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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Hora e Mérito - Albano Araújo Felgueiras


Hora e Mérito





Albano Araújo Felgueiras, nascido em 23 de Dezembro de 1935 casado com Luzia Rodrigues dos Santos Felgueiras, nascida em 12 de Janeiro de 1933, filha de Maria do Carmo Domingos dos Santos e António Rodrigues, ambos nascidos em Perre, um da Costa e outro do Pisco, um do lado de cá e outro do lado de lá. O Albano é filho de António Martins Felgueiras e Rosalina Araújo. Ambos fizeram a 4ª classe. Depois ele esteve numa sapataria e andou na Escola Frei Bartolomeu dos Mártires e reformou-se da Escola de Stª Marta, como contínuo. Trabalhou 36 anos como tal. Gostava de ir até ao cafezinho jogar a sua sueca com os amigos que não lhe faltam. Não dão importância à politica. São religiosos de prática e de compromisso. A Luzia foi catequista 50 anos, deixou há dois anos. É zeladora, foi presidente da Acção Católica e cantora. São amigos pessoais do Pe. Alfredo Sousa e do pároco Alberto Martins e gostam muito do Pe. Nuno, actual Pároco. Na juventude o Albano andou um pouco afastado da prática religiosa, mas a esposa conquistou-o para tudo. Colaboram com os vicentinos da Paróquia e juntam papel. A sogra da Luzia era associada da Conferência Vicentina e pagavam uma quota mensal. “Agora não fazemos isso, mas ajudamos em tudo que nos pedem, participamos nas festas dos vicentinos e trabalhamos com eles para ajudar os pobres”.  
A.C.
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quem não conhece em Viana o "Doutor Granizo"?


Quem não conhece em Viana de Castelo o Sr. Granizo? Ele não é Doutor nem Granizo. Só um homem superdotado que tem o seu nom de baptismo José, "da Conceição" que era o apelido da mãe e Oliveira pelo pai: José da Conceição Oliveira.

Toda a cidade o conhece pelo bem que faz. Agora faz menos por causa da bronquite asmática.

 
 
Diz ele: "a sonda nem sempre chega ao fundo e a bússola acusa a navegação mas nem sempre bate certa. Umas vezes, os grandes mestres da meteorologia, dizem que vem chuva e enganam-se porque veio sol, dizem que vem frio e vem calor. O mar vem e enrola, o barco que é apanhado vira, isto é que é uma cambalhota."

Filho de peixe sabe nadar. Foi nadador-salvador e era banheiro também. Como banheiro era, sobretudo, assistir, ensinar, dar ordens para nadar ou não. É preciso saber as correntes das águas e a ocasião de nadar…conhecer o mar e o seu ritmo. Agora ninguém entra ou está perto da água, eh está para vir volta da corrente e não vá levar a gente.

Foi mais pescador de rio do que de mar, diz ele. Tem o curso de nadador-salvador. "Salvei muitas centenas de pessoas no mar e no rio. Salvei um homem em Paço de Arcos e outro em Tijuca no Brasil.

Trabalhou em ginásios, em praias, foi massagista em vários locais e treinador e massagista do Fragoso, do Vianense, do Valenciano e ganhava 400 escudos. "Hoje estas coisas não se dão à Nação, só os do futebol é que comem pão".

O "Granizo" nasceu em 29/09/1931, "já cá cantam 81 anos". Foi testemunha do acidente da camioneta que ficou debaixo do comboio, na passagem que havia ao fundo Ponte."Nem quero lembrar. Os corpos aos bocados, uma cabeça aqui e outra acolá."

Seus pais foram Luciano de Oliveira Lopes, de Darque, e sua mãe Deolinda da Conceição Oliveira, de Anha. Vieram para a Papanata onde tiveram 6 filhos.

O "Dr. Granizo" era procurado por médicos e enfermeiros para se tratarem de muitas maleitas, sobretudo, ossos. Às vezes vinham procurá-lo doentes para corrigir de maus tratamentos que receberam de médicos.

Diz que o Zé Rancheiro tinha o dom da poesia popular e que nas janeiras, às vezes, cantava umas coisas como esta: "Com os Parapitos (paralelipípedos) "/que vieram de Deão/com areia do Cais Novo/fazem piso muito bom e ainda": "Foram-se os porcos/da Argaçosa pr’a Abelheira/Acabaram os rojões do Banco/E acabou-se a salgadeira".

O José Oliveira é ainda uma pessoa muito estimada e de renome na Papanata. Muito discreto, mas homem de muito saber que aprendeu à sua custa. Dizem por aí: "Ai o Granizo tem umas mãozinhas!..."