domingo, 20 de outubro de 2013

Padre Vitorino ou Estevão Simões nos 40 anos de evangelização de Moxico Velho com um Bispo que foi seu catequesisando* Diocese de Luena- Angola

 
Padre Vitorino ou Estevão Simões nos 40 anos de evangelização de Moxico Velho com um Bispo que que foi seu catequisando
Diocese de Luena- Angola
 
 
 
 
 


FUNDAÇÃO PORTUGUESA DO PULMÃO - DELEGAÇÃO DISTRITAL DE VIANA DO CASTELO * No Outono, atenção à prevenção das infeções respiratórias de Dr. Pimenta de Castro


Pimenta de Castro (*)

pimentadecastro@portugalmail.com

 

FUNDAÇÃO PORTUGUESA DO PULMÃO - DELEGAÇÃO DISTRITAL DE VIANA DO CASTELO

 

 

Quando o tempo frio e húmido se aproxima é o momento de pensarmos nas suas consequências para a saúde do nosso aparelho respiratório importantes mecanismos de defesa contra as infeções, que, por muitas razões, podem ser insuficientes para cumprir a sua missão quer porque os agentes agressores são em grande quantidade e muito virulentos, quer porque o nosso organismo tem as defesas diminuídas, justificando medidas que reforcem as mesmas.

Uma infeção respiratória que pode ser prevenida por uma vacina é a gripe. Como o vírus da gripe muda anualmente, para se obter proteção é necessária a vacinação anual. Que está indicada, sobretudo, para as pessoas mais frágeis, nas quais a gripe pode tornar-se uma doença grave, os chamados grupos de risco: indivíduos com mais de 65 anos; pessoas com doenças debilitantes, tais como diabetes, doenças crónicas do fígado, coração, ou rins; pessoas como doenças respiratórias crónicas como a asma e DPOC; ainda, a generalidade das pessoas que apresentam compromisso da sua imunidade. Nos grupos a serem protegidos com a vacina da gripe incluem-se, ainda, as crianças dos 6 aos 36 meses e as grávidas no segundo e terceiro trimestres de gravidez, e profissionais da Saúde.

 

Igualmente está recomendada a vacina contra a pneumonia pneumocócica em praticamente os mesmos grupos de risco.

Também se podem usar medicamentos chamados imunomoduladores, que ajudam a aumentar a resistência do organismo às infeções respiratórias.

Ter uma deficiente ou inadequada alimentação, ser sedentário, fumar, abusar do álcool ou de outras drogas, ou não respeitar os períodos de repouso, enfraquece o nosso sistema imunitário. Sabe-se que o fumo do tabaco tem como efeito diminuir a atividade de células que têm como missão destruir bactérias e vírus que penetram no aparelho respiratório. Uma boa imunidade requer um estilo de vida saudável: uma boa alimentação (evitar comidas muito calóricas e ricas em gorduras saturadas, açúcar, sal e excesso de álcool), atividade física regular e respeito pelos períodos de repouso (é durante o período de repouso noturno que se verifica a regeneração das células responsáveis pela defesa contra os micro-organismos.

(*) Médico Pneumologista

 

A Aurora do Lima – 17 de Outubro de 2013

 

Evocando João Alves Cerqueira


Evocando João Alves Cerqueira

Como noticiámos, este reavivar de memórias aconteceu no passado dia 11 deste mês, ao fim da tarde, no Museu Municipal [de Artes Decorativas). Foi uma iniciativa do Centro de Estudos Regionais (CER), no seguimento da exposição "Viana Fiel Amiga do Mar” inaugurada a meados de agosto, onde ocorreu, também, o lançamento do livro "Memórias da Empresa de Pesca de Viana" (EPV), da autoria do Cmdt. da Marinha Mercante, Manuel Oliveira Martins. A exposição mantém-se até sábado, dia 27 deste mês.

