Cinco perigos mortais da cultura de hoje
A história julgará severamente a nossa civilização
Joanidea Sodret CC
Eu acredito sinceramente que os católicos podem e devem abraçar o que existe de bom na cultura atual e servir-se dela de maneira construtiva para agir no mundo a fim de produzir nele um impacto positivo.
Mas a necessidade de "servir-se dela de maneira construtiva" não poderia ser mais urgente, assim como as consequências da falta de ação positiva no mundo atual não poderiam ser mais terríveis. Vários traços da nossa moderna sociedade ocidental serão julgados com severidade pela história, e, com visão imparcial, podemos identificá-los desde já. Cito cinco deles.
1. O abandono da família por parte dos homens
A família foi a maior invenção da história para trazer a paz, a estabilidade e a prosperidade aos seres humanos. Antes do surgimento do cristianismo, o modelo de pai e mãe fiéis um ao outro e aos filhos estava muito longe de ser o padrão. Foi o cristianismo que definiu o mais elevado conceito de família, e foi o conceito de família que nos permitiu garantir os direitos das crianças e das mulheres, além de embasar uma unidade estável e amorosa na qual a civilização pudesse desenvolver-se e florescer.
O desprezo pelo modelo de família tradicional é um fator de crucial importância no aumento da pobreza. As famílias tendem a ficar presas num círculo vicioso em que os homens abandonam suas responsabilidades e, agindo assim, “convencem” a próxima geração a seguir os mesmos passos. Quando os homens abandonam suas famílias, os filhos acabam recebendo menos educação e ficando mais expostos ao crime e à violência.
Será que a história vai nos marcar como a cultura que conseguiu extinguir a instituição da família?
2. O extermínio dos mais frágeis
"Toda sociedade será julgada com base no seu modo de tratar os membros mais fracos", declarou o papa João Paulo II, numa afirmação absolutamente certa. Ficamos horrorizados com os pecados das sociedades do passado: torturas, punições assustadoras e perseguições raciais. As culturas do passado eram muito mais brutais do que a nossa, desde que não levemos em conta o aborto.
E por quê? Os historiadores do futuro ficarão horrorizados ao documentar que a mesma civilização que conseguiu tantos avanços na compreensão e no tratamento da vida humana ainda no útero também matava um milhão de crianças não nascidas por ano.
Graças aos esforços incansáveis de católicos e de outros cristãos, temos trabalhado com perseverança para superar esta mancha em nossa evolução, mas ainda não conseguimos eliminá-la.
3. A epidemia de suicídios
Os índices de suicídio têm aumentado ao longo do século XXI. Hoje, o gesto de acabar com a própria vida é a terceira principal causa de morte de jovens nos Estados Unidos. Em 2012, ainda nos EUA, o suicídio ultrapassou os acidentes de carro como a principal causa de morte por lesão e se tornou também a principal causa de morte entre os militares da ativa.
Há muitas teorias sobre o porquê deste fenômeno. Uma delas aponta para o crescente isolamento social: é cada vez menos comum as pessoas terem um confidente ou um grupo regular de amigos ou vizinhos com quem possam contar. E a solidão leva ao desespero.
As palavras de São Pedro têm sido, há muito tempo, uma espécie de declaração de missão da apologética cristã: "Sabei dar razão da esperança que habita em vós". O mundo está precisando dessas razões mais do que nunca.
4. A sexualização infantil
Quanto mais as crianças usam as mídias modernas, mais elas são convencidas de que a sexualidade é a coisa mais importante que existe. As meninas, em especial, recebem esta mensagem desde muito jovens, através de peças de vestuário, bonecas e programas de televisão carregados de sensualidade, sem falar no conteúdo online disponível 24 horas por dia.
Mas a necessidade de "servir-se dela de maneira construtiva" não poderia ser mais urgente, assim como as consequências da falta de ação positiva no mundo atual não poderiam ser mais terríveis. Vários traços da nossa moderna sociedade ocidental serão julgados com severidade pela história, e, com visão imparcial, podemos identificá-los desde já. Cito cinco deles.
1. O abandono da família por parte dos homens
A família foi a maior invenção da história para trazer a paz, a estabilidade e a prosperidade aos seres humanos. Antes do surgimento do cristianismo, o modelo de pai e mãe fiéis um ao outro e aos filhos estava muito longe de ser o padrão. Foi o cristianismo que definiu o mais elevado conceito de família, e foi o conceito de família que nos permitiu garantir os direitos das crianças e das mulheres, além de embasar uma unidade estável e amorosa na qual a civilização pudesse desenvolver-se e florescer.
O desprezo pelo modelo de família tradicional é um fator de crucial importância no aumento da pobreza. As famílias tendem a ficar presas num círculo vicioso em que os homens abandonam suas responsabilidades e, agindo assim, “convencem” a próxima geração a seguir os mesmos passos. Quando os homens abandonam suas famílias, os filhos acabam recebendo menos educação e ficando mais expostos ao crime e à violência.
