. O sofrimento suportado de maneira cristã é a condição que Deus, autor de todas as graças e de todos os dons que conduzem à salvação, estabeleceu para conceder-nos a glória.

2. Quanto mais sofrimentos você tiver, mais amor receberá.

3. Jesus quer preencher todo o seu coração.

4. Deus quer que sua incapacidade seja a sede da sua onipotência.

5. A fé é a tocha que guia os passos dos espíritos desolados.

6. No tumulto das paixões e das vicissitudes adversas, que nos sustente a grata esperança da inesgotável misericórdia de Deus.

7. Coloque toda a sua confiança somente em Deus.

8. O melhor consolo é aquele que vem da oração.

9. Não tema por nada. Ao contrário, considere-se muito afortunado por ter sido considerado digno e partícipe das dores do Homem-Deus.

10. Deus o deixa nessas trevas para a sua glória: esta é a grande oportunidade do seu progresso espiritual.

11. A felicidade só se encontra no céu.

12. Quanto mais crescem as tentações do demônio, mais perto a alma está de Deus.

13. Bendiga o Senhor pelo sofrimento e aceite beber o cálice do Getsêmani.

14. Suporte os sofrimentos durante toda a sua vida para poder participar dos sofrimentos de Cristo.

15. A oração é a melhor arma que temos: é uma chave que abre o coração de Deus.

3 regras fundamentais para os leitores da missa

3 regras fundamentais para os leitores da missa

 O que todo católico precisa saber
 
05.03.2015
Lay person at Mass proclaiming a reading from the ambo_© Sabrina Fusco / ALETEIA
Pergunta do leitor

"Eu gostaria de saber se há indicações precisas do magistério ou da tradição que expliquem como um leitor deve se comportar durante a missa. As leituras do dia e os salmos não devem ser lidos, mas anunciados. Poderiam fazer um pequeno elenco dos erros mais comuns? Por exemplo, às vezes ouço "É Palavra do Senhor", ao invés de "Palavra do Senhor". Também há quem coloque muita ênfase em ler, às vezes mudando fortemente o tom de voz nos diálogos diretos... Há quem levante o olhar aos bancos e quem, ao contrário, mantém os olhos fixos no texto... Obrigado."

Resposta (Enrico Finotti, liturgista)

A Palavra de Deus na celebração litúrgica deve ser proclamada com simplicidade e autenticidade. O leitor, em resumo, deve ser ele mesmo e proclamar a Palavra sem artifícios inúteis. De fato, uma regra importante para a própria dignidade da liturgia é a da verdade do sinal, que afeta tudo: os ministros, os símbolos, os gestos, os ornamentos e o ambiente".

Também é preciso solicitar a formação do leitor, que se estende a 3 aspectos fundamentais:

1. A formação bíblico-litúrgica

O leitor deve ter pelo menos um conhecimento mínimo da Bíblia: estrutura, composição, número e nome dos livros do Antigo e Novo Testamentos, seus principais gêneros literários (histórico, poético, profético, sapiencial etc.). Quem vai ler na missa precisa saber o que vai fazer e que tipo de texto vai proclamar.

Além disso, precisa ter uma preparação litúrgica suficiente, distinguindo os ritos e suas partes, e sabendo o significado do próprio papel ministerial no contexto da Liturgia da Palavra. Ao leitor corresponde não só a proclamação das leituras bíblicas, mas também a das intenções da oração dos fiéis e outras partes que lhe são designadas nos diversos ritos litúrgicos.

2. A preparação técnica

I leitor deve saber como chegar ao ambão e posicionar-se nele, como usar o microfone e o lecionário, como pronunciar os diversos nomes e termos bíblicos, de que maneira proclamar os textos, evitando uma leitura apagada ou enfática demais.

Precisa ter clara consciência de que exerce um ministério público diante da assembleia litúrgica: sua proclamação, portanto, deve ser ouvida por todos. o "Verbum Domini" com o qual termina cada leitura não é uma constatação ("Esta é a Palavra do Senhor"), mas uma aclamação repleta de assombro, que deve despertar a resposta agradecida de toda a assembleia, o "Deo gratias": "Graças a Deus".

3. A formação espiritual

A Igreja não contrata atores externos para anunciar a Palavra de Deus, mas confia este ministério aos seus fiéis, porque todo serviço à Igreja deve proceder da fé e alimentá-la. O leitor, portanto, precisa procurar cuidar da vida interior da Graça e dispor-se com espírito de oração e olhar de fé.

