co-adopção
por homossexuais
O
porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamentou hoje a
aprovação, pelo Parlamento, da possibilidade de co- adopção em uniões do mesmo
sexo e sublinhou que a Igreja entende que este não é um “direito” dos adultos.
O
padre Manuel Moru- jão refere em depoimento enviado à Agência ECCLESIA que “independentemente do resultado das votações que hoje
tiveram lugar na Assembleia da República, a Igreja reafirma, por motivos
simplesmente antropológicos, que a adopção de uma criança não é um direito de
qualquer pessoa adulta, solteira ou casada, heterossexual ou homossexual”.
“Numa adopção
trata- se de encontrar a família, nas melhores condições possíveis, para dar
uns pais substitutivos dos pais biológicos que perderam ou que são incapazes
de exercer a paternidade e a maternidade”, assinala o
porta-voz do episcopado.
O
sacerdote jesuíta assinala que, “com todo o respeito
pelas pessoas de qualquer identidade sexual, é patente que toda a criança, na
sua evolução para o estado adulto, necessita da complementaridade da masculinidade
e feminilidade que lhe dão, em primeiríssimo lugar, o pai e a mãe biológicos ou
a família que os substitui”.
“Só um casal,
constituído por uma mulher e um homem, tem a estrutura antropológica
objectiva para a educação harmoniosa de uma criança”,
conclui o secretário da CEP.
O
projeto de lei n.2 278/ XII do PS foi aprovado na generalidade com
99 votos a favor e 94 contra, além de nove abstenções.
A
nova legislação prevê a co-adopção “por parte do
cônjuge ou unido de fac- to do pai ou mãe da criança”,
desde que não exista “outra parentalidade anteriormente
estabelecida”.
A
Federação Portuguesa pela Vida tinha-se manifestado contra esta proposta, em
comunicado enviado à Agência ECCLESIA, sublinhando que”
vedar a adopção (e co-adopção) por homossexuais é reafirmar que a criança tem
o direito a crescer num ambiente o mais próximo possível do que seria o dos
seus pais”.
“A Federação
Portuguesa pela Vida vem reiterar a sua posição nesta matéria: o princípio
da vida está necessariamente ligado à união entre um homem e uma mulher, e
todos os diplomas que tenham o efeito de deturpar este dado da natureza são
perniciosos e ofendem a dignidade da pessoa humana”,
acrescenta a nota.
Segundo
a direção do organismo,”a adopção (ou co-adopção) por
homossexuais é discriminatória, pois priva deliberadamente determinadas
crianças de ter um pai ou uma mãe, eliminando definitivamente o elemento
masculino ou feminino do ambiente familiar e de intimidade onde a criança crescerá
e se desenvolverá até à idade adulta”.
A
FPV, fundada em 2002, reúne associações e fundações “que
tenham por objecto e finalidade a defesa da Vida Humana, desde o momento da
concepção até à morte natural, a promoção da dignidade da Pessoa Humana e o
apoio à Família e à Maternidade”.
A
última assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa aprovou uma
nota pastoral na qual se lia que a família é “concebida
a partir do compromisso definitivo entre um homem e uma mulher”.
“As alterações
legislativas que, entre nós como noutros países, vêm redefinindo o casamento
de forma a nele incluir uniões de pessoas do mesmo sexo, esquecem esta verdade
fundamental”, alertaram os bispos católicos.
in N. V.de de 23 de Maio de 2013
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