Será que a história vai nos marcar como a cultura que conseguiu extinguir a instituição da família?
2. O extermínio dos mais frágeis
"Toda sociedade será julgada com base no seu modo de tratar os membros mais fracos", declarou o papa João Paulo II, numa afirmação absolutamente certa. Ficamos horrorizados com os pecados das sociedades do passado: torturas, punições assustadoras e perseguições raciais. As culturas do passado eram muito mais brutais do que a nossa, desde que não levemos em conta o aborto.
E por quê? Os historiadores do futuro ficarão horrorizados ao documentar que a mesma civilização que conseguiu tantos avanços na compreensão e no tratamento da vida humana ainda no útero também matava um milhão de crianças não nascidas por ano.
Graças aos esforços incansáveis de católicos e de outros cristãos, temos trabalhado com perseverança para superar esta mancha em nossa evolução, mas ainda não conseguimos eliminá-la.
3. A epidemia de suicídios
Os índices de suicídio têm aumentado ao longo do século XXI. Hoje, o gesto de acabar com a própria vida é a terceira principal causa de morte de jovens nos Estados Unidos. Em 2012, ainda nos EUA, o suicídio ultrapassou os acidentes de carro como a principal causa de morte por lesão e se tornou também a principal causa de morte entre os militares da ativa.
Há muitas teorias sobre o porquê deste fenômeno. Uma delas aponta para o crescente isolamento social: é cada vez menos comum as pessoas terem um confidente ou um grupo regular de amigos ou vizinhos com quem possam contar. E a solidão leva ao desespero.
As palavras de São Pedro têm sido, há muito tempo, uma espécie de declaração de missão da apologética cristã: "Sabei dar razão da esperança que habita em vós". O mundo está precisando dessas razões mais do que nunca.
4. A sexualização infantil
Quanto mais as crianças usam as mídias modernas, mais elas são convencidas de que a sexualidade é a coisa mais importante que existe. As meninas, em especial, recebem esta mensagem desde muito jovens, através de peças de vestuário, bonecas e programas de televisão carregados de sensualidade, sem falar no conteúdo online disponível 24 horas por dia.
O abuso sexual cometido contra crianças tem muito a ver com a
sexualização infantil. Ironicamente, os escândalos de abuso sexual na
Igreja católica ajudaram a desacelerar a tendência da aceitação do sexo
com crianças.
A história reconhecerá que a Igreja admitiu e encarou os seus escândalos, enquanto o escândalo maior em nossas instituições formadoras de opinião, desde as escolas públicas até a indústria do entretenimento, permanece, comparativamente, desatendido.
5. A coisificação da mulher
As gerações futuras vão se perguntar como, numa época de ênfase nos direitos e nas oportunidades para as mulheres, a nossa cultura definiu as mulheres tão disseminadamente como objetos de prazer.
Uma das maiores máquinas de fazer dinheiro dentro da indústria do entretenimento é a pornografia. Nossa cultura está quase o tempo todo olhando para imagens sexuais, a maioria delas tendo as mulheres como objeto. As mulheres estão cada vez mais coisificadas, da "cultura do estupro" às imagens que nos rodeiam em quase todos os meios de comunicação. A epidemia de tráfico de seres humanos é o resultado triste, mas nem um pouco surpreendente, desta armadilha disfarçada de “liberdade”.
A Igreja, que enxerga muito além das dimensões sexuais e econômicas da mulher, é uma guardiã intransigente da dignidade feminina.
É inegável a realidade: o grande experimento da democracia ocidental nos trouxe mais oportunidades e mais liberdade do que qualquer outro momento da história. Mas as fraquezas da nossa cultura atual são fatais. Sem Deus, ruiremos completa e estrondosamente.
A história reconhecerá que a Igreja admitiu e encarou os seus escândalos, enquanto o escândalo maior em nossas instituições formadoras de opinião, desde as escolas públicas até a indústria do entretenimento, permanece, comparativamente, desatendido.
5. A coisificação da mulher
As gerações futuras vão se perguntar como, numa época de ênfase nos direitos e nas oportunidades para as mulheres, a nossa cultura definiu as mulheres tão disseminadamente como objetos de prazer.
Uma das maiores máquinas de fazer dinheiro dentro da indústria do entretenimento é a pornografia. Nossa cultura está quase o tempo todo olhando para imagens sexuais, a maioria delas tendo as mulheres como objeto. As mulheres estão cada vez mais coisificadas, da "cultura do estupro" às imagens que nos rodeiam em quase todos os meios de comunicação. A epidemia de tráfico de seres humanos é o resultado triste, mas nem um pouco surpreendente, desta armadilha disfarçada de “liberdade”.
A Igreja, que enxerga muito além das dimensões sexuais e econômicas da mulher, é uma guardiã intransigente da dignidade feminina.
É inegável a realidade: o grande experimento da democracia ocidental nos trouxe mais oportunidades e mais liberdade do que qualquer outro momento da história. Mas as fraquezas da nossa cultura atual são fatais. Sem Deus, ruiremos completa e estrondosamente.
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