sábado, 28 de setembro de 2013

Oração pela Paz

Oração pela Paz

Atualizado há 12 segundos
Com muitos jovens e uma oração ao estilo Taizé foi feita uma Vigília pela Paz.
Obrigado pela presença.Que Deus a todos nos dê a Sua Paz, a humildade, o respeito pela diferenças e muita luz para vermos tudo à nossa volta com olhos de Jesus.






 

Ecos de Santa Leocádea de Geraz do Lima



Viver sem alma não é viver no verdadeiro sentido de uma vivência humana. Viver sem alma é viver instintivamente com a alegria e com a tristeza, mas sem sentido, sem objetivos, sem capacidade de dar valor à vida.


Dar alma à Vida V

 Viver sem alma não é viver no verdadeiro sentido de uma vivência humana. Viver sem alma é viver instintivamente com a alegria e com a tristeza, mas sem sentido, sem objetivos, sem capacidade de dar valor à vida.

Não quero viver assim. Eu quero dar alma à vida para que a vida possa espelhar e, por sua vez, contagiar a vida do Outro, daquele que está a meu lado com saúde ou sem ela, cantando a vitória ou chorando o fracasso.

Eu preciso de amar à vida, um dom que não o mereci, mas o Amor de Deus o quis e o abraço procurando dar-lhe a Alma que, de Deus vem ainda, como dom precioso que guardo com gratidão, ao Deus, em que acredito e ao amor dos meus pais.

Penso não deixar-me abater porque a minha vida, enquanto durar, será, se Deus quiser, para servir o Outro com alma.

A alma grande que procuramos pôr na vida é vitória do mais frágil dos seres humanos. É tornar presente a Bondade e a Misericórdia do Deus Criador e Senhor que também deu alma à vida, através de Jesus Cristo, à vida de todos nós, sejamos “gregos ou troianos”, habitemos nós neste ou naquele Continente, trabalhemos, onde quer que seja, neste ou noutro planeta.
Amo a vida porque lhe quero dar alma, não uma alma qualquer, mas uma alma da Complacência do nosso Deus, na fragilidade que eu sou.

 

A natureza é assim

 
 
 
 

Os católicos têm o direito e o dever de informar-se bem sobre o que o Papa realmente diz, e não se conformar com as manchetes sensacionalistas


O Papa Francisco e seus "intérpretes"

Os católicos têm o direito e o dever de informar-se bem sobre o que o Papa realmente diz, e não se conformar com as manchetes sensacionalistas

26.09.2013



 

Existe um antigo provérbio italiano que diz "Traduttore, traditore", que poderíamos traduzir literalmente como "Tradutor, traidor", ainda que seu sentido mais adequado se expressaria com a ideia de que "a tradução trai" ou "a tradução pode ser traiçoeira".

Este provérbio acabou sendo de grande atualidade nos últimos dias, devido às diferentes "traduções" feitas a partir das palavras do Santo Padre nas últimas semanas: curiosos clarividentes e magos da linguagem oculta dizem ver nas palavras do Papa Francisco, em suas diversas entrevistas, informações que renderam manchetes como "Mulher será criada cardeal pelo Papa", "O Papa se abre ao casamento gay e ao sacerdócio feminino". Títulos como estes percorreram o globo, chegando a milhões de pessoas, com a velocidade de um tuíte ou de um "compartilhar" no Facebook.


 




É incrível a aparente autoridade com que aqueles clarividentes afirmam, como tema já resolvido, o que o Papa teria querido dizer em tais entrevistas. Se o Papa pergunta aos jornalistas "Quem sou eu para julgar uma pessoa homossexual?", estes magos do pensamento deduzem que o Pontífice apoiará o casamento gay.

Se o Papa disser "É preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", eles concluirão que o Santo Padre apoiará o sacerdócio feminino. Enfim, os exemplos são intermináveis.

Alguns católicos, angustiados pelas constantes e mal-intencionadas traduções do que o Papa diz, começaram uma busca assídua de palavras e atos do Pontífice que possam desmentir aquelas notícias tendenciosas.

Foi assim que circulou, nos últimos dias, a triste e lamentável notícia da excomunhão (por parte da Congregação para a Doutrina da Fé e, portanto, com a aprovação do Papa) de um padre australiano que defendia as uniões homossexuais e o sacerdócio feminino, e que desobedeceu à proibição de continuar exercendo seu ministério. Mas será este o meio adequado para responder aos "traduttore, traditore"?

Hoje, todos os católicos têm acesso às palavras do Papa. Não podemos afirmar que ficamos sabendo das coisas que o Papa disse por meio da imprensa leiga e, ao mesmo tempo, dizer que é impossível chegar às palavras oficiais do Papa.

Os meios de comunicação vaticanos (Centro televisivo Vaticano, Rádio Vaticana, Sala de Imprensa da Santa Sé) estão fazendo um grande esforço por transmitir, em tempo real, as palavras do Bispo de Roma a todos os cantos do mundo. Também a mídia católica se esforça por transmitir as palavras íntegras do Papa.

