Maria Orminda dos Prazeres, n a s c i d a e m 1 6 de Julho d e 1 9 2 7 no Porto, f i l h a d e Abílio José Marinho e de I rene dos Prazeres, ele de Celorico de Basto, chefe das águas de Melgaço (Peso) e ela natural de Melgaço. Os primeiros anos (só 2) esteve na escola de Melgaço, mas quando se mudou para o Porto, foi para o Colégio onde estudou o resto dos anos. Este colégio teve origem para recolher as crianças sobreviventes da Invasão francesa e do desastre da Ponte das Barcas. Chamavase por isso o Recolhimento da Senhora das Dores e de S. José das meninas órfãs ou desamparadas. Depois concor reu par a telefonista dos Correios e não foi à primeira, nem à segunda, mas acabou por estagiar 6 meses, na Batalha. Depois foi para Melgaço para a casa da Avó. Chamaram-na duas vezes, mas não compareceu. Preferiu ficar com a família do que voltar para o Porto. Aí ajudava a família e trabalhou no campo, embora não gostasse do sacho. Era uma rapariga moderna naquela terra de antigos costumes, como Remoães, uma aldeia de Melgaço. Acabou por ir para o Porto trabalhar na Av. dos Aliados, na Pensão Universal até aos 25 anos quando resolveu ir para França, nos arredores de Paris. Aí ar ranjou t rabalho e defendeu-se na vida muito bem com altos e baixos como todos. Ajudava com dinheiro a família e educou a sua filha Maria Edite que vive nesta altura em França, perto de Luxemburgo, casada e com dois filhos, um casal, ainda solteiros. A Orminda é da altura que havia um respeito grande pelo padre e até se beijava a mão ao sacerdote, assim como quando maiores ou juvenis beijavam a mão aos padrinhos, aos tios, aos avós, aos pais, pedindo a bênção. “A sua bênção minha tia”. Agora estamos na época e na civilização do tu-tu-tu. Nas águas do peso de Melgaço a família vendia fruta aos que iam para o tratamento de águas, onde havia uma fonte para os diabéticos e outra para o fígado. Uma tia trabalhava numa dessas fontes. Tudo se degradou e agora está a recompor-se, mas a crise económica pode trazer às termas uma recessão. Naquele tempo iam para lá os ricos porque o Estado raramente dava uma ajuda aos pobres. As Águas de Melgaço faziam parte de uma companhia conhecida, Vidago, Melgaço e Pedras Salgadas. Odete Lopes Fernandes nascida em 1935, em Valença do Minho, fez a 4ª classe, começou a trabalhar em casa.
Manuel Gonçalves de Araújo, motorista do serviço público reformado e casado com Maria de Lurdes P e r e i r a Cerqueira Araújo. Ele é de Jolda Sipais – Arcos e ela de Feitosa – Ponte de Lima. Ela doméstica e mãe de António Manuel Cerqueira Araújo, solteiro. O Manuel Araújo tem 67 anos e ocupa o seu tempo a pescar, jogar às cartas com amigos, um deles é o Cachulo, e também se distrai através da Internet. A esposa disse que gosta muito de ouvir a rádio e já lá um ouviu. O filho trabalha na Worten na área da Informática. Casou-se em África por procuração e veio para o Cais Novo e depois da reforma veio para Viana, para esta Paróquia.
Maria Emília Martins de Campos Viana, casada com D o m i n g o s E n e s Baganha, filha de Maria Martins do Campo (dos esgaçantes da Areosa) e Domingos Martins Lopes (dos Vianas de Areosa). É a mãe de Domingos Baganha, casado com a Conceição e avó de duas antigas catequistas da Paróquia: a Isabel e a Elisa. Viveram na rua Guerra Junqueiro e depois foi para casa própria na Areosa que os pais construíram. Ambas as netas estão casadas e têm geração. “Vivi sozinha e sempre vivi bem com a graça de Deus e vejo o sol de dia há 96 anos e agora estou aqui muito bem nesta casa em que nada me falta”.
Os tios levaram-na de casa dos pais aos 6 anos de idade. O José “Cambão da Venda” era irmão da Joaquina, da Rosa, da Teresa, do Manuel, da Maria. O Manuel faleceu e deixou geração; a Maria já falecida e sem geração. Foi a esposa de João Pimenta, da Leira Longa que também já faleceu; a Teresa faleceu na Argentina; a Rosa embora vivendo na Meadela sempre quis pagar direitos paroquiais à Abelheira, à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima e à Meadela. Embora vivendo na Meadela, o seu coração estava na Abelheira e embora tenha falecido gostava de ter conhecido a Igreja Nova. O José Cambão (da Venda) tem 4 filhos: a Conceição, casada com o Miguel Amorim, filho de um primo da minha mãe; a Isabel, casada e com geração e o José (pai do Tiago, jogador de andebol no Afifense e o Afonso jogador no Vianense).
A. C.
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