Tratou-se de uma vocação informal e simples de João Alves Cerqueira, da importância que foi conquistando a partir de meados da década de 30, na direção e desenvolvimento da Empresa de Pesca de Viana e, mais tarde, em 1944, no lançamento e criação, com Vasco d'Orey, dos Estaleiros de Viana (ENVC).

Passados pelo menos mais de 70 anos, ainda foi possível recorrer a algumas das já poucas memórias vivas de antigos colaboradores da EPV, e de gente da Ribeira, e de pessoas que ainda o conheceram, familiares distantes e amigos da família que compareceram a esta sessão. Com o apoio de um diaporama, recordaram-se episódicas intervenções daquele grande empresário das pescas nesta cidade, que se abalançou, mais tarde, à construção de barcos nos ENVC, para a pesca do bacalhau. Lembrada, também, a importância que teve no desenvolvimento do nosso porto de mar, designadamente, no comércio de exportação de madeiras, na descarga do sal e do bacalhau para a seca da EPV, no Cais Novo, em Darque. Não se esqueceram, ainda outros, de relembrar a vertente de benemérito, principalmente na edificação do Templo-Monumento em Sta. Luzia; nas ajudas que também deu à Cruz Vermelha; ao Orfanato (Oficinas de S. José); ao Lar de Sta. Teresa (Asilo da Infância Desvalida); ao Sport Clube Vianense (eleito sócio benemérito em 1954) e de outras tantas instituições, quer ainda em ajudas individuais que dava aos pobres, quer a quem tivesse acontecido alguma desgraça na nossa Ribeira!...
 
 

Foram os testemunhos ainda possíveis, de antigos colaboradores da "Empresa” e do "Escritório” de João Alves Cerqueira". Assim eram conhecidos os dois edifícios entre a Alameda que tem seu nome e o Largo Vasco da Gama, onde se situam aqueles dois imóveis e que bem poderia passar a apropriar-se de seu nome.

 
Condecorado em 1960, ainda em vida (faleceu em 1966), com a Medalha de Mérito Industrial, pelo Presidente da República de então, este Homem era indubitavelmente merecedor de uma maior gratidão na sua terra, que recordasse para sempre a dimensão que imprimiu à cidade e ao concelho em geral, nas décadas de 35 a 60, do século passado, no desenvolvimento económico e industrial, e na criação de inúmeros postos de trabalho.

E.

A Aurora do Lima – 17 de Outubro de 2013

 

 



 

Delegação timorense em Viana do Castelo recebida pela Câmara


Delegação timorense

Uma delegação timorense, que integrou o vice-ministro da Educação Secundária e o diretor nacional do Ensino Técnico Vocacional, foi recebida na Câmara Municipal pelo edil José Maria Costa. Em cima da mesa esteve a oferta formativa da região e a possibilidade de cooperação entre municípios timorenses e Viana do Castelo, bem como a possibilidade de criar estágios profissionais em Timor Leste.

A delegação integrou ainda o vice-presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), o diretor do For-Mar e Portela Rosa, entre outros, e foi recebida pelo autarca de Viana do Castelo, no âmbito de uma visita com a temática da formação profissional e tecnológica.
 

Na sessão, foi abordado o projeto Centro de Mar, que recebeu merecida atenção por parte do grupo de dirigentes timorenses, mas foi também abordado o processo de descentralização que está em curso em Timor Leste, na criação dos Municípios, tendo sido aberta a possibilidade de existir cooperação entre o Município de Viana do Castelo e Timor Leste, nesta matéria, no âmbito da formação.

Na receção, foram também abordadas as hipóteses de trabalho de estágios de professores, a ser articulados entre o Estado Timorense e as instituições de formação do Alto Minho.

A agenda da delegação passou ainda por uma visita ao For-Mar e aos seus estaleiros e às instalações daquela instituição de ensino.