Então, não podemos nos dar ao luxo de estar mal informados. Se alguém me diz "Você ficou sabendo que o Papa vai...?" ou "Você viu na televisão que disseram que o Papa ia...?", não posso me conformar com esta informação.

Dessa maneira, nada me diferenciará de um simples fofoqueiro ou de um sensacionalista, que busca mais o espetáculo que o bem e a verdade objetiva. Hoje, todos nós podemos ter acesso às palavras do Papa. Ninguém nos impede. A Igreja precisa de nossa ajuda para difundir a verdade.

Não podemos estar mal informados, particularmente agora, que a informação é de muito fácil acesso. Devemos responder ao mal com o bem. Não sejamos "intérpretes" do Santo Padre, pois o "traduttore, traditore" também poderia ser aplicado a nós. Ao contrário, sejamos testemunhas e difusores das palavras de um homem que busca, por todos os meios, anunciar Aquele que é a Verdade.


 

O papa tem a experiência das injustiças sociais na América Latina, e a sua análise econômica é impecável


Francisco é a única barreira ao capitalismo financeiro selvagem

O papa tem a experiência das injustiças sociais na América Latina, e a sua análise econômica é impecável

27.09.2013


Em Cagliari, o papa denunciou "um sistema que mercantiliza o trabalho e tira a dignidade do homem", afirma o secretário-geral da Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL, na sigla em italiano), Raffaele Bonanni. "É a resposta ao fracasso do G20 em Moscou".

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 23-09-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto, veiculada ontem no
IHU On-line.

Por que você acha que o papa preenche o vazio do G20?

Eu estava em Washington há quatro anos na delegação internacional dos sindicatos, e naquele G20 se discutia sobre como regulamentar o capitalismo financeiro. Em Moscou, ao invés, os grandes do planeta se renderam e abandonaram qualquer tentativa de frear o monstro que está alimentando a crise econômica internacional. O papa tem a experiência das injustiças sociais na América Latina, e a sua análise econômica é impecável. Sem intervir nas causas (serviços, burocracia, infraestrutura, custos de energia) não sairemos da crise: Francisco continua sendo a única autoridade mundial para combater o monstruoso desvio que transforma o trabalho em mercadoria e semeia entulhos nas democracias nacionais.



Bergoglio rouba trabalho de vocês, sindicalistas?

Francisco não tira nós, sindicalistas, de cena; ao invés, fortalece as nossas lutas na Alcoa, assim como em milhares de outros estabelecimentos. Agora ninguém poderá dizer que não sabia. A crise é devastadora no plano social em termos de desemprego, de empobrecimento da renda das famílias de trabalhadores e pensionistas, de rediscussão do Welfare. Com extraordinária eficácia, o pontífice evidenciou como as dificuldades de sair dessa situação cresceram a partir de uma profunda crise moral e política que mina a manutenção da coesão social e das instituições, do desaparecimento de uma classe dirigente capaz de se legitimar aos olhos dos cidadãos. As medidas e os tempos para a retomada do crescimento e do trabalho de que o país precisa, passam, necessariamente, por um apoio oportuno da demanda de investimentos e de consumo das famílias.

Os líderes sindicais também fazem parte da classe dirigente. Que solicitação você recebe da advertência de Francisco?

Devemos fazer crescer a consciência de que a tarefa de gerar riqueza, de atrair investimentos, de desenvolver uma boa ocupação, de enfrentar as consequências da interdependência do desenvolvimento sobre a nossa economia, de assegurar o sucesso da empresa também diz respeito a nós, o compromisso e a responsabilidade dos trabalhadores. É a ação reformadora alternativa ao radicalismo e ao "reivindicacionismo" conservador com a velha contraposição entre capital e trabalho e as receitas do intervencionismo estatal. O papa fala a todos e a cada um. Ele se dirige à Itália e ao mundo inteiro. Nós também, representantes dos trabalhadores, devemos refletir sobre as suas palavras. Para contar e para realmente melhorar as coisas, não basta um genérico "reivindicacionismo". É principalmente a partilha de responsabilidades o valor que torna eficaz o papel do sindicato, a sua ação reformadora de tutela dos trabalhadores e no interesse geral.

Foi preciso que o primeiro papa sul-americano da história chamasse a Europa às suas responsabilidades?

A Europa não é apenas uma moeda. Sem a Europa política, está em risco um modelo europeu, político e social. A agressividade competitiva dos grandes países emergentes e os preocupantes processos internos de dissolução de natureza diversa podem subverter não só as suas economias, mas o seu próprio modelo político e social. União econômica, nova governança e legitimação democrática já são questões prioritárias para a Europa. É preciso crescer a consciência de que está em jogo o futuro político da Europa, sobre como devem ocorrer, por quem e com qual legitimação democrática devem ser governados os processos de integração fiscal, econômica, financeira e política não mais evitáveis.

