sábado, 6 de dezembro de 2014

HOMENAGEM AO Dr. ROMEU DE SOUSA

HOMENAGEM AO Dr. ROMEU DE SOUSA
Faz hoje cinco anos que o Dr. Romeu de Sousa nos deixou. Um grupo de amigos quis prestar-lhe uma homenagem singela numa romagem ao túmulo onde repousam os seus restos mortais, com a deposição de uma coroa de cravos vermelhos, no cemitério de Vila Praia de Âncora, sua terra natal.

HOMENAGEM AO  Dr. ROMEU DE SOUSA
 
Faz hoje cinco anos que o Dr. Romeu de Sousa nos deixou. Um grupo de amigos quis prestar-lhe uma homenagem singela numa romagem ao túmulo onde repousam os seus restos mortais, com a deposição de uma coroa de cravos vermelhos, no cemitério de Vila Praia de Âncora, sua terra natal.
Tive o privilégio de o ter como vizinho durante 25 anos. A nossa convivência era pouca, resumia-se ao cumprimento diário, exceto quando algo de anormal se passava num ou noutro lar, geralmente problemas de saúde, como aconteceu quando eu tive um acidente e, noutra altura, quando ele teve o problema do aneurisma.
Admtrava-o na frontalidade como abordava os temas, especialmente os de cariz social, que tratava com um grau de humanidade que surpreendia os que o julgavam um durão, pela forma enérgica como defendia as causas nobres.
Profissionalmente, consultei-o algumas vezes para tratar assuntos meus, de minha mãe e do meu filho. Em qualquer das circunstâncias jamais me cobrou um tostão, o que me deixava sem jeito, não sabendo como agradecer-lhe.
Nos momentos difíceis ele esteve presente, são assim os verdadeiros amigos. Apesar de ter ouvido dizer que ele tinha um feitio impulsivo, nunca notei no trato que mantive com ele, apercebi-me que era uma pessoa sensível na relação que dedicava aos meus filhos e na forma como tratava a esposa e os próprios filhos. Admirava-o na frontalidade como abordava os temas, especialmente os de cariz social, que tratava com um grau de humanidade que surpreendia os que o julgavam um durão, pela forma enérgica como defendia as causas nobres.
Foi o melhor vizinho que já tive. Jamais tivemos uma divergência no trato contíguo de vizinhança. Era compreensivo e tolerante com as tropelias dos meus filhos, quando, em pequenos, atiravam a bola e outros objetos para o seu quintal. Entre as nossas famílias existia um relacionamento cordial e sincero que perdura, apesar do afastamento motivado pela venda da casa após a sua morte.
Hoje, no cemitério, pareceu-me ouvir a voz, forte, dele, quando chegava a casa: «Ó Edite! Edite!...» E ia direito à cozinha, ter com a amada esposa. Eram um casal muito unido e muito cúmplice. Que me perdoe a D. Edite, mas, de minha casa, não pude evitar de presenciar, por casualidade o amor que dedicavam um ao outro. Aliás, notava-se na vivência quotidiana esse carinho e afeição que compartilhavam em cada ato, em cada frase, em cada olhar.
Vizinhos desta estirpe só se encontram uma vez na vida. Devemos estimá-los como irmãos, dedicando-lhes uma atenção e respeito mútuo, de forma que a convivência se transforme num hino de paz e amizade entre seres que habitam espaços contíguos.
Foi este o nosso relacionamento durante 25 anos. Paz à sua alma!
                                       24/11/2014 , Manuel de Oliveira Martins, in Aurora do Lima
 
Tive o privilégio de o ter como vizinho durante 25 anos. A nossa convivência era pouca, resumia-se ao cumprimento diário, exceto quando algo de anormal se passava num ou noutro lar, geralmente problemas de saúde, como aconteceu quando eu tive um acidente e, noutra altura, quando ele teve o problema do aneurisma.
Admtrava-o na frontalidade como abordava os temas, especialmente os de cariz social, que tratava com um grau de humanidade que surpreendia os que o julgavam um durão, pela forma enérgica como defendia as causas nobres.
Profissionalmente, consultei-o algumas vezes para tratar assuntos meus, de minha mãe e do meu filho. Em qualquer das circunstâncias jamais me cobrou um tostão, o que me deixava sem jeito, não sabendo como agradecer-lhe.
Nos momentos difíceis ele esteve presente, são assim os verdadeiros amigos. Apesar de ter ouvido dizer que ele tinha um feitio impulsivo, nunca notei no trato que mantive com ele, apercebi-me que era uma pessoa sensível na relação que dedicava aos meus filhos e na forma como tratava a esposa e os próprios filhos. Admirava-o na frontalidade como abordava os temas, especialmente os de cariz social, que tratava com um grau de humanidade que surpreendia os que o julgavam um durão, pela forma enérgica como defendia as causas nobres.
Foi o melhor vizinho que já tive. Jamais tivemos uma divergência no trato contíguo de vizinhança. Era compreensivo e tolerante com as tropelias dos meus filhos, quando, em pequenos, atiravam a bola e outros objetos para o seu quintal. Entre as nossas famílias existia um relacionamento cordial e sincero que perdura, apesar do afastamento motivado pela venda da casa após a sua morte.
Hoje, no cemitério, pareceu-me ouvir a voz, forte, dele, quando chegava a casa: «Ó Edite! Edite!...» E ia direito à cozinha, ter com a amada esposa. Eram um casal muito unido e muito cúmplice. Que me perdoe a D. Edite, mas, de minha casa, não pude evitar de presenciar, por casualidade o amor que dedicavam um ao outro. Aliás, notava-se na vivência quotidiana esse carinho e afeição que compartilhavam em cada ato, em cada frase, em cada olhar.
Vizinhos desta estirpe só se encontram uma vez na vida. Devemos estimá-los como irmãos, dedicando-lhes uma atenção e respeito mútuo, de forma que a convivência se transforme num hino de paz e amizade entre seres que habitam espaços contíguos.
Foi este o nosso relacionamento durante 25 anos. Paz à sua alma!
24/11/2014 , Manuel de Oliveira Martins, in Aurora do Lima

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