A Aurora do Lima – 17 de Outubro de 2013

As confissões do padre Dias, in Aurora do Lima


As confissões do padre Dias

Padre Manuel Gomes Dias é uma das mais emblemáticas e acarinhadas personalidades limianas. Visionário e de ideias diferentes para a sua época, afirma que as posições que tomou lhe trouxeram "muitos dissabores", mas garante: "nunca me arrependi de nada do que fiz".

Lúcia Soares Pereira

Nasceu a 4 de Maio de 1933, em Fornelos, na casa do Monte da Madalena, onde os seus pais moravam e eram responsáveis por "um bufete" que dava apoio a quem fosse visitar a capela e o monte. Filho de "pais simples", tinha 10 irmãos.

Diz que a sua relação a Ponte de Lima é "umbilical" e considera ter sido "um rapaz pouco brincalhão, mas bom mocinho". "Vivia na Madalena e vinha abaixo à vila, mas depois entrei no seminário, com 12 anos", recorda padre Manuel Gomes Dias.

"Não havia mais nada. A minha vocação era ser médico, mas as freiras disseram que tinha jeito para padre. Não sei onde viram o jeito, mas lá fui eu", diz entre risos. Sublinha que casar e constituir família não era sua pretensão, já que "para casar tinha os irmãos". Quanto a paixões recorda uma, quando andava no Colégio D. Maria Pia, mas sustenta que "não tinha idade para namorar". "Nunca me prendi a nada. Não apareceu ninguém e eu também não tinha coragem de aparecer", confessa padre Manuel Dias.

Aos 12 anos ingressa, então, no seminário, onde continua os seus estudos até ser ordenado sacerdote, a 15 de Agosto de 1958, com 25 anos. "Foi o cónego Correia que me encaminhou para o seminário. Aceitei bem. Nunca me arrependi de nada do que fiz", garante.

A sua primeira paróquia foi na Seixa da Peneda, em Sistelo, Arcos de Valdevez, onde esteve durante três anos. Porém, a integração não foi fácil. "Estava lá contra vontade. Não tinha nada. A estrada estavam a fazê-la e só se passava de motorizada", comenta padre Manuel Dias, ressalvando que Sistelo "era uma boa terra, uma terra linda agora".

Ia de "carreira" até Cabreiro e depois andava "cinco quilómetros para chegar a casa". O primeiro meio de transporte que comprou foi uma mota para fazer o percurso, sendo que "passava a vida na Madalena". "Eu estava sempre em casa.

As segundas vinha para baixo se não tivesse trabalho. Era uma vida livre", recorda, contando um episódio em que surgiu a vontade de comer bolinhos de bacalhau e andou quilómetros para saber a receita.

"Uma vez, vivia sozinho, apeteceu-me bolinhos de bacalhau, meti-me a cozinhar, comecei a fazê-los mas não sabia fazê-los. Peguei na motorizada e vim perguntar à minha mãe. Andei 44 quilómetros para saber como se faziam. Ela deu-me a receita, voltei e fiz, mas nunca saíram grande coisa. Para mim serviam", diz com humor.

Seguiram-se as paróquias de Serdedelo e Boalhosa, em Ponte de Lima, perto de casa. "Para a Boalhosa ia a pé, para a Armada ia de motorizada", conta, referindo que a parte mais difícil era realizar funerais na Armada. "Inventei de se começar as chamar os bombeiros para levar os

caixões no jipe. As pessoas para não levarem a pé chamavam-nos e pagavam. Mesmo já com estrada, as pessoas continuaram a chamá-los", recorda padre Manuel Dias.

Foi em Serdedelo que o seu interesse pela etnografia começou a desenvolver-se, mas já antes, aquando da sua permanência em Arcos de Valdevez, iniciou-se a "observar" os ritos e rituais. "Nos Arcos havia carpideiras. Uma vez, ia começar um enterro, mas um homem veio e mandou-me esperar porque elas já tinham ensaiado. Comecei a achar piada àquilo, copiei, passei os prantos e publiquei. Lixei-me com os de Serdedello que levavam tudo a mal naquela altura", comenta.

