A Peste Branca dizima população!
É muito preocupante a situação demográfica
em Portugal. Contrariamente ao que muitos pensam, não basta criar
mais e melhores condições económicas às famílias. Obviamente que estas são
positivas. Mas… o mais grave e onde ninguém deseja mexer é tomar medidas na
área da mudança de mentalidades. É um facto indesmentível que estamos
mergulhados numa mentalidade absolutamente contraceptiva. Separamos o amor do
sexo e este da reprodução, quase sempre programada tecnicamente, dilaceramos o
acolhimento à vida. Estamos contra ela de forma clara e insofismável. Basta ver
como se faz a chamada educação sexual e reprodutiva: ter sexo, não interessa
como, quando ou com quem. O importante é não ter filhos em nome de não ter DST
– doenças sexualmente transmissíveis. Insiste-se na irresponsabilidade e
vagabundagem da actividade sexual! Depois, legalizou-se e liberalizou-se o
aborto, em nome da chamada “saúde sexual e reprodutiva” e criaram-se todos os
obstáculos possíveis para fazer diminuir o número de abortos. E a agravar a
situação, a “pílula do dia seguinte” (RU 486) é de uso e aquisição livre, como
contraceptivo que não é, mas sim como um abortivo que é. A “pílula do dia
seguinte” não impede a gravidez mas é forma química, mais ou menos eficaz, de
eliminar um bebé no início da sua formação. É, sem dúvida um abortivo, promovido
a anticoncepcional! Os promotores da mentalidade reinante, ferozmente contraceptiva
e abortiva, recorre a todos os meios, económicos, culturais e educativos. Têm
dinheiro e os media estão ao seu serviço.
Perante esta campanha anti-vida,
sistemática, capilar ou ostentiva, que se esperava quanto à evolução da taxa de
natalidade?
Infelizmente, sem crianças não há futuro!...
E Portugal está sem futuro! É esta a triste realidade que faz com que haja,
anualmente, mais abortos, cirúrgicos ou químicos, e nasçam menos bebés… E para
cúmulo, querem chamar casamento a um acto que é, em si, naturalmente, estéril e
infecundo, destruindo e desvalorizando o seu sentido profundo que se confirma
no… nascimento de um bebé, gerado pela Mãe, acompanhado e também esperado pelo
Pai. O casamento é por natureza fértil e fecundo. As excepções só confirmam a
regra. Com dois homens ou com duas mulheres, naturalmente, não há fertilidade.
Há impossibilidade biológica. Simplesmente. A espécie humana – Homo sapiens
– é gonocórica. E não há volta a dar-lhe! Pode-se fingir. Lá isso pode, mas…
não é a mesma coisa, pois não?
Carlos A. Gomes
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