quarta-feira, 30 de abril de 2014

Colocar-se no lugar do outro: a empatia

Colocar-se no lugar do outro: a empatia

Você realmente conhece as pessoas com as quais convive? Procura escutá-las e ajudá-las? Sabe o que sentem e o que pensam?

O valor da empatia ajuda a reavivar o interesse pelas pessoas que nos cercam e, dessa maneira, desenvolver relações interpessoais harmônicas, pois às vezes as preocupações e a correria do dia a dia nos levam a centrar-nos em nós mesmos e a tornar-nos indiferentes diante dos outros.

Você realmente conhece as pessoas com as quais convive? Procura escutá-las e ajudá-las? Sabe o que sentem e o que pensam? A indiferença e o individualismo são alguns dos males da nossa época, e por isso é frequente esquecer que ao nosso lado há seres humanos iguais a nós.

A empatia é um valor que otimiza as relações, promovendo uma convivência saudável, seja na família, no trabalho ou no convívio social.

O que é a empatia?

Empatia é a habilidade de colocar-se no lugar do outro para entender suas necessidades, sentimentos e problemas. Para adquiri-la, é preciso escutar ativamente as pessoas e captar suas emoções, para assim chegar a uma relação próxima e compreensiva. A empatia permite a compreensão das emoções e atos alheios, sem ter necessariamente que concordar com os outros.

Esta virtude também requer aprender a afastar-se do “eu” (meus pretextos, razões, ideias, pensamentos) para saber pensar a partir da ótica do outro. Esta aprendizagem leva à ampliação das percepções e evita que julguemos os outros fechando-nos em um ponto de vista.

Daniel Goleman, autor pioneiro de temas relacionados à inteligência emocional, explica que “a consciência de si mesmo é a faculdade sobre a qual se constrói a empatia, já que, quanto mais abertos nos encontremos às nossas próprias emoções, maior será nossa destreza na compreensão dos sentimentos dos outros”.

A empatia permite conhecer e compreender melhor as pessoas por meio da convivência cotidiana; dessa forma, é possível melhorar as relações familiares, obtendo uma maior colaboração e entendimento entre todos; com o parceiro(a), a relação se torna cada vez mais estável e alegre; com os amigos, garante uma amizade duradoura; com os conhecidos, abre a possibilidade de novas amizades; no trabalho, ajuda a ser mais produtivo, gera interesse pelos colegas.

As pessoas que desenvolveram um bom nível de empatia são capazes de “adivinhar” o que os outros estão sentindo, pois se antecipam às suas necessidades e sabem identificar as oportunidades comunicativas que as outras pessoas lhes oferecem.

Então, a empatia é a capacidade de vivenciar a maneira como a outra pessoa sente, o que leva a uma maior compreensão do seu comportamento e da sua forma de tomar decisões.

Como ser empáticos?

Viver este valor é simples quando a pessoa se empenha em pensar um pouco mais nos outros e age em coerência com isso. Portanto, é preciso cuidar dos detalhes que reafirmarão este valor:

- Procurar sorrir sempre, pois isso gera um ambiente de confiança e cordialidade. A serenidade que se manifesta desarma até o mais exaltado.

- Dar prioridade aos assuntos dos outros e depois aos próprios. Após ter escutado, a pessoa que se aproximou certamente terá a capacidade de entender nossa situação e estado emocional, e assim estará disposta a ajudar-nos.

- Não é recomendável fazer um julgamento prematuro das pessoas. Quando alguém se aproxima de nós, possivelmente é porque precisa de alguém para conversar.

- Caso não seja o momento adequado, por falta de tempo ou outras razões, é preciso expressar-se com cortesia e delicadeza (o que também é empatia); assim, as pessoas se sentirão igualmente atendidas. No entanto, não se deve deixar passar muito tempo para conversar com a pessoa.

- Evitar demonstrar pressa, tédio, cansaço, nem dar respostas taxativas ou distrair-se em outras coisas enquanto se está em uma conversa.

- Alguns gestos amáveis são demonstrações de carinho que podem valer o mesmo ou mais que as palavras, sobretudo quando a pessoa passa por um mal momento.

Concluímos dizendo que a empatia é um valor indispensável em todos os aspectos da vida, permite enriquecer as relações interpessoais e ao mesmo tempo cultivar outros valores, como confiança, solidariedade, amizade, compreensão, generosidade, respeito e comunicação.

