terça-feira, 10 de novembro de 2015

Jubileu Extraordinário da Misericórdia - “As Parábolas da Misericórdia”


Paróquia de Nª Senhora de Fátima

Jubileu Extraordinário da Misericórdia

 

Tema: “As Parábolas da Misericórdia”

Local: Igreja Sagrada Família - 7 de Novembro 2015 às 15H

 

1-      Objectivos:

 

1.1 Conhecer as Parábolas da Misericórdia narradas na Sagrada Escritura;

1.2 Sentir a Misericórdia de Deus na Vida;

1.3 O olhar para o próximo, sem julgar nem condenar

1.4 Construir “Metáforas” de bem fazer no quotidiano

1.5 Respeitar a consciência daqueles que são diferentes

1.6 Ser tolerante e manso

 


2-       As parábolas de Jesus

As Parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de um conteúdo alegórico, utilizadas nas pregações e sermões de Jesus com a finalidade de transmitirem ensinamento.

Quanto à sua definição exata, a parábola pode ser uma narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca outra realidade de ordem superior[1] ou uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades.[2] .

2.1 Na Bíblia

As parábolas são apresentadas no Antigo Testamento da Bíblia II Samuel 12: e Isaías 5:1-7 , nas literaturas rabínicas e no Novo Testamento.[3] [4]

Nos Evangelhos sinópticos, as parábolas e ditos parabólicos proferidos por Jesus somam em torno de 60, ou seja, representam a terça parte de todas as palavras dele que foram registradas nas quatro biografias, de acordo com alguns estudiosos, tornando as parábolas uma importante característica do discurso de Jesus.

Jesus utiliza-se das parábolas para transmitir ensinamentos profundos. A despeito disso, a maioria delas sempre é marcada pela simplicidade e brevidade. Poucas delas são longas, como acontece com a Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30) ou a Parábola do Filho Pródigo (Lucas 11:32).

Embora, em alguns casos, Jesus inclua exageros — a Parábola dos dez mil talentos, uma soma astronômica de dinheiro — ou implicações alegóricas – maus vinicultores, que necessita de interpretação — ou ainda símiles e metáforas. As parábolas de Jesus são sempre tiradas da realidade do mundo cultural e social em que ele vivia, contadas com o propósito de transmitir verdades espirituais. É importante observar que as parábolas de Jesus são compreendidas a partir do momento que existe disposição interior para compreender o próprio Mestre.[5]

Jesus ministrava sua mensagens com facilidade em todos os níveis sociais. Ele tinha conhecimento das mais diversas áreas da sociedade e sabia quais eram as suas necessidades. Conhecia os fariseus e os peritos na lei. Por meio de suas parábolas Jesus levou aos seus ouvintes a mensagem de salvação, conclamava a se arrependerem e a crerem. Aos crentes, desafiava-os a porem a  em prática, exortando seus seguidores à vigilância. Quando seus discípulos tinham dificuldade para entender as parábolas, Jesus interpretava.[6]

2.2 Temas e classificação

 

·         Parábolas verídicas – a ilustração é tirada da vida diária, portanto seu ensino pode ser reconhecido de forma universal. Ex.: os meninos que brincam na praça (Mateus 11:16-19;Lucas 7:31-32); a ovelha separada do rebanho (Parábola da Ovelha Perdida)); uma moeda perdida numa casa (Parábola da Dracma Perdida).

·         Parábolas em forma de histórias – refere-se a acontecimentos passados que são centralizados diretamente em uma pessoa. Ex.: o mordomo sagaz que endireitou a sua situação depois de ter esbanjado o patrimônio do seu senhor (Parábola do Mordomo Infiel); o juiz que acabou finalmente administrando justiça como respostas às repetidas súplicas de uma viúva (Parábola do Juiz Iníquo).

·         Ilustrações – são histórias que focalizam exemplos a serem imitados. Ex.: a Parábola do Bom Samaritano.

O Reino de Deus é um tema recorrente nas parábolas de Jesus. Ele estava implantando um novo Reino espiritual e todo seu enfoque estava na manifestação desse Reino, por isso muitos não o compreendiam (Mateus 13:13) por estarem com seus corações endurecidos, cheios de incredulidade.

Jesus proferiu várias parábolas referindo-se diretamente ao Reino de Deus e que, frequentemente, revelam uma perspectiva escatológica: as sete parábolas do "Discurso das Parábolas" em Mateus 13, a Parábola do Banquete de Casamento, a Parábola das Dez Virgens e a Parábola dos Talentos.