Devido a problemas com a comunidade, acabou por sair de Serdedelo e foi para a Labruja, onde gostou de estar. "Saí de Serdedelo por causa da torre da igreja. A igreja não tinha torre e então fiz uma planta para a torre e os da Junta de Freguesia disseram que estava bem. Quando acabámos, as pessoas não gostaram e chamaram os pedreiros para deitar abaixo o remate da torre. Fiquei furioso", notou.

Mas os problemas também aconteceram, porque alguns paroquianos fizeram queixa de posições tomadas pelo padre Manuel Dias. "Saí e fui para a Labruja. O bispo que estava em Braga aconselhou-me a não sair do concelho e a ir para a Labruja. Com a maldade que me fizeram aceitei a solução", revela.

Foi nesse local, onde deixou "muitos amigos", que padre Manuel Dias "inventou" a realização da feira do gado.

Depois de Labruja seguiu-se Nogueira, em Viana do Castelo, onde permaneceu até 2008, festejando na paróquia as suas "bodas de ouro" sacerdotais. Saiu pouco depois devido a doença.

Estudioso e historiador

Conhecido como estudioso e historiador de tudo que esteja relacionado com Ponte de Lima, mantém ainda o seu espírito crítico. Com a requalificação de vários edifícios emblemáticos, padre Manuel Dias acusa a autarquia limiana de "destruir para construir", retirando as características de muitos locais e edifícios.

Sobre a casa onde nasceu, recentemente recuperada e onde funciona um restaurante, afirma "que não devia estar assim". "Não tenho tristeza, tenho pena. Ela está bem, mas não deveria estar assim. Devia ter sido conservada", sustenta, acrescentando que em Ponte de Lima há "muita coisa descaracterizada".

O sacerdote esteve ligado à Comissão de Arte e Cultura Diocesana, garantindo que não se faziam obras "sem a comissão ver". "Eu aprovei esta casa", conta sobre a Casa Sacerdotal, em Darque, onde reside.

Fez o curso de Arqueologia, em Braga, mas sustenta que "nada trouxe de novo", até porque antes mesmo de se formar arqueólogo já tinha descoberto diversas mamoas. "Tinha olhinhos. Em Ponte de Lima havia 18 mamoas conhecidas e eu passei para 68", regista, adiantando que per¬to da Casa Sacerdotal também já descobriu uma e que está na origem do nome Darque.

Padre Manuel Dias sempre foi uma referência para muitos historiadores e investigadores que procuravam os seus conselhos e pediam informações.

"Queriam castigar-me, mas comigo não faziam farinha"

O prelado reconhece, também, ter sido um homem visionário e um sacerdote com posições diferentes na sua época, o que lhe causou "muitos dissabores". "Vestia de cinzento quando foi permitido, mas andava tudo contra mim. Sou ideologicamente de esquerda e integrei o Movimento Democrático Português. Tive muitos dissabores, mas eu ficava-me a rir. Eles já se foram e eu ainda estou aqui. Comigo não faziam farinha e nunca se meteram comigo. Mas queriam castigar-me por algumas opiniões e decisões", revela padre Manuel Dias.

Mentor do Cortejo Histórico

"O Domingo das Feiras Novas não tinha nada. Era só para passear. Tinha visto um cortejo em Viana do Castelo com gente de Ponte de Lima e achei que tinha piada fazer-se um nas Feiras Novas. E fez-se e melhor que Viana", comenta padre Manuel Dias que "escolhia as pessoas e revistava todos os figurantes". "Não saía sem eu ver. Os quadros eram a história de Ponte de Lima", relembra, considerando que "se perdeu a seriedade da coisa". "Agora é um carnaval", lamenta.

