segunda-feira, 12 de maio de 2014

O casaco para o Papa Francisco

O casaco para o Papa Francisco

Uma maneira da Irmã María Trullols agradecer o Papa e Deus pelos 50 anos de vida religiosa

 
© Catalunya Cristiana
 
Por Samuel Gutiérrez

No próximo 14 de maio, na tradicional catequese de quarta-feira, a religiosa Maria Trullols, que atualmente vive em Manresa (Espanha), tentará entregar ao Papa Francisco um casaco branco de lã que ela teceu com as próprias mãos e com toda a esperança do mundo.

“Chegar a fazer um casaco para o Papa era a minha máxima aspiração - afirmou com entusiasmo a religiosa -. Agora me falta apenas fazer um outro para o Pai Eterno. Terei tempo, certo? Toda a eternidade”.

Como nasceu a ideia de confeccionar um casaco para o Papa Francisco?

É uma ideia que tinha faz tempo. Trabalho com casacos há mais de trinta anos. Algumas pessoas tinham me falado em várias ocasiões para fazer um casado para o Santo Padre.

Isso aconteceu ainda durente o pontificado de São João Paulo II e em seguida Bento XVI. Eu não dizia de não, mas não sabia nem mesmo bem como fazê-lo. A verdade é que achava a ideia um pouco “maluca”.

Mas com o Papa Francisco as coisas mudaram. Fui eu que disse a todos: “farei um casaco para ele e entregarei”.

Como fazer?

Minha ideia era ir em Roma em junho, mas a vida às vezes nos dá presentes. Este ano, junto com outros irmãs, festejamos 50 anos de vida religiosa. Era um bom motivo para vir em peregrinação a Roma e receber a bênção do Papa.

Faremos a peregrinação de 12 a 19 de maio, e será o momento que buscarei transformar o meu sonho em realidade: entregar ao Santo Padre o casado que fiz para ele.

Me parece que o Papa Francisco está ciente desta aventura.

Sim. Aproveitando a visita ad limina dos bispos catalães, o bispo Romà Casanova entregou pessoalmente uma carta minha ao Papa e disse-lhe que uma religiosa de Manresa estava muito feliz de fazer para ele um “saco” (casaco em espanhol).

Ele não disse nada, mas sorriu. Interpreto que ele queira o casaco. Na carta exprimi os três motivos principais que me levaram a fazer o casaco: agradecê-lo pelo seu modo de ser, agradecer a Deus por tudo aquilo que recebi no curso dos quase 50 anos de vida religiosa, e agradecer também porque há um ano diagnosticaram um câncer linfático em mim e o superei com sucesso na primeira fase.

Como sabia o tamanho certo?

Pedi a três pessoas que vivem em Roma e que conheço de descobrir o tamanho do Papa. Uma freira que vive na nossa casa geral, irmã Pilar Bas, me respondeu e me disse: XXL.

Por que um casaco e não um chapéu, ou um calçado?

Porque pensei que ele podia usar. É um casaco branco, de lã, muito bom, discreto, mas que aquece muito. Tem um ponto muito simples, mas muito elegante, as tranças e um “cordão”.

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