(Artigo publicado originalmente por LaFamilia.info)
sources: LaFamilia.info
 

É moralmente aceitável suicidar-se para salvar a vida de alguém?

É moralmente aceitável suicidar-se para salvar a vida de alguém?

Os especialistas da Aleteia respondem à dúvida de um leitor

Julio De la Vega Hazas
 
 
© Jiri Folta
“Até que ponto o suicídio poderia ser moralmente aceitável, no caso de implicar dar a vida pelo outro?” (pergunta enviada por meio da fan page da Aleteia)

Há atos que podem parecer semelhantes à primeira vista, mas que na realidade são radicalmente diferentes. O que aqui se pergunta é um exemplo disso. Existem casos de dar a vida por outra pessoa. Mas não são suicídios. E, se de alguma forma forem, então se trata de uma ação equivocada.

O suicídio consiste em acabar com a própria vida – com o objetivo de morrer. Então, não é propriamente um suicídio, por exemplo, o fato de uma pessoa, em uma tentativa desesperada de salvar a vida, jogar-se da janela de um apartamento ao ter o corpo em chamas e não encontrar outra saída, ainda que morra na tentativa.

Tampouco é considerado suicídio o fato de uma pessoa deixar que a matem para salvar a vida de outra. De fato, há alguns anos, São João Paulo II canonizou Maximiliano Kolbe, quem, sendo prisioneiro em Auschwitz, ofereceu-se para substituir outro preso que seria executado em represália por uma fuga.

O ato de São Maximiliano lhe custou a vida (deixaram-no morrer de fome). Ele não é considerado um “mártir da fé”, como costuma acontecer, pois não morreu por defender a sua fé, mas sim um “mártir da caridade”. De fato, ele encarnou a afirmação de Jesus, quando disse que “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (João 15, 13). Mas isso não foi suicídio, pois não foi ele quem tirou a própria vida.

Não é difícil perceber que estas palavras do Senhor foram ditas em referência a Ele mesmo, em primeiro lugar. Então, nesta questão, o maior exemplo que temos é o próprio Jesus Cristo, que deu sua vida por nós. E a deu querendo entregá-la mesmo.

Suas palavras não deixam dúvidas: “O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir” (João 10, 17-18). Mas entregar sua vida consistiu em deixar que outros a tirassem, não em tirá-la Ele mesmo. Por isso, não foi um suicídio.

O suicídio propriamente dito não tem justificativa moral. É possível, e ocorre com frequência, que o suicida padeça de um sério transtorno mental, o que não o tornaria responsável pelos seus atos, mas isso não transforma em bom algo que em si sempre é ruim.

Às vezes, acontecem casos de pessoas que tiram a própria vida pensando nos outros. Por exemplo, o caso de um homem que, diante do diagnóstico de uma doença incurável que traria muitos gastos para a sua família, decide se matar.

Também se discute o caso do agente secreto a quem se pede que se suicide antes de ser capturado, para não revelar as informações que tem. Mas nenhum destes casos, ou outros semelhantes, têm justificativa moral.

O Catecismo da Igreja Católica é bastante claro ao afirmar isso, e explica o motivo: “O suicídio contraria a inclinação natural do ser humano para conservar e perpetuar a sua vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente o amor do próximo, porque quebra injustamente os laços de solidariedade com as sociedades familiar, nacional e humana, em relação às quais temos obrigações a cumprir. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo” (n. 2281).

As 8 melhores frases do papa Francisco sobre os papas recém-canonizados

As 8 melhores frases do papa Francisco sobre os papas recém-canonizados

A herança de São João Paulo II e de São João XXIII em breves frases do pontífice atual

Jesús Colina
 
 
© Aleteia Image Partners
Passagens decisivas da homilia da canonização dos dois papas ajudam a compreender que a misericórdia divina “sempre espera e sempre perdoa porque sempre ama”.

Na homilia da canonização dos santos João Paulo II e João XXIII, o papa Francisco resumiu em oito frases memoráveis o legado espiritual deixado ao mundo e à Igreja por São João Paulo II e São João XXIII:

1. “Em cada pessoa que sofria eles viam Jesus Cristo”.

2. “Eles deram testemunho, perante a Igreja e o mundo, da bondade de Deus, da sua misericórdia”.

3. “Nesses dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, havia ‘uma esperança viva’ unida a uma ‘alegria inefável e radiante’”.