(Publicado no
IHU On-line, no dia 26 de setembro de 2013)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dar alma à vida IV. O que se diz dos doentes tanto podemos ter presente os doentes do corpo como da alma.

Dar alma à vida IV



Estar atento àquele que precisa duma palavra, de uma escuta, de uma reconciliação, de algo para comer, algo para se cobrir ou de ajuda na saúde é dar vida à alma. A vida, neste caso, não se trata só dar alma à vida do outro, mas dar alma à nossa própria vida, porque quem dá sempre recebe.

"A Caridade é amor, não vaidade pessoal, negócio ou assistencialismo" conforme disse o Papa Francisco I.

Quando se quer dar alma à vida pretende-se que o acto seja mútuo, mas só podemos fazê-lo se não esperarmos nada em troca porque quem ama, ama, e no amor, se vem de Deus, não podemos esperar nada, a não ser procurar usarmos de gratidão para com Aquele que nos permitiu ter vida com alma e crescermos nesta vida que é fruto da Caridade, de um Dom que nos foi concedido e que agradecemos e resistimos a tudo o que for contra a nossa vida pessoal ou seja de quem for, de uma modo particular dos mais frágeis da sociedade. Não será correto chamarmos frágeis a quem é idoso, doente, deficiente, etc... que são tão nobres como nós ou mais nobres do que nós perante Deus. São fortes e às vezes mais corajosos que os outros. Vêem a fé e vivem a fé mais que os nobres.

O que se diz dos doentes tanto podemos ter presente os doentes do corpo como da alma.

Pergunta o Papa "quem é capaz de julgar" para condenar?

Às vezes, usamos uma linguagem um modo condenatório, mesmo quando queremos chegar à conclusão que o ideal seria outro.

A nossa linguagem tem de mudar para uma linguagem própria de Deus que é Amor e ama a sua obra criada.

Correu tudo bem, mas o ideal seria a maior participação de pessoas, tanto leigos, como clérigos.

Tudo o que fazemos de bem podia ser sempre melhor, por isso eu gosto da vida assim, dar a vida à alma, mas há almas que já teriam morrido, há almas cujo o fogo da fé, esteja em confusão, perturbação...e só Deus sabe a razão ou grande razão das ditas fragilidades quer sejam nossas, quer sejam dos outros.

Na Paróquia já fizemos várias acções ao nível do Ano de Fé e tanto gostaria de ver multidões, muitas famílias em todos os lados como aconteceu com alguns, à procura da Luz do Círio, à procura da Luz da Fé ou a acompanhar a procissão do Santíssimo Sacramento que percorreu 5 zonas da Paróquia com 5 altares montados e decorados por pessoas das diversas zonas onde não faltaram os acólitos e os Ministros da Comunhão.

Foi uma noite de sonho, de tranquilidade, de um esforço vencido, mas se fosse a pensar a sério diria: que é feito de muitos que têm compromisso na Igreja? Claro que tudo o que é novo, nós sabemos que há sempre resistências, mas quem sou eu para saber dar razões dos outros...serão ovelhas perdidas do rebanho, mas, então e para isso é que quero dar alma à minha vida para poder comunicar alma à vida do Outro.

Peregrinos de Santiago. Mais de 300 peregrinos passaram, nos meses de Junho, julho e Agosto, pelo “Albergue São João da Cruz dos Caminhos” que fica na área da Paróquia, na Comunidade do Carmo.


Peregrinos de Santiago

Mais de 300 peregrinos passaram, nos meses de Junho, julho e Agosto, pelo “Albergue São João da Cruz dos Caminhos” que fica na área da Paróquia, na Comunidade do Carmo.
 
Um casal de escoceses no caminho francês de Santiago

Em três meses, foi registada a entrada de cerca de 320 peregrinos de diversos países, passo a citar: primeiramente da Espanha - 109 pessoas, de seguida Polónia – 56 pessoas, posteriormente Portugal – 54 peregrinos, logo de seguida a Alemanha – 18 pessoas , depois a França – 16 peregrinos, seguidamente a Itália – 13 peregrinos, posteriormente a República Checa – 11 pessoas, depois os Estados Unidos da América – 10 peregrinos e, finalmente, outros países com menor frequência: Canadá, Holanda, Austrália, Bélgica, Finlândia, Eslovénia, Dinamarca, Hungria, Israel, Malta, China, Áustria, México, Ucrânia, Suíça, Irlanda, Suécia, Coreia e...


 












 

 

A missa só pode ser chata para quem não conhece Cristo, nem compreende a sua mensagem; não é capaz de acolher a palavra e o Outro, nem de respeitar as diferenças; não estiver aberto à transformação interior e exterior, isto é, à mudança, dia a dia, à conversão de vida.


