sexta-feira, 16 de maio de 2014

O “MER” E PALAVRAS COM O PREFIXO ‘Mer´


O “MER” E PALAVRAS COM  O PREFIXO  ‘Mer´

 


Mer” é uma palavra Indo-europeia que pode significar morte e é a raiz de muitas palavras nas diversas línguas que bem podem ser sinónimo de morte com mérito, quando morte natural, (honra) renúncia a algo (outra coisa), deixar de ser honrada a meretriz para ser propriedade de, como moeda de troca (mercado), como algo que se esconde (mergulho) e os termos usados ainda (compra e venda) merceeiro, com o significado de homem (mêr).


 
 É (mar, grandeza) em francês, é plus em sueco, merci, merie, merle... Tem significado positivo e intensivo. Assim: vossa mercê (vossemecê), tem mérito, tem honra, é senhor de alguém ou de alguma coisa, pode, tem e é digno porque desprendeu-se a favor de…, ou trocou, vendendo, ou comprando algo, mercando, apropriando-se de…, é mercantil e é mercantilista de mercadoria que o merceeiro vendeu por algo que alguém mercou ou trocou recebendo dinheiro para poder trocar e ter para merendar a merida para merenda merecida, com a merreca “merculina” em honra de mercúrio, (deus dos mercadores) na cidade de Mérida, ou Mértola, ou na aldeia de Merufe, em dia de meruja? Esta troca com mérito porque se pagou, o meritíssimo juiz não poderá “mercer” ajuizar sem conhecimentos merceológicos para não ser um mero mercenário. Quantas palavras com mer como radical?
 

 
Quem se esconde “mergulha”, assim como a terra, o solo, por baixo do mar (em francês) tem a honra de esconder ou de fazer desaparecer o sólido, mergulhando, escondido pela água, (ou a agua escondeu a terra ou a terra se escondeu para baixo da água), como a meretriz que perde a honra deixa ainda de ser meritória de dignidade.
 

 
 
Isto quer dizer que cada língua tomou uma ou mais palavras para significar o mesmo que provém de origem de línguas antigas, indo-europeias, as quais faziam parte os povos eslavos, germânicos, albaneses, iranianos, itálicos, bálticos, celtas, entre outros, de cultura protoindo-europeia. Cada um com a sua língua. Estes povos foram reduzindo-se até às línguas agora conhecidas na Europa. Portanto, não podemos dizer que o latim e o grego deram origem ao português, sem ter em conta que o latim e o grego já foram línguas influenciadas por outras primitivas, as quais chegaram de algum modo até nós. Na composição das palavras estão na maioria sílabas ou vocábulos primitivos. Na toponímia existe: Merlin, Merufe, Mérida (na Espanha, na Venezuela, no México e em Portugal).
 

 
 
Quem passeia com olhos de ver, observa uma toponímia comum nos seus radicais em prefixos e sufixos, em Portugal, como nos outros países latinos… e também germânicos. Em toponímia o radical Mer apresento alguns exemplos: Merouço (na Serra d’Arga), Merujais, Merujal, Meruja, Merim, Merelim, Mercador, Mera, Merce, Mercês, Merim, Merelhe, Mera, Merceana, Mergulhão, Merguinhos, Meridão, Merlães, Meribriga (Mer+briga, e briga significava o cabeço, colina), Merob, Merua, Meru, Merunho…

 

 

Claro que Pedro Machado é uma grande autoridade na língua portuguesa e quanto a isso não há dúvidas. No entanto, não bastará uma análise linguística a partir do latim ou do grego, é preciso ir às culturas dos povos mais primitivos, os que passaram na mesma região, as suas hipotéticas influências, suas línguas e o tempo que os vincularam à zona… e a sua evolução cultural. A mobilidade dos povos, como hoje, altera também a cultura linguística.


 

Para além disso é preciso conhecer a geografia e a morfologia do topónimo e da sua envolvência no espaço e na cultura deste planeta.

A toponímia é uma grande arma que nos pode levar à descoberta da colocação dos povos em mapa.


 

Aquilo que é minha opinião, ela não é tão leviana como possa parecer, embora não seja homem de línguas, sou apenas um curioso e observador. A minha opinião é baseada em livros que possuo sobre os povos e línguas antigas e também através da internet.

Merufe precisou de passar por Marufe, ou é mais antiga?

Parece-me que Marufe seria mais antigo.

 

Continuo a insistir. Se opinei que Merufe seria um fojo de lobos pela composição de duas palavras primitivas a partir da mesma língua por dois radicais primitivos a significar morte e lobo porque há-se ser em Merlim de origem obscura?

O emer é o mesmo que mágico. Pelos curdos da Turquia mêr tem significado de “homem”. O emérito é aquele que tem honra.

Piel e José Pedro Machado abriram portas, mas não as fecharam. “Não me cortem a raiz ao pensamento” porque tenho a liberdade de emitir a minha opinião, ainda que ela seja discutida ou lançada ao caixote de lixo. Era melhor que os linguistas continuassem à procura das origens dos topónimos.

Mais fácil será dizer para a maioria, mesmo as de origem latina ou grega, que é sempre obscura porque diz-se sempre a verdade porque a origem vai mais longe do que são divulgadas as origens científicas do mundo.

Mesmo assim a minha opinião pode ser obscura porque em linguística podemos falar de mistério como se fala da origem do mundo, das coisas, dos planetas, do homem e da mulher.

A história bíblica tem sempre explicação para o mistério, mas é preciso senti-la para a viver com os olhos no Alto.

O que dizer da origem das línguas? Não terá alguma razão a Bíblia quando nos fala na Torre de Babel?

A propósito poderia dizer algo da raiz “Kar”, “Kam”, assim como, “Pen”, celta, e dava apenas exemplos que conheço como Candeira, Candal de Kam, Carnota de Kam, Pena ou Penha, da Pen que é lugar, ou sítio, de pedra miúda ou ainda de grandes pedras, penedos, conforme o povo baptizou e baptiza tais topónimos, o lugar das Penas ou o lugar das Peninhas. Tanto “Kam” como “Pen” são palavras indo-europeias para significar pedra, rocha ou algo duro.

Acontece que no mesmo lugar existem topónimos que dizem o mesmo com palavras diferentes. Na Serra d`Arga há pena, peninhas, penha, cando, candeira, candal. Assim como topónimos Cantanhede, Penalva, Pedorno, entre tantos, semelhantes que há neste país e na vizinha Espanha. Temos assim os exemplos, a propósito de “Kan” e “Kar” de Canedo, Candemil, Candosa, Caneiro, Candoso, Cambeses, Cardoso, Camboas, Carreto, Carreço, Carriça, Carreteiro, Carreta, Carrara, Carregado, Carregosa, Carona, Carnota…

 O baptismo toponímico pode ser descoberto através das origens, do conhecimento das culturas e línguas de povos que por ali passaram, ou viveram, antes de culturas posteriores. Portanto não é assim com tanta ligeireza que se pode ir buscar a origem de palavras toponímicas, e não só, às respectivas grandes línguas; o latim hoje é uma língua morta, embora não desprezível porque lá encontramos a origem, de imediato, da nossa língua. Em Portugal praticamente já não se estuda latim, enquanto em países germânicos, como na Alemanha, o latim é obrigatório.

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