4. “Eles colaboraram com o Espírito Santo para restaurar e atualizar a Igreja de acordo com a sua fisionomia original”.

5. “Não nos esqueçamos de que são precisamente os santos os que levam a Igreja adiante e a fazem crescer”.

6. Sobre São João XXIII: “Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, se deixou conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia guiado”.

7. Sobre São João Paulo II: ele “foi o papa da família. Ele mesmo, uma vez, disse que era assim que gostaria de ser recordado: como o papa da família”.

8. “Que os dois nos ensinem a não nos escandalizarmos com as chagas de Cristo, a nos adentrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama”.
sources: Aleteia

domingo, 27 de abril de 2014

FESTA DA LUZ

ONTEM REALIZOU-SE A FESTA DA LUZ COM PROCISSÃO DO CÍRIO PASCAL PARA A IGREJA DA PARÓQUIA. NÃO PARTICIPOU MUITA GENTE PORQUE TAMBÉM ESTE ANO NÃO MUITA DIVULGAÇÃO.
Não houve fotos e acabou na Igreja com a Oração Taizé.

A LUZ DE CRISTO VENCEU AS TREVAS DA NOITE
“… Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em mim nunca morrerá.” (Jo 11,25)
Cristo é a luz dos povos (Constituição Dogmática sobre a Igreja).
Somos filhos da luz (Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo)
“Deus disse: Faça-se a luz. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz e às trevas a noite. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã; foi o primeiro dia.” (Génesis 1,3-5)
Antes de criar os astros luminosos Deus criou a luz. Na Bíblia a luz está associada a tudo o que é positivo, divino; Ela o resplendor do próprio Deus. Por isso, é a primeira criatura.
“Deus é a luz. Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos. Deus e luz e nele não nenhuma espécie de trevas.
Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros, e o sangue do seu filho Jesus purifica-nos de todo o pecado” (1 Go, 1, 5-7)
No prólogo de São João Evangelhista podemos ler: “Nele é que estava a vida de tudo o que veio a existir. E a vida era a luz dos homens. A luz brilhou mas as trevas não o receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamou João. Este vinha como testemunha para dar testemunho da luz e todos creram por meio dele. Ele não era a luz mas vinha para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira que ao vir ao mundo a todo o homem ilumina.” (1 Jo. 1,5-7)
Jesus falou-lhes novamente: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a vida eterna”. (João 8,12)
“Vós sois o sal da terra e aluz do mundo… Assim brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso pai que está no céu.” (Mat. 5,14-16)
“É que outrora ereis trevas, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz, pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade, procurando discernir o que é agradável ao senhor. E não tomareis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, denunciai-as. Porque o que por eles é feito às escondidas até dize-lo é vergonhoso. Mas tudo isso se denunciado é posto às claras na luz, pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: desperta tu entre os mortos, levanta-te de entre os mortos, Cristo brilhará sobre ti” (Ef. 5, 8-14)
“Na verdade todos vós sois filhos da luz e filhos do dia” (1 Te. 5,5)
“Quem diz que está na luz, mas tem ódio ao seu irmão ainda está nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão, está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai por que as trevas lhe cegaram os olhos.” (1 Jo 2,8)
“Jesus Cristo filho unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus; Luz das Luzes.”
“Os atributos bem conhecidos do espirito são a vida e a luz. A luz é antes de mais, poder de revelação, e por isso ao Deus revelado se chama Deus-Luz.”
“Na tua Luz conheceremos toda a Luz” (Salmo 36,10)
Assim professamos no Credo.
Caminhemos na luz de Cristo…

José Rodrigues Lima
93 85 83 275
6.5.10
GUERRA JUNQUEIRO

ORAÇÃO À LUZ

Claro mistério
Do azul etéreo!
Sonho sidéreo!
Luz!

Da terra dorida
Alento e guarida!
Fermente, da vida,
Luz !

Eucaristia santa,
Vinho e pão que alevanta
Homem, rochedo e planta...
Luz !

Virgem ígnea das sete cores,
Toda abrasada d'esplendores,
Mãe dos heróis e mãe das flores,Luz!

Fiat harmónico e jocundo,
Verbo diáfano e profundo,
Alma do sol, corpo do mundo,Luz!

Luz-esp'rança, luz rútila da aurora,
Vida vibrando na amplidão sonora,
Vida cantando pela vida fora,Luz!