A missa só pode ser chata para quem não conhece Cristo, nem compreende a sua mensagem; não é capaz de acolher a palavra de Deus e o Outro, nem de respeitar as diferenças; não estiver aberto à transformação interior e exterior, isto é, à mudança, dia a dia, à conversão de vida.   

 Também um piano não interessa a ninguém se não o houver quem o toque, e bem...
Tudo é chato quando não queremos abrir os olhos para a beleza das coisas, sobretudo, do culto ao nosso Deus. 
 
 
 
Por que a Missa é tão chata?
Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Jesus, pois com Ele todas as coisas adquirem compreensão, sentido, valor e beleza
24.09.2013
Juan Ávila Estrada
Esta é uma pergunta que os paroquianos costumam fazer aos padres. A grande batalha interior daqueles que descobrem, de alguma maneira, a necessidade de manter com o Senhor uma relação de amor e de culto é precisamente tentar entender algo que, às vezes, por falta de formação, não compreendem, como é o caso da Missa.

Participar de algo que parece monótono e repetitivo com fidelidade, ou por "mandato divino", mas que costuma ser mais forte que sua própria rotina interior, não é fácil para estas pessoas – que acabam em geral aderindo a seitas evangélicas, onde fazem da pregação e do culto a Deus um espetáculo, quase circense.

Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Cristo. Nele, todas as coisas adquirem compreensão, sentido, valor e beleza. É muito difícil que alguém que não tenha uma relação pessoal com Jesus possa chegar a desfrutar do imenso valor da Eucaristia, que não é senão o sacrifício renovado de Cristo, quem se entrega com sua Palavra, seu Corpo e seu Sangue.

Para entender e viver a Eucaristia, é importante dar alguns passos. O primeiro deles é o contato permanente com a Bíblia: participe de algum grupo de oração, um grupo bíblico, de reuniões, buscando viver a fé comunitariamente, pois a Eucaristia é vivência de comunidade.

Assim, você começará a conhecer o Senhor e o que Ele espera de nós. Centre sua vida em Cristo, pois Ele ajuda a dar sentido a tudo. Nele, todas as coisas são compreendidas e vividas de maneira diferente. Ninguém pode fazer isso por ninguém, porque a relação com Deus é sempre personalizada, levada ao âmbito comunitário. Ou você faz isso com disciplina e perseverança, ou ninguém o fará por você.

Disciplina e perseverança: estas são as palavras-chaves da vida espiritual. Que nossa espiritualidade não dependa dos estados emocionais, da vontade, do humor. A vida espiritual seria muito pendular dessa maneira.

Muitas vezes, a oração, a leitura da Palavra e a celebração da Eucaristia são como comer sem vontade: nem sempre se come por fome, mas por necessidade. Quando chega o momento de desfrutar, desfrutemos; e quando for preciso fazê-lo pelo nosso bem-estar, façamos, ainda que não desfrutemos tanto.
                                                     
Precisamos orar assim como precisamos comer. Não podemos permitir que o desânimo, o tédio ou a incompreensão nos arrastem ao abismo da mediocridade ou da frieza espiritual. Estas são as armas do inimigo, que usa estes sentimentos negativos para nos afastar de Deus. Ele não precisa se apresentar, como muitos imaginam, com chifres e no meio de chamas para nos conquistar. Seu trabalho é mais sutil, imperceptível e calado.

Se não vou à Missa porque a considero chata, se não me confesso porque o padre é mais pecador que eu, se não oro porque não me concentro, se não leio a Palavra de Deus porque não a compreendo, se não me reúno com ninguém porque todos me parecem hipócritas... o inimigo ganha a batalha.

Em outras palavras, estamos perdendo a guerra sem nem ter lutado, porque nos declaramos derrotados antes de começar a combater. Sabemos que o inimigo contra quem lutamos é forte, mas ele começa a trabalhar em nosso interior, de maneira sutil, difícil de captar, fazendo-nos dizer: "não estou com vontade". Ele adora esta frase e ri quando a pronunciamos, e mais ainda quando dizemos "não posso", "não vou me confessar", "não preciso da Missa para acreditar em Deus": é aí que ele se sente vencedor.

Mas, assim como conhecemos a força poderosa do Maligno, devemos aprender que existe Alguém mais poderoso que ele, que o venceu na cruz, que é temido por ele, alguém de quem ele foge, diante de quem ele se ajoelha, não para adorá-lo, mas por medo covarde. Como afirma São Paulo, em Jesus somos mais que vencedores.

Toda essa rotina, monotonia e confusão são vencidas no amor e na adoração ao nosso Salvador. Só em Jesus se pode entender e dar sentido a tudo. Sem conhecer Jesus e sem amá-lo, a Eucaristia sempre será chata.
 