2.3 Ditos parabólicos

Há também vários ditos parabólicos breves e sábios que pode ter sido circulado como provérbios nos dias de Jesus: "Médico, cura-te a ti mesmo" (Lucas 4:23); "Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?" (Lucas 6:39).

2.4 Discurso das Parábolas

As parábolas a seguir são conhecidas como Discurso das Parábolas:


·         A Razão do falar em parábolas (Mateus 13:10-17; Marcos 4:10; Lucas 8:9-10; João 9:39)

·         Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mateus 11:15; Marcos 4:8-23; Lucas 8:8)

·         A semente (Marcos 4:26-29)

·         O Trigo e o joio (Mateus 13:24-30)



·         Por que Jesus falou por parábolas (Mateus 13:34; Marcos 4:33-34)

·         Parábola da Pérola (Mateus 13:45-46)

·         O tesouro Escondido (Mateus 13:44)

·         A Parábola da Rede (Mateus 13:47-50)


Parábolas de Jesus

No Caminho de Jerusalém


·         O Bom Samaritano (Lucas 10:29-37)

·         Amigo Importuno (Lucas 11:5-8)

·         A Luz (Lucas 11:33; Mateus 5:15; Marcos 4:21)

·         O Olho bom (Lucas 11:34; Mateus 6:22-23)

·         Do Rico Insensato (Lucas 12:13-21)


·         Contando o Custo (Lucas 14:28-33)


·         O Credor Incompassivo (Mateus 18:23-35)

·         A Dracma perdida (Lucas 15:8)

·         O Filho Pródigo (Lucas 15:11-32)

·         O Mordomo Infiel (Lucas 16:1-13)


·         Servo Inútil (Lucas 17:7-10)

·         O Juiz iníquo (Lucas 18:1-8)

·         O Fariseu e o publicano (Lucas 18:9-14)

3-     Papa Francisco

 

Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como a dum Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia. Conhecemos estas parábolas, três em especial: as da ovelha extraviada e da moeda perdida, e a do pai com os seus dois filhos (cf. Lc 15, 1-32). Nestas parábolas, Deus é apresentado sempre cheio de alegria, sobretudo quando perdoa. Nelas, encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão.

Temos depois outra parábola da qual tiramos uma lição para o nosso estilo de vida cristã. Interpelado pela pergunta de Pedro sobre quantas vezes fosse necessário perdoar, Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete» (Mt 18,22)

 

4-    Quatro Parábolas – Evangelista S. Lucas

 15Parábola sobre a misericórdia - 1Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. Mas os fariseus e os doutores da lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles." Jesus propôs-lhes, então, esta parábola: [...]

A ovelha perdida (Mt 18,10-14) - 4*«Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar? 5Ao encontrá-la, põe-na alegremente aos ombros 6*e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.' 
7*Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.»

A dracma perdida - 8*«Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar? 9E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.' 


10Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.»

Os dois filhos - 11*Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos. 12O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois. 13*Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada. 14Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. 
15
*Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. 16Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava
17
*E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! 18Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; 19já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.' 20*E, levantando-se, foi ter com o pai.
Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. 21O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.' 
22Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. 23Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, 24
*porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou. 
25
*Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. 26Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. 27Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
28Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. 29Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; 30e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.' 31O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32
*Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»

16 Parábola do administrador sagaz - Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens. 2Mandou-o chamar e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.’ 3O administrador disse, então, para consigo: ‘Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha. 4Já sei o que hei-de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.’ 5E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’ Ele respondeu: 6‘Cem talhas de azeite.’ Retorquiu-lhe: ‘Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.’ 7Perguntou, depois, ao outro: ‘E tu quanto deves?’ Este respondeu: ‘Cem medidas de trigo.’ Retorquiu-lhe também: ‘Toma o teu recibo e escreve oitenta.’ 8O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»

5-Sugestões

“Precisamos sempre de contemplar o mistério da Misericórdia”

“Eterna é a Sua Misericórdia” (Salmo-136)

“Vai e faz o mesmo” (Lc 10, 37)

 

5-1

5.1.1 Conhece-te a ti mesmo

5.1.2 O olhar os outros

5.1.3 Escutar

5.1.4 Tocar/Ajudar

5.15 Falar

5.1.6 Agradecer

 

6 - Reflexão Pessoal

 

6.1 Qual a parábola de Jesus que mais ecoa no meu coração?

 

7 Oração:

Meu Deus! Eu te agradeço a Misericórdia para comigo, sempre sem limites;

Obrigada meu Deus pelo que tens feito por mim;

Meu Deus! Rogo-te para ser forte no perdão das ofensas.

Meu Deus! Que a minha consciência

Esteja de bem com todos

Meu Deus! que a tua Misericórdia alegre meu coração.

 

Relator: José Rodrigues Lima

 

 

 

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