Luz que nos dás o pão, ó luz amada!
Luz que rios dás o sangue, ó luz doirada!
Luz que nos dás o olhar, luz encantada!
Bemdita sejas, luz, bemdita sejas!

Sejas bemdita em nós, ó fonte de harmonia!
Sejas bemdita em nós, ó urna de alegria!
Bemdito seja o filho teu, o alvor do dia!
Perpetuamente, ó luz, ó mãe, bemdita sejas!

(de Oração à Luz, 1904) 
distribuído pelo Rui Almeida à(s) 6.5.10
No Cimo da Montanha 
"Até que enfim cheguei ao cimo da montanha após uma jornada extensa e fatigante. Passei o olhar em torno e, pronto, o olhar apanha tudo que a vida tem de belo e contrastante. … … Graças vos dou, meu Deus, graças vos dou, Senhor, por sentir que me ergui dos abismos da treva, por sentir mais intensa essa luz que me eleva, suave irradiação do Vosso imenso amor." 

TERÇA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2007
Oração à luz 

Bendito o cristo-sol na cruz ardente,

monstro-mártir, que infinitamente

Por nós expira, soluçando luz! (...)

Luz que nos enches de alegria, 

Luz que desvendas a harmonia, 

Que és o esplendor e a cor da Natureza.

Farei de ti, luz de um só dia, 

A luz perpétua da beleza!

Luz que iluminas a existência,

Luz que propagas a evidência,

Que dissolves o erro e a escuridade,

Farei de ti, da tua essência,

A luz augusta da Verdade! (...)

Farei de ti luz dum momento,

A luz eterna, a luz divina, a luz do Amor!

Farei de ti a luz do Amor que não se apaga,

A luz que tudo alaga

E tudo vê e tudo aquece. (...)

Luz onde tudo vai boiando imerso,

Luz Espírito e Alma do universo

Sol dos sois, incriado e criador. (...)

Farei da cega luz que me alumia

A luz espiritual do grande dia,

A luz de Deus, a luz do Amor, a luz do Bem,

A luz da glória eterna, a luz da luz. Amen!

(Guerra Junqueiro, Oração à luz)
Postado por pe.cl às 7/03/2007 12:33:00 da tarde 
Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
1 comentário:

figlo disse... 
"A luz que transfigura e que converte" o nosso canto, a nossa luta, os nossos sonhos,as nossas lágrimas, a nossa oração fazendo com que sejamos, de algum modo,reflexo da luz divina.
(que lindo é este poema de 1904.Os poetas líricos são assim: enchem-nos a alma de encanto e graça...em qualquer tempo)
beijos e abraços 
3 de Julho de 2007 às 19:08 
A Luz é sempre uma fonte de força e energia.
Cristo Luz do Mundo
Amada Presença de Deus
É LUZ no meu coração 
Para trabalhar
Para me proteger
Para meu sustento,
Para o meu caminhar
Para iluminar,
Para poder
Para saber
Para me controlar,
Para ser justo
Para obedecer
Para ser humilde
Para perdoar
Para agradecer
Para ver
Para conhecer
Para servir
Para Amar
P.C.
 
Foto: ONTEM REALIZOU-SE A FESTA DA LUZ COM PROCISSÃO DO CÍRIO PASCAL PARA A IGREJA DA PARÓQUIA. NÃO PARTICIPOU MUITA GENTE PORQUE TAMBÉM ESTE ANO NÃO MUITA DIVULGAÇÃO.
Não houve fotos e acabou na Igreja com a Oração Taizé.

