sexta-feira, 2 de maio de 2014

Por que a cultura da vida vai triunfar

Por que a cultura da vida vai triunfar

O sub-humanismo tem uma falha fatal que garante a sua derrota final

 
"A verdadeira liberdade tem seu fundamento necessário na verdade sobre a pessoa humana: é na busca da Verdade que nos tornamos livres. Quando as exigências da verdade são ignoradas ou reprimidas, a busca da liberdade pode facilmente se tornar um mero pretexto para a licenciosidade, uma nova forma de tirania, e as primeiras vítimas são sempre os mais fracos, os indefesos, os que não têm voz" (São João Paulo II).

Se você já leu estatísticas sobre as ideologias nocivas que mataram quase 200 milhões de inocentes; se você já leu relatos de virtudes que poderiam ter poupado aquelas vidas, nós sabemos como você se sente: espantado. Devastado. Impotente.

Nós não somos páreo para os demagogos que forjam "grandes mentiras" capazes de transformar pessoas comuns e medíocres em genocidas. Não conseguimos acabar com tantos sofistas que tecem lençóis de seda com meias-verdades da moda para enrolar os nossos males cotidianos. Mesmo as histórias de heróis que arriscaram tudo na luta pela dignidade humana podem nos parecer impossivelmente fora de alcance: podemos dizer a nós mesmos que não somos feitos do mesmo material que eles. Somos apenas Joãos e Marias, e a vida não vai nos pedir sacrifícios como os dos heróis que desafiam governos, elites reinantes e polícias secretas. E é melhor que não peça, porque fracassaríamos.

Mas isso é uma mentira. É o mesmo tipo de mentira que o sub-humanismo nos conta sobre as outras pessoas, sobre os nossos vizinhos, cônjuges, filhos e, especialmente, sobre estranhos que parecem um pouco diferentes (ou pensam ou rezam um pouco diferente). O sub-humanismo, por trás de todas as máscaras intelectuais ou políticas que usa, diz apenas uma coisa: que o homem, no fundo, não importa tanto assim. Que não há nada em nós que ultrapasse ou transcenda a feiúra da competição darwiniana, os limites da biologia, a inevitabilidade da morte. Que somos apenas mamíferos, se coçando e se arranhando em obediência aos nossos instintos, tentando sentir alguns momentos felizes antes de virarmos presas inertes dos vermes.

Os heróis entre nós provam que isto simplesmente não é verdade. A textura da vida deles e os sacrifícios que eles fizeram provam que todos e cada um de nós podemos mais. Podemos ser melhores. Nenhum dos grandes homens e mulheres que ajudaram a redimir o século XX nasceu com poderes especiais, com auréola ou numa manjedoura. Eles eram seres humanos comuns, como eu e você, que estavam confusos, com medo e tentados. Cada um deles podia ter feito escolhas muito diferentes, seguido o rebanho e desviado os olhos das verdades que estavam sendo pisoteadas. Mas eles olharam para cima e para dentro e encontraram a centelha da dignidade humana, o fato irredutível de que homens e mulheres são, sim, algo maior! E isso não pode ser destruído.

Nós podemos tratar as pessoas como se elas fossem robôs, fantasmas ou bichos. Podemos torturá-las, escravizá-las, aprisioná-las ou matá-las. Mas isso é apenas fingir: isso não muda a realidade. Nossos impérios de mil anos, nossos paraísos dos trabalhadores, nossos admiráveis mundos novos são fantasias medonhas que os seres humanos criam e que a história devidamente vem e faz desmoronar. E o que resta, machucado e surrado, mas ainda sem dobrar o pescoço, é o rosto do Homem, tão nobre e tão belo quanto Adão estendendo a mão ao Deus que o criou. Foi essa verdade eterna e teimosa o que aqueles heróis enxergaram: se cada um de nós se lembrar disso, vamos fazer o que é necessário. Vamos sentir, do fundo do nosso ser até os mais altos voos da nossa imaginação, o amor pelo Bem, a aversão pela crueldade e pela pequenez da alma, a fidelidade para com todo e cada membro da nossa família humana.

Vamos lutar para consagrar os princípios básicos da decência em nossa vida política, econômica e pessoal. Vamos ter coragem.

E vamos vencer.
sources: Aleteia

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