Conferências Vicentinas
O Conselho Central do Porto da Sociedade de S. Vicente de Paulo apresentou
o relatório anual referente à atividade vicentina no ano de 2013. Aí se espelha
de forma exaustiva a dimensão da estrutura vicentina na Diocese.
Para além de 1.708
auxílios múltiplos e indiferenciados, ao longo do último ano os vicentinos
contribuíram para a construção de 27 habitações e a recuperação de outras 51,
favoreceram o emprego de 64 pessoas, patrocinaram a formação de 116 estudantes,
visitaram 257 reclusos (apoiando, também, as respetivas famílias), ajudaram 298
toxico- dependentes ou as suas famílias, auxiliaram no pagamento de 563 rendas
de casa, visitaram ou colaboraram no internamento um conjunto de 10.182 doentes
e acompanharam um total de 13.865 famílias (de que faziam parte 31.307
pessoas).
A visita
individualizada e o acompanhamento personalizado, grande marca vicentina,
ocuparam cerca de 75% da ação dos vicentinos, daí derivando a generalidade dos
apoios dedicados.
Em toda essa
atividade os vicentinos empregaram um total de 1.701.064,70 •, enquanto a
receita, proveniente de campanhas, da Cáritas, de coletas nas reuniões,
contribuições de subscritores (que são 4.829), fundos de solidariedade
(Diocesano e Social) e peditórios atingiu os 1.716.081,76*.
Comparativamente
ao ano anterior: aumentou o número de Conferências (mais 4), ao mesmo tempo que
aumentou o número de famílias e pessoas apoiadas (mais 812 e 4.431,
respetivamente), diminuindo em cerca de 19% tanto o que se recebeu como o que
se distribuiu, conseqüência, certamente, da crise e do empobrecimento coletivo,
que não propriamente do esmorecimento dos vicentinos.
Presentemente, o
Conselho Central do Porto da Sociedade de S. Vicente de Paulo é muito bem
liderado por Manuel Carvas Guedes. Congrega 26 conselhos de zona (quase
coincidentes com as Vigararias), que, por sua vez, agrupam 310 Conferências.
Integram ainda esta estrutura vicentina a Casa Ozanan (em crescendo no apoio e
no serviço prestado às Conferências e aos Vicentinos), a Obra São Maximiliano
Kolbe (de auxílio aos reclusos militares), as obras vicentinas de apoio aos
Reclusos (O. V. A.R.) e aos Ciganos (O.V.A.C.), o Farrapeiro de S. Vicente de
Paulo, o Lar de Santo Antônio (na Maia, em renovação) e a Loja Social (em expansão)
que no coração da cidade do Porto acolhe e apoia os que mais precisam, enviando-os
depois para as Conferências de proximidade, para uma ajuda complementar e
continuada. Num total, na Diocese, são 3.821 vicentinos (jovens, senhoras e
homens, menos 8 que no ano anterior): autores de muita ação e muita vida, de
muito dinamismo e muito amor partilhados.
O relato e os
números ajudam a imaginar em quanto foram minorados muitos sofrimentos e algumas
dificuldades. De numerosas famílias e de crianças, de muitos doentes e de
idosos, de alguns reclusos e de toxicode- pendentes e de tantas e tantos
outros...
Mas importa ler o
que está para além dos números. E é imaterial.
Porque é no dar
que se recebe, também os vicentinos chegaram ao fim do ano bem mais
enriquecidos porque muito deram. E com eles também toda a diocese: ao longo do
ano houve um conjunto de 5.052 reuniões vicentinas, espalhadas por tudo quanto
é comunidade. “Em média”, em cada duas horas, há alguém que se junta a alguém.
Ambos rezam e têm o testemunho de um conselheiro espiritual. Refletem a partir
de um caso ou de uma experiência, de uma situação pessoal ou familiar, da
Palavra de Deus ou da Igreja. Acontece partilha. E a caridade permanece!...
In Voz Potucalense
de 1 de Outubro de 2014
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