A LUZ DE CRISTO VENCEU AS TREVAS DA NOITE
“… Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em mim nunca morrerá.” (Jo 11,25)
Cristo é a luz dos povos (Constituição Dogmática sobre a Igreja).
Somos filhos da luz (Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo)
“Deus disse: Faça-se a luz. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz e às trevas a noite. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã; foi o primeiro dia.” (Génesis 1,3-5)
Antes de criar os astros luminosos Deus criou a luz. Na Bíblia a luz está associada a tudo o que é positivo, divino; Ela o resplendor do próprio Deus. Por isso, é a primeira criatura.
“Deus é a luz. Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos. Deus e luz e nele não nenhuma espécie de trevas.
Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros, e o sangue do seu filho Jesus purifica-nos de todo o pecado” (1 Go, 1, 5-7)
No prólogo de São João Evangelhista podemos ler: “Nele é que estava a vida de tudo o que veio a existir. E a vida era a luz dos homens. A luz brilhou mas as trevas não o receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamou João. Este vinha como testemunha para dar testemunho da luz e todos creram por meio dele. Ele não era a luz mas vinha para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira que ao vir ao mundo a todo o homem ilumina.” (1 Jo. 1,5-7)
Jesus falou-lhes novamente: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a vida eterna”. (João 8,12)
“Vós sois o sal da terra e aluz do mundo… Assim brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso pai que está no céu.” (Mat. 5,14-16)
“É que outrora ereis trevas, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz, pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade, procurando discernir o que é agradável ao senhor. E não tomareis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, denunciai-as. Porque o que por eles é feito às escondidas até dize-lo é vergonhoso. Mas tudo isso se denunciado é posto às claras na luz, pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: desperta tu entre os mortos, levanta-te de entre os mortos, Cristo brilhará sobre ti” (Ef. 5, 8-14)
“Na verdade todos vós sois filhos da luz e filhos do dia” (1 Te. 5,5)
“Quem diz que está na luz, mas tem ódio ao seu irmão ainda está nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão, está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai por que as trevas lhe cegaram os olhos.” (1 Jo 2,8)
“Jesus Cristo filho unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus; Luz das Luzes.”
“Os atributos bem conhecidos do espirito são a vida e a luz. A luz é antes de mais, poder de revelação, e por isso ao Deus revelado se chama Deus-Luz.”
“Na tua Luz conheceremos toda a Luz” (Salmo 36,10)
Assim professamos no Credo.
Caminhemos na luz de Cristo…

José Rodrigues Lima
93 85 83 275
6.5.10
GUERRA JUNQUEIRO

ORAÇÃO À LUZ

Claro mistério
Do azul etéreo!
Sonho sidéreo!
Luz!

Da terra dorida
Alento e guarida!
Fermente, da vida,
Luz !

Eucaristia santa,
Vinho e pão que alevanta
Homem, rochedo e planta...
Luz !

Virgem ígnea das sete cores,
Toda abrasada d'esplendores,
Mãe dos heróis e mãe das flores,Luz!

Fiat harmónico e jocundo,
Verbo diáfano e profundo,
Alma do sol, corpo do mundo,Luz!

Luz-esp'rança, luz rútila da aurora,
Vida vibrando na amplidão sonora,
Vida cantando pela vida fora,Luz!

Luz que nos dás o pão, ó luz amada!
Luz que rios dás o sangue, ó luz doirada!
Luz que nos dás o olhar, luz encantada!
Bemdita sejas, luz, bemdita sejas!

Sejas bemdita em nós, ó fonte de harmonia!
Sejas bemdita em nós, ó urna de alegria!
Bemdito seja o filho teu, o alvor do dia!
Perpetuamente, ó luz, ó mãe, bemdita sejas!

(de Oração à Luz, 1904) 
distribuído pelo Rui Almeida à(s) 6.5.10
No Cimo da Montanha 
"Até que enfim cheguei ao cimo da montanha após uma jornada extensa e fatigante. Passei o olhar em torno e, pronto, o olhar apanha tudo que a vida tem de belo e contrastante. … … Graças vos dou, meu Deus, graças vos dou, Senhor, por sentir que me ergui dos abismos da treva, por sentir mais intensa essa luz que me eleva, suave irradiação do Vosso imenso amor." 
 
TERÇA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2007
Oração à luz 

Bendito o cristo-sol na cruz ardente,

monstro-mártir, que infinitamente

Por nós expira, soluçando luz! (...)

Luz que nos enches de alegria, 

Luz que desvendas a harmonia, 

Que és o esplendor e a cor da Natureza.

Farei de ti, luz de um só dia, 

A luz perpétua da beleza!

Luz que iluminas a existência,

Luz que propagas a evidência,

Que dissolves o erro e a escuridade,

Farei de ti, da tua essência,

A luz augusta da Verdade! (...)

Farei de ti luz dum momento,

A luz eterna, a luz divina, a luz do Amor!

Farei de ti a luz do Amor que não se apaga,

A luz que tudo alaga

E tudo vê e tudo aquece. (...)

Luz onde tudo vai boiando imerso,

Luz Espírito e Alma do universo

Sol dos sois, incriado e criador. (...)

