sábado, 25 de maio de 2013

Igreja frontalmente contra co-adopção por homossexuais


 


co-adopção por homossexuais

O porta-voz da Confe­rência Episcopal Portugue­sa (CEP) lamentou hoje a aprovação, pelo Parlamen­to, da possibilidade de co- adopção em uniões do mes­mo sexo e sublinhou que a Igreja entende que este não é um direito dos adultos.

O padre Manuel Moru- jão refere em depoimento enviado à Agência ECCLESIA que independentemen­te do resultado das votações que hoje tiveram lugar na Assembleia da República, a Igreja reafirma, por motivos simplesmente antropológi­cos, que a adopção de uma criança não é um direito de qualquer pessoa adulta, sol­teira ou casada, heterosse­xual ou homossexual.

Numa adopção trata- se de encontrar a família, nas melhores condições possíveis, para dar uns pais substitutivos dos pais bioló­gicos que perderam ou que são incapazes de exercer a paternidade e a maternida­de, assinala o porta-voz do episcopado.

O sacerdote jesuíta as­sinala que, com todo o res­peito pelas pessoas de qual­quer identidade sexual, é patente que toda a criança, na sua evolução para o es­tado adulto, necessita da complementaridade da mas­culinidade e feminilidade que lhe dão, em primeiríssimo lugar, o pai e a mãe biológicos ou a famí­lia que os substitui.

Só um casal, constitu­ído por uma mulher e um homem, tem a estrutura an­tropológica objectiva para a educação harmoniosa de uma criança, conclui o se­cretário da CEP.

O projeto de lei n.2 278/ XII do PS foi aprovado na generalidade com 99 votos a favor e 94 contra, além de nove abstenções.

A nova legislação pre­vê a co-adopção por parte do cônjuge ou unido de fac- to do pai ou mãe da crian­ça, desde que não exista outra parentalidade anteri­ormente estabelecida.

A Federação Portugue­sa pela Vida tinha-se mani­festado contra esta propos­ta, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, subli­nhando que vedar a adop­ção (e co-adopção) por ho­mossexuais é reafirmar que a criança tem o direito a crescer num ambiente o mais próximo possível do que seria o dos seus pais.

A Federação Portu­guesa pela Vida vem reite­rar a sua posição nesta ma­téria: o princípio da vida está necessariamente ligado à união entre um homem e uma mulher, e todos os di­plomas que tenham o efeito de deturpar este dado da natureza são perniciosos e ofendem a dignidade da pessoa humana, acrescen­ta a nota.

Segundo a direção do organismo,a adopção (ou co-adopção) por homosse­xuais é discriminatória, pois priva deliberadamente deter­minadas crianças de ter um pai ou uma mãe, eliminan­do definitivamente o elemen­to masculino ou feminino do ambiente familiar e de inti­midade onde a criança cres­cerá e se desenvolverá até à idade adulta.

A FPV, fundada em 2002, reúne associações e fundações que tenham por objecto e finalidade a defe­sa da Vida Humana, desde o momento da concepção até à morte natural, a promo­ção da dignidade da Pessoa Humana e o apoio à Família e à Maternidade.

A última assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa apro­vou uma nota pastoral na qual se lia que a família é concebida a partir do com­promisso definitivo entre um homem e uma mulher.

As alterações legislati­vas que, entre nós como noutros países, vêm redefinindo o casamento de forma a nele incluir uniões de pessoas do mesmo sexo, esquecem esta verdade fun­damental, alertaram os bis­pos católicos.
in N. V.de de 23 de Maio de 2013
 

Sem comentários:

Enviar um comentário