Esta dimensão edifica o povo cristão, que vê no leitor uma testemunha da Palavra que proclama. Esta, ainda que seja eficaz em si mesma, adquire também, da santidade de quem a transmite, um esplendor singular e um ministério atrativo.

Do cuidado da própria vida interior do leitor, além do bom senso, dependem também a propriedade dos seus gestos, do seu olhar, do seu vestir e do penteado. É evidente que o ministério do leitor implica uma vida pública conforme os mandamentos de Deus e as leis da Igreja.

Ler na missa é uma honra, não um direito

Esta tripla preparação deveria constituir uma iniciação prévia à assunção dos leitores, mas depois deveria continuar sendo permanente, para que os costumes não se percam. Isso vale para os ministros de qualquer grau e ordem.

É muito útil para o próprio leitor e para a comunidade que todo leitor tenha a coragem de verificar se ele tem todas estas qualidades e, caso elas diminuam, saber renunciar a esta função com honradez.

Realizar este ministério é certamente uma honra, e na Igreja isso sempre se considerou assim. Não é um direito, mas um serviço em prol da assembleia litúrgica, que não pode ser exercido sem as devidas habilitações, pela honra de Deus, pelo respeito ao seu povo e pela própria eficácia da liturgia.

PENTECOSTES


PENTECOSTES
     O fogo. Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo O profeta Elias, que "surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha" (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca. João Batista, que caminha diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias" (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que "batizará com o Espírito Santo e com o fogo" (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá "Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso (Lc 12,49). É sob a forma de línguas "que se diriam de fogo" o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo Não extingais o Espírito" (1Ts 5,19).

     No dia de Pentecostes (no fim das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina: de sua plenitude, Cristo, Senhor, derrama em profusão o Espírito.
     Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Cristo prometeu esta efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa. e em seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do Espírito Santo, os Apóstolos começam a proclamar "as maravilhas de Deus" (At 2,11), e Pedro começa a declarar que esta efusão do Espírito é o sinal dos tempos messiânicos. Os que então creram na pregação apostólica e que se fizeram batizar também receberam o dom do Espírito Santo
 
joao alberto monteiro esteves <joaoalbertoesteves@hotmail.com>

sábado, 23 de maio de 2015

Espírito Santo


Comentário à Regra ( Cap. IV , par. 1 )

23 de Maio de 2015

 

 “ Ninguém é um verdadeiro cavaleiro se não estiver pronto a sacrificar-se totalmente pela honra da sua Dama. A Dama dos cavaleiros da Ordem  é a Bem – Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, e a honra de Nossa Senhora é a glória de Deus. A Ordem é sobre a terra, a título especial, a Corte da Santíssima Virgem, como os Anjos no Céu lhe são uma escolta gloriosa .”

 

 

   O parágrafo da Regra que se acabou de ler, remete-nos para uma das nossas   marcas, verdadeiras“ impressões digitais”: a verdadeira, autêntica e contínua devoção à Santa Mãe de Deus. Esta como sabemos começa pela obrigatória consagração à Santíssima  a Nossa Senhora, nossa doce Suserana. Aquela deveria ser renovada muito frequentemente para nunca nos esquecermos deste compromisso, desta promessa fundamental e … fundacional da nossa adesão à MSM. Por isso, proponho que a partir deste Capítulo, se termine sempre cada Capítulo mensal pela renovação da nossa consagração a Nossa Senhora.

   Mas não podemos, não devemos e, tenho a certeza de que,  não queremos deixar de manifestar este amor filial para com Maria sem cumprir os mínimos que a Regra nos indica :

   A recitação do Ofício, da Liturgia das Horas, particularmente o modelo que o nosso Fundador nos legou, de pelo menos uma Hora Canónica , de modo sequencial, de tal modo que no final de cada semana, tenhamos rezado todas as Horas. É um dos nossos compromissos mais sérios. Faz parte do louvor divino!

  A recitação de, pelo menos um rosário por semana ( 3 Terços ). Próximos de Jesus por Maria. E para isso, trazer o Terço ou uma Dezena  num bolso da nossa  roupa ou à mão no carro, pois nada nos impede de rezarmos enquanto conduzimos.