 
 
Padre Manuel Dias conta que o arcebispo de Braga não autorizava a procissão numas Feiras Novas se "não houvesse um dia dedicado à religiosidade" mas sem música profana. "Um dia fomos a Espanha contratar uma banda e o senhor disse que também era orquestra. Na minha malandrice, pus-me a pensar. Podia haver procissão se houvesse orquestra depois da meia-noite, porque já não era no mesmo dia", conta entre risos. "Agora é um abuso, estragaram tudo", diz padre Manuel Dias.

Apesar de viver na casa sacerdotal, comenta que recebe "algumas visitas" e garante que nunca colocou a sua fé em causa. "A minha vida é a minha fé e a minha fé é a minha vida", finaliza padre Manuel Dias.

Altominho nº 1138 – 16 de Outubro de 2013

 

sábado, 19 de outubro de 2013

“A Construção do Reino de Deus”(Teologia Narrativa) Ano da Fé – 2012/2013- Dia: 19 Outubro - Horas: 15horas


Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Formação de Adultos

Ano da Fé – 2012/2013- Dia: 19 Outubro - Horas: 15horas

Local – Igreja da Sagrada Família (Abelheira)

Tema: “A Construção do Reino de Deus”(Teologia Narrativa)

1 – As Parábolas do Reino (Mateus, 13)


Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
O semeador
(Mc 4,2-9; Lc 8,4-8) - Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. 4*Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. 5Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; 6mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. 7Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. 8Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele

que tiver ouvidos, oiça!»
O porquê das parábolas
(Mc 4,10-12; Lc 8,9-10) - Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes:
«A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado. Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. 14Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz:


Ouvindo, ouvireis,
mas não compreendereis;
e, vendo, vereis,
mas não percebereis.

15Porque o coração deste povo tornou-se duro,
e duros também os seus ouvidos;
fecharam os olhos,
não fossem ver com os olhos,
ouvir com os ouvidos,
compreender com o coração,
e converter-se,
para Eu os curar.


Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.»

O fermento (Lc 13,20-21)Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.»

2 – Jesus convida para a Mesa do Reino

Jesus convida os pecadores para a mesa do Reino: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (Mc 2, 17) . Convida-os à conversão sem a qual não se pode entrar no Reino, mas por palavras e actos, mostra-lhes a misericórdia sem limites do Seu Pai para com eles e a imensa «alegria que haverá no céu, por um só pecador que se arrependa» (Lc 15, 7). A prova suprema deste amor será o sacrifício da sua própria vida, «pela remissão dos pecados» (Mt 26, 28).

Jesus chama para entrar no Reino, por meio de parábolas, traço característico do seu ensino. Por meio delas, convida para o banquete do Reino, mas exige também uma opção radical: para adquirir o Reino é preciso dar tudo . As palavras não bastam, exigem-se actos. As parábolas são, para o homem, uma espécie de espelho: como é que ele recebe a Palavra? Como chão duro, ou como terra boa? Que faz ele dos talentos recebidos? Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. É preciso entrar no Reino, quer dizer, tornar-se discípulo de Cristo, para «conhecer os mistérios do Reino dos céus» (Mt 13, 11). Para os que ficam «fora» (Mc 4, 11), tudo permanece enigmático.

3 – Anúncio e Características do Reino

O Reino de Deus, que foi inaugurado na terra por Cristo, está destinado a acolher todos os homens, mas foi primeiramete anunciado aos filhos de Israel. Este Reino foi já anunciado por João Batista, que exortou as pessoas a arrependerem, porque está próximo o Reino dos Céus (Mt 3,2). Mais tarde, Jesus de Nazaré, o prometido Messias e Salvador da humanidade, foi batizado e Ungido (Lc 3,30-31), começando assim o seu ministério, que centrou-se necessariamente em torno do Reino de Deus. Ele instruíu os seus apóstolos a pregar que está próximo o Reino dos Céus. Essas instruções seriam repetidas a todos os seus discípulos, a todos os cristãos (Mt 10,7; 24,14; 28,19-20; Act 1,8). A Bíblia inteira gira em torno da vinda do Messias e do Reino do Deus. Por conseguinte, o Reino de Deus, que é uma grande realidade misteriosa, tem um grande sentido profético e missionário na vida da Igreja Cristã.