Farei da cega luz que me alumia

A luz espiritual do grande dia,

A luz de Deus, a luz do Amor, a luz do Bem,

A luz da glória eterna, a luz da luz. Amen!

(Guerra Junqueiro, Oração à luz)
Postado por pe.cl às 7/03/2007 12:33:00 da tarde 
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1 comentário:
 
figlo disse... 
"A luz que transfigura e que converte" o nosso canto, a nossa luta, os nossos sonhos,as nossas lágrimas, a nossa oração fazendo com que sejamos, de algum modo,reflexo da luz divina.
(que lindo é este poema de 1904.Os poetas líricos são assim: enchem-nos a alma de encanto e graça...em qualquer tempo)
beijos e abraços 
3 de Julho de 2007 às 19:08 
A Luz é sempre uma fonte de força e energia.
Cristo Luz do Mundo
Amada Presença de Deus
É  LUZ no meu coração 
Para trabalhar
Para me proteger
Para meu sustento,
Para o meu caminhar
Para iluminar,
Para poder
Para saber
Para me controlar,
Para ser justo
Para obedecer
Para ser humilde
Para perdoar
Para agradecer
Para ver
Para conhecer
Para servir
Para Amar
                       P.C.

A Teologia da Beleza

A Teologia da Beleza



Evdokimov (1901-1970), teólogo leigo, cristão ortodoxo, nasceu em São Petersburgo, e no contexto da revolução russa imigrou para França onde começou por trabalhar como operário na indústria automóvel.
Mais tarde foi professor no Instituto Saint-Serge de Paris. O seu empenhamento em favor do ecumenismo e aproximação entre as espiritualidades cristãs do oriente e ocidente valeu-lhe ser convidado, como observador, para o Concílio Vaticano II. Neste diálogo, e dada a riqueza da tradição ortodoxa neste campo, a “via da Beleza” é imprescindível.
Paul Evdokimov

Beleza e Teologia
 
 


































Lendo A arte do Ícone: Teologia da Beleza, (DDB, 1972; Publicaciones Claretianas, 1991), recolhemos algumas passagens sobre “A visão Bíblica da Beleza” (cap. I). O autor mostra a proximidade semântica entre a Beleza e o Espírito Santo, termos indissociavelmente unidos na imagem e no simbolismo da Luz, omnipresente e transversal a todo o texto das Escrituras, acentuando a coincidência dos seus extremos nos livros do Génesis e do Apocalipse.
“Ao criar o mundo a partir do nada, o Criador, como Poeta divino, compõe a sua ‘Sinfonia em seis dias’, o Hexaméron, e em cada um dos seus actos ‘viu que era belo’. O texto grego do relato bíblico diz ‘kalón’ – belo – e não ‘agathón’ – bom - ; a palavra grega tem os dois significados ao mesmo tempo. Por outro lado o verbo criar está conjugado em hebreu na sua forma perfectiva: o mundo foi criado, é criado, e será criado até ao final.
Ao sair das mãos de Deus, já o gérmen é belo, mas busca a sua evolução, essa história tantas vezes agitada e trágica, na confluência do actuar divino e humano. Segundo Máximo Confessor, a consumação da primeira beleza na Beleza perfeita realiza-se no final e recebe o nome de Reino.


