domingo, 21 de dezembro de 2014

Papa Francisco: nunca expulsar crianças que choram na igreja

Religião

Papa Francisco: nunca expulsar crianças que choram na igreja

O Papa visita uma paróquia de Roma e fala sobre a infância e o Natal

 
Pope Francis at audience kissing baby dressed as pope_ © ServizioFotograficoOR / CPP
O Papa Francisco afirmou que “o choro da criança é a voz de Deus”.

“As crianças choram, fazem barulho em todos os lugares. Mas nunca podemos expulsar as crianças que choram na igreja”, completou.

Falando de maneira improvisada, segundo o jornal romano “Il Messaggero”, o Papa recordou que, quando alguém se sente incomodado ao ver uma criança chorando na igreja e pede que ela seja retirada, está apagando a voz de Deus. Segundo Francisco, o choro das crianças “é a melhor pregação”.

Falando com a simplicidade de um pároco, o Papa recordou o que Jesus disse: “Deixai que as crianças venham a mim e não as impeçais, porque o Reino dos céus é daqueles que se assemelham a elas” (Mt 19, 14).

O contexto é significativo: o Papa visitou a paróquia de São José, na periferia de Roma, no dia 14 de dezembro.

Assim, o Bispo de Roma responde à tão comum situação de constrangimento dos pais nas missas de domingo, pois, se por um lado não querem perder a missa, por outro, não sabem com quem deixar seus filhos pequenos; muitos acabam deixando de ir à igreja para não receber olhares acusadores de outros fiéis.

O Papa Francisco recordou que o Natal é das crianças. E recordou aos adultos a alegria do significado profundo do nascimento de Jesus em um presépio.

O Natal não é só a ceia

A glória do Natal não se reduz a uma ceia pomposa, recordou o Papa durante a visita à paróquia.

Sem um texto preparado, acrescentou: “Mas, padre, nós fazemos uma grande ceia... Isso é ótimo, mas esta não é a verdadeira alegria cristã. A Igreja quer fazer entender o que é a verdadeira glória. Não podemos chegar ao dia 24 de dezembro dizendo que falta isso, falta aquilo... Esta não é a verdadeira glória cristã”.

O Papa se encontrou com crianças, jovens catequistas, ciganos e doentes. Nesta mesma visita, ele confessou 5 paroquianos. No final, celebrou a santa missa na paróquia romana sem apagar a voz de Deus: as crianças.

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