quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Refeitório Social de Nª Sª de Fátima


Refeitório Social de Nª Sª de Fátima

 

A pobreza é um estado habitual de privação de bens supérfluos, carência de bens necessários à condição social e insuficiência de bens necessários à vida dos indivíduos e da sua respectiva família. A pobreza, definida em relação à situação económica, é a condição real de uma grande parte da Humanidade. Uma grande percentagem das pessoas não dispõe de bens supérfluos, carece do que necessita para desempenhar as suas funções com grande dificuldade, e não têm os mínimos para subsistir com a família.

O pobre é o ser humano que carece do que necessita para o exercício de uma vida digna em conformidade com a sua condição de pessoa (persona). A pobreza considerada nestes termos, é uma pobreza imposta e, por conseguinte, considerada objectivamente como “desumana” e “desumanizante”. No entanto, nunca é demais acrescentar que a pobreza não deve ser considerada somente sob a base económica, mas que o seu significado se estende a todos os âmbitos da vida social e humana: pobreza assistencial, cultural, educacional, jurídica...

A pobreza é mais que um factor de marginalização, é a consequência da marginalização social. Na sociedade capitalista – onde tudo tem um preço – a pobreza constitui um factor de marginalização uma vez que retira ao indivíduo pobre, uma infinidade de possibilidades de participação na convivência social.

Na sociedade Contemporânea há um aumento crescente do número de pobres e começa a aparecer um processo de segregação e de isolamento (guetto). Os pobres não são somente os mendigos, serão os desempregados, os não capacitados para o aparelho produtivo, os vagabundos, os toxicodependentes, alcoólicos, sem-abrigo. Em 1995, encontraram-se na cidade de Viana do Castelo situações de extrema pobreza generalizada presente em indivíduos vagabundos, “passantes”, sem-abrigo, alcoólicos e toxicodependentes, jovens frustrados pela sua situação de desemprego que os impede de aceder a um lugar digno de participação na vida social e ao exercício da cidadania.

Para minorar os efeitos que conduzem à exclusão social e à marginalidade o Centro Social Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, celebrou um acordo de cooperação com o Centro Regional de Segurança Social do Norte - Delegação de Viana do Castelo, em 28 de Setembro de 1995, com o objectivo de implementar o equipamento social (Refeitório Social) que respondesse aos problemas desta população- alvo.

O Serviço de Refeitório Social (SRS), desenvolve-se a partir de uma estrutura já existente (Centro de Dia), que apresenta dimensões com capacidade para 36 utilizadores. No entanto, está servir mais de 70 utilizadores devido à procura… e constituiu, no fim de 2014, um saldo negativo de cerca de 50.000 euros ao Centro Social Paroquial.

Daí o gesto da Escola Superior de Saúde que valeu ouro solidário para com esta gente de pobreza diversificada que cada vez vai sendo maior.

 Esta, ainda se vai controlando porque há outra envergonhada (pior) e outra que deixa o seu mundo normal para se dedicar à pilhagem, à violência… (ainda muito pior e reprovável).

A Direcção está agradecida por alguém que se lembrou destes esfomeados e não “coitadinhos” porque a Escola o fez com dignidade e simplicidade uma accão solidária para com esses esquecidos, marginalizados pela sociedade. Toda a gente se lembra, e bem, das crianças que temos no Berço ou CAT. Coisas diferentes e motivações diferentes. As crianças precisam e para elas todos se compadecem, mas para os outros, muitos os afastam e se esquecem como pessoas humanas. Nem os vêem…

A solidariedade vem do Amor de Deus e sua mensagem trazida pelo Verbo encarnado.

Hoje e sempre tem sido algo que nos distingue do puro humanismo, por isso o Papa Francisco pediu uma maior prática da solidariedade e menos violência no mundo.

Falando perante uma multidão de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa declarou que "todos temos a responsabilidade de trabalhar para que todo o mundo se torne uma comunidade de irmãos que se respeitam, se aceitam nas suas diferenças e cuidam uns dos outros". E sublinhou que a História "tem um centro: Jesus Cristo" e "um fim: o reino de Deus, reino de paz, de justiça, de liberdade no amor".

E continuou  há dias:

“É preciso defender os pobres,

Não defender-se dos pobres;

é preciso servir os fracos,

Não ser-se dos fracos.”

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