  Retomar o recitação do Angelus, se possível, ao meio-dia.

  Consagrar o nosso trabalho diário a Maria.

  Como nos recomenda a Regra: quando entrarmos numa igreja, depois de saudarmos Jesus presente no sacrário, manifestarmos com um gesto digno, alguma imagem de Nossa Senhora.

  Conhecermos o significado da jaculatória : “ Dignare me laudare te, Virgo Sacrata. Da mihi virtutem contra hostes tuos!”

  Termos sempre presente que a cruz da nossa MSM é azul pois nos lembra, que somos uma instituição mariana, através desta cor associada a Maria.

  Sabermos que a nossa MSM tem a sua erecção canónica primeira, precisamente na Catedral ( mariana ) de Chartres, na Cripta da “ Virgem que vai dar à luz!”.

  Nunca afastarmos do nosso pensamento que o lugar de Maria na história da Salvação advém do facto de ser a “ Sancta Dei Genitrix” , a “ Theotokos “ ou seja a Mãe de Deus.

 

Braga, 23 de Maio de 2015, na Vigília do Pentecostes

O Provincial

Carlos Aguiar Gomes 

 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Os 5 distintivos de uma família católica

Os 5 distintivos de uma família católica



Será que as famílias católicas são diferentes das outras? Em que se diferenciam? E sua família, se encaixa neste perfil?

Será que as famílias católicas são diferentes das outras? Em que se diferenciam? E sua família, se encaixa neste perfil?

 
 
18.05.2015
Family 2_© ZURIJETA / SHUTTERSTOCK
É necessário que as famílias católicas sejam diferentes? Como poderia ser identificada essa “diferença”? A estas e outras perguntas responde um artigo do Dr. Greg Popcak, em colaboração com sua esposa Lisa – um casal autor de mais de 20 livros (www.CatholicCounselors.com) e futuros palestrantes no Encontro Mundial das Famílias de setembro, na Filadélfia.

Para o casal Popcak, não se trata de dar respostas definitivas sobre como são ou devem ser as famílias católicas, mas sim de iluminar tanto o Encontro Mundial das Famílias como o próximo Sínodo sobre a Família, que acontecerá em outubro, em Roma.

“Considerando o que a Igreja já escreveu sobre a família, estas são minhas sugestões, como as 5 mais importantes diferenças que distinguem uma família comprometida em viver o catolicismo”, escreveu Popcak.

1. A família católica está unida na missa
Para o autor, a Eucaristia é a fonte do amor e da intimidade que as famílias católicas devem viver e celebrar. Ir à missa juntos aos domingos e festas de preceito, bem como confessar-se regularmente, é viver uma vida familiar eucarística.

2. A família católica reza em comum
A família católica está chamada a amar-se com o amor que vem do coração de Deus. E isso só pode ser conseguido como graça quando ela é pedida ao Senhor em oração, por todos os membros da família, que suplicam ao Pai que ensine o caminho para chegar a esse amor.

3. A família católica está chamada a proteger a intimidade
A família cristã está chamada à comunidade íntima, à comunhão do serviço, o que é a verdadeira escola de amor, na qual se aprende como Deus nos ama com todo o seu coração, e como fazer isso com o próximo mais próximo.

4. A família católica coloca a família em primeiro lugar
Depois de Deus, a família está em primeiro lugar, porque nossa família é a comunidade à qual Deus nos doou primeiramente para nos relacionarmos com o mundo; criamos e protegemos os rituais familiares e nossas atividades em comum como as mais importantes que realizamos durante a semana.

5. A família católica é testemunha e sinal
Reconhecemos que Deus quer transformar o mundo, transformá-lo no amor, a partir da família. Por isso, a família católica participa desse plano de duas maneiras: sendo testemunha do amor e da alegria, e levando isso à comunidade, por meio da prática das obras de caridade que Jesus nos ensinou.

domingo, 17 de maio de 2015

O Padre Pio e os anjos da guarda

O Padre Pio e os anjos da guarda

O Padre Pio, que teve vários encontros com anjos durante sua vida terrena, escreveu esta incrível carta sobre como se relacionar com o anjo da guarda

santos© DR
O Padre Pio, durante sua vida, teve encontros com anjos e chegou a conhecê-los bem. E também recebeu locuções interiores que teve de discernir de quem vinham e como deveria agir com relação a elas.