Jesus, através de parábolas, convida todas as pessoas a entrar no Reino de Deus, ou seja, tornar-se discípulos d'Ele, para conhecer os mistérios do Reino dos Céus (Mt 13,11). Segundo o Catecismo da Igreja Católica, Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. Para os que ficam "de fora" (Mc 4,11), tudo permanece enigmático.Jesus exorta os seus discípulos a buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6,33).

O Reino de Deus, que não terá fim e que já está no meio de nós (Lc 17, 21), é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17); é o fim último ao qual Deus nos chama; é obra do Espírito Santo; e é também um império eterno que jamais passará e…jamais será destruído (Dn 7,14).

Todas as pessoas que querem pertencer ao Reino de Deus precisam de converter-se, de realizar a vontade divina, de ter fé em Jesus e de acolher a sua palavra. De facto, Jesus convida todas pessoas à conversão (um pré-requisito para o acesso ao Reino), a renunciar o mal e o pecado (um grande obstáculo para o acesso ao Reino) e a arrependerem os seus pecados e experimentarem o ilimitado perdão e misericórdia de Deus. Este apelo constitui a parte fundamental do anúncio do Reino de Deus: "Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Este apelo à conversão é especialmente para os não-cristãos e os pecadores, pois Jesus afirma que não vim chamar justos, mas pecadores (Mc 2,17) e que Deus Pai sentirá imensa alegria no céu por um único pecador que se arrepende (Lc 15,7). Esta conversão e remissão dos pecados (Mt 26,28) só foi possível pelo sacrifíco de Jesus, Filho de Deus Pai, na cruz, constituindo a suprema prova do amor que Deus tem pelos homens.

Jesus afirmou que não entrará no Reino todo o que não o receber com a mentalidade de uma criança (Mc 10,15), quem não nascer de novo (Jo 3,3), aquele que não faz a vontade de meu Pai que está nos céus (Mt 7,21) e os injustos (1Cor 6,9).

Para ter acesso ao Reino de Deus, é preciso passarmos por muitas tribulações (Act 14,22) e também cumprir a Lei de Deus, porque aquele, portanto, que violar um só destes menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo [vai] ser chamado o menor no Reino dos Céus; aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus (Mt 5,17-19).

As Bem-aventuranças, pregadas por Jesus no famoso Sermão da Montanha e que anunciam e revelam aos homens a verdadeira felicidade, são por isso também um grande anúncio da vinda do Reino de Deus através da palavra e acção de Jesus e também do carácter das pessoas que pertencem ao Reino. Jesus exorta as pessoas a seguir este carácter exemplar, para poderem depois entrarem no Reino de Deus, ou seja, para obterem a salvação e a vida eterna.

Uma vez inaugurada na Terra por Jesus, ninguém, nem mesmo Satanás, consegue travar e impedir a edificação e a realização final e perfeita do Reino de Deus. Mas, este Reino, enquanto não atingir a sua perfeição, é ainda atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos em suas bases pela Morte na cruz e Ressureição de Jesus. Satanás, um ser muito poderoso e maligno, só consegue atrasar a realização final do Reino na Terra, através do cultivo do ódio no mundo contra Deus.

Este Reino, para grande desapontamento de muitos judeus da altura, não vinha restabelecer o reinado temporal de Israel e não é um reino deste mundo, ou seja, não é um reino com características políticas, mas sim com características predominantemente espirituais. Resumindo, o Reino de Deus, que cresce como uma semente que Deus coloca no coração de cada homem (dimensão pessoal), é a plena instauração da lei do amor a Deus e ao próximo e terá a sua realização final e perfeita na vida do mundo que há-de vir, na nova Terra e no novo Céu implantados por Deus no fim dos tempos (dimensão universal).