 
 

 

 

 

 
 
 

 



 

Educar para a paz envolve um trabalho sistemático de formação de hábitos sociais ou de convivência


Educar para a vida

Educar para a paz envolve um trabalho sistemático de formação de hábitos sociais ou de convivência

26.09.2013
Para inaugurar o site da Comunidade Senhor da Vida, pediram-me para começar com o tema “Educar para a paz”. Trata-se de um tema complexo e difícil, mas, em Educação, especialmente no âmbito escolar, a grande questão que volta à tona nos tempos atuais é a velha pergunta: Educar, para quê? O problema da finalidade volta a ser pertinente.

A escola de qualidade oferece um currículo diversificado, aparelha-se de sofisticada tecnologia e preocupa-se com uma gestão eficiente. Mas como fazer valer uma educação concebida em sua dimensão primeira e original como o é sua dimensão formativa?

Uma Educação a serviço da consciência, dos valores fundamentais, que incide no campo das atitudes? Aquela que acredita nas potencialidades dos alunos sem dar-lhes tudo pronto, mas preparando-os para dar respostas autênticas, criativas, pessoais?






EDUCAR PARA A PAZ

Pensei em refletir sobre a educação no seu aspecto formativo. Isto é, aquela que apela para as instâncias mais profundas do educando, possibilitando seu desenvolvimento moral e preparando-o para futuras atitudes éticas. A educação assim concebida parte das disposições humanas para desenvolver uma consciência que gera, por sua vez, atitudes e hábitos; neste caso, atitudes e hábitos de paz. Trata-se de uma reflexão num enfoque estritamente pedagógico.

A educação é uma ciência que tem por objeto o homem, único ser capaz de transformar-se, capaz de refletir, capaz de tomar atitudes frente aos próprios condicionamentos e responder diante das perguntas que a vida vai colocando. Mas cada um de nós precisa ser ajudado, através de um processo educativo, ou auto-educativo, a manifestar-se progressivamente através de nossa coerência de vida, coerência entre valores falados e vividos. E é objeto da educação acompanhar o ser humano até a sua máxima plenitude de ser pessoa.

Para Víctor García Hoz, fundador da “Educação Personalizada”, na Espanha, educar para a paz implica em educar para a convivência (Hoz, V. G., Pedagogia visible y Educacion invisible, 1987). Segundo este autor, todo o processo educativo se dá em dois âmbitos: o âmbito do trabalho, da atividade, que já é abertura e relação com o mundo que nos circunda; e o âmbito da convivência, que parte da necessidade humana de abrir-se e pôr-se em relação aos outros. E sabemos que conviver não é simplesmente coexistir, viver um ao lado do outro; conviver é participação mútua da vida um do outro, e nisto está o cumprimento da nossa própria existência. A convivência harmoniosa depende, assim, de uma atitude de abertura para o outro. Por isso ocupa um lugar muito importante no processo educativo a “percepção de pessoas”.

Parece simples, mas normalmente percebemos os outros através de suas palavras, de seus trabalhos, suas emoções, mas nem sempre vamos além das aparências. Isto é, aquela condição pessoal, propriamente humana (“o essencial é invisível aos olhos”) fica como que escondida a nós. No entanto, perceber o outro é vê-lo em sua dignidade, é descobrir valores nesta pessoa, ou melhor, descobri-la como um bem.

Quando percebemos que o outro é o maior bem que podemos encontrar e que nossa vida está em conexão com os demais homens e mulheres, passamos a ter uma consciência social e sentimos a responsabilidade de colaborar ativamente na comunidade. Assumimos, então, atitudes como: adesão às pessoas, integração à comunidade, aceitação de normas, participação ativa e fecunda na vida social. Tais atitudes positivas geram os hábitos sociais. Qualquer entidade educativa – a família, o grupo de amigos, o corpo profissional – se constitui num âmbito de vida em que acontecem os hábitos sociais. Mas a escola é um lugar privilegiado em que sistematicamente estes podem e devem ser exercitados.

Nesta educação para a convivência, muitos hábitos sociais concorrem na construção da harmonia social, que se realiza na aceitação do outro como um bem para mim: a capacidade de renúncia, por exemplo, que nos faz prescindir de alguma coisa para eleger outra melhor; ou a sobriedade em relação aos bens materiais, cuja posse sem medida é um fator de conflitos. Tais hábitos sociais podem ser sintetizados na justiça, mas ao mesmo tempo transbordam seu sentido estrito. Se pensarmos que ser justo é “dar a cada um o que é seu”, a atitude de generosidade é capaz de ir além: o homem generoso dá sem medida, porque a generosidade nasce do amor.

Faz-se necessário, ainda, aprender a descobrir, a saborear e a produzir os bens espirituais, o que não significa apenas os de ordem religiosa, mas também – e principalmente, neste caso – os bens culturais. Quando no âmbito escolar a cultura está a serviço do bem e do belo, a serviço da verdade, a serviço da vida, esta forja a personalidade pacífica capaz de valorizar e promover a paz no ambiente em que se insere.