Em uma carta escrita em 15 de julho de 1913 a Anitta, ele oferece uma série de valiosos conselhos sobre como agir com relação ao anjo da guarda, às locuções e à oração.


Querida filha de Jesus:

Que o seu coração sempre seja o templo da Santíssima Trindade, que Jesus aumente em sua alma o ardor do seu amor e que Ele sempre lhe sorria como a todas as almas a quem Ele ama. QueMaria Santíssima lhe sorria durante todos os acontecimentos da sua vida, e abundantemente substitua a mãe terrena que lhe falta.

Que seu bom anjo da guarda vele sempre sobre você, que possa ser seu guia no áspero caminho da vida. Que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.

Você tem uma grande devoção a esse anjo bom, Anita. Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona em nenhum instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão.

É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, oferece a Deus todas as nossas boas ações, nossos pensamentos, nossos desejos, se são puros.

Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso...!

Mantenha-o sempre presente no olho da sua mente. Lembre-se com frequência da presença desse anjo, agradeça-lhe, ore a ele, mantenha sempre sua boa companhia. Abra-se a ele e confie seu sofrimento a ele. Tome cuidado para não ofender a pureza do seu olhar. Saiba disso e mantenha-o bem impresso em sua mente. Ele é muito delicado, muito sensível. Dirija-se a ele em momentos de suprema angústia e você experimentará sua ajuda benéfica.

Nunca diga que você está sozinha na batalha contra os seus inimigos. Nunca diga que você não tem ninguém a quem abrir-se e em quem confiar. Isso seria um grande equívoco diante desse mensageiro celestial.

No que diz respeito às locuções interiores, não se preocupe, tenha calma. O que se deve evitar é que o seu coração se uma a estas locuções. Não dê muita importância a elas, demonstre que você é indiferente. Não despreze seu amor nem o tempo para essas coisas. Sempre responda a estas vozes:

“Jesus, se és Tu quem está me falando, permite-me ver os fatos e as consequências das tuas palavras, ou seja, a virtude santa em mim.”

Humilhe-se diante do Senhor e confie nele, gaste suas energias pela graça divina, na prática das virtudes, e depois deixe que a graça aja em você como Deus quiser. É a virtude que santifica a alma, e não os fenômenos sobrenaturais.

E não se confunda tentando entender que locuções vêm de Deus. Se Deus é seu autor, um dos principais sinais é que, no instante em que você ouve essas vozes, elas enchem sua alma de medo e confusão, mas logo depois a deixam com uma paz divina. Pelo contrário, quando o autor das locuções interiores é o diabo, elas começam com uma falsa segurança, seguida de agitação e um mal-estar indescritível.

Não duvido em absoluto de que Deus seja o autor das locuções, mas é preciso ser cautelosos, porque muitas vezes o inimigo mistura uma grande quantidade do seu próprio trabalho através delas.

Mas isso não deve assustá-la; a isso foram submetidos os maiores santos e as almas mais ilustradas, e que foram acolhidas pelo Senhor.Você precisa simplesmente ter cuidado para não acreditar nessas locuções com muita facilidade, sobretudo quando elas se digam como você deve se comportar e o que tem de fazer. Receba-as e submeta-as ao juízo de quem a dirige espiritualmente. E siga a sua decisão.
 
Portanto, o melhor a se fazer é receber as locuções com muita cautela e indiferença constante. Comporte-se dessa maneira e tudo aumentará seu mérito diante do Senhor. Não se preocupe com sua vida espiritual: Jesus a ama muito. Procure corresponder ao seu amor, sempre progredindo em santidade diante de Deus e dos homens.
 
Ore vocalmente também, pois ainda não chegou a hora de deixar estas orações. Com paciência e humildade, suporte as dificuldades que você tem ao fazer isso. Esteja sempre pronta também para enfrentar as distrações e a aridez, mas nunca abandone a oração e a meditação. É o Senhor que quer tratá-la dessa maneira para seu proveito espiritual.
 
Perdoe-me se termino por aqui. Só Deus sabe o muito que me custa escrever esta carta. Estou muito doente; reze para que o Senhor possa desejar me livrar desse pequeno corpo logo.
 
Eu a abençoo, junto à excelente Francesca. Que você possa viver e morrer nos braços de Jesus.
 
Pe. Pio