Sinais do Reino


Jesus operou muitos milagres, prodígios e sinais (Act 2,22), que provam que Ele é o Messias anunciado, o Filho de Deus e o Salvador enviado por Deus Pai e que o Reino de Deus está presente n'Ele e já está no meio de nós (Lc 17, 21). A operação destes sinais milagrosos, que pode ser ocasião de escândalo para alguns, tem por objectivo convidar as pessoas a crerem em Jesus e nas suas palavras. Aos que a Ele se dirigem com , concede o que pedem. Apesar dos seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns e até acusado de agir por intermédio dos demônios.

Jesus, que não veio abolir todos os males da Terra, libertou ainda assim certas pessoas dos males terrestres da fome, da injustiça, da doença e da morte, antevendo assim que, quando chegar na altura da realização final do Reino de Deus, todos estes males irão desaparecer. Aliás, Jesus operou sinais messiânicos veio para libertar os homens da mais grave das escravidões, a do pecado, que os entrava em sua vocação de filhos de Deus e causa todas as suas escravidões humanas.

Os exorcismos que Jesus efectuou libertaram homens do domínio dos demónios, afirmando que se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demónios, então o Reino de Deus já chegou a vós (Mt 12,28). Isto prediz também que o advento do Reino de Deus é a derrota do reino de Satanás e antecipa a grande vitória de Jesus sobre "o príncipe deste mundo".

Jesus, embora não curou todos os doentes do mundo, curou ainda assim vários enfermos, incluindo leprosos, que naquela altura eram isolados e altamente discriminados. Estas curas eram sinais da vinda do Reino de Deus e anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e a morte pela ressurreição de Jesus. Na cruz, Cristo tomou sobre si todo o peso do mal e tirou o "pecado do mundo" (Jo 1,29).

A entrada de Jesus em Jerusalém, a Transfiguração e a Ascensão de Jesus são também sinais da vinda do Reino e do começo da consumação do desígnio de Deus sobre a sua Criação (o estabelecimento do Reino de Deus).

Resumindo, o Reino de Deus manifesta-se lucidamente aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo.

 

4 – Questões:

4.1 – Jesus anunciava o Reino de Deus por Parábolas.

O que queria Jesus?

4.2 – Quais são os sinais do Reino de Deus?

4.3 – Como vamos construindo o Reino de Deus na Família, na Vizinhança, na Vida Profissional, na Vida Social?

5. Oração

 

Há um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen que pode ser lido como uma oração:

“Chamo-te porque tudo está ainda no princípio

E suportar-te é o tempo mais comprido.

 

Peço-te que venhas e me dês a liberdade,

Que um só de teus olhares me purifique e acabe.

 

Há muitas coisas que não quero ver.

 

Peço-te que sejas o presente.

Peço-te que inundes tudo.

E que o teu reino antes do tempo venha

E se derrame sobre a Terra

Em primavera feroz precipitado.”

 

 

 

 

Relator: José Rodrigues Lima

Telefone: 938583275

Ainda a homenagem do CER a João Alves Cerqueira



Manuel Dias Caneja e Ghislaine Céline Marie Bock


Manuel Dias Caneja

Manuel Dias Caneja é casado com Ghislaine Céline Marie Bock, da Bélgica. Vive no Luxemburgo e faz férias, na Meadela.

É pai de Michel e Olivier, ambos casados. Manuel tem um neto e espera a chegada de outro.

Nasceu em Cabana Maior, filho de Celestino Francisco Dias Caneja, que também usava o nome de Celestino Dias Caneja, falecido há 10 anos e de Rosa Barreira, também conhecida por Rosa Alves Caneja que faleceu em 17 de Julho de 1998.

O Manuel tem seis irmãos: a Rosa, o José, a Maria Barreira, o Serafim (já falecido), a Cecília e a Celeste e sobrinhos como cunhados e cunhadas, para além destes, tem também sobrinhos.

É um casal muito solidário e amigo de fazer bem a todos sem olhar a quem.