Educar para a paz envolve, portanto, um trabalho sistemático de formação de hábitos sociais ou de convivência. Somente à luz desse compromisso a educação pode de fato contribuir para a formação de homens capazes de empenhar-se, cada qual segundo sua vocação e suas possibilidades, numa convivência digna de seres humanos.

(Publicado no site da Comunidade Senhor da Vida)

 

Por que Deus não me dá o que eu tanto lhe peço na oração?


Por que Deus não me dá o que eu tanto lhe peço na oração?

Não podemos conceber Deus como um meio para obter o que desejamos, mas como um fim em si mesmo: Ele é a nossa verdadeira necessidade

23.09.2013
Juan Ávila Estrada
 
 
 
 

 

Desde crianças, fomos ensinados a rezar a Deus, a pedir-lhe coisas, a suplicar-lhe que solucione tudo aquilo que está fora do nosso alcance – pelo menos foi assim que fizeram muitos pais que também foram, por sua vez, educados na fé e na oração.

Alguns costumavam escrever uma carta ao "Menino Jesus" antes do Natal, por exemplo. Por meio dela, nos convidavam a pedir a Deus tudo o que queríamos como presente de Natal, e depois vinha a frustração, ao descobrir que aquela carta parecia não ter sido lida por Ele, já que acabávamos recebendo outras coisas, que não nos entusiasmavam muito. Desde então, começávamos a perceber que Deus nem sempre traz o que lhe pedimos, mas aquilo de que precisamos.

Já adultos, aprendemos do próprio Jesus: "Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe; quem busca, acha; e a quem bate, abrir-se-á". E, mais uma vez, nós nos empenhamos, às vezes como crianças, em continuar elaborando uma lista das nossas
necessidades para poder apresentar-lhe de vez em quando.

O que nem sempre percebemos é o que Jesus diz mais à frente, quanto ao "pedir, buscar, bater", e é aí que muitas vezes nossas expectativas não são realizadas e ficamos frustrados: "Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem". Aqui está a resposta e o complemento com relação ao que significa pedir e buscar.

Pois bem, suponhamos que, ao apresentar essa outra lista das nossas necessidades, o Senhor escute nossas súplicas (o que com certeza Ele sempre faz), e nos dê aquilo que lhe pedimos. O que aconteceria? O que é preciso fazer com aqueles dons obtidos da sua benevolência e da sua compaixão por nós?

É importante saber que nossa relação com o Senhor não pode depender nas necessidades temporais que temos, pois isso equivaleria a concebê-lo como uma loja de conveniência e não como nosso Pai, aquele que quer nossa salvação em Cristo.

O perigo de uma relação assim é acreditar, como os israelitas, que, ao possuir a Terra Prometida, o grande sonho do povo, já não seria preciso conservar a Aliança que tinham feito com Deus para sempre, e que a única coisa importante seria ter um lugar para morar, cultivar a terra e ver os filhos crescerem. Foi então que eles começaram a se perder, a desviar seu coração e a adorar tudo aquilo que não era Deus.

Não podemos achar que, ao obter de Deus aquilo que lhe pedimos, já se cumpriu o objetivo da nossa relação com Ele, porque, em sua sábia pedagogia, o Senhor nos recorda que a provisão sempre é escassa e o provedor é permanente. Não podemos conceber Deus como um meio para obter o que desejamos, mas como um fim em si mesmo.

Neste sentido, é muito provável que, como o povo de Israel, tendo recebido uma promessa do Senhor, esta possa se perder no caminho, não porque o Senhor a tira de nós, mas porque é importante redescobrir que, nem a terra, nem a promessa, nem a bênção, nem a vida longa têm razão de ser quando nos afastamos do seu amor, que é a única realidade verdadeiramente importante.

A
Bíblia nos ensina, de muitas maneiras, que foi no exílio, na perda daquilo que tanto amavam, que os israelitas, ajudados pelos profetas, redescobriram a necessidade de voltar à Aliança, de voltar ao amor primeiro, de voltar a Deus.

Quando transformamos o importante em indispensável e o indispensável em acessório, então o Senhor toca nossa hierarquia de valores, por meio de crises purificadoras, que nos ajudam a reconsiderar o estilo de vida que levamos.

Por isso, ao perder o que avidamente pedimos a Deus na oração, mais do que pensar no valor da perda, podemos pensar em sua causa. O que era realmente importante para nós: o provedor ou a provisão? A bênção de Deus ou o Deus da bênção? Porque não se pode obter uma coisa sem desejar a outra. Quem quiser as bênçãos de Deus, antes precisa querer o próprio Deus, pelo valor que Ele tem na nossa vida.

Tudo aquilo que se teve e se perdeu precisa ser avaliado partindo desta ótica, pois provavelmente a luz irradiada pela beleza de muitas coisas nos cegou, fazendo-nos perder de vista a beleza de Deus. Buscando Deus nas criaturas, não podemos nos deter na beleza das criaturas; é preciso transcender, ir além do evidente e experimentar a beleza daquele que torna tudo belo.

