sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Tema: “Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão (Mat. 5, 24)


Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Formação de Adultos

Dia: 9 de Janeiro 2016 – Horas: 15:00horas

Local – Igreja da Sagrada Família (Abelheira)

“Que o Sol não se ponha sobre o teu ressentimento” (Ef. 4,26)

Tema: “Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão (Mat. 5, 24)

“Sede Misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc. 6, 36)”

1 – Objectivos:

1.1     – Reconhecer sempre que é eterna a misericórdia de Deus;

1.2     – Sentir que é preciso perdoar aos outros (família, vizinhos e comunidade);

1.3     – Seguir a palavra de Jesus sobre o Perdão: “Setenta vezes sete – Perdoar sempre”;

1.4     – Meditar: “A medida do perdão que usamos com os outros será usada connosco”;

1.5     – Interiorizar: “Se estiveres diante do altar a fazer a tua oferta, e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois vem para apresentar a tua oferta (Mat. 5, 23-24)

1.6     – Rezar bem o Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”;

1.7     – Perdoar para sentir a alegria e a misericórdia do nosso Pai-Deus;

1.8     – Compreender: “Errar é humano; perdoar é divino”.

2 – Textos:

2.1 – Sagrada Escritura (Lc 12, 57-59)

Reconciliação (Lc 12,57-59) - 21«Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. 22*Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar 'imbecil' será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar 'louco' será réu da Geena do fogo. 23Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta. 25Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. 26Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.»

 

Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Colossenses (3, 12-21)

Irmãos: Como eleitos de Deus, santos e predilectos, revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim deveis fazer vós também. Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados para formar um só corpo. E vivei em acção de graças. Habite em vós com abundância a palavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai de todo o coração a Deus a vossa gratidão. E tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus Pai.

 

2.2 – Papa Francisco – Jubileu da Misericórdia

Temos depois outra parábola da qual tiramos uma lição para o nosso estilo de vida cristã. Interpelado pela pergunta de Pedro sobre quantas vezes fosse necessário perdoar, Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete»  (Mt 18, 22) e contou a parábola do «servo sem compaixão». Este, convidado pelo senhor a devolver uma grande quantia, suplica-lhe de joelhos e o senhor perdoa-lhe a dívida. Mas, imediatamente depois, encontra outro servo como ele, que lhe devia poucos centésimos; este suplica-lhe de joelhos que tenha piedade, mas aquele recusa-se e fá-lo meter na prisão. Então o senhor, tendo sabido do facto, zanga-se muito e, convocando aquele servo, diz-lhe: «Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?»  (Mt 18, 33). E Jesus concluiu: «Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração»  (Mt 18, 35).

A parábola contém um ensinamento profundo para cada um de nós. Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para individuar quem são os seus verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para connosco. O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar!  E, no entanto,  o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz. Acolhamos, pois, a exortação do Apóstolo: «Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento»  (Ef 4, 26). E sobretudo escutemos a palavra de Jesus que colocou a misericórdia como um ideal de vida e como critério de credibilidade para a nossa fé: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia»  (Mt 5, 7) é a bem-aventurança a que devemos inspirar-nos, com particular empenho, neste Ano Santo.

 

2.3 – D. Anacleto – Bispo da Diocese de Viana do Castelo

Aplicada à Igreja e a cada um de nós, seus membros, a misericórdia é obrigatória, por ser dela e para ela que vivemos, tal como Deus, origem do nosso ser cristão, é impensável sem ela. Daí a exortação de Cristo: Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36); e a afirmação de S. João Paulo II: “A Igreja vive uma vida autêntica, quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do salvador, das quais ela é depositária e dispensadora.

 

2.4 – Irmão Alois – Prior da Comunidade de Taizé

“Perdoar sempre de novo”, é a segunda proposta porque a mensagem do perdão de Deus “não pode ser usada para desculpar o mal e a injustiça” mas torna as pessoas “mais abertas” para discernir faltas pessoais e os erros e as injustiças que “existem no mundo”.

“Mostremos que a Igreja é uma comunidade de misericórdia e está, sem discriminações, aberta aos que nos rodeiam, através da hospitalidade, abstendo-nos de juízos definitivos sobre os outros, defendendo os oprimidos, construindo em nós um coração grande e generoso”, pede o prior de Taizé.

Neste contexto surge a terceira proposta – Aproximarmo-nos de uma situação de aflição, sozinhos ou com outros – onde o irmão Alois pede ousadia no encontro através da aproximação de uma “situação de sofrimento”.

“A misericórdia não é sentimental, mas exigente, de uma exigência sem limites. Uma lei define bem um dever, mas a misericórdia nunca diz: “Isso é o suficiente, eu fiz o meu dever”, frisa.

 

3 – Registar no Coração

Bem-Aventuranças

- “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mat 5,7)

- Obras de Misericórdia (Espirituais)

5ª – “Perdoar as injúrias”

6ª – “Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo”

 

4 – A Prática Cristã

4.1 – Perdoa em Família;

4.2 – Perdoa aos Vizinhos;

4.3 – Perdoa na Comunidade;

4.4 – Perdoa aos Colegas de Trabalho;

4.5 – Perdoa na Vida Social;

4.6 – Perdoa no Tempo de Lazer;

4.7 – Perdoa aos Jovens ou Idosos;

4.8 – Perdoa o Julgamento Errado;

4.9 – Diz adeus “à Vingança”;

4.10 – Valoriza: “Errar é humano, Perdoar é divino”.

 

“Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. (Lc. 6,37)

 

5 – Sugestões / Reflexões

5.1 – Como vai o perdão das ofensas na vida?

5.2 – Alguém tem alguma ofensa contra mim por ofensa feita?

5.3 – Agradeço a misericórdia de Deus para comigo?

5.4 – São generosos em desculpas os outros?

5.5 – Quando rezo o Pai Nosso posso dizer: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nos perdoam a quem nos tem ofendido”?

5.6 – Cumprimento as pessoas com sentimento de verdadeira compreensão?

5.7 – Sinto a alegria do Perdão de Deus: “Deus é clemente e compassivo; paciente e cheio de misericórdia (Salmo 102,8)”?

5.8 – Sigo Jesus que “é o rosto misericordioso do Pai”?

5.9 – Recuso fazer as pazes com alguém? Tomo a iniciativa?

5.10 – Faço silêncio para ouvir Deus que me Fala?

5.11 – Abro o meu coração à Luz de Deus?

 

6 – Oração

Ilumina, Senhor, meu coração,

Para saber perdoar as ofensas.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor

E todo o meu ser bendiga

O seu santo nome;

O Senhor é clemente e compassivo,

Paciente e cheio de bondade.

Dá-me, meu Deus,

Um coração misericordioso.

Ámen.

 

 

 

 

José Rodrigues Lima

Sem comentários:

Enviar um comentário