Devo fazer uma reverência toda vez que passo na frente do altar?
Entenda melhor os gestos litúrgicos e seus significados
30.10.2014
© Public Domain
Após uma fase na qual alguns ministros participaram das celebrações quase mostrando um entediante "rigor mortis", hoje em dia, em certas celebrações sacras, especialmente solenes, os ministros (em geral, acólitos bem preparados por padres com muito zelo), em seu caminhar pelo presbitério, gastam um excesso de exercícios cervicais e abdominais que poderia chegar até a afetar sua saúde.
É louvável o sentido de reverência que cresceu em nossos santuários, particularmente nos padres jovens e nos seminaristas.
Lembro de ter visto um sacerdote celebrar a missa com os braços cruzados sobre o peito, sem movê-los, a não ser para pegar o pão e o cálice. Um portento de expressividade!
Em outra ocasião, ouvi críticas a um comportamento similar durante um curso. Ou seja, progredimos para o bem, sem dúvida.
No entanto, cuidado com o famoso pêndulo que nos leva de um extremo a outro. O equilíbrio é o ideal – e deve ser o real –, e tal equilíbrio nos é dado precisamente pelos livros litúrgicos.
Os números 274 e 275 da "Institutio" do missal nos falam das genuflexões e inclinações. Leiam, leiam!
Digamos, finalmente, que os ministros atuais fariam bem em distinguir entre um deslocamento pelos presbitério por razões de funcionalidade e um deslocamento ritual.
Ou seja, se vamos passar na frente do altar (a quem corresponde inclinação profunda sempre, e não só inclinação de cabeça) para dar um aviso a alguém, acender uma luz, conectar o microfone etc., podemos andar sem cerimônia, pelo caminho mais breve, e pronto.
Porém, se a passagem pelo altar está dentro de um ato ritual, indo proclamar o Evangelho, levando as oferendas, em caminho para proclamar a Palavra de Deus etc., então devemos fazer o gesto de reverência prescrito ao altar.
Inclinar-se a cada passo não é o correto em uma celebração litúrgica; agindo assim, desvaloriza-se o gesto e se cansa a assembleia. O sentido litúrgico é potenciado quando acrescentamos o bom senso às celebrações. Não nos esqueçamos disso!
(Artigo de Jaume González Padrós, publicado originalmente na revista Liturgia y Espiritualidad)
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É louvável o sentido de reverência que cresceu em nossos santuários, particularmente nos padres jovens e nos seminaristas.
Lembro de ter visto um sacerdote celebrar a missa com os braços cruzados sobre o peito, sem movê-los, a não ser para pegar o pão e o cálice. Um portento de expressividade!
Em outra ocasião, ouvi críticas a um comportamento similar durante um curso. Ou seja, progredimos para o bem, sem dúvida.
No entanto, cuidado com o famoso pêndulo que nos leva de um extremo a outro. O equilíbrio é o ideal – e deve ser o real –, e tal equilíbrio nos é dado precisamente pelos livros litúrgicos.
Os números 274 e 275 da "Institutio" do missal nos falam das genuflexões e inclinações. Leiam, leiam!
Digamos, finalmente, que os ministros atuais fariam bem em distinguir entre um deslocamento pelos presbitério por razões de funcionalidade e um deslocamento ritual.
Ou seja, se vamos passar na frente do altar (a quem corresponde inclinação profunda sempre, e não só inclinação de cabeça) para dar um aviso a alguém, acender uma luz, conectar o microfone etc., podemos andar sem cerimônia, pelo caminho mais breve, e pronto.
Porém, se a passagem pelo altar está dentro de um ato ritual, indo proclamar o Evangelho, levando as oferendas, em caminho para proclamar a Palavra de Deus etc., então devemos fazer o gesto de reverência prescrito ao altar.
Inclinar-se a cada passo não é o correto em uma celebração litúrgica; agindo assim, desvaloriza-se o gesto e se cansa a assembleia. O sentido litúrgico é potenciado quando acrescentamos o bom senso às celebrações. Não nos esqueçamos disso!
(Artigo de Jaume González Padrós, publicado originalmente na revista Liturgia y Espiritualidad)
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