Não deixe que sua relação com o Senhor dependa das necessidades do seu coração; não o conceba como uma máquina de refrigerantes, na qual você insere uma moeda (um Pai-Nosso, por exemplo) e imediatamente receberá o que você esperava. Não busque somente as coisas do Senhor, mas o Senhor das coisas.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A ALEGRIA DE SER CATEQUISTA


 
O catequista, enquanto educador da fé, não guarda a fé para si mesmo; pelo contrário, ele é alguém chamado por Deus a anunciar, a transmitir e a dar testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias da sua vida.


 


Chamado a ser um educador da fé, o catequista deve ser, antes de mais, uma pessoa de verdadeira fé, virtude pela qual acreditamos em Deus e em tudo o que Ele disse e revelou. Sendo a sua missão a de anunciar e transmitir a Mensagem de Deus, a fé do catequista alimenta-se quotidianamente com a meditação do Evangelho, bem como com a prática da caridade.
O catequista é alguém consciente de que «a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (Hb 11, 1-2) e, por isso, fundamenta-se na Palavra de Deus, que é uma Pessoa. O catequista possui, então, certezas simples e sólidas que o hão de ajudar na prática do seu ministério apostólico. Com efeito, enquanto evangelizador e apóstolo de Jesus Cristo, o catequista deve apresentar-se aos outros como a «imagem de pessoas amadurecidas na fé, capazes de se encontrarem para além de tensões que se verifiquem, graças à procura comum, sincera e desinteressada da verdade» (EN 77). Só sendo detentor de uma verdadeira fé, o catequista poderá realizar a sua missão de transmiti-la, com tranqüilidade.
Não obstante, o catequista, enquanto educador da fé, não guarda a fé para si mesmo; pelo contrário, ele é alguém chamado por Deus a anunciar, a transmitir e a dar testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias da sua vida. Na verdade, o anúncio da Mensagem de Deus é feito, antes de mais, pelo testemunho daquele que vive a fé: A Igreja tem bem presente que «o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo [...] é o primeiro meio de evangelização. "O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres [...] ou então se escuta os mestres é porque eles são testemunhas"» (EN 41). No exercício do seu ministério apostólico, o catequista dá testemunho, por meio das palavras e ações, da sua própria experiência cristã.
Num ambiente onde as pessoas tendem a afastar-se de Deus, é cada vez mais necessário catequistas com convicçõés profundas que, em diálogo com o mundo, anunciem com alegria a graça que receberam ao se sentirem associados à missão de Jesus Cristo: a de dar a conhecer a Boa Nova, testemunhando-a no seu dia a dia. Os catequistas anunciam uma mensagem que, pelo seu significado, dá origem a um novo estilo de vida. Quanto mais o catequista se mostre alegre no anúncio da Palavra, tanto mais credível será a mensagem para os que a escutam.
Com efeito, é precisamente a alegria do catequista, no anúncio da Palavra e do Evangelho, a demonstração mais evidente de que a Boa Nova, que anuncia, encheu o seu coração. O catequista tem consciência que Deus está com ele; e é, pois, esta comunhão que se estabelece entre os dois que leva cada catequista a sentir necessidade, como profeta, de anunciar a Verdade que o anima. Esta consciência de participar do amor de Deus leva-o a ser sal e luz do mundo, anunciando a Boa Nova com alegria, dando-lhe força e determinação para continuar a sua missão, apesar das dificuldades que, muitas vezes, surgem no seu caminho.
(In: www.luismiguel-digital.blogspot.pt)  in DM- Igreja Viva


 

A Flauta de Barro ---- Oração: Senhor,


 
 
 
 
Oração
 
 
Senhor, sou um desses trastes
que andam com um pé dentro da tua Igreja
e outro fora.

Sou daqueles que a tua Igreja margina,
porque nos marginalizamos a nós mesmos.
Dou-me conta que a minha mochila está vazia
e as minhas flores murchas.

Espanta-me a minha pobreza
e só me anima a tua bondade
de que sempre ouvi falar bem.

Sinto-me como uma cantarinha partida,
mas eu sei que com o meu barro
podes fazer outra a teu gosto.

Senhor,
quando me pedires contas
dir-te-ei que a minha vida foi um fracasso.
Que voei muito baixo.

A minha vida está cheia de buracos,
como uma flauta.
toma-a em tuas mãos
e que a música do teu amor
ao passar por ela leva a todos os homens
que tu chamas meus irmãos,
a melodia festiva que nos diz
que até mesmo para homens como eu
não somos anónimos para Ti
e que temos no teu coração
um lugar para ficar
e que a não ser assim
ficará sempre vazio.

Como viver em Deus? Santo Agostino rezou: “Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos!

Como viver em Deus?
Santo Agostino rezou: “Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos!
26.09.2013
Prof. Felipe Aquino
 
O Catecismo da Igreja ensina, no primeiro parágrafo, que “Deus, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada”; isto é, para participar de sua felicidade eterna. “Fomos criados por Deus e para Deus; e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (n.27).