Criação 2

A Tradição dá-nos, neste ponto, uma precisão importante. Um grande espiritual do século IV, Evágrio, comentando a variante do Pai Nosso no evangelho de S. Lucas, onde em lugar de ‘Reino’ se lê ‘que venha o Teu Espírito Santo’, diz: ‘O Reino de Deus é o Espírito Santo; rogamos ao Pia que o faça descer sobre nós’ De acordo com a Tradição, Evágrio identifica assim o Reino e o Espírito Santo.
Assim, se o Reino contemplado é a Beleza, a Terceira Pessoa da Trindade revela-se como Espírito da Beleza. Dostoievsky compreendeu-o bem: O Espírito Santo, diz ele, é a captação directa da Beleza” (…)
“A sua própria obra, enquanto Espírito da Beleza, é uma ‘poesia sem palavras’ Por relação com o Verbo, o Evangelho do Espírito Santo é visual, contemplativo. (…)”
“Os atributos bem conhecidos do Espírito são a Vida e a Luz. A Luz é antes de mais, poder de revelação, e por isso ao Deus revelatus se chama Deus-Luz. O seu poder ‘ilumina todo o ser humano que vem ao mundo’ (Jo 1,9) e, segundo São Simeão, ‘transforma em luz aos que ilumina’. Mais ainda, impõe-se como fonte de todo o conhecimento: ‘Na tua luz conheceremos toda a luz’ (Salmo 36, 10). (…)”
Paulo Evdokimov
“No plano óptico, o olho não percebe os objectos, mas a luz por eles reflectida. O objecto não é visível senão porque a luz o faz luminoso. O que se vê é a luz que se une ao objecto, que o desposa em certa medida e toma a sua forma que o figura e revela. A interacção misteriosa do carvão com a luz produz o diamante, a beleza. (…)
Estar na luz é estar numa comunhão clarificadora que revela os ícones dos seres humanos e das coisas, capta os seus logoi contidos no pensamento divino e inicia assim a sua integridade perfeita; dito de outra maneira, a sua beleza querida por Deus. (…)”
“O Apocalipse está no termo, mas também no começo. A luz do primeiro dia é o objecto da visão. Como o primeiro tempo da criação, ‘o século futuro forma inteiro um só dia, o grande Dia.’, diz São Gregório de Nisa. De facto, segundo o Apocalipse: ‘Não haverá mais noite e os homens não mais necessitarão da luz da lâmpada nem do sol, porque o Senhor Deus os iluminará’ (Apc 22,5).
‘Eu sou o alfa e o ómega… o começo e o fim’. O círculo da Revelação está encerrado na diferença e ao mesmo tempo na identidade perfeita de todos os seus elementos. A primeira palavra da Bíblia: ‘Faça-se a Luz’ é também a última: ‘Faça-se a Beleza’.”
jnm
© SNPC
Fonte: http://snpcultura.org/a_teologia_visual_da_beleza_evdokimov.html

sábado, 26 de abril de 2014

Após 40 dias em coma, padre atacado por narcotraficantes visita Francisco


Após 40 dias em coma, padre atacado por narcotraficantes visita Francisco

O sacerdote conhecido como “o milagre de Deus” foi passar seu aniversário com o Papa Francisco e renovar sua fé na missão


Pontifical University of the Holy Cross

O Pe. Horacio Zúñiga esteve em coma durante 40 dias, após uma tentativa de assassinato por parte de narcotraficantes, que queriam eliminar o sacerdote que se dedica a tirar os jovens das drogas.

O Pe. Horário foi brutalmente atacado, mas se recuperou parcialmente e já voltou a guiar sua paróquia e seu colégio. Ele teve a bênção de comemorar seu aniversário de 45 anos ao lado do Papa Francisco.

A história deste padre é brilhante. Com um doutorado em Teologia em Roma, ele foi nomeado pároco de um bairro pobre de La Guaira (Venezuela), bem como diretor de um colégio.

O Pe. Horacio conseguiu tirar muitos jovens das ruas e o mundo das drogas. Por isso, os narcotraficantes decidiram assassiná-lo em plena luz do dia.

Depois de ser espancado e dado por morto, ele ficou horas jogado na rua. Após 40 dias em coma, recuperou-se dos ferimentos. E, mesmo estando à beira da morte, ele voltou à Venezuela para abrir uma escola diocesana.

Sua mãe quis dar-lhe de presente de aniversário uma viagem a Roma, para encontrar-se com o Papa Francisco. Após seu encontro com o Pontífice, o Pe. Horacio comentou que se sente “mais forte, porque o Papa Francisco me confortou e deu um novo sentido ao pouco sangue que derramei por Cristo”.

“Em La Guaira, sou chamado de ‘milagre de Deus’, mas eu prefiro pensar que sou um predileto do Senhor. Prova disso foi a Missa que pude concelebrar esta manhã com o Papa Francisco”, contou o Pe. Horacio ao L’Osservatore Romano.

“Escrevemos ao Papa no mês passado – conta a mãe do sacerdote – para contar-lhe a história de Horacio, e lhe pedimos que nos concedesse apenas um minuto do seu tempo, para dar-lhe sua bênção. Não esperávamos esta graça tão grande.”

O Pe. Horacio nasceu em Cartagena (Venezuela). Entrou no seminário durante a juventude e completou seus estudos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.

Logo após sua ordenação, foi enviado a La Guaira. Ao chegar ao seu primeiro destino como sacerdote, percebeu a delicada situação dos jovens do local – muitos deles eram utilizados pelos narcotraficantes para vender drogas. Horacio se opôs a isso e decidiu tirar o maior número possível de jovens dessa agonia.