 


 
É por isso que não lhes faltam amigos em todo o lado…

Se era assim nos anos 1980 o que não é agora nos anos de 2010? Secretariado dea Pastoral Social

 
Este desdobrável foi distribuído pelos dias
 
 das feiras do distrito e foi à Assembleia da
 
 República
 
 
 


Veremos os parentes no céu? *** Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão


Veremos os parentes no céu?

Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão

18.10.2013

A morte é um enigma, e muitos perguntam se nós veremos os nossos entes queridos no céu. A saudade é amarga e as lágrimas não podem deixar de rolar quando perdemos uma pessoa querida. Cristo chorou quando perdeu o amigo Lázaro.

Fé não é insensibilidade e dureza de coração. Você pode chorar, até diante dos filhos, mas chore como quem tem fé na ressurreição. Os santos nos garantem que veremos os entes queridos mortos que nos antecederam.

Diante da dor da morte gosto de me lembrar de Nossa Senhora aos pés da cruz do seu Amado. Ela perdeu o Filho Único…, Deus, morto de uma maneira tão cruel como  nenhum de nós o será. Ela perdeu muito mais do que nós e não se desesperou. Certamente chorou muito, mas nunca se desesperou e nunca perdeu a . Aos pés da cruz de Jesus estava de pé (stabat!).









Podemos chorar os mortos; as lágrimas são o tributo da natureza, mas sem desespero e sem desilusão.

Até o céu; lá nos voltaremos a ver, ensinam os santos. Que grande felicidade será para nós poder encontrá-los, depois de ter chorado tanto a sua ausência! Não nos deixemos levar ao desespero quando alguém parte; não somos pagãos. Lá não haverá mais pranto, nem lágrimas e nem luto.

São Francisco de Sales disse: “Meu Deus, se a boa amizade humana é tão agradavelmente amável, que não será ver a suavidade sagrada do amor recíproco dos bem-aventurados… Como essa amizade é preciosa e como é preciso amar na terra, como se ama no Céu!”





São Tomás de Aquino garante que no Céu conheceremos nossos parentes e amigos. Diz o santo doutor:

“A contemplação da Essência Divina não absorve os santos de maneira a impedir-lhes a percepção das coisas sensíveis, a contemplação das criaturas e a sua própria ação. Reciprocamente, essa percepção, essa contemplação e essa ação não os podem distrair da visão beatífica de Deus” (S. Teológica, 30, p. 84).

A morte não é o aniquilamento estúpido que pregam os materialistas sem Deus, mas o renascimento da pessoa. A Igreja reza na Liturgia que “a vida não é tirada mas transformada”.

Só o cristão valoriza a morte e é capaz de ficar de pé diante dela. Deus não nos criou para o aniquilamento estúpido, mas para a sua glória e para o seu amor. Fomos criados para participar da felicidade eterna de Deus.

Santa Teresinha disse ao morrer: “não morro, entro para a vida”.

A árvore cai sempre do lado em que viveu inclinada; se vivermos inclinados ao Coração de Jesus, nele cairemos.

É preciso saber educar os filhos também diante da morte; a psicologia recomenda, por exemplo, que os pais deixem os filhos verem os mortos, se assim eles desejarem, embora não devam forçá-los. Fale da morte com naturalidade aos filhos, e aproveite o momento para ensinar sobre o céu e sobre a ressurreição. Não se pode permitir que as crianças assistam cenas de desespero diante da morte, mesmo que se possa manifestar a dor e sofrimento diante delas.

O grande santo São Francisco Xavier, jesuíta, amigo íntimo de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, foi evangelizar o Japão e a China e por lá morreu. Sabendo que não mais poderia ver o rosto do seu querido amigo Santo Inácio, escreveu-lhe uma carta onde dizia: Não mais verei o teu rosto, mas lá no céu te darei um abraço que durará para sempre.

Prof. Felipe Aquino

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