 
 

São Tomás de Aquino disse que “quanto mais o homem se afasta de Deus, mais experimenta o seu nada”. Este é problema do homem moderno, afastou-se de Deus, quis ser o seu próprio deus e nele perece. O cristão “vive em Deus”, como o peixe vive na água. São Paulo disse aos gregos em Atenas “Ele não está longe de cada um de nós. Porque Nele existimos, nos movemos e somos” (Atos 17,27-28).



Já neste mundo podemos começar a viver a vida eterna se vivermos em Deus todo o tempo, unidos à Trindade Santa que habita em nosso coração como em um Templo. Mais do que atos de piedade e devoção, Deus quer que vivamos unidos a Ele todo instante.

A Beata Elizabete da Trindade rezava: “Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente, de mim mesma, para me fixar em Vós, imóvel e calma, como se minha alma estivesse já na eternidade: que nada possa perturbar-me  a paz, nem me fazer sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada instante me leve mais avante na profundidade de Vosso mistério”.


Santo Agostino também rezou: “Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos! Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes. Estáveis comigo e eu não estava Convosco! Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Porém, chamastes-me, com uma voz tão forte, que rompestes a minha surdez! Brilhastes, cintilastes, e logo afugentastes a cegueira! Exalastes perfume: respirei-o a plenos pulmões, suspirando por Vós. Saboreei-Vos e, agora, tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e ardi, no desejo da Vossa Paz”.


Se Deus não estivesse em nós não poderíamos sequer mover os olhos. “É Ele que opera em nós o querer e o fazer” (Fil 2,13). Não há nada que possa nos esconder dos olhos de Deus e de sua Presença; nem mesmo o pecado.  É Ele quem nos mantém fora do nada. Sem Ele nada podemos: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15,5).


(Publicado em
 
 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Caritas Portuguesa solidária com a Noruega



A Caritas Portuguesa associou-se ao “dolorosíssimo sofrimento” da população da Noruega, marcada sexta-feira por um duplo atentado que retirou a vida a 76 pessoas.

Numa carta dirigida à embaixadora norueguesa em Portugal, Inga Magistad, o presidente daquele organismo humanitário católico manifesta a “mais veemente solidarie­dade aos familiares dos que estão feridos no corpo e na alma”, e pede “ao Senhor da Paz que acolha no seu reino os que pereceram”.

Eugênio Fonseca espera ainda que “apesar da revolta e necessária justiça humana reparadora das atrocidades cometidas”, Deus “derrame sobre os corações de todos os noruegueses sentimentos de paz e compaixão, mesmo que [seja] compreensível a revolta que em si possam conter”.

“É com grande pesar e tristeza que a Caritas Portu­guesa se associa ao dolorosíssimo sofrimento do povo da Noruega, de modo especial, ao dos familiares de todos os que foram vítimas de um ato de horrorosa barbaridade, como nunca tinha acontecido desde a II Guerra Mundial”, .assina­la o texto.

A Caritas considera que “a Noruega é um exemplo para todo o mundo, não só de desenvolvimento econômico e social, como também de tolerância e de abertura para com diferentes visões do mundo”.

“Acreditamos, por isso, que nada poderá pôr em cau­sa esta forma de soberania”, conclui a mensagem de con­dolências á representação diplomática da Noruega.

A nação nórdica foi abalada dia 22 pela explosão de uma bomba junto à sede do Governo, em Oslo, que causou 8 vítimas mortais.

Pouco depois, seria conhecido outro ato de violência, desta vez na ilha de Utoeya, onde 68 jovens, segundo a última contagem das autoridades, foram mortos a tiro en­quanto participavam num acampamento do Partido Traba­lhista, actualmente no poder.

Em declarações à Rádio Vaticano, o bispo de Oslo, D. Bernt Ivar Eidsvig, admite que “a tragédia afetou cada um” dos habitantes da capital norueguesa, para lá de quaisquer “diferenças políticas, religiosas ou culturais”.

Neste domingo, Bento XVI manifestou a sua “profunda dor” pelos atentados, classificando como “graves” os ata­ques na Noruega.

“Mais uma vez, infelizmente, chegam notícias de mor­te e de violência. Todos sentimos uma profunda dor”, disse o Papa, em Castel Gandolfo, arredores de Roma, onde se encontra a passar férias.

O Núncio Apostólico na Noruega, D. Emil Paul Tscherrig revelou que as palavras do Papa “foram transmitidas aos fiéis durante a missa de domingo”, em todas as paróquias, e que as mesmas foram “consideradas pela população como um grande acto de solidariedade”.

O autor confesso dos dois atentados, Anders Breivik, um norueguês de 32 anos, afirmou no tribunal de Oslo que agiu sozinho, declarou-se
Notícia de arquivo- DM