Segundo relatou o L’Osservatore Romano, o carisma e zelo apostólico do Pe. Horacio possibilitou não apenas reunir um bom grupo de jovens, tirando-os das mãos dos traficantes, mas também iniciar uma autêntica campanha de conscientização para dar mais visibilidade a essa praga social na Venezuela.

Diante de tal situação, os narcotraficantes decidiram assassiná-lo. Ao sair de um shopping, em plena luz do dia, o padre foi atacado por alguns traficantes, que o espancaram usando tacos de beisebol, e o deixaram jogado no meio da rua.

Ele passou horas sobre o asfalto, sem que ninguém se atrevesse a socorrê-lo, porque as pessoas tinham medo dos traficantes. Mas, finalmente, uma pessoa o recolheu e o levou ao hospital. Ao despertar do coma de 40 dias, seu primeiro pensamento se dirigiu aos jovens que ele tirou das ruas e das drogas: “Os traficantes queriam arrancá-los de mim, mas não conseguiram e não conseguirão”, disse.

O Pe. Horacio terminou sua recuperação em Roma. Agora, está com toda a parte esquerda do corpo paralisada, mas os golpes dos narcotraficantes não conseguiram paralisar seu amor e sua entrega aos jovens das ruas. O sacerdote, ao voltar à Venezuela, abriu uma escola diocesana, dirigida por ele mesmo.

(Fontes: José Calderero / 
Alfa y Omega  / Camino Católico)


 


http://www.aleteia.org/image/pt/article/apos-40-dias-em-coma-padre-visita-francisco-6383935470698496/padre-horacio-zuniga-with-pope-francis_pt/topic

João XXIII, o Papa mais engraçado da história

João XXIII, o Papa mais engraçado da história

Histórias de Angelo Roncalli que mostram sua profunda humildade e humanidade

Jesús Colina
 
© Messagero di S. Antonio
João XXIII não só passa à história como um Papa santo e o pai do Concílio Vaticano II. Ele foi provavelmente o Papa mais engraçado da história. Um humor que nascia da simplicidade que transbordava de sua humildade e íntima relação com Deus.

Ele demonstrou isso desde o momento de sua eleição como Papa, na sala que se encontra junto à Capela Sistina. Após ter aceitado ser Papa, segundo prevê a tradição, ele se retirou para colocar as vestes brancas do bispo de Roma.

Surgiu então o problema. Nenhuma das três batinas previamente preparadas servia para ele. Os encarregados ficaram embaraçados, e o novo Papa disse sorrindo: “está claro que os alfaiates não me queriam como Papa”.

Virou costume João XXIII concluir seus encontros com os peregrinos com a frase: “voltem, voltem, pois infelizmente estamos sempre aqui”.

Em uma ocasião, recebeu um bispo italiano em uma audiência que durou mais do que o previsto. Então seu secretário, mons. Loris Capovilla (nomeado cardeal por Francisco), foi lhe recordar que ainda havia uma longa lista de audiências.

João XXIII comentou então com o bispo: “às vezes não sei se o Papa sou eu ou se é ele”.

É famosa sua resposta a alguém que lhe perguntou quantas pessoas trabalhavam no Vaticano. Com naturalidade, respondeu: “mais ou menos a metade”. 

Uma vez o “Papa bom” saiu do Vaticano sozinho para ir ao Hospital Espírito Santo visitar discretamente um amigo padre que estava internado.

Ao bater a porta, surgiu a madre superiora que, emocionadíssima, disse: “Santo Padre, sou a superiora do Espírito Santo”. O Papa lhe respondeu: “Que grande carreira fez a senhora, madre!”

Ele costumava confidenciar com seus colaboradores: “com frequência acordo à noite e começo a pensar em uma série de problemas graves e então decido que tenho de falar sobre eles com o Papa. Depois, acordo completamente e me lembro que eu mesmo sou o Papa!”

Com frequência, dizia: “todo mundo pode ser Papa. A prova é que eu sou”.

João XXIII foi o primeiro Papa do século XX que, em certas ocasiões, com discrição, abandonou os muros do Vaticano para visitar pessoas necessitadas. Os romanos, com senso de humor, chamavam-no de São João Extramuros, em referência à famosa basílica de São Paulo Extramuros (ou São Paulo Fora dos Muros). 
sources: Aleteia